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Nossa Vida Juntas por Alex Mills

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Palavras: 6649
Acessos: 2212   |  Postado em: 08/04/2021

Nono

—A comida estava ótima, como sempre. — Madson se recostou na cadeira, relaxada, pegando a taça de vinho e bebendo um gole, direcionando o olhar para Lana, do outro lado da mesa. — Continua da mesma forma que me lembro. Você fazia massas ótimas quando era final de semana em Nova York. Você lembra, Daph?

 

—Ela continua fazendo. — Daphne falou com animação ao lado de Lana. — Ao menos depois da operação ela voltou a fazer.

 

—Então eu devia ter cortado suas horas de trabalho antes se soubesse que não estava mais fazendo essas massas. Coitada de Daph. — Ela fez uma careta a fim provoca-la, mas ela somente revirou os olhos.

 

—Foi bom que ela tenha parado de fazer desde que nos mudamos. Assim não me sinto pesada demais durante meus treinos.

 

—E como estão seus treinos?

 

—Indo muito bem. Tenho uma competição em duas semanas em São Francisco.

 

—São Francisco! Você está mesmo se tornando uma profissional. Pensa nas olimpíadas?

 

—Meu treinador falou que levo jeito, e se eu passar nessas próximas provas eu tenho chance de me classificar para uma prova oficial.

 

—Ela é um verdadeiro peixe na piscina. — Lana envolveu seus ombros e acariciou seus cabelos. — Eu vou estar lá para torcer por você, tenha certeza.

 

—Então estou convidada para assistir também? — Madson sorriu, olhando entre elas.

 

—Claro! — Daphne não pensou uma segunda vez, animada. — Vai ser como antigamente. Vocês sempre foram em todas as minhas competições.

 

—Então garanto que não vou faltar nessa.

 

—Querida, por que não vai levar um prato para a sua mãe e vê se ela está melhor? — Lana a olhou nos olhos, esperando que entendesse o pedido de ficar a sós com sua ex.

 

—Claro.

 

—O que Kristin tem afinal? Ela nem desceu para falar comigo. — Madson se levantou junto a elas, prontificando-se a recolher os pratos.

 

—Enjoo. Mas deve passar em breve. — Daphne respondeu enquanto colocava a massa com queijo em outro prato.

 

—Enjoo? Kris? O que aconteceu com ela? Não me diga que está grávida de novo. Ela sempre comeu mais que nós todas juntas.

 

—Bem, sim, ela está. Eu vou ter um irmão em breve. — Falou com empolgação.

 

—Kris está grávida? — Ela parou no lugar, surpresa. — Outro bebê na família! — Ela sorriu para Lana de maneira sugestiva antes de se voltar para a garota. — Parabéns pelo futuro irmãozinho, querida. Ela já fez o exame para saber o sex*?

 

—Não, mas vai fazer essa semana. Espero que seja um menino. — Daphne sorriu com ânimo. — Sempre quis ter um irmão.

 

—Tenho certeza de que você será uma irmã mais velha incrível. — Madson contornou a mesa e a abraçou, beijando sua testa.

 

—Espero que sim. Mal posso esperar para vê-lo quando nascer.

 

—Posso imaginar. Mande meus parabéns para a sua mãe quando subir. — Ela acariciou sua bochecha.

 

—Quem sabe vocês não decidem voltar e me dar um primo também? — Ela olhou em expectativa entre ela e Lana, que estreitou os olhos em sua direção. — O que foi? Você me disse que queria ter filhos. E a tia Madson sempre quis. Não foi por isso que você veio aqui, tia? Para vocês se acertarem?

 

—Claro, exatamente por isso.

 

—Não é bem por isso. — Lana falou em tom controlado, mantendo os olhos na garota. — Você devia levar o prato para a sua mãe antes que esfrie. Depois nós conversamos.

 

—Está bem. — Ela suspirou, mas não se demorou em subir com o prato.

 

—Você é uma completa idiota. — Falou tão logo teve certeza de que Daphne não escutaria. — Não use Daph para resolver nossos problemas. Ela não tem nada a ver com isso, e você não tem o direito de a colocar no meio disso tudo.

 

—Não seja dramática. Eu gosto dela, sinto falta de falar com ela. Acha que ela não sente falta de nos ter juntas também? — Madson suspirou quando não obteve resposta, voltando a tarefa de recolher os pratos da mesa. — Éramos praticamente uma família, Lana. Kris nunca estava lá, mas nós estávamos. Fomos qualquer coisa que aquela garota precisava enquanto a mãe dela estava pelo mundo se aventurando.

 

—Você não precisa me lembrar disso. Eu sei como era. — Ela se moveu para pegar os talheres e os copos, levando em direção a cozinha.

 

—Era? Acha que não vai acontecer de novo? Kris vai correr tão logo essa criança nascer.

 

—Não vou deixar isso acontecer de novo. Eu mandei que ela chamasse pelo pai dessa criança aqui. Ela não vai abandonar essa criança comigo também.

 

—Não seja ingênua. — Madson a olhou. — Você sabe que Kris não tem qualquer jeito com crianças. Ela vai parir esse bebê e vai deixar aqui, nem que saia no meio da noite, tenho plena certeza de que não vai aceitar a responsabilidade.

 

—Não diga isso. Ela não pode ter continuado a mesma pessoa após tanto tempo.

 

—Ela demonstrou qualquer arrependimento durante esses anos, Lana? Lembra do nosso quinto natal? Ela ligou para nós, bêbada, chorando porque o cara que tinha trans*do na noite da véspera não ligou para ela.

 

—Foi horrível. Daph se trancou no quarto a noite toda.

 

—Sim. Então nos vestimos de papai Noel, cantamos na porta dela até ela sair.

 

—Ela disse que cantávamos tão mal que foi obrigada a abrir para nos fazer parar. — Ela acabou sorrindo com a lembrança. — Abrimos os presentes antes da meia noite aquele ano.

 

—Fizemos chocolate quente e esquentamos os marshmallows no fogão com palitinhos de sorvete. — Madson riu, abrindo a lavadora de pratos e começando a colocar a louça. — Foi um desastre, mas acabamos dando um jeito.

 

—Sim, passamos por muita coisa com Daph por causa de Kris. Mas eu não vou deixar que ela faça isso de novo com outra criança. Não importa o que eu tenha que fazer, mas ela vai cuidar dessa criança.

 

—Você pode tentar, não te culpo por ainda acreditar nela. Mas no fim, infelizmente, eu sei que estarei certa. — Ela terminou de colocar a louça após um tempo e ligar a máquina para lavar antes de se virar para Lana outra vez. — Mas você pode fazer diferente quando essa criança estiver em seus braços. Porque sabemos que é você quem vai estar com esse bebê no colo.

 

—Do que está falando, Mad? — Ela inclinou a cabeça, encarando seus olhos esverdeados. — Quer que eu adote a criança?

 

—Você esteve pensando nisso. — Constatou, erguendo as sobrancelhas.

 

—Claro que sim. É sobre Kristin que estamos falando. Ela só foi responsável para mandar dinheiro para cuidar de Daph todo mês.

 

—Vê? Você sabe que as chances de ela criar essa criança são mínimas. Mas no fim estou feliz que você esteja finalmente pensando em ter um filho.

 

—Meu filho, não um filho de Kristin de novo.

 

—O que isso iria importar? Registrando em nosso nome, não importaria de onde a criança realmente veio. — Ela se aproximou, olhando-a mais de perto. — Você pensou nisso, sei que sim. Seria como continuar de onde paramos, Lana. Eu podia me mudar para cá se tiver gostado mesmo da cidade. Criaríamos essa criança juntas, seria nossa. Nosso filho.

 

Lana ficou parada no lugar, olhando em seus olhos, para a expectativa e as promessas não ditas. Lembrou dos planos que tinham feito quando moravam juntas, dos que realizaram e os que ainda brilhavam em espera nos olhos de Madson.

 

—Dê uma chance a nós outra vez, Lana. Eu duvido que esse tempo que ficamos separadas tenha feito você deixar de me amar. De querer continuar construindo o que começamos. — Ela tocou seu rosto, acariciando sua bochecha, vendo-a inclinar o rosto com o contato e fechar os olhos. — Eu não deixei de pensar em você um único dia.

 

—Pare com isso. — Lana afastou sua mão. — Você veio aqui para assinar os papéis do divórcio, e não para voltarmos a um casamento que já acabamos há muito tempo, Mad. Agora pegue os papéis, eu vou ao banheiro e já volto.

 

Madson suspirou, mas não a impediu de se afastar, então seguiu para a sala onde sua bolsa estava, mas acabou sorrindo quando viu o celular de Lana vibrar sobre a mesinha de centro, o nome de Iori no visor. Olhou ao redor para ter certeza de que Lana já não estava perto, então atendeu.

 

—Checando se ela não está com as mãos ocupadas demais? — Perguntou em tom zombeteiro.

 

—Ah, você ainda está aí. — Iori suspirou. — Onde está Lana?

 

—É muito clichê se eu falar que ela está no banho?

 

—Ah, por favor, você vai precisar fazer melhor que isso.

 

—Não precisei de muito ontem. — Relembrou. — Ou você esqueceu da crise de ciúmes depois de saber que estive com as mãos em minha mulher durante os dois meses que você a deixou sozinha?

 

—Bem que você queria estar. Ela provavelmente achou companhia melhor que você nesse meio tempo, mas acabou voltando para o meu colo. Eu não estaria tentando me gabar no seu lugar, não fui eu quem recebeu o anúncio do divórcio.

 

—Não assinei papel algum. Ela continua sendo minha esposa, e você é somente um passatempo.

 

—Ela usaria uma aliança para marcar a união com esse passatempo? Porque eu nunca a vi usar uma aliança de casamento antes.

 

—Mas foi comigo que ela passou o dia.

 

—Oh, querida, você está mesmo desesperada para ganhar isso.

 

—Eu vou ganhar. Fique na linha, Lana está voltando.

 

Madson posicionou o celular entre as almofadas no sofá, sentando no chão enquanto via Lana voltar, caminhando para a sala e se sentando no sofá de frente a si, erguendo as sobrancelhas.

 

—Cadê os papéis?

 

—Qual é, Lana. Estamos casadas por quase dez anos. Não pode passar mais um tempo aqui sem querer pensar na burocracia?

 

—Eu sei o que está tentando fazer, e não vai dar certo.

 

—O que estou tentando fazer?

 

—Ah, por favor, não se faça de idiota. Tentando usar a gravidez de Kris para me atingir foi um golpe baixo. Saiba que você não tem nada a ver com isso.

 

—Estamos casadas, querida, claro que tem a ver comigo.

 

—Por pouco tempo. Cadê os papéis?

 

—Lana... Qual é. A quem está tentando enganar? Você esteve procurando chamar minha atenção durante todo esse tempo, mas estou aqui agora.

 

—Chamar sua atenção? Madson, eu me mudei para não ter que aturar suas investidas todos os dias.

 

—Você se mudou por causa da sua mãe. E está tudo bem. Você precisava de novos ares, de espaço para pensar, para estar de luto. Eu deixei que você continuasse em paz. Mas então você continua os projetos aqui na academia, faz meu trabalho crescer-

 

—Não foi por você que continuei na Infinity.

 

—Então você trans* com minha amiga logo depois da operação.

 

—Eu não sabia que era sua amiga, eu já te falei isso.

 

—Mas ela sabia que você era minha esposa. Ela estava na festa de casamento. Não demorou um dia para me ligar e dizer que comeu minha mulher.

 

—Eu não sou sua mulher.

 

—Porque você é tão cabeça dura, Lana? Você pode não ter feito de propósito, mas eu estou aqui. Enviar esses papéis por correio sem me falar nada foi cruel da sua parte.

 

—Madson... qual é. Não nos falamos há meses além de trabalho. Estamos separadas há mais de um ano. Por que insistir nisso agora? — Ela suspirou, cansada.

 

—O que eu fiz de tão errado, Lana? Quando parei de te fazer feliz?

 

—Quando foi que o trabalho passou a ser nosso único assunto em casa, Mad? Não tínhamos mais assunto, então você resolveu querer um bebê. Eu estava ficando maluca com tantas cobranças.

 

—Eu sei que devia ter ouvido a você quando pediu que tirássemos umas férias naquele ano. Uma segunda lua de mel você disse.

 

—Mas você não me ouviu. Você só queria saber da Infinity. Você acha mesmo que eu aceitaria uma criança sabendo que faria o mesmo que Kris fez? Você nunca iria parar de trabalhar para passar mais tempo em casa.

 

—É diferente agora, Lana. Eu sei que estava errada naquela época. Mas estou aqui agora. Deixei Rose no meu lugar em Nova York, ela pode assumir em definitivo e eu posso me mudar para cá. Posso diminuir minhas horas da mesma forma que você. — Madson sorriu com o silêncio dela, inclinando-se para segurar suas mãos no colo. — Kris está grávida outra vez. Não acha que é um sinal? Se não quiser o filho dela, podemos procurar outro.

 

—Não é tão simples assim, Madson. — Falou em tom mais baixo, cansado. —  Estamos separadas há um ano. Estou num relacionamento agora, estou realmente envolvida nisso.

 

—Você acha que isso vai durar depois que Kris tiver esse filho? Sabemos que essa criança vai estar com você. Você está certa, você acabou de começar uma relação, é algo novo demais para você me dizer que aquela mulher vai aceitar um filho de Kris entre vocês. Ou você pode me dizer que ela aceitaria um filho com você da mesma forma que eu estou pronta para aceitar?

 

—Pare de usar o filho de Kris para não assinar o divórcio, Mad.

 

—Você sabe que tenho razão agora. Eu sou a única que vai estar ao seu lado sem pensar uma segunda vez para ajudar com essa criança, da mesma forma que ajudei com Daph. — Ela acariciou seus dedos. — Eu amo você, Lana, só estou pedindo mais uma chance, em nome de tudo que já passamos.

 

—Madson, eu... — Lana suspirou, então sentiu o sofá vibrar, tateou entre as almofadas até encontrar o celular, estranhando sua localização, mas atendeu quando viu o nome de Iori na tela. — Olá, Sasaki. Está tudo bem?

 

—Não era minha intenção escutar sua conversa. Mas essa maluca atendeu seu telefone e me fez esperar na linha achando que você ia atender. Eu sei que não tenho moral para reclamar já que atendi seu celular ontem.

 

—Oh, Deus. Madson! Você enlouqueceu de vez? — Lana afastou suas mãos e se levantou, encarando-a por cima. — O que deu na sua cabeça?

 

—O que? Sua namorada já está tendo outra crise de ciúmes? — Madson perguntou num sorriso de lado enquanto se levantava.

 

—Diga a ela que eu aceito. — Iori falou no telefone outra vez.

 

—Aceita o que Sasaki? Não considere o que ela falou, ela só quer te provocar.

 

—Eu não me importo com ela. Me importo com você. Diga a ela que aceito cuidar do filho de Kris se ela abandonar essa criança. E tenho certeza de que Laura concordaria se estivesse aqui.

 

—Sasaki, você enlouqueceu também? Não é sua responsabilidade. Eu nunca pediria isso para você.

 

—Você não precisa pedir. Não vou abandonar você por causa da irresponsabilidade de Kristin. Se ela te jogar mais uma criança, vou estar com você para te ajudar, mesmo não sabendo nada de bebês como você deve saber.

 

—Iori... — Lana fechou os olhos por um momento, absorvendo suas palavras, então encarou Madson outra vez. — Você não precisa assinar os papéis. Direi ao meu advogado que você se recusa. Foi um erro achar que você saberia aceitar minhas escolhas e jogaria limpo no divórcio. Mas eu conseguirei o divórcio você assinando ou não.

 

—Lana-

 

—Vá embora, Madson. Não temos mais nada para conversar.

 

—Você está enganada. — Madson suspirou, pegando a bolsa sobre a mesa de centro sem insistir. — Nossos assuntos ainda não acabaram.

 

—Talvez esteja certa. Mas você não é mais aceita em minha casa. Saia.

 

—Está bem. Eu sei o caminho.

 

Lana se sentou no sofá, sentindo-se derrotada, deixando a cabeça cair para trás enquanto respirava fundo, tentando absorver os acontecimentos antes de levar o celular a orelha outra vez. Ouviu a respiração de Iori do outro lado, tentou usar o som para se acalmar, respirando fundo algumas vezes, tentando pensar no que dizer.

 

—Foi tão ruim assim, meu amor? — Iori resolveu falar. — Digo... eu ouvi mais do que gostaria, que sei que é mais do que você gostaria que eu tivesse escutado.

 

—Não, não, eu contaria para vocês sobre tudo isso.

 

—Não se preocupe com isso agora.

 

—É claro que me preocupo. Não posso te fazer esquecer o que ouviu. — Suspirou, frustrada. — Eu queria contar do meu jeito. Mas eu queria aproveitar o tempo que estávamos tendo, foram somente dois dias, eu não queria começar com os assuntos mais difíceis. O divórcio com Madson, agora Kristin.

 

—E não ajuda o problema que te causei ontem, não é mesmo?

 

—Você só deu munição para ela te provocar. E te usar de certa forma, como viu.

 

—Desculpa por ontem. Eu agi por impulso quando vi o nome dela no seu celular. Então ela começou a falar sobre ter estado com você todo esse tempo, eu simplesmente não pensei. — Iori fez uma pausa, sentindo-se culpada outra vez. — Eu acabei fazendo exatamente o que ela queria, não é?

 

—Sim, meu amor, você fez. Mas sei que você aprendeu a não fazer isso de novo. Não se preocupe com ontem.

 

—Eu contribuí para ela não assinar o divórcio hoje?

 

—Ela não assinaria de qualquer forma. Fui uma idiota em achar que conseguiria convencê-la.

 

—Não é sua culpa. E eu falava sério sobre o bebê de Kristin. Você pode contar conosco se precisar. Não deixe Madson achar que sairemos correndo quando você mais precisar de nós.

 

—Sasaki... é um bebê. Se Kris deixar essa criança aqui, eu não a deixarei com a guarda dela.

 

—Você vai adotar?

 

—Sim. Eu não quero fazer uma criança sofrer por causa da cabeça inconsequente de Kris. E Daphne está gostando da ideia de ter um irmão. — Respirou fundo, fechando os olhos. — Mas estou insistindo para isso não acabar acontecendo. Eu sei quem é o pai, se ela não contar para ele, eu contarei. Só espero que esse não saia correndo.

 

—Lana, independentemente do que você tenha que fazer, estamos aqui. Quando eu aceitei aquele anel seu, eu estava aceitando o compromisso por inteiro. E os problemas não esperam para aparecer, esperam?

 

—Eu só queria que tivéssemos tempo para estarmos em paz e apreciar o que começamos a ter antes de pular para uma grande quantidade de problemas. Eu não queria envolver você ou Laura nisso tudo.

 

—Estamos envolvidas porque você está envolvida.

 

—Oh, Sasaki... não diga essas coisas pelo telefone quando não posso te ter em meus braços.

 

—Bem... quando te liguei antes eu queria te perguntar se você já estava livre, porque pensei em encomendar uma barca do restaurante da minha família. Queria que você viesse passar a noite.

 

—Você ainda quer? Uma barca seria maravilhosa hoje.

 

—É claro que quero. Então você pode me ter em seus braços a noite toda. Eu vou ter que viajar até semana que vem, então queria aproveitar esse tempo com você.

 

—Uma semana inteira?

 

—Sim, eu estou atrasada na entrega de um projeto e eles me querem lá agora para terminar.

 

—Eu iria te acompanhar sem pensar uma segunda vez, se não soubesse que iria te distrair ainda mais.

 

—Talvez um pouco. — Iori riu do outro lado. — Mas hoje consegui adiantar boa parte do trabalho, então você não me distrai de uma maneira ruim. Tendo você comigo me deixou mais relaxada para trabalhar.

 

—Oh... Eu vou definitivamente te manter em meus braços hoje.

 

—Parece perfeito para mim. Eu vou falar para Laura te buscar. Ela vai sair do hospital daqui a pouco, não deve achar ruim em ter você na garupa dela.

 

—Eu definitivamente não terei qualquer problema em estar na garupa.

 

—Então está tudo decidido. Traga o que precisar para passar a noite, eu estarei esperando por vocês aqui.

 

—Até logo, Sasaki.

 

Lana ainda ficou no sofá por mais alguns minutos, aproveitando o conforto e a paz que sentia após falar com Iori. Sentiu-se feliz por ter decidido aceitar voltar a se relacionar com ela, estava contente em ter alguém com quem pudesse contar outra vez. Gostava da sensação de estar tentando algo novo, de investir seu tempo numa relação, de sentir a proximidade de outra pessoa.

 

Lavou o resto da louça com uma energia nova, organizando a cozinha antes de tomar um banho rápido e trocar de roupa, colocando uma muda de roupas numa mochila e calçando os tênis, deixando a bolsa na porta de entrada antes de começar a subir as escadas. Apoiou-se no corrimão, então subiu os degraus aos saltos, buscando não exigir muito da perna num dia só. Primeiro parou na porta de Daphne por ser a mais próxima, batendo e esperando até que ela fosse aberta. A garota a olhou de cima abaixo, um ar surpreso.

 

—Você vai sair com a tia Madson?

 

—Por que eu faria isso? — Lana ergueu as sobrancelhas. — Está questionando minha sanidade?

 

—Vocês pareceram como antigamente durante todo o dia. Natural. Não foi como se tivessem se separado, então porque não deixar as coisas simples aqui em casa?

 

—Simples?

 

—Sim! Você é casada, isso é simples. Mas ter duas namoradas? Não parece certo. Eu gostava quando era simples. Éramos nós três em casa, vocês sempre estavam lá quando eu precisava. — Ela se recostou na porta, suspirando. — Por que não dar outra chance a tia Madson? Ela realmente gosta de você.

 

—Meu relacionamento com Madson acabou, Daph. Podíamos ter sentimentos uma pela outra, mas nossa relação já estava desgastada demais. Então já não é suficiente se Madson gosta de mim ou não. — Ela inclinou a cabeça, observando a frustração passar pelo seu rosto. — O que foi, querida? Você não gostou de conhecer Laura e Iori ontem?

 

—Por que eu gostaria? Você ficou mais tempo triste por causa delas do que por Madson.

 

—Entendo que você estranhe essa relação. É algo novo para você lidar, é novo para mim também. Mas eu realmente gosto delas, Daph, e quero que isso funcione. Claro que me importo sobre sua opinião, mas eu vou te pedir para tentar conhecer ambas melhor antes de tomar uma decisão. — Lana tocou seu queixo, acariciando. — Você pode tentar fazer isso por mim?

 

—Sim, só... Por que não ficar só com a japa?

 

—Iori?

 

—Sim. Ela parecia mais envolvida com você do que a outra.

 

—Laura.

 

—Sim. Iori sempre estava mais próxima de você, a outra estava mais distante.

 

—Sim... Laura pode parecer distante no começo, mas ela não costuma ser assim o tempo inteiro. Você só precisa conhecer elas um pouco mais, então você vai entender o motivo de eu não estar só com Iori.

 

—Está bem, eu vou acreditar em você.

 

—Obrigada. Você vai ficar bem com sua mãe aqui essa noite?

 

—Eu vou terminar o meu dever de casa e dormir mais cedo. Ficarei bem.

 

—Sua mãe comeu?

 

—Sim. Achei que tivessem se falado. Ela desceu há algum tempo para tomar água.

 

—Deve ter sido quando fui tomar banho.

 

—Bem, ela voltou para o quarto, mas parece que os enjoos passaram. — Elas pausaram quando ouviram o ronco do motor de uma moto se aproximar e parar próximo a casa, então as buzinas próximas. — Sua motoqueira chegou.

 

—Eu vou passar a noite na casa delas, mas se precisar de qualquer coisa eu volto, está bem?

 

—Não se preocupe, eu não sou mais uma criança. E minha mãe está em casa.

 

—Por isso mesmo. — Ela sorriu, oferecendo mais uma caricia em seu queixo antes de se afastar. — Se comporte.

 

—Boa noite.

 

—Me ligue antes de dormir.

 

Lana voltou a descer as escadas, pegando as alças da mochila e saindo da casa, trancando e se virando em direção a mulher na moto, que acenou em sua direção. Sorriu, caminhando lentamente até chegar à sua frente, recostada na moto, então soltou a mochila no chão e envolveu os dedos em sua nuca, aproximando seus corpos antes de beijar seus lábios. Laura sorriu em surpresa, mas retribuiu a investida, movendo as mãos pelas suas costas, aproveitando o beijo na mesma intensidade. Não se importaram com o passar do tempo, ficaram envolvidas ali até se afastarem lentamente, suas testas se apoiando.

 

—Eu podia me acostumar com isso. — Laura falou, ouvindo o riso de Lana. — Há um motivo?

 

—Daph disse que você estava mais distante ontem, mas em sua maioria eu só queria me aproveitar. Eu sempre quis saber como é beijar uma motoqueira.

 

—Bem... você tem beijado sua motoqueira por algum tempo, não chegou a uma conclusão?

 

—Eu posso parar se te incomoda. — Sorriu, pressionando a mão em seu ombro, mas sentiu suas mãos a mantendo perto.

 

—Não, não, você não está autorizada a parar. Eu posso ser usada pelo tempo que você precisar.

 

—Foi o que pensei.

 

—Mas Daphne... não gostou de mim?

 

—Ela está estranhando a relação por um todo. Mas só significa que preciso trazer vocês aqui mais vezes.

 

—Oh não, ela não gostou de mim.

 

—Foi apenas o primeiro dia, não se preocupe.

 

—Claro que me preocupo. Você criou aquela garota, eu sei que ela é importante para você. Não quero que ela me odeie.

 

—Ela não te odeia. Madson esteve aqui parte do dia, ela acabou revivendo parte de como costumava ser nossa rotina em Nova York. Deve estar sentindo falta disso e descontando essa saudade em nossa relação. — Ela selou seus lábios. — Não é sua culpa, só tenha um pouco de paciência.

 

—E como foi com Madson? Conseguiu o divórcio?

 

—Não. Ela tentou usar Iori para me fazer mudar de ideia sobre o divórcio, então a mandei embora. Eu vou falar com meu advogado, deve ter outra saída.

 

—Usar Iori? — Laura inclinou a cabeça, estreitando os olhos. — O que isso quer dizer?

 

—É uma longa história. Eu ainda tenho que explicar as coisas para Sasaki também, então prefiro falar com vocês duas ao mesmo tempo.

 

—Isso não parece bom.

 

—Não se preocupe, eu fui uma idiota, mas não vou deixar isso acontecer de novo.

 

—Deixar o que acontecer de novo?

 

—Você quer realmente saber isso aqui fora? Está frio e Sasaki está nos esperando.

 

—O que sua ex fez com Iori, Lana?

 

—Ela tentou deixar Iori com ciúmes, como ontem. — Falou após suspirar, afastando-se um passo de Laura. — Ela acabou atendendo meu celular, eu não vi, então começou a tentar se aproximar de mim, achando que por estar começando algo agora com Iori não iria durar diante dos anos que temos de casamento. — Laura segurou suas mãos, enlaçando seus dedos e a puxando para perto de novo. — Kristin está grávida de novo, Madson estava tentando usar isso como se o bebê fosse parar no meu colo, e que isso iria afastar Iori.

 

—Kristin grávida outra vez... — Laura mirou a casa. — Sua ex deve estar desesperada para te ter de volta.

 

—Eu não sei. Digo... entendo que há o risco de Kris fugir de criar essa criança, mas estou buscando não deixar isso acontecer.

 

—Bem... diga a sua ex que não fugimos tão fácil. — Laura voltou a envolver sua cintura. — Não tenho qualquer motivo para te deixar sozinha com uma criança no colo. Especialmente quando não quero você longe, e principalmente porque eu não tenho qualquer problema em ter uma criança.

 

—Então você quer um filho.

 

—Sim, eu quero. Seria incrível ter um filho com Iori e você.

 

Lana sorriu, voltando a envolver sua nuca e a puxar para si, beijando seus lábios e aprofundando o beijo lentamente, demonstrando seus sentimentos sem conseguir colocar em palavras. Estava feliz por saber que Laura a estava incluindo em planos tão duradouros, gostando da diferença de quando Madson a tinha proposto a mesma coisa, querendo prendê-la num casamento.

 

—Deveríamos ir antes que Sasaki pense que aconteceu algo. — Lana acariciou seu maxilar. — Antes que congelemos na neve também.

 

—Eu não sei... Está bem quente aqui para mim.

 

—Oh... não se preocupe. Eu vou te manter aquecida nesse inverno, hottie.

 

—Estou contando com isso.

 

Laura selou seus lábios, encostando a testa na dela, movendo uma mão até seu rosto e acariciando sua bochecha. Lana sorriu, mantendo-se perto, sentindo conforto e esquecendo o frio.

 

—Eu finalmente cheguei até você? — Perguntou num sussurro.

 

—Sim, e a tudo que isso acarreta.

 

—Era exatamente o que eu estava querendo.

 

—Mesmo as partes feias?

 

—Principalmente elas. Eu quero tudo.

 

—Então você terá tudo.

 

Laura a levou para a sua casa, aproveitando as caricias em seu abdômen que Lana não hesitou em oferecer no percurso, pressionada em suas costas e a mantendo aquecida. Já começava a escurecer quando chegaram, Laura levou a moto para a garagem enquanto Lana entrava pela porta dianteira, sendo recebida por Iori.

 

—Estava começando a me perguntar se Laura esqueceu que tinha que trazer você junto.

 

Lana deixou a mochila no chão da entrada e envolveu o corpo da mulher, acariciando seus cabelos e excluindo qualquer espaço que pudesse haver entre elas. Sorriu ao aspirar seu cheiro, recebendo as caricias em suas costas.

 

—Oh... você realmente quis dizer isso no telefone. — Iori falou mais baixo, beijando seu pescoço. — Eu realmente gosto disso.

 

—Obrigada.

 

—Pelo que?

 

—Por tudo. Você podia ter surtado, mas você simplesmente esteve do meu lado.

 

—Acho que saber que ela estava fazendo tudo aquilo para me provocar me fez não ser provocada. — Ela riu sutilmente. — Eu quase senti pena por perceber o desespero dela para chegar até você.

 

—Eu não senti qualquer pena por saber o que aconteceu. — Laura falou ao se aproximar. — Vou colocar essa mulher no lugar dela da próxima vez que ela pensar em encontrar com vocês.

 

—Você não precisa fazer nada. — Lana se afastou lentamente de Iori para a olhar.

 

—Eu não vou ficar parada quando sua ex tenta atingir Iori. Ou se continua mantendo esperanças em ter você.

 

—Oh, parece que alguém está procurando uma briga. — Iori falou em tom humorado, aproximando-se dela e envolvendo sua cintura. — Vem aqui meu cavaleiro de armadura. — Ela se equilibrou na ponta dos pés, Laura finalizou o percurso e a beijou.

 

—Você está bem? — Laura indagou, arrumando seus cabelos escuros para trás.

 

—Estou. Como foi seu trabalho?

 

—Exaustivo. Vários casos entraram hoje, uma ala entrou em reforma por causa de infiltração. E parece que Ian vai sair do hospital, conseguiu o trabalho num hospital maior.

 

—Quem é Ian? — Lana se aproximou devagar, abraçando Iori pelas costas.

 

—Acho que você não chegou a conhecer ele enquanto estava indo no hospital, ele é da UTI. Mas fizemos faculdade juntos. Ele que me recomendou para entrar na Santa Maria.

 

—Então são próximos.

 

—Ele é um idiota, mas é bom no que faz. Vai abrir um buraco nos atendimentos e vai acabar sobrecarregando os demais nessa saída repentina.

 

—Mais trabalho para você. — Iori suspirou e balançou a cabeça. — Você devia procurar outro hospital, querida. Eles só te exploram ali.

 

—Eu gosto do pessoal lá. Eles me escutam agora. Eu tenho um nome, se eu sair agora vou ter que refazer tudo.

 

—Você está fazendo doutorado, eles sabem disso. Você precisa de mais tempo para cumprir as horas, não de mais trabalho.

 

—Você vai ficar sobrecarregada, Laura. — Lana falou em tom preocupado. — Você não pode fazer tudo junto, vai acabar ficando cansada demais para continuar a tese.

 

—Eu vou continuar mantendo minhas horas, não vou aumentar. Eles sabem que perdem se me fizerem trabalhar além do combinado e não me pagarem por isso.

 

—Está bem. Mas se ficar cansada demais por causa da saída de Ian diga que tem recebido propostas melhores. — Iori sorriu de maneira conspiratória.

 

—Oh, você teve? — Lana perguntou com curiosidade.

 

—Sim. Mas não sei se me encaixaria.  — Laura fez uma careta. — São hospitais bem conservadores. Santa Maria sempre foi maleável.

 

—Eles sabem que você é boa demais para ficar ali para sempre. — Iori apertou suas nádegas.

 

—Por enquanto eu vejo como vai ficar. Se começar a ficar apertado demais eu tento um acordo com eles.

 

—Ou tenta outro lugar.

 

—Em último caso, sim. Mas chega de falar do meu trabalho. Você conseguiu trabalhar hoje?

 

—Sim, sim. Ainda tenho muito o que fazer, mas já tenho a cabeça no lugar agora. — Ela sorriu, estendendo o braço até encontrar os cabelos de Lana, envolvendo os dedos e acariciando. — Ao menos sei que vou viajar e te deixar em boas mãos agora.

 

—Você vai? — Laura sorriu, voltando a se inclinar para beijar seus lábios, aprofundando o beijo dessa vez.

 

Lana sorriu, afastando o cabelo de Iori e pressionando um beijo em seu pescoço enquanto acariciava sua barriga. Iori se afastou de Laura, um sorriso brincando em seus lábios.

 

—Vá tomar um banho, eu vou pedir que tragam a comida, pode ser?

 

—Claro, estou com fome.

 

—Eu vou mantê-la longe do saquê até você voltar. — Lana envolveu os dedos de Iori, voltando a abraça-la.

 

—Oh, não, mais uma contra meu saquê. — Iori falou em tom dramático.

 

—Mas você pode ter depois. — Laura falou num sorriso. — Se comportem.

 

Laura seguiu para as escadas enquanto Lana beijava o pescoço de Iori, acariciando suas mãos, fazendo-a rir baixinho.

 

—Você fica engraçada quando bebe saquê. — Falou contra seu pescoço. — Digo... normalmente você sempre é mais solta, mais leve.

 

—Essa é outra forma de você me acusar que dou em cima de você o tempo inteiro?

 

—Não é algo ruim. Eu te conheci assim, e gosto que continue assim. De qualquer forma você me tem agora, então...

 

—Verdade, eu posso fazer o que bem entender. — Ela se virou e deslizou os olhos pelo seu corpo. — Tire o casaco.

 

—Oh, dando ordens. — Sorriu, retirando o casaco e ficando com a blusa de manga mais fina. — Satisfeita?

 

—Não. Tire a blusa.

 

—Por que? Não gostou dela?

 

—Pelo contrário. Eu gostei.

 

Lana a entregou o casaco enquanto retirava a blusa, Iori pendurou o casaco atrás da porta de entrada, sorrindo quando viu a tatuagem em suas costas. Aproximou-se e beijou sobre sua coluna, movendo os dedos sobre as formas curvas em seu quadril, fazendo Lana rir sutilmente, empinando o quadril para a provocar. Iori mordeu o lábio, pressionando as mãos em suas nádegas por um momento antes de deslizar para a sua barriga, deixando seus corpos pressionados.

 

—Você não devia me provocar. — Iori falou em seu ouvido. — Sabe o que posso fazer.

 

—E não é sobre isso que se trata?

 

—Oh, não. Não hoje. — Ela riu baixinho. — Laura e eu temos esse estranho hábito de menstruar na mesma semana, então vou te cobrar em sua palavra de me manter em seus braços essa noite.

 

—É claro que irei. — Ela se virou. — Com sex* ou sem sex*, eu faria isso da mesma forma.

 

—Ótimo. Agora vou roubar sua blusa. — Ela sorriu ao pegar a blusa vermelha dela, tirando o moletom preto e vestindo a blusa de Lana, olhando-se para testar como tinha ficado. — Oh, eu sabia que ficaria bom em mim.

 

—Realmente, você fica bem de vermelho.

 

—Tem seu cheiro. — Iori envolveu seu pescoço. — Eu sempre levo algo de Laura durante as viagens, é um costume bobo que acabei cultivando.

 

—Não é bobo. É adorável. E estou feliz que queira me levar junto nessa viagem também. Mas vou sentir sua falta aqui. — Lana beijou seus lábios. — É bom quando está aqui também.

 

—Eu sei, vou sentir falta de vocês também. Principalmente agora, que você está aqui conosco. — Ela tocou sua barriga, movendo um dedo sobre a tatuagem do símbolo de ômega. — Essa é nova. — Ela pressionou o dedo no seu pulso, sobre a bússola onde havia um sol e uma lua. — Essa também. E essa, eu percebi que acrescentou mais coisas. — Ela deslizou sobre o resto do braço, para os pássaros em meio a várias flores coloridas e delicadas. — Mas estou curiosa sobre essa. — Ela voltou ao símbolo na sua barriga.

 

—Ômega? Por que?

 

—Ele tem algum significado para você? Eu só sei que ele é uma letra do alfabeto grego.

 

—Todas as tatuagens tem um significado, querida.

 

—Eu vou entender se não quiser falar. Digo... foi depois que te deixei ir embora, eu sei que não tenho direito de saber. Mesmo Laura não me contou o significado de todas as tatuagens dela.

 

—Isso é uma surpresa. — Lana ergueu as sobrancelhas.

 

—Sim, mas é porque é algo só dela. Então eu respeito o espaço e a privacidade em relação a própria pele dela.

 

—Eu posso entender. Bem... essa daqui é algo que venho pensado em fazer há algum tempo. Significa o fim. Eu vim para Chicago e estive terminando diversas coisas nos últimos tempos, então achei que seria bom marcar algo tão importante.

 

—Nosso fim.

 

—Eu não achei que ainda fosse me procurar, então sim, nessa altura eu tinha considerado nosso fim.

 

—Ainda assim você aceitou começar de novo.

 

—E estou aqui agora.

 

—Por que? Digo... se aceitou que podia ter sido nosso fim, por que dar outra chance?

 

—Porque foi o fim para aquela fase que tivemos. Todos aqueles momentos, toda a tristeza, a separação. Agora é diferente. Achei que devia dar uma chance a algo novo, ao que ainda podia acontecer. — Ela segurou o rosto de Iori e o ergueu, acariciando suas bochechas, mas percebeu o conflito em seus olhos. — Meu amor, eu prefiro olhar para frente, para o que posso formar de bom com o agora.

 

—Desculpa. E se-

 

—Não importa. Estou aqui, estamos juntas. — Ela pegou o moletom de suas mãos e começou a vestir, definindo ser uma roupa de Laura pelo tamanho. — E você devia estar pedindo a comida, ou Laura vai morrer de fome.

 

—Isso é verdade. Eu vou ligar para o restaurante, fique à vontade.

 

Lana suspirou enquanto se afastava, percebendo que Iori continuava incomodada, mas não sabia o que fazer para melhorar isso, então seguiu em direção a sala, sentando-se no sofá. Moveu a perna operada, massageando sobre a nova cicatriz sobre a calça, tentando se entreter da incômoda sensação de ter uma parte de si que causou o afastamento de Iori.

Fim do capítulo

Notas finais:

Tudo em seu devido tempo :)


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Comentários para 11 - Nono:
Lea
Lea

Em: 03/08/2021

Será que a Kris foi embora?? Certamente ela ouviu a conversa da Lana!

 


Resposta do autor:

Bisbilhoteira essa Kris né?

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