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- Então o Tavares teve a audácia de ir te desacatar na tua própria casa filha, e ainda ameaçou tomar a guarda do meu neto! - o José Carreras afirmou irritado ao ouvir o relato da Alanis.

- Ele foi pai, porém não acredito que tenha coragem de cumprir a ameaça, pois como o senhor sabe, ele morre de medo de ficar desmoralizado perante a ordem. O quê faz ele agi assim é a dor de cotovelo de macho ofendido, por não aceitar que a sua ex se envolva com uma mulher. Ele não está nem aí pra o meu jeito de criar o Alan, mas com a fama de homem viril e bom de cama, com certeza tem medo de virar motivo de chacotas entre os amigos e colegas; essa é a preocupação real dele. - a Alanis explicou.

- Mas não esqueça que ele é astuto igual uma serpente observando a presa pra dá o bote, alguma coisa ele vai aprontar, portanto vamos ficar atentas, principalmente quando a Ayla voltar. - a Tássila lembrou.

- Ele não será louco de tentar nada pra prejudicar a carreira da minha neta, pois sabe que facilmente será descoberto, e aí adeus a carreira promissora como advogado, e eu ainda farei questão de apertar o pescoço dele como se faz com uma galinha pra matar sem ela espernear! -

- Credo vovô! Coitada da galinha! - a Tássila falou assustada e todos riram.

- Papai, eu sei que o senhor colocou gente tua nas ruas pra nos vigiar, mas tenham cuidado pra não atrapalharem as investigações e dificultar as nossas ações. Nós estamos seguindo o Siqueira que é um agente duplo, ou melhor um investigador corrupto, o Bruno também, esse sempre consegue despistar os agentes que o seguem, mas está mais vulnerável, e o quê queremos é que eles nos levem até o local onde o Gutierrez faz os negócios ilegais para podermos pegá-los em flagrante.

- Calma filha, eu não nego que coloquei algumas pessoas na rua pra auxiliar vocês, e um deles até impediu que a Letícia fosse abordada por um criminoso dando um sopapo na hora que o sujeito pegou no cabo da arma; foi o Ninja que fingiu ter se esbarrado no homem, esse ficou todo atrapalhado, pediu desculpas, e saiu rapidamente do local. - 

- O quê, quando foi isso? - a Letícia que também fora passar o final da semana na fazenda perguntou.

- Você estava saindo de uma padaria próxima ao prédio da tua namorada, não percebeu nenhuma movimentação? - o José perguntou.

- Quando eu saí do prédio tinha um cara parado há alguns metros de distância, saiu caminhando quando me viu, mas entrei na padaria, tinha muita gente, depois de atendida saí apressada e não prestei atenção se alguém me seguiu. - 

- Foi justamente esse indivíduo que estava te esperando na saída da padaria, mas numa distância segura pra te abordar na hora certa, no entanto o Ninja estava na espreita, e como você já sabe, ele caminhou dois passos, e fingiu que dava um encontrão no cara o prensando contra a parede. - o José concluiu.

- Entendeu agora dona Letícia porque não quero você indo dormir no apartamento da Eva? Por pouco não te pegaram! Poderia ser só um assaltante, mas acredito que era um dos homens do Gutierrez. - a Alanis alertou.

- Eu vacilei mesmo, fiquei mais preocupada em chegar rápido pra compensar a demora na fila dos pães, e me distrair; mas mudando de assunto, você me pediu pra dá uma olhada naquela pasta que trata do inquérito sobre o desaparecimento do turco Nabil Salam pra vê se tinha algo sobre um tal Noah, e aqui está. Noah Salam foi a pessoa que apresentou a queixa por conta do desaparecimento do primo. No depoimento dele consta que o Nabil Salam saiu na companhia do motorista, e um outro segurança afim de concluí um negócio, mas desapareceu misteriosamente, pois nada foi encontrado no local do suposto encontro que seria num restaurante. Como o Nabil não voltou para o hotel, o Noah achou que ele poderia está com alguma mulher, só depois de três dias sem o homem aparecer, nem dá notícias foi que começou a procurá-lo, sem ter nenhuma pista então avisou a família, e a polícia começou as buscas. - 

- Peraí, eu não tinha lido essa parte, onde você encontrou esses papéis? - a Alanis perguntou abismada. 

- Chegou depois, e o Ramirez anexou a pedido do Diego Márcio. - 

- Vocês disseram que o nome do homem é Nabil Salam? - a Joana que trazia um lanche perguntou.

- Sim mamãe, porque? - a Alanis quis saber.

- José, você lembra daquele homem que te deixou enciumado por me ajudar com a Tássila na praia? Não foi esse o nome que ele nos deu? Ah, agora lembrei! Alanis a tua namorada lembra esse homem, os olhos são idênticos! - 

- Não acredito que tu ainda lembra daquele sem vergonha gringo! Ele estava era de olho em você. Eu que vacilasse que ele te roubava de mim com aqueles galanteios. - 

- Não exagere José o homem só foi gentil. Mas quem é esse daí que vocês estão falando? - a Joana perguntou curiosa.

- É o pai da Ayla mamãe! E provavelmente da Letícia, e de mais dois rapazes. - a Alanis revelou.

- Vejam aqui a foto, era esse que vocês conheciam? - a Letícia mostrou.

- É ele mesmo, olha José! - 

- É o safado do gringo. - o pai da Alanis confirmou.

- Tio, tia conta essa história direito pra gente; como, onde, e quando vocês tiveram contato com o meu suposto pai? - 

- Nós estávamos na praia, era domingo, levamos as crianças, eu deixei a tua tia um instante, e fui levar o Tarcísio no banheiro, enquanto a Maria fora comprar uma água de côco com a Alanis. Quando voltavamos vi um cara correndo atrás da Tássila que sempre foi sapeca, e com seus três anos haja energia. Antes que chegássemos perto ele a trouxe no colo, e a entregava pra Joana; quem via de longe diria que eram um casal, a tua mãe sorria de algo que o safado do turco falava, e aquilo me deixou possesso de ciúmes... - 

- Eita José, já se passaram 24 anos, e você fala como se fosse ontem! Eu estava rindo porque a Tássila falou que ele tinha espinhos no rosto, por causa da barba por fazer, ai ele também riu. Eu te expliquei isso depois da tua falta de educação para com o homem que me ajudou a pegar a Tássila que tinha corrido em direção ao mar. -

- Tá, tá, mas de longe não foi isso que eu vi... Bom, só que estávamos perto do natal, os meus filhos acharam de convidar o cara pra noite de presentes, e você deu o endereço da fazenda não foi dona Joana?

- Eu também vi esse homem pai, e o Tarcísio? - a Alanis perguntou curiosa.

- Claro que nós vimos, eu lembro pois já tinha quase doze anos, o papai quase bateu nesse homem, pela cara de poucos amigos que fez quando viu ele com a Tássila no colo, quando chegamos perto  tomou a menina dos braços do cara, que ficou meio sem graça, e a mamãe percebendo, explicou o ocorrido amenizando a situação; aí o papai se apresentou como delegado Carreras, o homem deu o seu nome, e ficou por alí até a hora de irmos embora, acho que no meio das brincadeiras falamos da festa na fazenda, não lembro direito essa parte. - 

- Nossa Tarcísio, eu não lembro de nada disso! - a Alanis falou abismada.

- E ele veio pra o jantar, participou da festa, trouxe um carro cheio de presentes para as crianças aqui da fazenda, presenteou eu e as meninas com pulseiras de ouro, já o José e o Tarcísio ganharam relógios. - a Joana falou rindo, pois lembrou que o José nunca usou o presente do turco por achar extravagante demais, e sempre reclamava quando ela ou as crianças usavam os seus.

- E onde estão esses presentes? - a Tássila quis saber.

- Deve está na caixa de jóias da Joana, vocês cresceram, e os acessórios ficaram pequenos. - o José falou.

- E depois tio, vocês não viram mais ele? - a Letícia quis saber mais detalhes.

- Não filha, ele foi embora, e nós não soubemos mais dele. Mas pelo que vocês descobriram ele morreu alguns dias depois, por isso que não apareceu mais. - o José concluiu.

- Olhem aqui os presentes! - a Joana falou estendendo uma pequena caixinha de jóias na direção dos demais.

- Pronto, agora ninguém mais vai esquecer essas porcarias! -

- Calma pai, pode ser útil analisar essas jóias. Olhem só, é presente de turco mesmo! Letícia veja, tem o olho turco, ou grego em tudo aqui! - a Alanis observou.

- Sim, e foram confeccionadas pela Azaham Jóias, ainda existe essa joalheria aqui no shopping, e custam os olhos da cara qualquer coisinha lá. - a Letícia lembrou.

- Papai, eu agora lembrei! Foi aquele homem que pediu a tua autorização pra colocar a pulseirinha no meu braço! É quê nessa foto, ele parece mais jovem, e mais claro, naquele dia ele estava preto, queimado do sol. - a Alanis falou divertida.

- Torradinho né filha, igual a Letícia e a Nati. - o mais velho dos Carreras brincou.

- Verdade vovô, e falar em torrada, deixa eu ir atrás da minha que foi lá na casa da Maria e até agora não voltou. - a Tássila soltou, e todos riram.

- Juízo lá em dona Tássila, não abuse da bondade da Maria! - a Joana alertou.

- Eita mamãe, eu só vou vê a minha namorada! - 

- E eu não sei disso! - a Joana riu da careta que a Tássila fez.

- Será que nós conseguiremos descobrir alguma coisa nessa joalheria? - a Letícia questionou.

- Não custa tentar, hoje mesmo após o almoço iremos até lá, você está com o teu colar? - a Alanis perguntou.

- Sim, quase sempre o uso. - 

- Então levaremos estás jóias, e faremos algumas perguntas ao funcionário mais antigo; alguém lá irá lembrar de algum detalhe. - a Alanis concluiu.

- O senhor tem certeza que essa corrente, esse pingente,  essas pulseiras, e esses relógios foram comprados pela mesma pessoa? Olhe bem essa foto e nos diga se foi este homem! - a Letícia insistiu com um dos funcionários antigos da joalheria.

- Eu tenho absoluta certeza senhoras! Eu lembro muito bem quando as correntes foram encomendadas, pois foram quatro exatamente iguais, diferenciadas apenas pela numeração gravada; já as pulseiras, e relógios foram adquiridas três dias antes do natal. Eu não esqueceria aquele cliente; pois eu estava desanimado com o meu filho internado no hospital por causa de uma pneumonia, eu sem quase nenhum recurso pra pagar o hospital, e de repente apareceu esse anjo que fez essa compra me proporcionando uma boa comissão, me deu uma boa gorjeta quando fui lhe entregar os presentes, e ainda me presenteou com esse relógio. - o homem explicou mostrando o acessório todo feliz.

- Letícia, acredito que você não tem mais nenhuma dúvida de que esse turco é o teu pai biológico, e consequentemente a Ayla, e os meninos também são teus irmãos. Um exame de DNA só confirmará o quê já sabemos. - a Alanis falou assim que deixaram o shopping.

- Verdade minha amiga! Só que o mistério continua, não sei quem é a minha mãe! E se o meu pai foi morto quando eu estava com três anos, quem foi o homem que me deixou na porta do restaurante da tia Lena? Eu sonho com uma mulher gritando, crianças chorando, será que era a minha mãe, e os meus irmãos o Afonso, e o Francisco? - a Letícia questionou.

- Talvez esse Noah Salam tenha te deixado lá na tia Lena, anos depois que levou os dois menores pra o olfanato lá em Recife. Lembre-se que a Ayla falou que o homem que os deixou, pediu que nunca separassem as duas crianças. - a Alanis falou pensativa. É uma hipótese; talvez tenham matado a minha mãe também. E quem nos colocou nesses lugares deve saber quem foi o assassino, e fez isso para nos proteger de alguém. Não sei se conto logo para os meninos, ou espero a Ayla chegar. - a Letícia falou também pensativa.

- Melhor esperar ela chegar, fazerem os exames vocês duas, depois junto com os rapazes, e aí se der positivo vocês contam; ou melhor quando for confirmado nós contamos todos juntos. Eu tenho certeza que será uma festa. Que tal fazermos isso na noite de natal? - a Alanis falou toda contente.

- Ai amiga tu tá feliz com a volta da minha irmã né? Os teus olhos brilham quando fala nela. Eu só espero que nem o Tavares, nem o Bruno aprontem nada contra o amor de vocês! Quanto a esperar para o natal, não sei se os exames ficarão prontos para essa data, mas assim que a Ayla chegar iremos logo ao laboratório fazer as coletas; a Eva, e a Elza têm um plano pra levar os meninos sem que eles desconfiem. - 

- Nem o Augusto, nem o Bruno, nem ninguém irá nos separar. E eu não vejo a hora de poder está junto com ela; aliás tenho que ir ajeitando as coisas lá em casa pra acomodar a Azira, e as crianças. Naquele apartamento não vai caber tanta gente; pois além da Ayla, a Azira e as crianças, estão vindo o professor da Ayla, o namorado dele, e a Tonha filha do seu Frederico. - a Alanis falou empolgada.

- É, não vai mesmo. Se bem que eu acho que o Paulo, e o capitão vão preferir a privacidade de um hotel. Agora aqui na fazenda temos que arrumar as acomodações pra todos. - a Letícia concluiu ao descerem do carro já em frente ao casarão.

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Finalmente chegara o dia da desejada viagem da Ayla de volta a Recife, só quê desta feita acompanhada da sua família e amigos; seguiam em dois carros, no velho Corcel 2 azul da Azira.estavam ela, a Ayla, as crianças, e a Tonha; e no Jipe do capitão, o próprio, e o Paulo que caso necessitasse iria auxiliar a Azira na direção do Corcel.

- Ai mãe nem acredito que estamos na estrada um dia antes do previsto! Vai ser uma grande surpresa eu chegar na casa da Alanis na sexta-feira bem cedo antes que ela vá para o trabalho. - 

- Isso se ela for né meu bem! Porque do jeito que vocês estão cheias de saudades, sei não! - a Azira falou divertida, e sorriu da carinha envergonhada da Ayla.

- Mainha! - a Ayla reclamou.

- Eu quelo ir pla fazenda do Ala mainha! -

- Ah, eu também quero ir logo pra lá mainha! - a Bruninha, e o Ailton pediram.

- Calma meus amores, nós iremos pra essa fazenda no sábado, e eu também estou ansiosa pra conhecer o lugar, mas primeiro iremos pra o meu apartamento, pois não posso chegar de surpresa lá na Alanis com esse monte de gente. - a Ayla explicou.

- É verdade filha, a Eva foi bem bacana nos oferecendo o apartamento dela, mas eu acredito que a Alanis vai preferir que fiquemos todos na casa dela. - 

- Eu sei mãe, mas mesmo assim prefiro fazer a minha surpresa pra ela primeiro. -

- Hum! Eu acho que a senhora está certa tia Azira, a delegada vai tirar o dia de folga amanhã! - a Tonha brincou, e a Azira gargalhou.

- Xiu, calada as duas! Mainha presta atenção na estrada! - 

- Eu estou prestando atenção filha, mas confessa que você está doida pra que isso aconteça! - 

- Está bem, eu admito que não é má idéia, mas olha pra estrada mainha! - 

- Upa lá, lá! Amanhã vai ser festa! - a Tonha falou e riu seguida pelas  crianças que a acompanhava no banco detrás.

- Mainha, se o papai voltar pra casa ele não vai nos encontrar lá; será que ele conseguirá nos achar na capital? - o Ailton perguntou preocupado.

- Não se preocupe com o teu pai filho, ele sempre soube onde nós estávamos, e caso ele volte os teus avós dirão para onde viajamos. - a Azira falou desejando em seu íntimo que o ex marido nunca pensasse em voltar para si. Sentia muito pelas  crianças, mas acreditava que seria melhor para todos que o Bruno nunca mais aparecesse.

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A sexta-feira amanheceu ensolarada, a Alanis acordara bem cedo, tomara um banho caprichado, acordara o Alan cedo também pois ele passaria o dia com o pai, já que no sábado iriam para a fazenda depois do almoço afim de participarem da tradicional troca e distribuição de presentes natalinos.

- Alan o teu pai chegou, e o aguarda na entrada da casa! - a Natália avisou assim que voltou de atender uma ligação da portaria.

- Então foi ele que interfonou Nati? - a Alanis quis saber.

- Não,foi o porteiro solicitando a entrada. - a Natália falou sabendo de quem se tratava, mas omitiu para não estragar a surpresa.

- Vá pegar a tua mochila Alan, enquanto eu troco duas palavras com o teu pai. - a Alanis falou se encaminhando para o pátio.

- Ora, ora quanta honra a delegada vim me atender toda perfumada, e elegante! - 

- Me poupe dos teus elogios baratos Augusto, eu só vim te lembrar que deve trazer o Alan amanhã antes das 10:00, pois partiremos pra fazenda após o almoço. - 

- Sim senhora, eu já estou a par da situação, então quer dizer que amanhã é o dia de apresentar a tal negrinha pra família. - o Tavares falou debochado enquanto se colocava de frente a Alanis que acabou afastando um pouco do ex dando as costas para a rua, enquanto o Tavares ficou de frente.

- Isso não é da tua conta! E outra, você ainda vai acabar sendo preso por racismo, se continuar se referindo as pessoas pela cor da pele. - 

- Não é racismo minha cara, a moça é negra, e muito bonita por sinal, aliás é linda! - o Tavares falou rindo com certo sarcasmo, e sem que a Alanis esperasse a beijou em cheio na boca.

- Você está louco idiota! - a Alanis o empurrou furiosa interrompendo o beijo, mas quem olhava de longe a cena, não esperou o desfecho da história.

- Mãe, aquela lá é a Ayla! - o menino gritou, pois via a garota correr na direção da saída do condomínio.

- Ah que pena, não será dessa vez que conhecerei a negrinha pessoalmente! - 

- Cala essa tua boca idiota! - a Alanis falou, socou a boca, e o nariz do ex com toda a força do braço; entrou na casa correndo atrás das chaves do carro, precisava ir atrás da Ayla, explicar o ocorrido, encontrou a Letícia, pegou a chave da moto da investigadora, o capacete porque seria mais rápido pra fazer a manobra na garagem,  e saiu a toda.

- Alguém me explica o que foi isso? - a Letícia perguntou sem entender.

- Parece que a moleca me viu aos beijos com a Alanis, e voltou correndo pra os cueiros! - o Tavares falou zombeteiro enquanto tentava estancar o sangue do nariz com um lenço.

- Se acontecer alguma coisa ruim com a minha amiga ou com a minha irmã, você vai se vê comigo imbecil! - a Letícia falou, e deu uma bela rasteira no Tavares o fazendo caí de bunda no chão.

- Ah, desgraçada! - gritou de dor, mas acabou rindo da situação, pois imaginava que conseguira afastar a garota da Alanis, e consequentemente da vida do filho, o quê impediria dele passar pela vergonha de vê a sua ex casada com outra mulher.

A Letícia não pensou duas vezes, apanhou as chaves do carro da Alanis e partiu atrás da amiga, o quê possibilitou ela vê três quarteirões depois do condomínio a sua moto parada o meio fio, a Alanis, e a Ayla sendo conduzidas para uma caminhonete prata por três homens armados. Ao vê a cena a Letícia freiou o carro abruptamente, para quê não fosse vista pelos indivíduos; ligou rapidamente pedindo ajuda, e seguiu com cuidado atrás do veículo.

- Chefe, nós pegamos a morena, só tem um problema, ela estava acompanhada de outra garota, então estamos levando as duas! - um dos homens do Bruno o informou.

- Tudo bem, eu seguirei atrás de vocês como combinado, e a cavalaria seguirá após mim. - o Bruno desligou feliz da vida, pois finalmente iria dá o troco do Gutierrez. Ele fez a ligação, e passou o mapa detalhado do local pra pessoa através do whatsapp.

- Calma meu bem, vai dá tudo certo! - a Alanis tentava tranquilizar a Ayla quando os homens as deixaram presas num galpão depois de rodarem com elas dentro do carro por mais de uma hora aproximadamente.

- Eles vão nos matar, me perdoe Alanis, se eu não tivesse fugido feito uma covarde você não teria saído, e eles não teriam nos pegado! - a Ayla chorava.

- Xiii! Eles pensaram que eu era a Letícia, não me reconheceram por causa do capacete, temos a mesma estatura praticamente, quase o mesmo corpo, não era você que eles queriam, e nem eu, mas aconteceu. E agora só nos resta orar, e pensar numa maneira de sairmos vivas daqui, enquanto esperamos. Eu acredito que alguns dos homens do papai viram quando você entrou, saiu do condomínio, e também quando eu saí atrás, então com certeza viram toda a ação; os homens nem perceberam que não sou a Letícia portanto também não notariam se estivessem sendo seguidos. Vai dá tudo certo.

Fim do capítulo