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Todos os anos desde quê o senhor Fernando Carreras casou com a já falecida Teodora quê a fazenda promovia a tradicional festa da troca de presentes entre os patrões, amigos mais íntimos e empregados, e a distribuição de presentes para as crianças da fazenda e região. A cada ano foram surgindo mais pessoas, e a festa ganhou certa fama em Jaboatão dos Guararapes. A troca e entrega dos presentes acontecia depois da grande ceia natalina que começava a partir das dezoito horas; e era feita da seguinte forma: Todos os presentes eram colocados debaixo da grande árvore de natal, distribuídos em algumas cestas e identificados nas seguintes categorias: crianças com menos de três anos, dos três aos doze anos, adolescentes meninos, meninas, homens e mulheres. Respeitando esses critérios, depois de cearem, cada um por sua vez pegava um dos presentes para si ou o oferecia pra alguém, e assim sucessivamente até não restar nenhum presente nas cestas. Também poderia haver troca dos presentes entre os participantes caso ganhasse algo que não fosse adequado para si. Depois acontecia uma grande festa dançante com a presença de artistas locais oferecendo músicas diversas, mas sem faltar o tradicional forró.

- Eu estou muito feliz minha querida! E tenho certeza que a minha mãe de onde ela está também se sente feliz em vê que a sua idéia só cresce ano após ano alcançando mais pessoas. - o José Carreras falou para a esposa enquanto olhavam para os novos amigos da Alanis, e da Letícia colocarem os presentes que trouxeram nos locais exatos.

- Verdade meu amor, então só nos resta começar logo pra não ficar muito tarde para as crianças pequenas. - a Joana concluiu, e o José fez sinal para que o senhor Fernando fizesse as honras da casa presenteando a primeira pessoa, e assim fosse seguido pelos demais.

- Eu comprei esse presente intencionalmente pra pessoa que eu vou escolher; Maria! "A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e que esquivando-nos do sofrimento, perdemos também a felicidade!" Eu não lembro quem escreveu isso, apenas li num livro. O tempo está passando filha, aproveite e seja feliz! - o patriarca concluiu abraçando a governanta da casa, que ele amava como uma filha.

- Nossa! Obrigada pela honra tio Fernando! - a Maria falou emocionada retribuindo o abraço, e entendendo o significado daquelas palavras quando abriu o seu presente entre os aplausos da pequena multidão, e se deparou com um objeto de decoração muito lindo, uma ampulheta de vidro com sua areia dourada numa das extremidades. Mas não foi só a Maria que entendeu aquela mensagem; mais pessoas alí também tomaram a decisão de não perderem mais tempo.

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Eram quase vinte e três horas quando a Azira sentou-se cansada num dos bancos do jardim; algumas pessoas já tinham se retirado, as crianças estavam dormindo, e os demais bebiam, dançavam, então ela resolveu caminhar um pouco; mas meia cansada e suada parou alí.

- Oi, posso sentar aqui contigo? - a Helena falou aproximando com duas taças numa mão, e uma garrafa de espumante branco gelado na outra.

- Sim. - sorriu dando mais espaço para que a outra se acomodasse.

-  Lá está um pouco agitado, barulhento, então quando vi você saindo resolvi segui-la, e ao vê-la sentada aqui tomei a liberdade de trazer essa bebida pra nos refrescar. Aceita beber um pouco? - a Helena falou cuidadosa, pois não sabia em que terreno estava pisando, e a Azira sorriu mais uma vez, ao perceber um certo embaraço na outra.

- Adorei a tua idéia, pois estou um pouco cansada, suada, então nada melhor que uma bebida refrescante com uma boa companhia. - a Azira falou retirando os cálices da mão da Helena, o quê fez com que os seus dedos tocasem na mão da mulher provocando um arrepio gostoso em ambas.

- Ótimo que tenha gostado, e já que está com calor, que tal darmos um mergulho na piscina? - a Helena convidou sapeca.

- Ah! Mas não é pra tanto, e não estou vestida adequadamente. - a Azira falou olhando para o seu vestido longo, estampado com flores verdes e amarelas.

- Eu também não, mas com você eu me aventuraria a dá uns mergulhos a essa hora da noite. - a Helena provocou divertida.

- Melhor não, pois vai que mais alguns têm a mesma idéia e nos pega só de lingerie dentro da piscina! Eu notei que a água é bem transparente. E eu estou sem a parte de cima. - a Azira confessou, a Helena olhou em direção ao busto da mulher, notou o volume dos seios tamanho médio pelo decote discreto do vestido de alças finas, imaginou os mamilos marrons bem durinhos na sua boca, salivou, e engoliu em seco.

- É, você está certa! - a Helena falou, e corou ao perceber que a Azira notou o seu olhar guloso nos seios dela.

- Está tudo bem? - a Azira perguntou quando a outra desviou o olhar de si o fixando num ponto qualquer.

- Sim. - a Helena falou sorvendo o último gole da bebida. - Bom, eu acho melhor eu voltar pra lá! - levantou pegando a garrafa vazia e as taças.

- Não! Vamos para um lugar mais confortável, garanto que ninguém está sentindo nossa falta. - a Azira falou tomando a garrafa da mão da mulher, e sem saber bem o porque segurou na mão dela, e saiu caminhando em direção a grande varanda que ficava ao lado do por do sol. A Helena apenas sorriu com a atitude da mulher, e a seguiu.

- Ah não, eu já fico tonta com um pequeno balançar de rede, e depois de beber vou ficar enjoada. -

- Te garanto que hoje não! - a Azira falou a puxando pra sentar ao seu lado em uma das grandes redes que estava estendida alí.

- Eu acho que assim parada não terá problema mesmo. - 

- Me fala um pouco de você Lena! - 

- O quê quer saber? - 

- Não sei, o quê você achar que pode compartilhar. - a Azira pediu, e a Helena fez um resumo sobre si, mas omitiu o seu caso com a Maria, pois não achou necessário falar sobre o seu passado com tantos pormenores. A Azira também falou um pouco de si omitindo poucas coisas, e assim em poucos minutos elas estavam rindo como se fossem colegas de infância.

- Você fez eu me senti tão leve Lena! - a Azira falou passando os dedos numa mecha dos cabelos da Helena que caira displicente na testa.

- Eu te digo o mesmo Azira. - a Helena falou, e num gesto espontâneo pousou a cabeça no colo da mulher, que sem cerimônia alguma começou a lhe fazer um cafuné suave.

- Muito gostoso isso. Assim você vai me fazer dormir. - 

- Dorme ué, não tem problema! - a Azira falou sentindo um calor gostoso entre as pernas, por causa da proximidade do corpo quente da mulher e o cheiro suave do perfume floral que ela exalava.

- Seria muito bom dormi assim no teu colo, mas nesse momento não é o quê quero fazer. - a Helena confessou tomada por um calor na sua intimidade que pulsava forte. Fazia anos que não sentia tanto tesão, e movida por uma ousadia que não lhe era peculiar, sentou fitando os olhos negros da mulher que prestava atenção em suas palavras; mirou a boca carnuda, passou o polegar da mão direita numa suave carícia, viu que os olhos dela se estreitaram um pouco, e depois se fecharam; então a Helena aproximou devagarinho, beijou um canto da boca, depois o outro lado, a Azira suspirou agoniada, não sabia o quê era aquilo, mas estava gostando daquele carinho, da proximidade daquela mulher, e quando finalmente a Helena beijou a sua boca suavemente, a Azira entreabriu os lábios e permitiu que a língua macia e quente invadisse a sua boca. - Me desculpe Azira, não resisti ao desejo de experimentar o gosto da tua boca, se quiser pode me bater. - a Helena falou nervosa quando se afastaram ofegantes.

- Eu imaginava que sim Leninha, mas não quero te bater. Eu nunca tinha sido beijada assim antes, com esse cuidado, e carinho todo. A Ayla me disse que o beijo de uma mulher era o melhor beijo, e eu acabei de constatar que sim. - a Azira falou séria para uma Helena completamente vermelha, e sem esperar resposta beijou os lábios da mulher que não teve outra reação senão receber a língua quente da cabocla que em segundos sugava a sua, lhe deixando completamente excitada, e logo sentiu a calcinha molhar. A Azira se deliciava com a língua macia da Helena na sua boca, sentia o seu sex* contraí, sabia está completamente molhada, não imaginava como seria depois dali, mas naquele momento decidiu fazer o quê o seu instinto pedia; então ch*pou a língua, os lábios da Helena com fome, acariciou as costas da mulher que soltou um gemido abafado pelo beijo.

- Nossa! Você é muito gostosa cabocla! - a Helena soltou ofegante quando conseguiram se separar. Ambas respiravam pesado, os corações batiam forte.

- Isso é uma loucura, mas você tem um beijo delicioso! - a Azira confessou meia envergonhada, e agradeceu por não ser branca, ou estaria vermelha dos pés a cabeça.

- Uma loucura deliciosa! O teu beijo foi muito melhor do que imaginei. - a Helena falou procurando a boca da Azira novamente.

- Melhor voltarmos lá pra festa, antes que comecem a nos procurar. - a Azira falou, mas acabou não resistindo àquela boca rosada que estava lhe tirando o juízo.

- Ninguém vai se preocupar conosco, a não ser que você queira ir vê como estão as crianças. - a Helena falou divertida com o medo que a Azira demonstrava de ser surpreendida.

- Eles não acordam assim, mas sei lá, a Ayla pode notar que eu sumi e se preocupar. - 

- Duvido que a Alanis deixe a Ayla raciocinar direito, aposto que uma hora dessas elas estão se divertindo na festa, ou já fugiram pra algum canto, e estão namorando assim como nós duas. - a Helena falou, e a Azira arregalou os olhos.

- Nós estamos namorando? - 

- Você tem alguma dúvida? - a Helena perguntou movendo-se mais pra perto da Azira de maneira que acabou sentando no colo dela com uma perna em cada lado, e a beijou profundamente enquanto se remexia freneticamente.

- Assim vai ficar difícil a rede não balançar moça! - a Azira falou ofegante quando pararam pra respirar, mas não retirou as mãos que discretamente acariciavam os quadris da Helena.

- Você é muito cheirosa mulher, toda gostosa! Ah Azira quero tanto senti o teu corpo no meu, sem essas nossas roupas atrapalhando. - a Azira estava sentindo uma agonia gostosa, e ouvir a voz rouca e sensual da mulher em seus ouvidos foi o estopim pra perder o resto da razão; com algum esforço conseguiram sair da rede, e a Azira sem nenhum pudor suspendeu o vestido da Helena acariciando as coxas nuas da mulher, que gemia  elouquecida de tesão. Movidas pelo desejo e instintos incontroláveis desarmaram duas redes as estendendo no piso, se deitaram sobre elas, riram do nervosismo do momento, e em poucos minutos a Azira sentia a plenitude de um corpo nú de mulher sobre o seu se remexendo freneticamente.

- Ah mulher! Que loucura você viu! - a Azira gem*u gostoso quando a Helena beijou os seus seios passando a língua devagar, sugando cada mamilo.

- Você que é muito gostosa, deliciosamente surpreendente! - a Helena falou distribuindo beijos pela barriga até encontrar a calcinha que foi retirada lentamente; enquanto a Azira se extasiava, o seu corpo tremia, ela tentava controlar os gemidos, mas quando a boca da Helena tocou no seu clit*ris duro foi impossível se segurar; a mulher lambia, ch*pava, descia até a entrada, metia a língua profundamente, sugava, e quando a Azira pensou que tinha terminado sentiu os dedos lhe invadindo, mexendo bem gostoso dentro de seu íntimo, e lhe provocando prazer de uma maneira jamais experimentada. Quando a Helena viu que a Azira goz*ra abundantemente, escalou o corpo da mulher até uni as suas intimidades de maneira que escorregavam uma na outra. A Azira gemia descontroladamente, então a Helena cobriu os lábios dela com a sua boca para abafar o delicioso barulho. Após goz*r a Helena ainda ficou um tempo abraçada com a Azira até que as batidas dos corações se normalizaram.

- Se eu viver mil anos não esquecerei o quê aconteceu entre nós aqui. Essa foi a loucura mais gostosa que já fiz na vida. - a Azira confessou acariciando os cabelos da Helena que estava com a cabeça encostada em seu peito.

- Eu também não esquecerei nunca pretona gostosa! - 

- Eu adorei o pretona gostosa, mas penso que está na hora de voltarmos pra realidade. - 

- Gostou, então vai ser o teu apelido carinhoso, minha pretona deliciosa!  Que pena não podermos ficar mais tempo assim né! - 

- Ei, já são quase quatro da manhã princesa, temos que nos recompor! - a Azira falou levantando, e procurando as roupas no chão, enquanto a Helena admirava as suas formas em meio a pouca claridade do lugar.

- Não tem outro jeito, então vamos voltar pra o casarão. - a Helena falou levantando, procurando as suas peças íntimas, e o vestido que estava bastante amarrotado.

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- Minha nossa! O quê você está fazendo na minha cama? - a Maria falou atordoada ao se deparar com uma ruiva de olhos cor de mel, nua na sua cama ao acordar.

- Não me diga que a senhora não lembra de nada! - a Bernadete falou divertida ao vê os olhos negros da mulher um tanto assustados olhando para si.

- Não sei! Como viemos parar aqui? - 

- Não acredito que você não lembra que não tirou os olhos de mim enquanto eu dançava um forró com uma das mulheres daqui, depois trombou em mim de propósito derramando cerveja na minha roupa, e foi assim que vim parar aqui na tua casa. Depois os teus suspiros ao vê o meu corpinho malhado me fez entender que você também gostava da fruta suculenta, então te roubei um beijo que foi devidamente correspondido, mesmo que depois quiseste negar que não queria. Aí eu te agarrei, prensei na parede, suspendi a tua saia, toquei na tua calcinha ensopada, e em poucos segundos você estava rebol*ndo em meus dedos, gem*ndo, e pedindo mais, até chegarmos aqui nesta cama maravilhosa. - 

Enquanto a Bernadete descrevia o ocorrido, ou parte dele, a Maria tinha flashes do que acontecera. Ela vira a Helena paquerando descaradamente com a mãe da namorada da Alanis, e percebeu que a cabocla não era indiferente, viu quando a primeira saiu, e a outra foi atrás; seguiu os passos da Helena e observou de longe as duas conversando muito próximas, voltou pra festa, ficou observando as danças enquanto bebia um pouco de vinho, então os seus olhos foram atraídos pelos cor de mel de uma ruiva que dançava com uma das empregadas do casarão. Sentiu uma coisa quando a mulher lhe encarou, reparou no corpo bonito trajando uma calça azul um pouco colada, desenhando suas coxas fortes, a blusa branca com mangas três quartos estavam dobradas acima dos cotovelos mostrando os braços bronzeados e fortes. Não sabia o nome da mulher, mas imaginou que ela também era policial pois mostrou muita intimidade para com a Alanis, a Letícia, e os demais colegas de ambas que chegaram antes dela. Estava um pouco alta no momento que derrubou a cerveja nela, mas lembrava que fez isso porque percebeu que a empregada riu descaradamente de algo que a mulher lhe falara, saira rebol*ndo, e a outra seguiu os movimentos com o olhar, levantou parecendo que iria atrás, então ela sentiu ciúmes e agiu. Lembrava sim dos beijos próximo ao banheiro, mas ficou completamente mole, e não lembrava de mais nada.

- Eu estava bêbada, e você se aproveitou de mim sua tarada! Sai da minha cama agora! - a Maria falou brava, pois não queria admitir que tinha trans*do com uma mulher novamente, e possivelmente tinha gostado.

- Eu vou embora sim, mas antes vou te mostrar que eu não sou tarada, não me aproveitei da senhora, apenas do momento propício. - a Bernadete falou zangada, agarrou a Maria que tentou fugir, mas acabou imobilizada com a força da outra que lhe prendeu embaixo de si. - Eu nunca tinha feito amor com uma mulher negra, mas descobri que realmente o quê um amigo me disse confere; pois você é mesmo quente, a tua intimidade arde na minha, confessa que você também gostou, e está gostando vai! - a Bernadete falava enquanto segurava nas mãos da Maria e friccionava a sua intimidade na da mulher que estava ensopada.

- Por favor, não faz assim, me solte! - a Maria choramingou, pois não estava mais aguentando de tanto tesão, mas não queria dá o braço a torcer.

- Oh princesa, porque dificultas as coisas, se está claro que tu queres tanto isso quanto eu? - a Bernadete praticamente gem*u no ouvido da outra, que não aguentando mais girou o corpo trocando de posição, e começou a rebol*r alucinada sobre o corpo da ruiva, que passou a gem*r, e falar palavras sem sentido tamanho era o prazer que sentia. A Maria desabou sobre a mulher após goz*r bastante, pois tivera vários espasmos, e sentia as suas pernas moles. Depois de algum tempo a Bernadete girou o corpo ficando de lado, beijou a mulher que estava sonolenta, pegou as suas peças íntimas, tomou um banho, vestiu a sua roupa que já estava seca, e foi embora tendo a certeza que aquele fora o melhor sex* da sua vida. A Maria acordou algum tempo depois, sentia o cheiro da mulher em tudo, e teve plena certeza que na noite anterior também tinham se amado da mesma forma que naquela manhã.

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- Mainha, até que enfim a senhora acordou, isso são horas de levantar da cama na casa dos outros? Esqueceu até que tem filhos pequenos! - a Ayla falou pra uma Azira pra lá de desconfiada. 

- Ei, deixa a tua mãe tomar o café dela tranquila vai! Eu também queria está acordando agora, mas você não deixou. - a Alanis reclamou com a Ayla que riu.

- Eita, parece que não foi só a mãe Azira que caiu nos braços de Morfeu, olha só aí a mãe Lena que horas comparece pra tomar café! - a Tássila falou divertida olhando de uma para a outra.

- O quê foi? Eu estou de folga hoje! - a Helena falou mostrando naturalidade.

- Bom dia para todos! - a Azira falou, mas os seus olhos encontraram os da Helena que também olhou para si.

- Bom dia! - todos responderam.

- Boa tarde não! - a Bernadete que acabara de entrar cumprimentou os demais.

- Aí! A Berna também caiu nos braços desse tal que vocês falaram. - o Ramirez provocou a colega.

- Eu caí foi nos braços de uma negra deliciosa que me virou pelo avesso, e me deu a melhor noite e manhã de sex* que já tive na vida. - a Bernadete sentenciou, sentou na mesa para tomar café, depois se despediu de todos pois tinha prometido almoçar com os pais no dia de natal, já que não ceiou com eles.

A Maria apareceu alguns minutos antes do almoço ser servido na casa grande. - Mulher você está de folga hoje! O quê está fazendo aqui nesta cozinha? - a Joana quis saber.

- Ah Jô, eu estou tão acostumada com isso que não resisto dá uma passadinha nem que seja pra olhar. - a Maria não estava mentindo, mas o principal motivo que a trouxe alí mais cedo fora o fato de querer vê a ruiva furacão que a virara pelo avesso.

- Se é só pra olhar fique a vontade, e depois ocupe o teu lugar lá na mesa como de costume.  - a Joana falou notando um certo brilho no olhar da Maria que não estava alí antes.

- Gente, eu fiquei hiper curiosa, quem será essa negra com quem a Bernadete falou ter tido a melhor noite de sex* da vida dela? - a Quézia perguntou espontaneamente,  a Joana prestou atenção na fala dela enquanto passava por perto, e parou um pouco.

- Provavelmente foi uma mulata que dançou com ela a maior parte do tempo. - o Diogo opinou.

- Eu aposto que foi a mulher negra que se esbarrou nela com uma caneca de chopp, parecia um pouco bêbada, e a Bernadete saiu andando ao lado dela e sumiu. E que mulherão viu! - o Patrício sentenciou.

- Bom, fato é que ela não dormiu aqui na casa, pois não sei se vocês perceberam; ela tomou café com a mesma roupa de ontem, e só depois foi tomar banho pra poder ir embora. - a Letícia observou.

- Maria, por acaso você derramou cerveja encima de alguma convidada? - a Joana perguntou de supetão, e a Maria levou o maior susto, pois jamais imaginava que alguém tivesse visto.

- É, bom, foi sem querer! - falou nervosa.

- Ei, não precisa ficar nervosa, é que ouvi os amigos da Alanis comentando algo sobre isso.

- É, foi uma saia justa, tive que levá-la lá em casa pra poder tirar a roupa suja, só foi a blusa na verdade, e um pouco na calça, coloquei na máquina só pra passar uma água...- 

- E ela passou a noite com você. - a Joana completou diante de todo o embaraço que via na amiga tentando se explicar.

- Não! Quer dizer, sim. Mas como você sabe que ela dormiu lá? - 

- Eu não sabia, você que acabou de confirmar. O quê ouvir foram especulações dos colegas sobre com quem uma policial de nome Bernadete passou a noite, aí um deles comentou que uma mulher derramara cerveja nela, a Quézia colega da Letícia mais da Alanis, você sabe, a filha do Dantas; falou que estava curiosa pra saber quem seria a negra que a Bernadete citou ter passado a noite. - 

- Ah, então é esse o nome da bandida, quer dizer da policial! - a Maria se embaraçava nas palavras, a Joana não aguentou, e caiu na gargalhada.

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O Tarcísio descia a escada se encaminhando para a copa quando ouviu vozes vindo da sala; uma em específico chamou a sua atenção, e ele imaginou que estava sonhando quando de repente se deparou com a Alanis, a Eva, a Ayla, a Letícia, e por último quem ele jamais imaginara está alí na sua frente.

- Esse daí com cara de bocó é o meu irmão Tarcísio, Elza! Tarcísio, mostra o toalete para a Elza, e depois a conduza até a copa. - a Alanis falou achando graça da cara de surpresa do irmão olhando para a recém chegada como se já a conhecesse.

- Olá! - os dois disseram juntos, ignorando a presença das outras, que deram de ombros e seguiram para a copa.

- Que mundo pequeno hein! Nunca pensei te reencontrar desta forma. - o Tarcísio falou calmamente enquanto a conduzia até um dos banheiros.

- Andou pensando em mim? - a Elza perguntou encantada com o jeito delicado do homem.

- Não muito, mas lembrava de vez em quando, ao passar pela estrada. - omitiu. - A senhorita pode usar esse daqui. - falou apontando a porta do toalete feminino.

- Obrigada! Já eu fiquei feito uma idiota, esperando uma ligação que não veio! - a Elza falou antes de fechar a porta, deixando um Tarcísio surpreso e incomodado.

- Me desculpa! Eu perdi o teu cartão! - o Tarcísio falou quando ela saiu.

- Não precisa se desculpar; pensando bem você não tinha porque ligar, esquece foi bobagem minha ficar esperando. - a Elza falou se encaminhando para a saída.

- Ei, a copa fica pra o lado de cá! - a Elza continuou andando, pois não queria ouvir mais nada, sentia uma vontade enorme de chorar, queria ficar sozinha, então entrou no carro da Eva,  já que fora ela que veio dirigindo, e deu a partida seguindo para fora da propriedade; deixando um Tarcísio confuso sem saber se ia atrás dela ou não...

Fim do capítulo