CAPÍTULO 03 PASSEIO
CAPÍTUL 03
PASSEIO
Contem
Cenas eróticas
LUÍZA
Eu estava enlouquecendo abraçada com essa mulher e a mão dentro da sua calcinha em plena Ponte Metálica repleta de jovens que faziam o mesmo.
Que vontade de ir mais além e da vazão a tudo que eu estava sentido, mas era o momento errado, por mais que eu quisesse precisava ser uma pessoa lúcida. Me obriguei a ser, por mais que eu quisesse, isso não me dava o direito de agir da mesma forma que os jovens ali espalhados.
Somos duas mulheres adultas e com responsabilidades. A mulher nos meus braços estava no meio de um divórcio complicado, vinha de um relacionamento abusivo onde tudo que não poderia acontecer era um escândalo envolvendo seu nome.
Se isso por acaso chegasse nos ouvidos de Alberto, qualquer coisa que denegrisse a imagem de Fabiana, era o fim. Ela que poderia perder tudo, até mesmo a guarda das filhas menores.
Homofóbico como ele era, uma foto de nós duas abraçadas era o suficiente para ele virar o jogo e destruir a vida dela. Com cuidado, me odiando por isso, retirei minha mão delicadamente de dentro da sua calcinha e, olhando nos olhos dela, cheirei a umidade dos dois dedos atrevidos apreciando o perfume mais raro que já tinha sentido e os ch*pei sem pressa cada dedo me sentindo enfeitiçada pelo aquele olhar explodindo de desejo e sem conseguir evitar gem*u baixinho no meu ouvido eu sabia que ela estava fascinada com a delicadeza do ato e o quanto aquele gesto a fez sentir desejada e, mais uma vez, só que dessa vez a iniciativa partiu dela nos beijamos.
Alucinada com as emoções que ameaçavam me tirar a vida uma vez que esse sempre foi meu sonho secreto encostei Fabiana na coluna de ferro que momentos antes serviu de apoio para minhas costas costas quando sentei agora em pé e bem apoiada coloquei uma perna entre as suas coxas grossas, a morena se esfregava numa cavalgada lenta como uma gata no cio.
- Me leva para outro local, agora. - Sussurrou em meu ouvido com os braços circulando meu pescoço.
- Como eu quero ir também, mas por mais que eu queira não podemos. Se o Alberto descobre ele acaba com sua vida. - Declarei, odiando dizer cada palavra.
- Pois termina o serviço, é a primeira vez que eu quero fazer amor com alguém na minha vida. Não me nega esse pedido, por favor. Completa, falta pouca coisa, por favor... Eu sinto.
- Se eu fizer o que me pede e o que eu tenho vontade, vamos acabar sendo. presas e amanhã passar no "Barra Pesada". - Me referi a um programa de televisão com reportagens policiais.
- É exagero seu. Não me quer mais? ―Toda uma vida de merd* e submissão que ela viveu veio a tona com essa pergunta, eu senti sua insegurança e a rejeição acompanhada de baixa estima que ela deveria sentir na pele, por isso mesmo tratei de desmitificar esse erro, e fazer com que ela soubesse a importância que tinha na minha vida e como eu a desejo.
- Eu quero! Quero muito! Quero te levar a loucura, te mostrar tudo que eu sei e tudo que a vida me ensinou para dar a você, mas não posso. Não agora. Vamos ter que ser cautelosas para você não sair prejudicada. Portanto vamos se largando, para com isso vai... Tá bom... Já chega... ―Tentei ao máximo dar uma leveza e ao mesmo tempo um tom de brincadeira ao “já chega” para que ela não se sentisse rejeitada.
- E o que, que eu faço com esse fogo que tá queimando meu corpo? ―Esfregou o corpo no meu que já estava em combustão
- Banho bem frio. Não resolve, mas melhora. Ou então, no pior das hipóteses, você se toca. ―Ta bom eu sei que foi péssimo conselho, mas eu estava anestesiada com o mesmo fogo, e na hora foi a única que me veio a mente até por que ia servir para nós duas o conselho, mas minha morena não concordou, eu confesso que achei lindinho o que ela falou
- Não senhora. Está louca? Eu nunca soube o que era goz*r com outra pessoa me tocando, agora que sei que você pode incendiar meu corpo, não vou querer estragar a festa! Vou esperar ou então, quando você menos esperar, eu pulo na sua cama nua. Quero ver você não querer.
- Jesus-Maria-José. Me dê forças senhor para não sucumbir. Venha tentação, vamos embora, e nada de gracinhas no carro, posso colidir.
- Mais um beijo, por favor. - Fabiana disse.
Sem hesitar Fabiana se jogou nos meus braços e matou nossa fome. Eu queria tocar seu corpo em toda parte, mais tive que me conter. A volta para casa foi tranquila e, ao mesmo tempo, um sonho. Em cada semáforo vermelho a gente se abraçava. Fabiana estava insana e eu tive um vislumbre da loucura que seria essa mulher numa cama.
Chegamos em casa e ficamos conversando dentro do carro.
- Todo mundo vai tirar sarro com a nossa cara, portanto, vamos ser comportadas. Não podemos ficar de conversinha no carro para que ninguém desconfie de nada.
- Você tem razão, eu não quero nem saber o que ele vai fazer quando descobrir que eu zerei a conta. É capaz de vir aqui. Vou pedir o delegado para colocar um policial de plantão na rua, eu pago o plantão, só para me precaver.
- Quando for na delegacia, eu vou com você.
- Eu não iria sem você, agora deixa eu ir. Um beijo pode?
- Pode, meu carro tem vidro fumê. - Puxou a morena e beijou mais uma vez. Foi difícil soltar, quando se separaram estavam se fôlego.
- Boa noite minha balinha de café, mais tarde eu te ligo.
- Até daqui a pouco. - Desceu e rapidamente entrou fechando o portão.
Luíza entrou em casa encontrando a filha e a namorada abraçadas no sofá conversando. Bia esticou o pescoço perguntando:
- Os bancos daqui tem o horário parecido ou igual aos bancos da Europa, mãe?
- Vai te catar, Bia. Marina, bota uma moralzinha aí na tua namorada.
- É mesmo vida, sua mãe está certa, afinal, o que é que tem a ver se os bancos daqui agora tem areia da praia?
Luíza sem querer olhou para os pés sujos de areia da praia, ato esse que só contribuí para as meninas rirem ainda mais. Subiu rapidamente deixando as duas rindo do seus pés que realmente estavam cheios de areia.
- Amor, tu aposta quanto como a dona Fabiana também está com os pés cheio de areia? - Bia disse.
- Vamos lá pra casa? Mas se ela tiver, não diga nada, ela é envergonhada. - Se abraçaram e foram para o outro lado.
FABIANA
Assim que fechou a porta atrás de si, encostou na porta e sorriu feliz relembrando o gosto dos beijos e arrependida por ter sido tão medrosa, quase ter perdido de vez sua Lu.
Tinham passado tantas coisas separadas, cada uma do seu jeito.
Luíza trocando de mulher como quem trocava de roupa e ela, uma vida vazia, solitária, sem amor, tudo de bom que tinha na vida eram os filhos.
Agora iria escancarar as portas para receber sua Lu e família, essa já era dela também. Como iam fazer isso? Ainda não sabíamos, também, a gente não nasce sabendo das coisas, não é mesmo?
- Ora...Ora... Ora. Alguém aqui viu o passarinho verde. - Marcos a algum. empo observava a mãe que não tinha tomado conhecimento da sua presença.
- Aí menino! Que susto. Quer me matar do coração? - Colocou a mão no peito e foi se sentar ao lado do filho abraçando e beijando seu rosto.
- Cadê todo mundo? - Os pequenos estão lá em cima se arrumando para dormir, já jantaram e escovaram os dentes. Marina namorando e os outros não sei.
- E que milagre e esse você está em casa?
- A gatinha me dispensou, ela estava querendo um lance sério e eu não estou pronto. Cada um para o seu lado.
- A desculpa foi dada com a cara mais lavada e ainda fingindo pesar.
- Eu queria que você arranjasse uma menina direita e de família, que levasse a sério. Era tudo que desejava, alguém que botasse juízo na sua cabeça de vento.
- A senhora quer o que não existe. As meninas sérias que eu conheço são minhas irmãs, além do mais, para que ficar só com uma se tem tantas por aí me esperando?
- Um dia você vai bater o olho em uma e vai cair de amores. - Enquanto falava assanhava o cabelo do filho e ele tentava se livrar. Nessa hora Marina entrou de mãos dadas com a Bia.
- Mamãe a senhora custou a chegar. Dona Laura só saiu depois que fez todo mundo jantar. Deu tudo certo no banco? Enquanto falava se sentaram no outro lado em L do sofá e disfarçadamente olhavam as sandálias de tirinha da mãe constatando a quantidade de areia em seus pés. Bia fez gestos de ri e Marina beliscou suas pernas.
- Zerei a conta conjunta que a gente tinha no banco e fiz uma nova. Em outro banco.
- Massa, Dona Fabiana. Quando o velho descobrir vai enfartar. - Marcos batia palmas.
- Matias disse que ele talvez bloqueasse a conta no banco, para a gente ficar dependendo dele financeiramente.
- Agora eu entendi a sua cara de felicidade quando entrou. - Bia riu - Aí amor. - Se encolheu toda com a cotovelada que Marina deu em sua barriga.
- Minha filha o que é isso? Por que tá judiando da menina? - Perguntei confusa.
- Foi sem querer eu ia me virar para o lado na mesma hora que ela.
- Eu vou deixar vocês aí e vou dar boa noite as minhas crianças antes delas dormirem. Marcos, ainda vamos continuar nossa conversa. - Levantou e juntou suas coisas que tinha deixado no outro sofá. Já estava quase chegando na escada quando Marcos chamou.
- Mamãe. Na praia que a senhora foi tinha alguma menina direita?
- Que praia menino? - Queria se esconder de vergonha, não queria mentir assim descaradamente.
- Essa aí que a senhora trouxe a metade da areia em seus pés. Os três olhava para os meus pés que realmente estavam cheios de areia.
- Ainda bem que é só nos pés.
- Marina deixou escapar.
- Quer saber, vão os três pentear macaco ora bolas, e você também Dona Biatriz pensa que não vi você olhando para os meus pés.
- Eu não disse nada. Nem olhei, foi o Marcos que falou.
- Levantou as mãos em rendição.
- Conheço essa sua carinha de santa. Fiquem aí que vou tomar um banho, vai que tem areia em outros cantos. - Subiu faceira se rebol*ndo e olhando para os filhos que permaneceram com um ar de sorriso estampado em cada rosto.
Fim do capítulo
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