CAPÍTULO 04 C´´ÉST FINNI
CAPÍTULO 04
C'EST FINNI
Contém
palavras de baixo calão
DOIS MESSES DEPOIS
cheguei às nove horas em ponto conforme a ordem judicial já estava no tribunal.Eu cheguei cedo para ter uma conversa com Fabiana antes de entrarmos para assinar o divórcio, quem sabe ela não voltava atrás afinal eram vinte e três anos de casados eles se amavam, ela sempre foi uma mulher fiel, prova do seu amor por ele, então ia tentar, e mostrar a ela a loucura que ela estava cometendo influenciada pelas amizades.
— O representante legal do Sr. Alberto Barroso da silva e cliente. Se encaminhem para Sala 16, por favor. — Um rapaz magrinho me chamou. Me arrancando dos meus pensamentos olhei para todos os lados à procura da minha esposa e não a encontrei. Quem sabe ela já estava lá na sala com seu advogado, não tinha visto ele também. Entrei na sala e não vi nenhum dos dois, só uma mulher com cara de poucos amigos sentada do outro lado da mesa enorme. Mandou que me sentar é começou o que para mim não passava de um monte de besteiras.
— Sr. Advogado, aqui está o registro de anulação do casamento. A partir desse momento seu cliente é um homem livre. Aqui está uma autorização para a troca de documentos. A partilha dos bens ficou:
A mulher que provavelmente era a juíza, eu preferia que fosse um juiz, um homen entende outro, mulher só fingi que entende, e pela cara essa ai não facilitar em nada, ela colocou os óculos procuro na mesa um papel entre outros e logo achou e mais uma vez começou com a lenga lenga, eu estava mais interessado em saber onde diabos estava Fabiana, mais meu advogado fez sinal para que eu ouvisse aquelas besteiras.
1º a casa fica com a mãe e os filhos, já que esta ficará com a guarda legal dos mesmos e tendo em vista existir na família cinco menores de idade.
2º As lojas, como consta o documento, uma fica com a Sra. Fabiana Carla Linhares de Barros que a partir de hoje assumiu o sobrenome de solteira, outra com o Sr. Alberto Pereira Noronha e a outra para venda, a repartição do valor do imóvel em partes iguais. Sendo que fica a cargo do Sr. Alberto a venda e o depósito do valor na conta do tribunal, assim será repassada a Sra. Fabiana.
3º Qualquer conta em conjunto, o valor será dividido ao meio.
4, seu cliente só poderá ver os filhos menores mediante acompanhamento de um assistente social. Alguma pergunta?
— Não meritíssima.
— Dou a seção por encerrada. — Depois de tudo isso a vagabunda se levantou e saiu.
— Acabou Alberto, você é um homem livre. Você vai ter que vender a loja da Av. Bezerra de Menezes e depositar metade do valor na conta que a justiça escolher, pode ser a da sua ex-esposa ou do advogado dela, já que este é seu representante legal. Tem que fazer o mais rápido possível. — O advogado chamou sua atenção para a seriedade do caso.
— Eu sei homem para de gritar no meu ouvido, onde está minha esposa que não vejo em lugar nenhum, e como pode anular um casamento quando falta um dos interessados. Isso não vale nada. Não tem valor legal ― Enquanto balançava a certidão do divorcio nas mãos minha raiva só aumentava por não ter visto Fabiana e se acertado com ela de uma vez.
―O sr. Sabe onde está Fabiana? ― perguntei tentando controlar a raiva
__Eu não sei de dona Fabiana, e essa certidão tem valor legal sim, ela diz que você e um homem livre e pode refazer sua vida com outra mulher e construir outra família__ o advogado explicava.
__ Eu la quero outra família. Já tenho uma e estou muito satisfeito com ela.
__ Seu casamento acabou sr, Alberto aceite isso de uma vez você entende? __ o pobre homem estava perdendo a paciência com seu cliente cabeça dura
, ― Mas para assinar o divórcio ela não deveria estar presente? — Ainda tinha a esperança de tirar essa bobagem da cabeça da mulher.
— Não, como já está tudo resolvido ela vem em outro horário para vocês não se encontrarem no mesmo ambiente por causa da restrição que impede que os dois permaneçam a uma distância de 700 metros um do outro, e quanto ao banco, conseguiu resolver? Descobriu para onde foi o seu dinheiro? _ caminhavam lado a lado e entraram no elevador que por sorte abriu a porta antes de pedirem.
— O gerente falou que não existia conta nenhuma em meu nome e de Fabiana, que deveria ser um engano da minha parte, mas eu sei ela encerrou a conta em conjunto que tínhamos, e deve ter aberto uma conta só no nome dela. Mas ela vai devolver meu dinheiro por bem ou por mal. _ ele falou sério e com a veia do pescoço saliente, coisa que só acontecia quando estava muito alterado, como agora.
— Mas sua procuração dava a ela esse direito? — Perguntou curioso.
—Nossa conta em conjunto , não precisa do outro para efetuar qualquer operação inclusive transferir o dinheiro. Eu dei a ela uma procuração dando Plenos poderes para resolver tudo em meu nome, nunca imaginei que um dia ela me apunhalaria dessa forma..
_Então considere seu dinheiro por perdido. Se não tem como comprovar, ele nunca existiu. - O advogado deu três tapinha nas costas dele e sai entrando no primeiro taxi ali parado e ainda gritou.
_Alberto assim que tiver tudo arranjado para venda da loja, eu aviso e meus honorários eu envio hoje o número da conta. _ o taxi seguiu em frente.
Fiquei um bom tempo atordoado sem um rumo a seguir depois de uma vida repleta de sorrisos e brigas e reclamação, depois de uma vida tentando evitar tudo isso por não me achar merecedor da família que morava na minha casa agora me via no mais completo silencio cercado de desconhecidos passando sem me notar, como tem sido toda minha vida um completo desconhecido fui até aminha casa tinha que conversar com a Fabiana as coisas não podia terminar assim .
Esperei na portaria 01 a liberação do meu carro. Baixei os vidros da janela para câmera interna filmar e liberar. Se por acaso os rapazes das câmeras estivessem em horário de refeição, a liberação poderia ser feita por autorização de dentro do condomínio. Neste caso, a pessoa a qual o visitante pretendia ver, ou por impressão digital do motorista do carro. Se nada disso liberasse a entrada, o motorista não era bem-vindo e um botão do pânico era acionado. Na delegacia próximo dali a polícia seria acionada por tentativa de invasão, tentativa de assalto ou assassinato. Sempre acabava em prisão, por isso, quem morava no condomínio se sentia protegido.
— Bom dia, Jaime. Pode liberar aí pra mim? Acho que a Câmara não está funcionando. — Pedi ao porteiro com a cabeça fora do carro olhando direto para a câmera na parede da cabine onde ficava a portaria.
— Bom dia, Seu Alberto. Seu nome não consta mais aqui na relação de liberação. Sinto muito. – O porteiro avisou pelo interfone mesmo.
— Como não? Eu moro desde que nasci ali na rua alameda dos anjos, casa 306. Como é que eu não posso entrar? — como pode as pessoas serem tão retardas a esse ponto esse foi o motivo de berrar com aquele incompetente.
— Sinto muito senhor, mais estou vendo aqui que sua entrada foi barrada. Para ser sincero, seu nome está na lista das pessoas que não podem entrar. —O porteiro batia a caneta azul em nome na prancheta que ele cuidadosamente segurava.
— Ligue para minha esposa, seu incompetente! Diga que o marido dela quer entrar! — Gritava e já estava juntando algumas pessoas.
O porteiro pegou o interfone e discou.
— Laura, a Dona Fabiana está em casa? Preciso falar com ela tá eu espero. — Algum tempo depois. — Está bom, obrigado... Recebi sim... Não, vou guardar para levar para os meus meninos, agradeça a Dona Fabiana por mim... Agradeça as roupas também. Jaime desligou e voltou para o Sr. Alberto.
— Senhor, a Dona Fabiana não está em casa. _ estava debruçado na janela la em cima da sala de vigilância para que Alberto o visse
— Para onde ela foi? Quem estava com ela? — esse incompetente deveria pelo menos saber isso.
— Eu não sei, senhor os moradores não me dizem para onde costumam ir. —pacientemente o homem respondeu.
— Se ela saiu, como é que você não viu? Seu incompetente! __Alberto continuava aos berros
— Senhor, se acalme.
— Pois abra o portão seu filho de uma egua!
— Não posso senhor, seu nome está na lista das pessoas proibidas de entrar sem acompanhantes. Sinto muito.
— Você vai sentir muito mesmo quando eu te botar no olho da rua! Você não sabe com quem tá mexendo, eu vou falar com seu superior, vai ver como te jogo no olho da rua! Seu jumento! Quer saber? Eu vou ficar aqui, se ela saiu, ela vai voltar, mas eu só saio daqui depois que ela devolver meu dinheiro! Fechou as janelas e puxou o carro mais para frente um pouco. Ligou o som do carro e ficou esperando, uma hora ela tinha de voltar pra casa.
Fim do capítulo
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