Cenas de quase sexo num espaço publico ao por do sol
CAPÍTULO 02 PONTE METALICA
CAPÍTULO 02 PONTE METÁLICA
Contém
Cenas eróticas
— Agora a senhora quer ir comemorar o meio milhão que entrou na sua conta onde? __ Luiza me perguntou
— Não faço a menor ideia, para onde você levaria alguém numa tarde linda dessas? — perguntei com o coração aos pulos de nervosa me faltava o ar nos pulmões ao me ver só com essa loira maravilhosa a minha frente com esse olhar que me despia, não sei se ia ter coragem para me jogar como meus filhos dizem, mas eu ia tentar.
— Cuidado com as perguntas, essa é uma pergunta que você não está pronta para ouvir a resposta. — respondeu com um toque de malícia que não me passou despercebido.
O ar me faltou no peito no fundo eu queria que ela me levasse para qualquer lugar, estava louca para passar mais tempo ao lado dela só nos duas.
— Pois então me leve para um local onde uma jovem senhora, mãe de oito filhos e quase inocente possa ir. — Dessa vez a risada rolou solta.
— Tudo bem, vamos para a Ponte Metálica nova. Lá é lindo, como você disse que quase não sai, acho que não a conhece.
Fomos para a ponte metálica, um lugar lindo, que eu só conhecia através de fotografia das revistas e dos livros. Certa vez eu pedi Alberto para me levar, eu queria ver o pôr do sol, e ele me disse que isso era coisa para quem não tinha o que fazer. Como eu não tinha, eu fui.
Quando chegamos eu me dei conta da vista maravilhosa que o local oferecia uma visão de encher os olhos e coração, me perdi naquele marzão sem fim, as gotas que salpicavam das ondas imensas banhando a estrutura metálica da ponte e subiam em gotículas salgadas que molhavam meus braços arrepiando minha pele de mãos dadas fomos andando na ponte que estava lotada de casais sentados nas tábuas, nas muretas, nos bancos de madeira espalhado ao longo da estruturas por toda parte para ver a ressaca do mar as ondas naquele horário onde a maré estava completamente cheia. Algumas ondas chegavam a quase dois metros de altura e quebravam nas pedras que salpicavam jogando para o alto uma chuva fininha que o vento quebrava em pequenas gotículas e espalhava no ar, caindo em cima de todos os espectadores que estavam na ponte, fazendo com que gritassem eufóricos.
Luíza encontrou um lugar vago no final da ponte, tinha um banco grande de madeira, nos sentamos com ela se apossando de todo banco passou as pernas montando como quem monta em um cavalo de raça, e me sentou entre suas pernas ninguém e nada a nossa frente a não ser a imensidão do mar e um sol escandaloso se pondo como uma bola de fogo que cai no mar seus braços me abraçavam toda e pela primeira vez na vida eu não quis nada a não ser esse aconchego o silencio dizia tudo, ficamos apreciando Os surfistas enfrentando as ondas imensas, fazendo malabarismo em cima das pranchas e deslizando junto as imensas ondas e desviando do quebra-mar.
O cheiro da maresia me inebriava e a imensidão do mar azul acalmava as batidas do meu coração. Luíza ficou me observando com olhar encantado, perdido sabe-se lá onde. Encostou as costas numa coluna de madeira no fim do banco para ficar mais confortável e me ajeitei mais entre suas pernas com as costas grudadas em seu peito, a cabeça descansando no seu ombro. Vagarosamente Luíza passou os braços por meu corpo e ficamos assim sem dizer nada.
Lu me abraçou, eu fiquei olhando o mar e uma vontade de chorar me encheu o peito apertando minha garganta no exato momento em que uns meninos estavam tocando uma música do ZÉ RAMALHO. Sabia que a Lu gostava dele por várias vezes escutei ela cantando músicas do Zé Ramalho e está em especial ela cantou para mim, tocando no violão há muito tempo atrás, fiquei olhando seu rosto ela não parecia estar ali, estava longe muito longe.
Luíza
Ali bem perto, alguns garotos tocavam violão, a música era de Zé Ramalho “Chão de Giz” e Eu viajei na música, em um tempo onde tudo era saudade e desilusão. aspirei o perfume dos cabelos de Fabiana. e como na música fui a nocaute outra vez.
Sempre amei esta mulher, por ela joguei tudo para o alto e fui embora porque não suportava estar perto e não poder tê-la, mas ela nunca me deu a carta de alforria. Sempre me chamava para tudo, cuidar dos seus resguardos, vacinar as crianças, ajudar eles a andar a falar e colocar para dormir; contar histórias, dar massagens nos pés, era nos meus braços que ela chorava, era para mim ela que ligava para dizer que o dente de Marcelo caiu; que Marina aprendeu a ler; que Matias caiu e quebrou o braço ou que sentia minha fata que tinha sonhado comigo em uma praia deserta, só nos duas.
Eu sentia sua falta a cada segundo, nunca fui capaz de amar outra mulher, nunca consegui cortar o cordão que me ligava a Fabiana. E assim foi a vida toda. Fabiana nunca dizia o que sentia de verdade, mas fazia questão de me manter em sua vida. Esteve ao seu lado em cada passada de todos os filhos quando chegava o mês das minhas férias, e que eu vinha da Europa ou de Lyon, Fabiana me recebia com um abraço apertado cheio de saudade e meu quarto estava sempre pronto e o dos meus filhos misturados com os delas. Quando todos iam para o colégio ela vinha com os que ficavam em casa, entrava no quarto se deitava comigo e jogava o filho em meus braços. Sempre foi assim e a noite, quando Alberto chegava, nós e as crianças já havíamos jantado muitas vezes eu já tinha até adormecido.
Fabiana
Quando eu sai do banco eu não queria ir pra casa queria ficar um pouco mais na companhia de Lu.
Ela sempre esteve disponível para mim, eu que nunca estive na mesma sintonia. Nunca nos afastamos, sempre quis que ela fizesse parte da minha vida e dos meus filhos, nunca deixei que ela se fosse. Quando ela conheceu a Jennifer, foi que percebi que ela estava se afastando, mas mesmo assim não a deixei ir.
Quis ir embora, jogar meu casamento fracassado para o diabo que carregue e ir embora com ela, até pedi para ela me levar, mas na hora de ir, retrocedi com medo de perder meus filhos. Isso magoou tanto minha Lu que ela passou quase seis anos sem voltar, a gente só se falava por telefone, por mais que pedisse ela não vinha e só voltou quando contei da morte de seu pai e que a casa estava abandonada. Insisti tanto que ela voltou.
Na véspera de sua mudança nem dormi de tão nervosa, quando o caminhão chegou já estava no portão esperando. Ela veio até mim e ficamos nos olhando, foi então que a abracei, ela estava tão distante, tão fria, mas não me importei. Para mim, bastava ela estar ali, me sentia bem só em saber que minha Lu estava na casa da frente, que se chamasse ela viria. Agora eu a observava e a sentia distante perdida em pensamentos.
Olha Lu, o sol está se pondo. — falei baixinho e me aconcheguei mais em seus braços. Quem sabe assim eu a traria de volta do seu sonho.
— Eu sempre gostei do pôr do sol daqui. Você viaja para qualquer parte do mundo, mas nada se compara ao pôr do sol da nossa terra. Sempre quis te trazer aqui para ver esse milagre da natureza. — falou reflexiva.
Ficamos abraçadas vendo o firmamento mudar de tonalidade até os últimos raios de sol mergulharem no mar e à noite com uma imensa lua escandalosa surgir, acompanhada de um manto de estrelas. Fiquei tão encantada que virei me rosto e segurei o rosto da Lu eu queria que ela lesse nos meus olhos o que minha boca não conseguia dizer, e ela ouviu
Fitei os olhos de Luzia, e ela deixou se levar. O magnetismo fez seu trabalho, a intensidade nos envolveu de uma forma que a aproximação de nossos lábios se tornou inevitável.
Nossas bocas se buscaram com uma fome e um desejo de vinte anos reprimidos. Explodiram fagulhas, estraçalhando o gelo ao redor do meu coração. Se eu estivesse em pé com certeza teria caído.
Sem querer gemi na boca que me beijava com sede. Mordia os lábios dela delicadamente, estava toda entregue naquele beijo que inundava minhas entranhas e molhava tudo entre minhas pernas.
De repente ela parou o beijo e me olhou desesperada.
— Me desculpe, droga, me desculpe Fabiana. Eu sou uma louca... Sempre faço merd*. Olha, sei nem o que dizer... — ela estava nervosa e parecia que também com vergonha, com medo, sei lá.
Tinha que acalmá-la e dizer que também queria. Eu quis ser beijada por ela, eu adorei ser beijada por ela, mas eu não conseguia falar nada, as palavras não saiam.
EU Estava tremendo.
Quando ela se levantou e meu deu as costas indo embora, segurei sua mão e me levantei também. As pernas bambas, tudo em mim, tremia. Puxei ar do fundo do peito e consegui falar com muito esforço.
— Calma, olha para mim, olha para mim, Luíza. — Puxei seu braço obrigando-a parar e me olhar. — Eu quis isso, tá bom? Eu queria ser beijada por você, só não tinha coragem para dizer.
— Você não sabe o que está dizendo. Você não sabe nem o que quer no momento, está frágil com tudo que está passando, como estou perto, te apoiando, você confundiu as coisas e eu não podia ter me aproveitado da situação, me desculpe.
— Não me ofenda, Lu. Eu sei muito bem o que senti, não me afaste, por favor. — Me aproximei e a abracei, sem lhe dar chance para fugir.
Entrelacei nossos dedos outra vez, quando notei que ela não ia mais me afastar ou fugir de mim, com jeitinho para que as pessoas por perto não pudessem ver o que estava acontecendo, coloquei sua mão embaixo da minha saia e passei por cima da minha calcinha.
— Isso aqui e coisa de quem não sabe o que quer? — segurei sua mão bem no local onde estava latejando e pedindo por mais contato.
— Pelo amor de Deus, não faz isso comigo, não outra vez. Não de novo. — Ela suplicou bem baixinho em meu ouvido.
Bem juntinho dela, para que ninguém percebesse, abri mais minhas pernas, para ela sentisse como eu estava molhada.
Luíza entrelaçou seus dedos nos cachos de meu cabelo e deixou que a loucura e a fome se manifestassem. Um beijo foi dado esse veio desesperado com gosto de lágrimas. Luiza Segurou na lateral do meu rosto com medo que mais uma vez eu fugisse mal ela sabia ela que essa possibilidade não mais existia.
Fim do capítulo
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