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- Cadê a Elza Tarcísio? - a Alanis perguntou ao vê o irmão entrar sozinho na copa.

- Ela entrou num dos carros e se dirigiu para a saída da propriedade. -

- Como assim, ela foi embora sem me dizer nada? - a Eva perguntou sem entender o comportamento da irmã.

- Eu não sei, nós estávamos conversando depois que ela saiu do toalete e em vez de me seguir se encaminhou para a saída. - o Tarcísio falou sem graça.

- O quê você falou para a minha cunhada em seu bocó? - 

- Eu não disse nada demais, só que perdi o cartão que ela me deu quando nos conhecemos na estrada, e pedi desculpas por não ter ligado pra ela. - 

- Ah! Agora eu entendi tudo! Então é você o cara que balançou o coração da Elzinha! Meu Deus que mundo pequeno! - a Letícia falou divertida.

- Quem é essa Elzinha meninas? - o José perguntou.

- É a moça que eu te falei papai! - o Tarcísio confessou envergonhado.

- E porque ainda está aí parado? Vai atrás dela rapaz! - o senhor Fernando falou dando um cutucão no neto; o Tarcísio então correu para o carro, e saiu em disparada.

- Ei garota, o quê você fez hein, pra bater o carro nesta árvore tão longe da estrada? - o Tarcísio perguntou pra uma Elza semi inconsciente com um pequeno ferimento na testa, provocado por um estilhaço do vidro que quebrara com o impacto da pancada. Ele abriu a porta do motorista, soltou o cinto de segurança dela, verificou os sinais vitais, ela respirava bem só fora o susto da batida, o rosto delicado estava banhado em lágrimas, e aquilo fez o coração do Tarcísio doer. A Elza acordou assim que ele passou uma gaze embebida numa solução antisséptica no ferimento.

- Ai, isso dói sabia! - ela falou fazendo uma careta.

- Eu sei, mas logo passa.- 

- Porque veio atrás de mim? - 

- Porque desde que te encontrei não tem um dia que não pense em você! - 

- Porque não disse isso lá? - 

- Porque eu fui covarde, mas isso não vem ao caso agora. Eu vou te levar de volta no meu carro, se não daqui a pouco a Letícia vai querer comer o meu fígado junto com a tua irmã, se não trouxer você sã e salva. - ele falou a pegando no colo.

- Ei, eu posso andar! - 

- Você sofreu um impacto, melhor não arriscar nesse momento. -

- Tudo bem. - ela concordou, até porque estava adorando aqueles braços fortes em torno de si.

- Você nem é tão leve quanto imaginei. - Ele falou ao colocá-la no chão enquanto abria a porta do carro.

- Eu sou uma falsa magra, músculos pesam um pouco. - ela falou quando se acomodava no banco do carona.

- Elza minha irmã o quê houve com a tua testa? - a Eva perguntou preocupada ao supor que tinha um ferimento coberto com um pequeno curativo.

- Não foi nada, só um pequeno corte do estilhaço do parabrisa. Eu bati o teu carro numa árvore ao desviar de um coelho branco, que surgiu do nada na minha frente. Me desculpem ter saído sem falar com vocês! - a Elza falou envergonhada.

- Dos males o menor vermelhinha, seja bem-vinda, senta aqui, e bora comer! - o senhor Fernando fez graça puxando a cadeira do seu lado para que ela sentasse.

- Vovô! - o Tarcísio reclamou.

- O quê foi? É bom que ela acostuma logo com o apelido! - o Tarcísio balançou a cabeça em negativo, e os demais riram felizes, afinal foi só um susto.

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-  Você poderia vim morar em Recife Antônia, pode transferir a tua faculdade para cá! - o Francisco falou pensativo.

- Não posso saí de Petrolina agora, pois ajudo o meu pai e a minha mãe a cuidar do nosso sítio e do da tia Azira também. E depois nunca pensei em morar em outro lugar, senão em Cristália.

- Eu entendo, já eu moraria em qualquer lugar, desde que estivesse feliz e podendo trabalhar. - 

- É fácil você arrumar algo por lá, pois eis bastante comunicativo. Pode trabalhar no sítio com o meu pai, ele até falou que precisava arrumar mais gente pra ajudar na época da colheita das frutas. - a Antônia fez a sugestão brincando, mas sabia que realmente, logo eles precisariam de mais alguns braços pra ajudar.

- O meu irmão não iria gostar que eu me separasse dele. - 

- O teu irmão precisa é tomar coragem e se declarar para a Kate, pois está na cara que os dois se gostam. E vocês não precisam morar juntos a vida inteira pra garanti não se separarem. Poderão está cada um em um canto do mundo, mas juntos no pensamento. - 

- Verdade! Eu tenho uma idéia pra juntar esses dois de uma vez; façamos dois bilhetes Antônia! Você faz um anônimo para a Kate como se fosse um rapaz, pedindo pra ela o encontrar no jardim, e dá um jeito do Dico ler. Enquanto isso, eu peço a Nati pra fazer o mesmo para o Dico, e deixar perto da Kate. - 

Complicado isso viu, mas pode dá certo! - a Antônia concluiu e seguiram com o plano.

- Ah, mas que ousadia desse camarado! Eu vou lá olhar para a cara dele! - o Afonso resmungou assim que leu o bilhete, seguindo em direção ao jardim. Enquanto isso do outro lado, a Katrina que descansava numa rede, e lia um pequeno gibi com a Bruninha, não percebeu quando a Natália deixou o bilhete dentro da revistinha, mas ao folhear, o papel caiu em seu colo, e ela curiosa leu o conteúdo.

- O quê é isso? "Dico, eu estou te esperando no jardim próximo as roseiras!" - ela leu em voz alta, e a Antônia que a observava, ouviu, viu quando ela seguiu furiosa em direção ao local, riu torcendo que o plano desse certo, e foi encontrar o Francisco, que já sorria do jeito que o irmão ficou.

- Cadê a sirigaita que marcou o encontro com você aqui? - a Katrina perguntou dando um tapa no braço do Afonso.

- Eu que te pergunto onde está o marmanjo que te enviou este bilhete? - falou entregando o papel para ela que leu: "Chinesinha linda, me espere próxima as roseiras que já chego!" 

- Ué, mas o bilhete que eu achei dentro da revistinha foi esse! - ela entregou, o Afonso leu e começou a ri, entendendo que tinham caído numa pegadinha, possivelmente na armação do Francisco. - Para de ri, ficou maluco? - a Katrina perguntou brava.

- Não, minha chinesinha linda! - o Afonso falou emocionado enquanto estendia uma rosa vermelha que colhera alí no jardim, pois entendeu que a Katrina também gostava dele na mesma proporção, por isso a demonstração de ciúmes idênticas.

- É, não brinca comigo Dico! - ela falou tocando levemente no talo da flor bem próxima a mão dele.

- Eu não estou brincando Kate. - falou sem desviar do olhar que também se estreitara mergulhando no seu.

- Beija logo lerdo! - o Francisco gritou feliz, a Katrina pulou na cintura do Afonso que a beijou apaixonado, e a platéia que assistia bateu palmas.

- Você tinha toda a razão mesmo amor! - a Adriana falou para a Tatiana que sorria junto com a Letícia, a Eva, a Alanis, a Ayla, a Tássila, a Natália, o Afonso, a Antônia, a Quézia, a Flávia, e os demais que chegaram depois das palmas.

- Esse natal vai ser inesquecível! - a Elza falou quando o Tarcísio entrelaçou os seus dedos com os dela.

- Vai sim moça linda! E quero te pedir que tenha paciência comigo, vamos nos conhecendo aos poucos a cada dia, e vê no que vai dá. - ele falou sincero, e a Elza se encantou mais um pouco.

- Tudo bem, eu compreendo que não é fácil recomeçar. - ele assentiu, e os dois se abraçaram afetuosamente.

- Acha que dará em casamento? - o José perguntou para a esposa enquanto observavam o filho abraçado com a recém chegada.

- Ele puxou a você, e a teu pai; são homens de uma mulher só, a Luna se foi, mas Deus mandou essa daí; então pode mandar engordar o boi para o churrasco. - a Joana falou cheia de fé.

- Eu acho que temos que colocar quatro bois pra engordar. - o José falou sério.

- É verdade querido, mas a Alanis, a Tássila, e a Letícia estão um passo a frente do Tarcísio. -

- Eu concordo contigo filha, pois a Alanis já mandou engordar os bois junto com a Tássila. - o velho Fernando falou risonho.

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- Agora me conta dona Elza, que história maluca foi essa tua com o irmão da Alanis? E porque saiu dirigindo feito louca, e bateu o meu carro numa árvore? - a Eva perguntou para a irmã assim que ficaram a sós.

- É quê me deu uma angústia quando ele me disse que só lembrava de mim as vezes quando passava no local onde trocou o pneu... - a Elza contou todo o conteúdo da conversa com o rapaz. - Eu precisava ficar sozinha, só que um coelho branco se materializou na frente do carro, então o jeito que eu tive foi jogar pra fora da estrada ou atropelava o bichinho. - a Eva ouviu o relato, soltou uma gargalhada e acabou levando um tapa no braço.

- Ai! Agora você sentiu na pele, o quê é ficar de quatro por alguém e descobriu que não é imune. - a Eva falou sem deixar de ri.

- Poxa, mas não precisa você ri tanto assim; eu estou me sentindo uma completa idiota. A família dele deve ter me achado uma desequilibrada. Nunca tinha ficado assim tão desnorteada por causa de um homem, nem por nada, e o pior é que descobri que vou competi com a falecida. - a Elza falou sem graça.

- Deixa de bobagem minha irmã; ainda que fosse uma ex noiva, você não teria que se sentir assim. O quê você deve dá importância é ao fato dele também ter sentido atração por você, tenha paciência, vá conquistando o teu espaço na vida dele, e deixe essa Luna em paz. Ela fez parte do passado dele, mas você é o presente, e consequentemente o futuro. - a Eva concluiu.

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- Eu estou tão feliz meu amor, que as vezes sinto medo de quê algo muito ruim aconteça e tire a nossa paz. - Eu também tenho essa sensação esquisita, mas acredito que seja por causa dos transtornos que passamos naquele dia. Não temos mais barreiras para ultrapassar a não ser as nossas próprias diferenças, e com calma iremos nos enquadrando a medida que formos nos conhecendo mais. - a Alanis falou enquanto abraçava, e fazia um cafuné na amada.

- Você é um sonho maravilhoso, uma mulher incrível, não sou merecedora de ter te encontrado. -

- Eu que não merecia ter uma garota linda completamente apaixonada por mim. Você é tudo que eu precisava encontrar minha princesa Ayla! -

- Você que é minha delegada! - as duas sorriam entre os beijos.

- Eu me sinto uma adolescente de quinze anos. - a Alanis falou olhando profundamente nos olhos da amada. - 

- Então somos duas garotas descobrindo a força do amor. E eu estou te amando mais ainda por conta dessa tua família maravilhosa, que acolheu não só a mim, mas a minha família, e os meus amigos. Muito obrigada por nos incluí na tua vida! - a Ayla falou emocionada.

- Oh meu amor, o quê fizemos foi retribuí um pouco de todo o carinho que vocês nos deram desde o nosso primeiro encontro. Eu também agradeço por vocês terem nos recebido, e aceitado passar esses dias conosco. - a Alanis concluiu feliz, e a Ayla a abraçou forte.

- Amor, falando em família, eu estou achando mainha diferente, umas duas vezes olhei pra ela, e a encontrei com um sorriso largo nos lábios, mas não sorria pra mim sabe, ela ria atoa mesmo. Ela chegou radiante na copa pra tomar café, não sei se você percebeu. E tem mais, mainha sumiu da festa. Se ela não fosse hétera, e eu não tivesse visto a Bernadete dançando o tempo todo com aquela mulher depois que mainha saiu, ficaria pensando se não fora ela a mulher com quem passou a noite. - 

- Ah, a tia Lena também se recolheu cedo. Eu acredito que tanto uma como a outra estavam cansadas mesmo, por isso saíram. - 

- Não sei, durante esses três meses que passei com ela nunca vi aquele brilho nos olhos dela. Dona Azira conheceu alguém interessante nesta festa então; resta-nos saber que foi o felizardo. -

- Ou a felizarda! - 

- Impossível Alanis! Mainha é totalmente hétera! -

- Eu também achava que era, até você me dá aqueles beijos maravilhosos, e me mostrar o quê é ter verdadeiros orgasmos. - a Alanis falou no ouvido da Ayla que sentiu o seu sex* dá uma fisgada.

- Mulher não provoca, que aqui não me sentirei confortável em fazer amor. - 

- Está com medo da mamãe? Aposto que a essa hora ela já fez um amor gostoso com o meu pai, ou estão fazendo. E só pra constar; o quarto deles fica no térreo, essas lages levaram camadas de isopor quando o assoalho foi trocado pra abafar barulhos inconvenientes. - a Alanis falou já rouca enquanto acariciava um dos seios da Ayla que ficou durinho.

- Mesmo assim me sentirei envergonhada pela manhã ao acordarmos com cara de pós sex*. - 

- E vai me deixar dormir assim? - a Alanis perguntou segurando na mão da outra e colocando sobre a sua calcinha encharcada.

- Ah mulher, isso é golpe baixo! - a Ayla falou enquanto acariciava o sex* da amada sob a calcinha.

- Ela está louquinha pela tua. Tira logo essa cuequinha sexy e encaixa a tua delícia em mim vai! - a Alanis praticamente gem*u as palavras, acariciou o nervo já duro da Ayla, e puxou a calcinha box pra baixo.

- Ah! A Ayla gem*u gostoso enquanto facilitava a retirada da peça; tirou também a da Alanis, e sem mais resistência se encaixou na sua amada que lhe esperava ansiosa.

- Ai minha gostosa que delícia senti esse negócio duro, molhado, e quente em mim! - a Alanis gem*u apertando o bumbum da Ayla que se remexia sobre si provocando uma onda de prazer.

- Gostosa é você, e a culpa dele está assim é tua mulher... Ah, ah, ah! - a Ayla se movimentava num ritmo prazeroso para ambas procurando prolongar o prazer.

- Ai meu bem, que gostoso assim! Ah! Ah! Ah! - a Alanis gritou erguendo o corpo e desabando nos espasmos, enquanto sentia o seu líquido se juntar ao da sua amada que também tremia, mal conseguindo respirar.

- Você está cada vez mais maravilhosa minha mulher! - a Ayla falou ainda ofegante.

- Você também minha menina! - a Alanis falou beijando na boca da Ayla bem de levinho, e assim adormeceram felizes.

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- Letícia, eu vi uma coisa hoje cedo e estou com a língua coçando pra te contar. A Nati acha que é delírio meu por causa das taças de vinho que tomei, mas eu tenho certeza que não. Me diz uma coisa; a tia Lena também gosta de mulher? - a Tássila perguntou quando se viu a sós com a amiga.

- Não sei te dizer com toda certeza, mas acredito que ela teve um lance com uma tal Maria quando era mais nova; porque quer saber? - 

- É que eu fui beber água e acho que quase vi a tia Lena dando um selinho na mãe da Ayla, ou melhor, finalizando uma bitoquinha bem gostosa. -

- O quê! Se fosse outra mulher eu até iria cogitar essa idéia, mas com a mãe da Ayla... Ah perai, no dia que aconteceu o rapto da Alanis com a Ayla e toda aquela ação da gente na fazenda do Gutierrez, eu percebi certos olhares entre a tia Lena e a Azira; então dei um jeito de deixá-las sozinhas. Será que rolou alguma coisa? As duas saíram cedo da festa. -

- Se rolou algo além da bitoca eu não sei, mas o dia já estava amanhecendo quando elas se se recolheram. -

- Elas viram você? -

- Claro que não, nem olharam para trás! -

- Ah! Então elas estavam juntas em algum canto mais tranquilo da casa. - a Letícia falou pensativa.

- Posso saber de quem as duas estão fazendo conjecturas? - a Eva que ouvira parte da conversa perguntou.

- A Tássila acha que viu a tia Lena dando um selinho na Azira. - a Letícia informou.

- Vocês duas só faltam se juntar com a minha irmã pra fazer suposições; até onde eu sei a Azira gosta é de homem! -

- Ha, ha, ha! Você também gostava de homens né Eva! - a Tássila falou divertida.

- O meu caso é bem diferente, pois essa morena me seduziu; já o quê você supôs ter visto pode ser apenas um beijo no rosto que foi percebido no ângulo errado. -

- Não senhora, o quê eu vi foi o final de uma bitoca muito bem elaborada. E onde as duas estão agora, você sabe? - a Tássila insistiu.

- Bom, quando eu saí do quarto que vou dividir com a Elza, a Azira entrou no quarto que ela divide com as crianças, e a Lena estava conversando com a Maria alí do outro lado. - a Eva confirmou.

- Depois eu vou tirar essa história a limpo, a tia Lena é muito discreta, mas eu vou jogar uma indireta certeira nela. -  Letícia falou.

- Ah! Me ocorreu uma coisa aqui; será que a Maria que você acha que teve um lance com a tia Lena, não é a nossa Maria? Cara, só pode ser! É por isso que elas se conhecem desde a adolescência! Aquela raiva toda da Maria quando soube da Nati comigo, só pode ter sido dor de cotovelo, por não poder saí do armário! - a Tássila falou convicta.

- Será? Existem tantas Marias! - a Letícia duvidou.

- Parem já com isso as duas! Que coisa feia! - a Eva falou brava.

- Então vem cá me dá uns beijos! - a Letícia falou puxando a Eva pra sentar em seu colo.

- Sossega criatura, será que não bastou a dona Joana ficar sem graça ao nos surpreender no maior beijo lá na copa depois que todos saíram pra varanda após o almoço? - a Eva tentava de todo jeito se esquivar dos braços da namorada, mas sem sucesso.

- Vamos para o quarto então amor; a Elza pode ficar com a tia Lena. - a Letícia falou baixinho.

- Você quer me matar de vergonha, não basta a saia justa de mais cedo? Não Letícia, vai tomar uma ducha fria e sossega essa periquita; porque eu vou fazer o mesmo! - a Eva falou, e ficou completamente vermelha ao perceber que a Helena, a Azira, o Tarcísio, a Elza, a Natália, e a Tássila riam as gargalhadas observando as suas tentativas vãs de sair do colo da Letícia.

- Domando a fera direitinho em cunhada! - a Elza provocou a irmã.

- Olha só quem fala! A mulher que se considerava a indomada, e imune a paixão. - a Eva devolveu a provocação assim que a Letícia a soltou, e saiu apressada do local deixando os demais rindo com gosto.

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Assim que o dia amanheceu na segunda-feira, a Azira acordou e não conseguiu mais dormir, pois começou a pensar nos últimos acontecimentos da sua vida alí naquela fazenda; tomou um banho demorado, se arrumou, ajeitou a sua mala com as coisas das crianças, e as dela também para só então acordá-los. A Alanis estava de folga, e tinham combinado de passarem o dia na praia de Boa Viagem no Recife com as crianças, entre outras atrações que se seguiria até a noite.

- Vocês já estão indo embora? Podem me dá uma carona? Eu vim de moto com a Letícia, mas ela pretende voltar só a tarde, e eu tenho que organizar umas coisas lá na despensa do restaurante. - a Helena falou se dirigindo a Alanis, e a Ayla que junto com a Adriana, e a Katrina guardavam as bagagens no carro.

- No meu carro cabe mais um, se você não se importar de andar num carro velho! - a Azira brincou, e a Helena sorriu largo ao olhar na direção da voz e vê a cabocla ao lado de um antigo corcel azul completamente restaurado.

- Nossa, mas isso é uma relíquia, e de velho ele só tem o ano de fabricação! - a Helena falou se aproximando encantada com o carro, e a dona dele,que a olhava como se estivesse hipnotizada; o quê não passou despercebido das demais que observava a cena.

- Pode ir com a Azira tia Lena, a Adriana vai voltar com a Tati, mas o Dico, e a Kate vai com a gente. - a Alanis falou sorrindo, o quê tirou as duas mulheres do transe.

- E eu vou com o Tico no carro do capitão Borges! - a Antônia falou animada.

- É, parece que o cupido não tirou férias no natal; porque foi cada flechada! Ai, ai como eu queria ser uma mosquinha! - o Paulo falou pensativo enquanto olhava da Azira para a Helena.

- O que o senhor disse professor? - a Ayla perguntou.

- Na, nadinha índia! -

- Se o senhor se transformar em mosca vai morrer logo. - o Alan que tinha prestado atenção falou divertido.

- Deus me livre e guarde príncipe Alan! Eu quero é viver e muito! - o Paulo falou e entrou no carro apressado.

- E então, qual é o programa de hoje com as crianças? - a Helena quis saber assim que pegaram a estrada.

- Praia de Boa Viagem, entre outras coisas que a Alanis planejou com a Ayla. Quer vir com a gente? -

- Não sei, você quer que eu vá junto? - 

- Se você não for se ocupar no restaurante sim. -

- Eu não abro dia de hoje, nem aos domingos; só preciso vê uma coisa rápida na despensa, e vestir algo mais adequado para a praia. Prometo não demorar mais que vinte minutos. - a Helena concluiu.

E assim começando pela praia a Helena acompanhou a Azira com as crianças e amigos naqueles dias, visitando também o Instituto Ricardo Brennand, a casa Parraxaxà onde os pequenos se divertiram por conta dos garçons vestidos como cangaceiros, a casa de Banhos, a Casa dos Frios, as barracas do Alto da Sé que chegaram através do Trenzinho, o mercado da Ribeira, e o museu do Mamulengo em Olinda. O Recife antigo com suas belas construções históricas. A Embaixada dos bonecos onde tiraram muitas fotos, o Parque Dona Lindu, entre outras coisas, encerrando as visitas quinze dias depois com o passeio de Catamarã pelos rios Capibaribe e Beberibe de onde puderam admirar os prédios históricos do Recife de um ângulo diferente.

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- Gente, eu estou pasma! Desde que eu era adolescente não lembro da tia Lena arredar o pé daquele restaurante pra fazer turismo, mas parece que a Azira e as crianças balançaram as estruturas da minha mãezona. Porque ela só fazia o básico no restaurante nesses quinze dias que tirou de férias para passear com a cabocla mãe, as crianças, e os amigos. - a Letícia falou durante um almoço na casa da Alanis.

- Eu já estou com saudades de mainha e dos meus irmãos, semana que vem ela e os demais viajam de volta. Eu até tive esperança que com esses passeios todos com a tia Lena ela se inspirasse a mudar pra cá. - a Ayla falou melancólica, enquanto preparava para ir trabalhar no quiosque que alugara na praia junto com os amigos.

- Não fique assim amor; sempre que eu tiver uma folga maior nós iremos até lá, e nas férias de junho eles virão para cá! - a Alanis falou beijando a cabeça da amada.

- Boa tarde, nós temos uma ordem de busca e apreensão aqui no estabelecimento de vocês! - um policial militar acompanhado de mais quatro,falou entregando o papel para o Dico que estava no balcão do quiosque.

- Não vendemos nada ilegal senhores! - o Dico falou confiante.

- Recebemos uma denúncia anônima, se estiver limpo não haverá problemas. - um outro PM informou, e logo começaram as buscas.

- Olha só o quê encontramos aqui nesta mochila tentente! - três policiais falaram em uníssono quando esvaziaram uma pequena mochila.

- O quê é isso? - o Dico perguntou preocupado.

- Isso aqui é o teu passaporte para a prisão garoto. Comprimidos de êxtase, droga ilegal! - um dos cinco PMs informou.

- O quê está acontecendo aqui, e porque o senhor está com a minha mochila? -

- Então a mochila com as coisas são tuas? -

- Sim, só não entendo porque vocês estão aqui, e quê remédios são estes aí? - a Ayla perguntou mas já sabia o quê eram.

- A senhorita está presa sob suspeita por tráfico de drogas, e terá que nos acompanhar até a delegacia, Ayla Handara! - o tenente informou.

Fim do capítulo