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E se... por Nadine Helgenberger

Ver comentários: 10

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Palavras: 6105
Acessos: 3262   |  Postado em: 07/03/2021

Capitulo 26

 

 

                --Essa comida está um pecado de tão boa. Uma pena que eu não possa me alongar nesse almoço maravilhoso.

            --Elena, tu sempre achas qualquer comida uma delicia.

Risos.

            --Vou pular a sobremesa porque não posso me atrasar mais...

Risos.

            --Mas tens razão, estava bom.

            --Tu nem comes. Sinceramente eu não sei como consegues manter esse aspeto tão saudável.

Gargalhadas.

            --Eu como, claro que como. Só não tenho o teu ímpeto diante de um prato e nem vivo com fome.

            --Os artistas vivem de brisa.

Risos.

            --Poderíamos almoçar mais vezes por aqui...

            --Meu bem, podemos tudo o que quiseres. Sempre que estiveres por perto, podes raptar-me para almoços, cafés, conversa de cinco minutos...o que quiseres.

Sorrisos.

            --Não repita isso ou vais cansar de mim...

            --Ah inglesa, isso vai levar algum tempo...

Risos.

            --O Mykonos ficou lá em casa...

            --Essa seria a tua maneira muito fofa de me dizer que queres que eu vá buscá-lo? - Elena provocou.

            -- Não, é a minha maneira nada discreta de dizer que quero que durmas lá hoje. - Sentenciou.

            --Como recusar? - Brincou.

            --Não recuse. Vou viajar a trabalho e ficar alguns dias longe...

            --Não há necessidade de argumentação, eu vou. Mas eu tenho casa e a senhora nunca passa por lá...    

            --Exagerada!

Risos.

            --Obrigada Joy! Se não tivessem me encontrado no parque, nem sei...

            --Sabes que podes bater à minha porta á hora que quiseres...

            --Eu não teria coragem de aparecer ao pé de ti carregada de fracasso.

            --Elena, tu não precisas ganhar sempre. Tu não vais ganhar sempre e a vida é isso mesmo.

            --Infelizmente eu não tenho a tua maturidade. Preciso melhorar algumas coisas, ser mais maleável e quem sabe mais humilde...

            --Ah, não te iludas, eu tropeço muito...

            --Essa é a tua melhor característica, ainda mais quando tropeças em jovens de pijama no Astoria Parque.

            --De porquinhos tomando sorvete.

Gargalhadas felizes.

            --Preciso ir...queria ficar aqui o resto da tarde, mas o dever me chama.

            --Eu te acompanho até a rua da EWO.

Á porta do edifício da EWO despediram-se com um abraço apertado e o compromisso de que estariam juntas à noite.

*****

            --Já não imaginava que viesses para cá. - Elena abraçou Milanka com muito carinho.

            --Nem viria agora à tarde, mas fiquei preocupada com a senhorita. Ontem à noite passei pelo teu apartamento e não estavas. Liguei não atendeste e fiquei preocupada pois o Myk estava por ali, mas ele é aquela coisa que não precisa de ninguém.

Risos.

            --Entretanto, eis que minha amiga grega aparece com essa cara resplandecente e um sorriso esplendoroso.

Risos.

            --É a alegria em ver-te. Ultimamente temos tido pouco tempo para nossas loucuras.

            --Estou aqui, sentada à tua frente e sem ninguém para nos atrapalhar.       

            --Ontem eu me senti tão mal, Milanka. Passei horas no parque tentando entender as loucuras desse lugar. Tentei falar contigo, mas não consegui...

            --O que aconteceu?

Elena relatou ao pormenor o sucedido com a chefe.

            --Ah, e tu ficaste chocada com isso? - Milanka perguntou admirada.

            --Claro! Não achas que foi uma falta de respeito?

            --Claro que sim. De respeito, de profissionalismo, mas me admira que não soubesses que ela age assim...

            --Como assim?

            --A relação com alguns escritores, extrapola a meramente comercial.

            --Eu não tenho nada a ver com a vida dela, mas não admito que me faltem ao respeito. Eu me senti uma idiota...

            --Entendo...

            --Às vezes queria ser freelancer como tu...

            -- Meu bem, freelancer não alcança o que tu queres.

 Elena suspirou e olhou para a amiga com desânimo.

            --Ainda queres ser a melhor editora de Nova York, não queres?

            --Só não quero ser igual à Brigitte.

Gargalhadas.

            --Amor, não corres esse risco. Além do caráter bastante flexível, ela é ninfomaníaca. Tu, não cabes em nenhum desses padrões.

            --Ela é ninfomaníaca?

            --Elena, sabes aquela blogger que vai lançar um livro...

            --São tantas...

Risos.

            --Aquela maravilhosa que fala de bem-estar, fitness, essas coisas. A que tem o programa de televisão, só não me pergunte o nome que eu não sei.

Risos.

            --Acho que já sei. A Brigitte quer lançar o livro dela por aqui...

            --Então...

            --O quê?

            --Há rumores de que a tua chefe maravilhosa, se diverte no corpo esculpido da mocinha. Vale tudo por mais um milímetro de fama.

            --Em que mundo que eu vivo? Eu nunca sei nada disso. Não que me interesse, mas se soubesse, talvez reagisse melhor a certas coisas...

            --Além de muito discreta, tu és bastante focada no teu objetivo. Tudo o que possa desviar-te, torna-se inexistente. E tem mais...

            --O quê?

            --Eu acho que tens medo de coisas difíceis.

            --Não entendi.

            --As coisas que não são fáceis de resolver, não ganham a tua atenção.

            --Queres dizer que eu só gosto de coisas fáceis? Como alguém com medo de coisas difíceis vem tentar a sorte em Nova York? - Elena parecia indignada.

            --Não me entenda mal...

            --Quero que digas exatamente o que pensas. Sem meias palavras, por favor.

            --O que eu vejo e sinto, é que tu dás o primeiro passo para conseguir os teus objetivos e depois acomodas, isso quando não ficas passiva á espera que as coisas se definam sozinhas.

            --Pode ser...

            -- Já poderias estar noutro patamar nessa editora ou noutra melhor do que essa, mas ficas à espera que as coisas aconteçam. Elas não vão acontecer por si só.

            --E nas minhas relações pessoais? Afetivas?

            --É a mesma coisa.

            --Sigo um padrão...

            --Exatamente, porque é mais fácil desligares de tudo alegando sempre a mesma coisa.

            --Acho que não foi para isso que a Melina se esforçou tanto para me criar sozinha...

            --Nunca pensaste em fazer outra coisa? Sei que és determinada, pragmática e essas coisas todas...

            --O quê, por exemplo?

            --Não sei, Troia. Ser independente, rodar esse mundo...podias escrever roteiros de cinema.

Gargalhadas altas.

            --Eu? Não estás a sobrevalorizar os talentos da tua amiga?

            --Elena, tu tens muita criatividade, imaginação. Quem efetivamente escreveu o bestseller do Yann Zigai?

            --Ah...

            --Foste tu. A primeira versão dele estava boa, mas os teus toques bem profundos, deram à obra toda a dimensão que alcançou. Sabias que o livro vai ganhar um filme?

            --Sabia...

            --Podias fazer tantas coisas já que não tens tanta certeza se queres mesmo seguir o caminho editorial.

            --A verdade é que eu não sei o que quero.

Risos.

            --Benvinda ao clube, meu bem.

Risos.

            --Preciso dizer-te algo...

            --Mas não sabes como começar e nem sabes se deves.

Risos.

            --Tu me conheces tão bem...

            --Diga, sabes que não julgo. Pelo menos não de imediato.

Gargalhadas.

            --Estou a sair com a Joy.

            --Qual é a novidade? Eu sei que estás a sair com a Joy.

            --Vou me expressar melhor. Acho que somos amantes...

            --E está tudo bem?

            --Nunca fui amante de ninguém e não me sinto amante dela. Não sinto que sou a segunda opção dela. Entendes?

            --Sim, mas e o namorado cujo nome não me lembro agora?

Elena bufou parecendo confusa.

            --Eu nunca abordei esse assunto.

            --E ela?

            --Também não...

            --Troia, tu gostas dela?

            --Gosto de estar com ela. Ontem, ela fez-me ver as coisas de uma forma mais distante e equilibrada. Ela tem uma calma que me acalma...eu gosto disso...

            --E tens medo...

            --Muito! Mas ao mesmo tempo, todo esse desconforto esvanece quando ela aparece.

            --Sabes o que penso dessa história...

            --Eu sei, e eu concordo contigo...

            --Mas há uma coisa que me passou pela cabeça agora...

            --Tenho até medo.

Risos.

            --Quem sabe essa inglesa com bagagem, não seja o que precisas para viver mais intensamente. Ela tem potencial, aliás, que potencial.

            --Tu és muito idiota.

Gargalhadas.

            --Na realidade eu sinto que estou numa canoa à deriva. A certeza de estar no caminho certo, não sei onde foi parar...

            --De repente, percebeste que existem vários caminhos...

            --Milanka, eu sou muito determinada...eu era, sei lá. Tinha tudo definido e sabia o que tinha que fazer...

            --Troia, para ser bem sincera, eu não partilho dessa opinião. Eu acho que estás estagnada. Eu não concebo a tua passividade diante dessa Brigitte. Parece que não acreditas na tua capacidade que é gigante.

            --Meu Deus, em que momento que a minha vida deu essa reviravolta?

            --Na noite em que esbarraste na Joy. Ela pode ser o caos da tua vida, mas também, pode ser o desabrochar de uma nova Elena. Eu gosto dessas águas agitadas. Nisso, somos parecidas...

            --Como assim?

            --Ah, loucura minha...

Elena percebeu que ela tinha falado demais e se arrependera. Em outra circunstância, tentaria se aprofundar no assunto, mas naquele momento não tinha a menor condição.

            --Vamos beber alguma coisa no East 45? Estou com saudades das nossas conversas sem sentido.

Risos.

            --Sim, porque nunca mais tens tempo para mim.

            --Trabalho, amor.

            --Já disse que se precisares de alguma coisa...

            --Eu sei. Mas eu preciso resolver as minhas pendências.

            --Ok! Vamos?

            --Vamos!

 

*****

 

Na correria de seus dias, Joy teve que arranjar alguns minutos para se encontrar com Ethan. O contato com o amigo de longa data era mantido maioritariamente por conversas telefónicas, e fluía muito bem. Mas, naquele dia, ele insistira muito para almoçarem juntos. Teve que fazer autênticos malabarismos com a sua agenda para poder estar com ele, ainda que por pouco tempo. Viajaria naquela noite ao Colorado para um trabalho um pouco mais demorado.

Entrou no restaurante esbaforida, carregada de suas parafernálias de fotografia e viu-o ao fundo. Ele acenou sorrindo e ela correu, literalmente.

            --Desculpa o atraso, mas cá estou. - Sentou rindo enquanto tentava acomodar os objetos de trabalho.

            --Minha amiga está ao rubro naquilo que adora fazer e eu só posso ficar feliz. E ainda arranja tempo para mim, nesse dia frenético. - Ethan segurou-lhe as duas mãos e beijou.

            --Viajo logo mais. Tinha que vir. Nós nunca nos vemos pessoalmente...

            --É o preço que se paga para viver no centro do mundo. Tu estás acostumada, Londres é tão frenética quanto a nossa selva Nova Iorquina.

            --A diferença é que em Londres eu estava tão focada no trabalho que o resto passava um pouco ao lado...

            --Sentes falta?

            --De quê?

            --Da vida em Londres.

--Nem por um segundo. Eu posso sentir saudades de algumas coisas, como minhas escapadas até à Escócia, ou a Praga, mas sinceramente, da minha vida em si, não. Eu adoro a fotografia.

--A quem o dizes?

Risos.

            --Pois! Tu me acompanhaste desde o inicio...

            --Tens o mesmo brilho no olhar de anos atrás, Lizzie.

            --Sim. Demorei a ganhar coragem para viver o meu sonho, mas nada mais me atrapalha. Eu nasci para isso e mesmo com todos os riscos, incertezas, eu não quero outra coisa.

            --Tenho acompanhado algumas coisas, a queen está um autêntico prodígio das lentes.

Risos.

            --Não posso me queixar. Jamais imaginei que as coisas pudessem alcançar essa fluidez num mercado tão exigente.

            --Joy, tu és brilhante. Lembrei-me agora da tua alegria quando compraste a primeira camera profissional. Tocavas nela como quem toca em algo precioso e frágil.

            --E lembras da minha insistência em dizer que era apenas um hobby.  Precisava convencer a mim mesma que ser administradora era a vida que sempre almejara.

            --Seria um pecado desperdiçar tanto talento.

Risos.

            --Mas essa vida de fotógrafa também tem seus desafios. Estou sempre a viajar, fica difícil conciliar outras coisas...

            --Ainda bem que o teu namorado tem a vida tão agitada quanto a tua. Não há desencontros...

Joy olhou para Ethan e arqueou a sobrancelha.

            --Na realidade, nós vivemos num eterno desencontro. - Falou mais para si.

            --Esse tipo de relação, que abrange pessoas com vidas muito agitadas, só resulta quando as duas estão em sintonia. Parece ser o vosso caso, todos muito focados nas respetivas carreiras.

Elena sorriu sem muito ânimo. Ethan falava de William e ela pensava em outra história da qual não gostaria de ficar tão distante...

            --Estou no inicio da minha carreira como fotógrafa, não posso perder oportunidades, ainda mais quando elas casam com meus objetivos.

            --Claro que não! Mas eu sei que daqui a pouco vais poder escolher os teus trabalhos.

            --Ah, ainda vai levar algum tempo. Mas eu tenho sonhos um bocado mais modestos e que hão de me proporcionar liberdade...

            --Teremos novidades, essa é a Joy.

Risos.

            --Ah, vou fazer um trabalho em Marrocos. Depois do Colorado, volto para cá a correr para assistir ao primeiro show da banda do meu irmão em Nova York e logo depois sigo para o norte da África.

            --Quanta emoção, Lizzie.

Sorrisos.

            --Estou feliz...ah, preciso pedir-te um favor. Faça a promoção do show do meu irmão junto aos teus contatos. Na realidade, a banda dele vai abrir o espetáculo dos Freedom 76. Será uma apresentação curta, mas muito relevante para a eles. Eu não vou estar aqui nas vésperas, por isso conto contigo para arrastar uma pequena multidão.

            --Claro! Eu conheço a banda de rock alternativo do Thomas, sou fã.

            --Sim?

            --Eles já são famosos por aqui.

            --Deves estar certo, eu é que não tenho tido tempo para me inteirar disso. E Thommy que não me escute, mas meus gostos são outros.

Gargalhadas.

            --Esteja descansada, a abertura do show será um sucesso.

            --Muito obrigada. E agora, já podes me dizer o que te aflige?

Ethan sorriu e bateu a cabeça. Sabia que podia ter aquela conversa com Joy.

            --Adoro a sensibilidade feminina.

Risos.

            --Olha que em mim essa tal sensibilidade não é tão aflorada...

 Risos.

            --Vou ser direto porque nossa amizade não precisa de rodeios. Joy, tu és muito próxima da Elena?

Instintivamente, Joy recuou um pouco na cadeira.

            --Sabes de quem estou a falar? Claro que sabes, outro dia estavam a almoçar juntas e tu tens falado dela...

            --Sim, claro que sei quem é a Elena. Sim, somos próximas...

            --Ela é muito amiga da Milanka.

            --Sim, são amicíssimas e colegas de trabalho.

            --E vizinhas. Eu não me sinto muito à vontade nesse papel, mas preciso entender o que se passa com a Milanka...

            --Não entendi. - Joy ficou mais alerta.

            --Antes de namorar a Milanka, eu vivi um relacionamento difícil. Durou quase 3 anos e no inicio a forma como ambos vivíamos era compatível com o que queríamos da relação. Estávamos focados nas carreiras e os poucos momentos que sobravam para estarmos juntos, eram mais do que suficientes. Nessa relação eu aprendi muito sobre quem sou e o que realmente quero para a minha vida. Minha antiga namorada é uma modelo com algum sucesso e em determinado momento da relação, eu comecei a querer algo mais estável.

            --Querias uma companheira...

            --Exatamente! Mas para ela era impensável assentar, ter uma rotina. Eu nem sugeri que ela desistisse da carreira, apenas queria ter mais rotina, saber com o que podia contar. A principio, ela me acusou de tentar tolhe-la, de ser egoísta e se só pensar em mim. Mas não era nada disso, porque antes de pedir que ela repensasse a carreira, eu fui o primeiro a modificar minha rota. Concentrei meus negócios por aqui e em Massachusetts quando ela vivia entre a Europa e a Asia.

            --É complicado...

            --O pior é que ela não quis ceder em absolutamente nada, mas não abriu mão da relação. Tive sérios problemas com essa mulher que veio a se revelar uma mimada, egocêntrica.

            --Ainda bem que és esse ser pacifico e ponderado.

            --Nem sempre, Joy. Tivemos problemas sérios que envolveram até a policia. Um dia ela teve a audácia de quebrar minha sala inteira. Mas já me vi livre dela e até onde sei, ela nem vive mais em Nova York.

            --E onde a Milanka entra nessa história? Já percebi que a questão agora é ela.

            --Sim, aprecio muito a tua perspicácia.

Risos.

            --Lembras quando me chamavam de velha?

            --Claro! Eramos muito jovens. Eu gosto da Milanka.

Joy sorriu.

            --Ela é completamente diferente das outras mulheres, ou era...

            --O que aconteceu?    

            --Ultimamente parece que ela esconde algo. Aliás, ela mente, ou omite coisas...

            --Tens a certeza?

            --Tenho! Há cerca de uma semana íamos passar o fim de semana em Filadélfia e no ultimo instante ela disse-me que não poderia pois tinha aparecido um trabalho com a Elena e que teriam de viajar para não sei onde.

Joy varreu a mente e não lembrou de nada que se assemelhasse ao relato de Ethan.

            --Ela desapareceu o fim de semana inteiro, e eu fiz algo que não é minha pratica. Passei algumas vezes pela rua delas e vi a Elena a entrar uma vez sozinha e no dia seguinte vi-te a sair do prédio delas com o teu cachorro.

            --Não é mais fácil perguntares...

            --Eu telefonei nesse instante em que percebi que ela estava a mentir, e o telefone estava desligado. Quando nos encontrámos e que ela parecia muito feliz em estar comigo, eu disse que tinha visto a Elena e naturalmente ela disse que afinal tinha viajado sozinha.

            --Então?

            --Ela está com algum problema. De repente parece nervosa, às vezes distante e agora quase todo o fim de semana ela desaparece. Eu gosto dela...eu gosto muito dela...

            --Receias que ela esteja a trair-te?

            --Não sei o que pensar. O olhar dela para mim não mudou...estou cansado de problemas. Quando a Milanka apareceu tão leve e que aparentemente não queria nada de mais sério, foi a verdadeira perfeição. Entretanto, as coisas evoluíram...

            --Eu entendo os teus receios e medos. Eu tenho tantos que tu nem imaginas...

            --E eu sou pratico nas minhas decisões, sempre fui. Mas nesse caso, tenho medo de descobrir algo que aumente a minha descrença. Eu quero essa mulher...

            --Então, encare os teus medos. Eu sei que não é fácil porque eu ando em guerra com os meus e eles têm vencido quase todas as batalhas. Mas eu estou confusa, enquanto tu estás repleto de certezas.

            --Não percebeste nada? Desculpa fazer-te essa pergunta tão pessoal e...

            --Somos amigos Ethan e eu conheço o teu caracter e já percebi que gostas mesmo dessa mulher. Sou próxima da Elena, mas nós nunca falamos sobre as amigas dela. Ela sempre refere-se à Milanka com muito carinho e como alguém que a ajuda na tomada de decisões e que é alegre, doida...apenas isso. Se ela tivesse me confidenciado algo pessoal, eu não exporia aqui e eu não sou amiga da Milanka.

            --Claro que não Lizzie. Não foi isso que pedi.

            --Eu sei que não. Entendo o teu desconforto, mas eu não tenho como ajudar. A Elena é uma excelente pessoa e ela adora a Milanka. Isso deve dizer alguma coisa...

            --Diz muita coisa. - Sorriu.

            --Gostas dela que eu já percebi, então já sabes o que fazer. Se vale a pena, mergulhe.

            --Vale!

Sorrisos.

            --Preciso ir, meu bem. Ainda tenho tanta coisa para fazer antes da viagem.

            --E eu aqui a encher-te a cabeça com meus dramas.

            --Amigos são para quê?

Risos.

            --Não te preocupes com a divulgação do show de abertura do Thomas. Mas não precisas ficar preocupada, a banda do show principal é um fenómeno e aquilo vai estar cheio.

            --Mas eles abrem e ainda terão mais duas bandas antes da principal. O público pode chegar mais tarde...

            --Não te preocupes, vai dar tudo certo, irmã coruja.

Gargalhadas.

            --Ah, ele está um pouco nervoso. É a realização de um sonho e sim, sou coruja. Completamente apaixonada pelo meu único irmão.

            --Os olhos até brilham mais.

Risos.

            --Fico com pena de não poder ajudar...

            --O quê? Lizzie, conversar contigo é uma autêntica terapia. Com calma eu vou descobrir o que se passa com a minha namorada.

            --É isso, calma. Sempre muita calma.

            --Mas sabes que essa mesma que te caracteriza é quase uma característica etérea.

Risos.

            --Eu não sei onde é que as pessoas vêm calma em mim. Posso ser bem agitada...

            --Tu respiras calma e ponderação. Sabes aquela pessoa que passa a imagem de saber exatamente o que fazer, o que quer. És tu.

            --Imagem...apenas uma quimera, meu amigo.

Gargalhadas altas.

 

*****

            --Eu não acredito que vou passar esses dias todos sem minha chata favorita e ainda me privas do Zayco. O Myk vai sofrer, e eu também.

Elena fazia drama e era beijada por Joy que a abraçava com força.

            --Elena, serão 5 dias. Ele não é tão independente quanto o teu lorde. Ele exige passeios noturnos todos os dias, às vezes mais de uma vez. Ele às vezes é carente e bem arteiro.

            --Poderias ter-me dado a possibilidade de decidir. Ele vai ficar sozinho naquele canil.

            --Viste aquele lugar? É melhor que muito hotel.

Risos.

            --Eu sei, mas pergunte ao Zayco onde ele prefere ficar.

            --Eu sei que aqui, claramente ele prefere o Mykonos. Mas eu não gosto de atrapalhar a tua rotina...

            --Eu gosto dele...

            --E?

Risos com beijos.

            --Como sabes que havia mais coisa?

            --Eu já te conheço...

            --Sim?

            --Hum-hum...

            --Então complete a frase.

Risos.

            --Não sei...

            --Ela é tímida...já vou passar tantos dias sem ti e o Zayco seria o alento perfeito. E eu não sou de dizer essas coisas, culpa do teu cachorro.

            --Ou da dona dele...

            --Convencida!

Elena tentou empurrar Joy que a prendeu num beijo carregado de paixão.

            --Vida de fotógrafa é assim, pelo menos até ter a minha carreira mais consolidada. - Disse Joy com pesar.

            --Eu não reclamei, mas já me acostumei a te aturar quase que diariamente.

Gargalhadas.

            --Tens uma maneira bastante peculiar de revelar teus sentimentos.

            --Quem aqui está a falar em sentimentos? Não viaja, inglesa.

            --Eu já estou na décima escala.

Gargalhadas.

            --Eu gosto disso. - Elena tinha um brilho intenso nos olhos.

            --Gostas das minhas loucuras?

            --Eu gosto disso...gosto muito e não te perdoo por não deixar o Zayco connosco.

Risos com muitos beijos.

            --Ainda bem que teus beijos compensam.

Risos.

            --Estou salva! Tens autorização para pegar o Zayco quando quiseres e sabes disso. Podem passear de vez em quando, aliás, se puderes fazer isso por ele...por mim...

            --Não havia necessidade de nada disso, mas eu não vou questionar tuas decisões.

            --Não fiz por mal...

            --Eu sei. Tu apenas és muito teimosa e com mania de autossuficiência.

Risos.

--Joy, pesquisei e na estação de esqui onde vais trabalhar não tem rede. Invente uma solução, mas quero noticias diárias.          

            --Sim senhora! - Joy fez uma vénia arrancando uma risada de Elena.

            --Não estou a brincar.

            --Nem eu. Tu mandas. Já me informei também, e tem uma estância um pouco mais abaixo da montanha, com melhor acesso á rede. Irei lá diariamente para dar noticias ou minha grega poderá sucumbir.

            --A tua grega quer que comas bem todos os dias, que apagues as luzes o mais tardar á meia noite...sim, tens a mania de ficar acordada até muito tarde a trabalhar. Ela ainda quer que o trabalho seja perfeito, que faças as melhores fotos, mas isso ela já sabe que não há outra possibilidade. Ela quer... - Elena interrompeu a frase abruptamente.

            --O que foi?

            --Meu Deus, eu pareço a tua mãe a falar. Que ridículo!

Gargalhadas altas de Joy e Elena completamente vermelha.

            --Eu diria que parecias outra coisa...

            --O quê?

            --Nada...vou me cuidar para não ser repreendida no regresso. Imagina se volto feia, magra, acabada e minha grega não me reconhece.

            --Idiota! Volte viva e depressa.

            --Ah, eu não sou tão chata, mas exijo que a senhora se cuide na minha ausência. Quanto á alimentação não tenho nada a dizer, mas não permita que as coisas externas atrapalhem a tua paz interior. Às vezes é complicado, mas lembre-se, o que os outros fazem, não é problema teu. Só precisas ter atenção à forma como reages, como te afeta.

            --Sim, estou mais tranquila...

            --Saia mais com a Milanka, divirta-se.

            --Ah, se aquela lá aparecesse...

            --Como assim?

            --Ela inventou mais trabalho e muitas vezes fora da cidade, e por isso, passamos alguns dias mais distantes.

            --Ela está bem?

            --Acho que sim. Um pouco misteriosa, mas a Milanka às vezes é doida e há assuntos que são tabus...enfim.

Joy percebeu que ela não queria aprofundar o assunto e mudou o foco.

            --O uber já está a chegar. Vens comigo ao aeroporto?

            --Não sei porque ainda perguntas.

Risos.

            --Para ver-te ficar irritada.

            --Sádica!

            --Isso é forte...

Elena empurrou-a contra uma parede e beijou-a com sofreguidão. Colou o corpo contra o dela e com as mãos hábeis, fez um verdadeiro passeio pelas curvas da inglesa, deixando-a em brasa.

            --Isso sim é forte...

Joy tinha as pernas e a boca trémulas, o peito arfando e a cabeça às rodas. Abraçou Elena com o corpo a tremer.

            --Isso tudo já são saudades?

            --Ah e depois a convencida sou eu...

Risos com muitos beijos.

            --Cuide-se, inglesa.

            --Cuide-se, grega da minha vida.

Risos felizes.

 

*****

Joy já se preparava para voltar à estação de esqui onde ainda tinha mais um dia de trabalho a cumprir, quando notou que seu telefone vibrava. Sorriu, pois tinha certeza que era Elena. Tinham acabado de falar e ela provavelmente lembrara de mais alguma coisa. Apesar do frio e da ameaça de tempestade na montanha, ela tinha descido até à estância para mandar notícias. Era sua rotina diária desde que chegara àquela região do Colorado para mais um trabalho.

Não era Elena. Era a sua mãe. Demorou algum tempo a concatenar as ideias e a mãe desistiu da ligação. Nos últimos dias tinham trocado mensagens com maior frequência e não sabia exatamente porquê. Ainda mais, que a dinâmica partira dela. Coisas que não entendia. De repente, era reconfortante ouvir a voz de Madia. De repente, percebia que a calma da mãe era um alento...

Respirou fundo e ligou de volta.

            --Joy, não mates a tua mãe do coração.

            --Madia, que drama é esse? Tu nem és desses rompantes.

Tentou ser seca como quase sempre era.

            --Estou preocupada. - Ela mudou o tom de voz, adequando-se ao distanciamento habitual.

            --Não aconteceu nada. Estou bem...

            --Fiquei preocupada porque o teu irmão está aflito, com medo que não chegues a tempo de assistir a estreia dele...

            --Mãe, o Thomas está tão nervoso que acabou por contaminar a tua célebre calma.

            --Consegues chegar a tempo?

            --Claro que sim. Meu voo chega às 5 da tarde no JFK e a abertura do espetáculo é às 8 da noite. Tenho tempo para muita coisa...

            --Joy, eu vi a previsão do tempo para aquela região...

            --Mãe, está tudo controlado. Vou sair da montanha logo de manhã com destino a Denver. A nevasca só está prevista para o fim da tarde e a essa altura já estarei em casa. Eu vou chegar a tempo de ver teu filho predileto, não te preocupes.

            --Estou preocupada contigo. Cuide-se minha filha e volte logo para Nova York. Eu não aguento mais sustos...

            --O que aconteceu, mãe?

            --Nada...além de ter meus dois filhos pelo mundo...

            --Estamos bem.

            --Eu sei que estão e é isso que quero para vocês, que sejam felizes no que quiserem. Mas eu sou mãe...quem sabe um dia entendas...avisa-me assim que chegares em casa, por favor.

            --Claro, mãe!

Não era tão claro assim, porque ela nunca avisava nada.

            --Fique com Deus, minha filha.

E desligou.

Joy ainda quis dizer alguma coisa, mas a mãe pareceu ter pressa para desligar. Sem entender muito bem o que acontecia, sentou numa cadeira e passou a observar a natureza lá fora.

Algum tempo depois, teve que apressar-se para subir a montanha. O tempo mudara repentinamente e um vento cortante e gelado varria a região.

 

*****

            --Nem eu com todos os meus problemas, estou com esse ar depressivo e em plena sexta feira. O que é isso, Troia?

Milanka entrou num rompante na sala de Elena na EWO.

            --Ah Milanka, graças a Deus que apareceste por aqui.

Elena abraçou a amiga.

            --Mas hoje eu estive aqui durante algum tempo. Vim aqui e não estavas e o telefone estava desligado...

            --Passei o dia com a Brigitte...

            --Eis a causa do teu desânimo.

Risos.

            --Mais ou menos isso. Essa mulher está cada dia mais doida...

            --A Claire disse-me que ela decidiu editar a obra do Zyan...

            --Até aí, nada demais. A editora é dela, tem todo o direito de mudar as coisas e fazer o que bem entender. Agora, me empurrar trabalhos medíocres...estou sem tesão para essa palhaçada.

            --Ela sempre foi assim.

            --Eu não sei em que mundo vivia...

            --Já conversámos sobre isso.

            --Sim, e teu ponto de vista é muito válido. Estou cansada, angustiada...

            --E é só pelos desmandos da doida? Sinto que tem mais coisa aí nesse coração.

Elena sorriu sem muita vontade e Milanka sentou no pequeno sofá que ficava perto da porta.

            --Preciso ser franca sobre meu estado de espírito...

            --Sim...

            --Estou sim frustrada com as coisas aqui na EWO, mas também estou me sentindo incompleta...Ah, Milanka, estou mais apegada à Joy do que demonstro ou que gostaria.

Resolveu escancarar as suas angústias.

            --Eu sinto falta dela. Falta do que temos juntas, ou pelo menos do que eu acho que temos...

            --Troia, tu não costumas sentir falta das pessoas. Pelo menos tu nunca me relataste nada assim e claramente refiro-me aos teus homens...

            --Não costumo, mas eu nunca tive com ninguém o que tenho com ela. Sempre priorizei minha carreira e as relações eram muito superficiais, mais para diversão e debelar alguma carência.

            --O que mudou com a Joy?

Elena escancarou um sorriso radiante.

            --Tudo, Milanka. Damos risadas juntas, ela me apoia, me entende. Conversamos muito e quando ela discorda de mim, não tenta impor a sua opinião. Não existe tempo para tédio, aliás, até a rotina é instigante...eu não sei explicar...

Respirou fundo e continuou:

            --De dia ela me acalma, e à noite me faz transbordar...

            --Eu já entendi.

Elena mordeu o canto da boca e encarou a amiga.

            --Tu estás apaixonada pela inglesa.

O olhar de pânico que Elena lançou sobre a amiga, fê-la levantar-se e aproximar-se da sua mesa.

            --Ela volta hoje e poderás embriagar na paixão.

            --Nem sei se consegue chegar. A última vez que falamos, estava presa numa nevasca e agora o telefone está desligado.

            --Ela vem. Esqueceste do show do irmão? O Ethan conseguiu lotar o pré show do Thomas. Sim, já me sinto íntima desse povo de tanto que o meu namorado fala deles.

Risos.

            --Milanka, acho que vou para casa...

            --Ah não, Troia. Vamos sair e beber alguma coisa. Depois passamos no recinto do show para vermos nossos crush, porque obviamente a Joy vai correr para lá. Não vejo o Ethan pessoalmente há dois dias e tu estás doente de saudade da tua inglesa.

            --Não me entendeste. Quero ir para o Ohio. Preciso de silêncio, das coisas simples da minha terra...

            --Precisas do colo de Melina. Ah, como eu te entendo...

Elena respirou fundo e inclinou a cabeça para trás.

            --Tens férias acumuladas, então aproveita que a editora brilhante vai para Milão e desapareça. Ah e quem sabe não levas a inglesa para aqueles lados...

            --Estás doida? Ela tem muito trabalho e eu nem sei...

            --O quê? Troia, não inventa paranoia.

            --Não é paranoia. Eu não sei o que ela quer, ou o que ela sente...

            --Ah, mas eu digo. O que ela quer, eu não sei porque há muita coisa envolvida, mas o que ela sente, salta aos olhos. E digo mais, ninguém indiferente causa no outro o que ela provoca em ti. Tu tens muito medo Elena, mas és uma mulher muito centrada, não te enganarias assim...

            --É tão complicado...

            --Troia, aproveite o lado bom da vida e aprenda a relativizar as coisas. Se fosse fácil, tu não estarias apaixonada pela inglesa. Coisas fáceis são entediantes, ainda mais para ti...

            --Eu acho que me apaixonei quando ainda nem sabia uma virgula da vida dela.

            --Uhhh temos grandes possibilidades. Essa inglesa é poderosa. Vamos?

Elena olhou o telefone e suspirou.

            --Ela vai diretamente para lá e poderás matar as saudades da tua inglesa.

            --Doida!

            --Vamos?

            --Sim...

            --E viva essa inglesa que te arranca do comodismo.

Risos.

 

 

*****

            --Troia, finalmente consegui falar com o Ethan. Estão numa sala lá em cima. Ele assumiu bem esse papel de sei lá o quê do irmão da tua crush. Estão no espaço de entrevistas. Vamos até lá?

            --Mas não é privado?

            --Meu bem, meu namorado é do ramo do entretenimento e ele está íntimo da banda.

Risos.

            --Será que a Joy está lá?

            --Ela não ligou?

            --Não...

            --Provavelmente não conseguiu chegar a tempo de ver o show, mas ela virá. Vamos logo que quero dar os parabéns à banda.

            --Só vimos duas músicas.

            --Maravilhosas! E para de ser chata. Melhoraste esse humor?

            --Nem por isso. Depois dos cumprimentos, a senhorita permite-me ir para casa?

Gargalhadas.

            --Bom, eu nem vou precisar permitir nada. A inglesa vai aparecer e já podemos adivinhar como será o final dessa noite.

            --Idiota! Deus te ouça.

Gargalhadas altas.

 

*****

Na sala de entrevistas a conversa decorria animada entre flashes e risadas.

            --Muito obrigada por estarem aqui. Mesmo que a minha irmã não tenha conseguido chegar a tempo de ver a nossa primeira atuação num palco tão importante, os amigos dela estavam todos presentes. Estamos muito felizes e Ethan, muito obrigada por tudo.

            --Foi um prazer. A Lizzie é como uma irmã e digamos que a banda do irmão mais novo dela, não decepciona.

Gargalhadas.

            --Gostaste, Elena? - Thomas perguntou sorrindo.

            --Muito! Confesso que chegamos atrasadas e só conseguimos ver duas músicas...

            --Ah, viram o melhor. As duas últimas músicas são hits.

Risos.

            --Thommy, a Joy finalmente conseguiu chegar.

Paloma tranquilizou o namorado.

            --Ah, ela deve ter encontrado o...

Antes de concluir a frase, Joy entrou na sala, completamente atrapalhada.

            --Finalmente! Eu nem acredito que consegui...

Thomas abraçou-a e ela deixou-se acalentar pelo carinho do irmão. Ainda no abraço, abriu os olhos e encontrou os de Elena que pareciam faíscas. Estendeu o braço e entrelaçaram os dedos. Um toque suave, mas que carregava uma força visceral. Joy sorriu. Elena retribuiu e piscou-lhe. Mais uma vez, o mundo por instantes era delas.

            --Joy, como conseguiste chegar aqui? Da última vez que falámos, estavas sem esperanças de conseguir sair do Colorado.

            --Ethan, eu quase morri...literalmente. Muita coisa aconteceu, mas eu precisava chegar aqui. Não consegui acompanhar o show e nem fazer as fotos, mas eu queria estar presente. Fiz várias promessas e não poderia quebrar nenhuma delas.

            --Joyanne, nem fales em morrer. - Thomas fez cara de bravo.

            --Nem ouses, Joy. - Paloma reforçou.

            --Eu não vou morrer tão cedo. Hoje tive plena certeza disso. Estou cansada, emocionalmente abalada, mas muito feliz. - Mais uma vez olhou intensamente para Elena que não tirava os olhos dela.

            --Já falaste com o William? - Thomas perguntou.

Joy não ouviu. Estava perdida em Elena...

            --Ainda bem que consegui chegar a tempo de celebrar o sucesso do meu cunhado.

William entrou intempestivamente pela sala.

Thomas recebeu um abraço.

Joy teve a certeza que estava com alucinações devido ao recente stress.

Elena empalideceu enquanto tentava recuperar o ar.

Milanka segurou a amiga pela cintura.

 

Fim do capítulo

Notas finais:

Olá :)


Imaginem se eu fosse escrever isso tudo no capitulo 25 rsrsrs

A sinopse inicial era essa, mas tive o bom senso de dividir.

Parabéns Patricia Anido :)

Boa semana a todas.

Nadine


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Comentários para 26 - Capitulo 26:
rhina
rhina

Em: 13/01/2022

 

Boa noite.

E o noivo apareceu.

Rhina

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Aurelia
Aurelia

Em: 21/03/2021

Nossa que agonia eu fico quando esses trem aparece bem não hora que não é convidado, essas surpresas são bem desnecessárias, faz as mocinhas sofrerem e nós então é sofrência demais da conta. Acho que chegou a hora de tomar rédea da vida e enfrentarem que já são um casal e que não podem deixar fingir que não existe um amor maior que tudo. Torcendo por isso, abraços 

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mtereza
mtereza

Em: 12/03/2021

Aff é o encosto apareceu e agora espero que Joy não fique  paralisada uma zumbi como ficou da outra vez ansiosa pelo próximo capítulo bjs.

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brunafinzicontini
brunafinzicontini

Em: 11/03/2021

Ah... Quando tudo parecia tão bom, a gente leva um tombo! Elena tinha quem a segurasse pela cintura, mas eu, não... “Joy perdida em Elena” e William surge de repente, sem sequer se anunciar... Um susto para nossas duas queridas – e para nós também!

Bem... é melhor imaginar que “há males que vêm para bem”. Talvez seja melhor essa aparição inesperada para que a inglesa esclareça de uma vez a situação com ele – se é que ela terá essa coragem. Não sabemos até que ponto esse relacionamento seja uma imposição da família e qual o peso real dessa imposição. Ficamos na expectativa! Que Joy consiga demonstrar que nada a prende a esse rapaz e que seu coração já tem dona.

Pobre Elena, que não sofra muito nesse compasso de espera.

Como sempre, Nadine, mostrando que sabe manter-nos em suspense, ansiando pelos próximos movimentos desse jogo de amor.

Beijos,

Bruna

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NovaAqui
NovaAqui

Em: 10/03/2021

Falei noivo, né? Mas ele é só namorado da Joy. Espero que em breve seja ex- namorado!

Desculpa aê pela confusão

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Xone
Xone

Em: 08/03/2021

Olá  N!

Bem o que posso dizer?!

Isso é maneira de acabar um capítulo?!? Que violência é essa autora, não  tem pena das pobres leitoras que vão ficar a sofrer durante sabe-se lá quanto tempo?

Tadinha da nossa Grega vai sofrer também... Inglesa lentinha, e agora?... olha o melhor e.se juntar a nós  e sofrer também porque penso que a autora não vai facilitar a sua vida.

Acho que vou fazer queixa na Associação Protectora das Leitoras e das Personagens em Sofrimento... não existe esta associação? Pena.

Bj

 

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Mille
Mille

Em: 08/03/2021

Oi Nadine

Tava tão bom as duas no maior love. 

Aí esse cara chega e joga um balde de água fria na Elena e Joy  que não manda esse maluco pastar e ficar com a grega dela.

Bjus e até o próximo 

Feliz dia das mulheres 

Responder

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Helenna
Helenna

Em: 08/03/2021

Cada dia mais emocionante!

Lindo!

 

Abrçs!

Responder

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NovaAqui
NovaAqui

Em: 08/03/2021

O noivo apareceu.... Joy poderia terminar logo com ele

Agora rolará a saia justa, mas Elena irá embora curtir sua tristeza

Feliz dia da mulher!

Abraços fraternos procês aí


Resposta do autor:

Eles são noivos? Juro que nao sabia kkkkkk

Feliz dia da Mulher!

Muito obrigada.

Bjs

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patty-321
patty-321

Em: 08/03/2021

Eu sabia que esse cidadão ia aparecer pra melar tudo. E agora joy? Tem que ter coragem pra dispensar esse fulano. Tadinha da Elena. Forças. Boa semana pra todas e beijos nessa escritora incrível. 


Resposta do autor:

Um dia ele tinha que aparecwr não é mesmo rsrsrs

Muito obrigada.

Bjs

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