Capitulo XXVI - Cinza de renda
- Tem mais alguém que pode nos atrapalhar? - neguei com a cabeça e tirei a roupa com uma agilidade invejável - Eu tinha separado uma lingerie em casa, mas acho que o jaleco serve. O que acha? - Ela deu dois passos em minha direção e pude observar seu corpo sob o jaleco completamente aberto, revelando a nudez. A garrafa era de espumante, que ela estendeu para mim e sorriu de canto - Vai tomar o banho que eu vou ficar aqui te esperando. E não me faz esperar muito - Eu estava com tanto tesão que nada saía da minha boca. A garganta estava seca.
Corri para o banho, me sequei rápido e pensei por um segundo se voltaria vestida ou não. Coloquei só a lingerie cinza rendada que tinha na gaveta de roupas do banheiro e, ainda zonza pela visão que mais parecia uma miragem. Apoiei as duas mãos na pia, me olhei no espelho e respirei fundo, repetindo para mim mesma que aquele momento era a hora de me libertar completamente e ser completamente dela. Eu estava pronta? Acho que não tinha dúvidas, tinha receios sobre os reflexos do meu corpo, mas lembro exatamente de como meu corpo gostava de reagir a seu toque, de todas as vezes que trans*mos e nos entregamos até quase desmaiar. Estufei o peito e respirei fundo e girei a maçaneta.
Ela continuava na mesma posição. Apoiada na beirada da cama, com as pernas cruzadas e a taça cheia do líquido amarelado e borbulhante. Me olhou de cima a baixo assim como fiz com ela e nossos olhos se encontraram como um imã. Estava estonteada pela situação criada no ambiente por ela. A olhava com aquele jaleco aberto e queria virar ela do avesso. Caminhou em minha direção e entrelaçou nossos dedos quando nossa distância foi reduzida a meio centímetro de distância entre as bocas.
- Você confia em mim? - Ouvi sua voz enquanto me embriagava pelo seu olhar profundo, com uma linha cor de mel pela falta de iluminação e as pupilas dilatadas. Acenei com a cabeça afirmando e ela pôs sua boca próxima da minha orelha provocando arrepios por todo o corpo quando senti seu mamilo encostar em meu sutiã - Estou morrendo de saudade do seu gosto porque lembro exatamente dele - Acho que perdi completamente minha consciência com aquele tom rouco perto do pescoço.
Enfiei meus dedos entre seus cabelos com uma das mãos e, com a outra, girei seu corpo, pondo-a de costas para mim e passando minha mão pela sua cintura puxando seu corpo contra o meu - Três dias sem você e parece que eu vou explodir - Soltei a mão de seu cabelo, afastando-o para um lado só, deixando o outro livre para que minha boca pudesse morder e beijar enquanto a mão livre explorava seu corpo por dentro do jaleco e apalpando sua bunda contra mim. Alcancei seus seios e os apertei, fazendo-a soltar um gemido baixo e se virar de volta para mim, permitindo que minhas duas mãos ficassem em sua bunda e seu corpo não descolasse do meu. Com o dedo estendido segurando a taça, ela me pediu num aceno para aguardar. Pôs o líquido na boca e lambeu toda extensão do meu colo até o maxilar, onde algumas gotas de espumante caíram e a fizeram lamber novamente. Peguei a garrafa que estava em sua mão e dei dois goles, recebendo um sorriso devorador de retorno.
- Fernanda, é para eu mandar em você hoje - Falou se afastando de mim, segurando a taça e colocando na mesa de canto. Afirmei com a cabeça e, em um sussurro, sentindo todo meu corpo implorando por ela, por um beijo que fosse, falei baixo.
- Você manda no que quiser - Ela riu e me puxou pelo vão central do sutiã até a janela, ponto-me sentada no vão. Com certeza já tinha observado que não tinha vizinhança atrás - Fala, o que você quer - E senti a garrafa sendo puxada da minha mão e a vi dosar um pouco de espumante para escorrer da boca e, quando bebeu e deixou cair algumas gotas longas pelo queixo, me olhou como uma presa e falou em tom de comando.
- Lambe sem deixar nada cair no chão - E eu não ia fazer? Comecei a lambê-la pelo abdômen, o vão dos seios, a puxando contra mim até que cheguei perto de sua boca e exitei por um minuto. Vendo isso, ela sorriu para mim e de mão cheia, apertou minha bucet* por cima da calcinha arrancando um gemido longo e alto - Acho que tem alguém com tanta saudade quanto eu.
- Eu vou morrer de tanto tesão, Carolina - Suspirei sentindo sua mão ainda me apertando em movimentos circulares e minha umidade transpassando qualquer pedaço de pano que poderia ser inventado por ali.
- Vai não, está bem viva - Me soltou, fazendo com que eu gem*sse em reprovação ou o que quer que tenha sido aquilo. Segurou no meu queixo e nossos olhos se encontraram - Como você está se sentindo?
- Que eu amo você e que não aguento mais minha boca longe da sua - Soltei. Levantando rápido e a fazendo tirar o jaleco de uma vez. Com uma das mãos, fiz sinal para que ela desse impulso e pulasse no meu colo e, quase no automático, o fez - Você manda, mas eu preciso um pouquinho de você - Ela me olhava com os olhos enormes, marejados e eu não a deixei responder. Pressionei seu corpo contra a parede e passei as mãos por todo ele, segurei sua boca para intensificar o beijo e gem*mos juntas diversas vezes.
Com as duas mãos em sua cintura, fiz que ela ficasse um pouco mais alta, para que seus seios ficassem na altura da minha boca. Olhei para cima e avistei-a com a cabeça apoiada na parede, olhos fechados e a boca aberta quando segurei um de seus seios e o lambi, suguei e beijei com intensidade. Usando a parede como apoio, pude deixar minhas mãos passearem por seu corpo, apertando seus seios, passando por seu pescoço até que ela segurou meus dedos e enfiou dois deles na boca. Imediatamente parei o que estava fazendo para observá-la. Sua língua passeava por entre meus dedos e seu olhar se concentrava completamente no meu, ele queimava, era fogo e eu estava doida para me queimar mais. Minha mão livre apertava sua bunda e a fazia soltar gemidos sussurrados. Ela ch*pou mais meus dedos e os desceu por entre os vãos dos próprios seios e sibilou, movimentando os lábios sem emitir sons “me come”.
A segurei com força para afastar nossos corpos e passei os dois dedos por seu colo até sentir sua vulva, completamente umedecida. Em um momento de racionalidade, resolvi masturbá-la e levei um tapa leve no rosto - Mandei me comer - Falou rude. Respondi na mesma intensidade. Os dedos entraram nela com força, que não poupou garganta para o gemido alto e longo que soltou. Segurou meus cabelos com força e permiti que seu corpo escorregasse à medida que nossas bocas chegassem à mesma altura.
As línguas se encontraram e as investidas eram movidas pelos gemidos e pelo movimento de sua bunda fazendo o vai e vém contra a parede. Mordi seu lábio e a olhei nos olhos pedindo uma permissão silenciosa e recebendo outra que fez toda minha sanidade se esvair - É tudo seu. Eu só quero tudo de volta - Ela suspirou em um gemido e lambeu minha boca. Segurou meu ombro com as duas mãos e, antes de me beijar, sentindo que eu estava levantando um pouco seu corpo para ajeitar a posição, falou com nossas bocas encostadas - Eu também te amo - Passei todos os dedos em sua vulva para aproveitar a umidade e levá-la até seu ânus. Empinei um pouco sua bunda e a penetrei com o indicador e médio em sua bucet* e o anelar e o mínimo em seu ânus. Ela arfou, gravou as unhas curtas em meus ombros, apertando-os, fazendo com que eu gem*sse junto.
O líquido que saía de si umedecia os dedos de trás e facilitavam o movimento de entrada e saída. Em um sussurro, ela pediu mais força, e eu fiz, pediu mais forte e eu o fiz, muitas vezes, cheguei a pensar que a machucaria, de tanta força e rapidez que fazia nos movimentos. A segurava pela cintura com uma mão para mantê-la em uma altura maior, nos beijávamos sem parar. Sua língua só saía de mim para respirar e gem*r e eu fazia o mesmo. A senti desmanchar em meu corpo e deslizar as pernas até o chão. Me segurou pelo queixo e falou, trêmula.
- Deita - Apontou para a cama e eu fiz. Ela deitou em cima de mim, com as pernas no meio das minhas e me olhou - Você quer mesmo isso?
A puxei para um beijo ainda mais intenso, mordendo seu lábio inferior e sorrindo entre o beijo - Tanto quanto você - Levantei da cama para lavar as mãos e voltei a deitar. A encontrei sentada me olhando.
- Por que, caralh*s, você interrompeu esse momento para lavar a mão, Maria Fernanda? - Cruzou os braços enquanto eu a empurrava para deitar na cama.
- Fizemos anal, meu anjo. Tenho que cuidar de você, não posso colocar os dedos em você sem querer - Ela riu da preocupação e ficou em pé na cama mandou que eu deitasse. O fiz novamente e, ao contrário do que esperava, vi que ela passou uma perna de cada lado do meu corpo e agachou lentamente, onde pude ver, em câmera lenta, sua bucet* descendo em direção a minha boca.
Quando nos encaixamos, senti sua língua passar inteira em minha vulva e me contraí. Contudo, ela arqueou sua bucet* tão melada no meu rosto que gemi e relaxei automaticamente, sentindo seus lábios macios tocando toda a extensão da minha bucet* e a senti passar a língua em meu clit*ris e, meu Deus, há quanto não sentia algo tão gostoso na vida. Era como uma dança e uma disputa para ver quem se entregaria primeiro ao prazer. Não aguentei e senti todo o corpo tremer enquanto sua língua fazia movimentos circulares em meu clit*ris e g*zei. Ela levantou o corpo e arrancou reclamações de mim como se tivesse me tirado um doce, o meu doce favorito.
De frente para mim, pediu que eu me encostasse na parede e, a princípio não entendi o pedido, porém, ao invés de deitar entre minhas coxas, Carol ficou de quatro, me dando a visão perfeita do contorno de seu corpo até a volta de sua bunda. Gemi, alto, descompassada e completamente irregular até que senti seus dedos me tomarem para si. Foi uma contração involuntária, mas olhei para baixo e lá estavam seus olhos, me fitando e esperando uma reação, que veio no segundo seguinte à investida feita, meus olhos reviraram, as pernas tremiam. Segurei seus cabelos com uma das mãos para poder limpar a visão de seu olhar e continuamos por um bom tempo, até que senti um grande arrepio em meu corpo, uma contração e g*zei falando seu nome.
- Porr*, Carol - Falei, sentindo meu corpo cair de lado. Mas ela sentou e me puxou com uma mão só para seu colo.
- Estou com saudade ainda - Segurou meu queixo para que ficasse na altura de seus olhos e falou - lambe, sente o teu gosto também - Passei a língua em seus lábios, em seu queixo, ch*pei um pouco de sua bochecha, ouvindo gemidos abafados e sentindo seus dedos me procurarem, até que encontraram. Me penetrou com dois dedos, fazendo com que meu corpo se movimentasse para frente e para trás em um ritmo gostoso, onde eu lambia seu pescoço sem parar, arrancando gemidos longos e suspirados. Ela parecia não cansar nunca, mudava a posição dos dedos para cima e aumentava as investidas
- Como você é gostosa, Fernanda, não dá não - Segurei meu corpo contra o seu usando as pernas, cruzadas atrás de suas costas. Sua boca foi direto para meu mamilo e não consegui conter mais, g*zei por mais última vez e realmente senti meu corpo derreter. Parecia um teto preto, sei lá. Carol deitou ao meu lado e me puxou para seu peito. Usei um pouco da minha força para beijá-la e ir em direção à sua bucet* que minha boca estava sedenta pelo gosto. Ela riu quando entendeu o que eu faria e sussurrou - Você não se aguenta, né? - Fiz que não com a cabeça e passei a língua por toda extensão de sua vulva, passando a língua pelos grandes lábios e sorrindo com minha boca encostada nela.
- Seria ridículo se eu dissesse que sou completamente viciada em te ch*par? - Ela gargalhou alto e a puxei para mais perto, ch*pando-a inteira, fazendo movimentos circulares com a língua e ainda sentindo meu corpo tremer e ter espasmos pelo último orgasmo. Usei dois dedos para penetrá-la. Estava úmida demais e eu queria aproveitar cada gota que saía dela. Seu orgasmo fora tão forte que uma poça se formou na palma da minha mão que, imediatamente, foi toda lambida enquanto eu a olhava e sorria ao mesmo tempo.
Deitei ao seu lado e, em algum momento, apagamos. Acordei no que aparentava ser o meio da madrugada, estava com calor. A olhei e percebi que também estava em bicas. Levantei e fechei as venezianas e o blackout. Peguei cobertores, liguei o ar condicionado e nos cobri. Assim que a abracei de novo, em conchinha, mas, ela virou de frente para mim e piscou lentamente. Ouvi sua voz sonolenta sussurrar.
- Não acredito que você disse que me ama - Falou e me deu um selinho com os olhos semicerrados - Eu te amo desde que você dançou comigo na escola.
- Eu te amo desde que tive consciência do que era amor - Falei e a puxei para perto de mim.
- Nós duas para sempre, né, Mafê? - Ela falou e dormiu antes que eu desse a resposta para a pergunta.
Foi a melhor noite de sono dos meus últimos anos, ou, pelo menos, a melhor noite de sono que eu tive consciência de ter. Acordei ganhando beijos nas costas, provavelmente tínhamos virado de madrugada e estávamos de conchinha novamente. Carol beijava meu pescoço e sussurrava pacientemente que meu celular estava tocando e ela tacaria fogo nele se não fosse uma emergência.
Estiquei a mão e vi que era Jane. Atendi com voz de sono e ouvi um suspiro de alívio na voz dela, o que fez Carol parar de me beijar e eu silenciar o microfone falando para ela voltar com os beijos.
“Maria Fernanda, todo mundo está doido precisando saber onde vocês estão? O Pai da Carol achou que vocês tinham sido sequestradas”
- Tive uma emergência no Itanhangá e ficamos por aqui. Avisa todo mundo que dormimos em um hotel
“Você dormiu na casa do Itanhangá? Você nunca fez isso, eu nunca teria imagino”
- Nem você nem ninguém, né, Janinha? Avisa o povo aí que a gente está bem, hoje de noite ou amanhã a gente volta para casa.
“Não me mata do coração, garota. Achei que Carol era mais responsável. Curtam-se, vou avisar que você está em um hotel bem longe com ela”
- Obrigada, Jane - E joguei o celular na mesa de cabeceira, mas não sem antes desligá-lo e virar para Carol.
Seus olhos aparentavam estar sonolentos ainda, a puxei para meu peito e comentei que poderíamos dormir mais um pouco. Ela concordou e apagamos novamente. Quando acordei, cheirei seu pescoço e ela abriu um sorriso ainda de olhos fechados.
- Eu estou sonhando ou isso tudo foi realmente de verdade?
- De verdade, amor Meu. Hoje somos só eu e você, o que quer fazer? - Falei enquanto beijava sua têmpora. Ela levantou a mão como se fosse contar e começou a rir.
Levantou o primeiro dedo - Sexo - o segundo dedo - Comer - o terceiro dedo - dormir - o quarto dedo - Repetir tudo isso - E riu, subindo para cima de mim e me dando beijos no pescoço - Nem ligo se está com bafo, acordei com tesão - A puxei para um beijo, ela subiu no meu colo e coloquei dois dedos para masturbá-la e, de alguma maneira, pude sentir seus dedos fazendo o mesmo como se pusesse a mão para trás e conseguisse chegar em mim. Isso provocou uma masturbação mútua e, em seguida, nós nos penetramos. Eu com um pouco mais de força e velocidade pelo conforto da posição e ela com mais brutalidade pela falta de jeito que a posição trazia para ela, mas não deixava de ser prazeroso. Os gemidos eram altos, de ambas as partes. Ela me soltou no momento que começou a rebol*r em meus dedos e segurou o próprio cabelo. Não aguentei.
- Puta - suspirei, sentindo meu corpo tremer - que pariu, Carol - Estremeci goz*ndo. Sendo seguida por ela, que não conseguia mais se manter em pé e tombou o corpo para cima de mim, sorrindo largo.
- Bom dia! - Falou, levantando-se da cama em direção ao banheiro, mas me viu com cara de quem ficou esperando alguma coisa e voltou para me dar um selinho demorado - Bom dia meu amor! - A abracei sorrindo e encostei nossos narizes.
- Bom dia, Amor Meu! - Falei e a observei indo em direção ao banheiro - Tem calcinha e sutiã na segunda gaveta. Nunca foram usados, pode pegar o que quiser - Ela gritou alguma coisa de volta mas eu ignorei completamente, estava perdida dentro da minha própria mente, engolida por tanta felicidade.
Fim do capítulo
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