Capitulo 96
Capítulo 96
Mantendo os seus olhos fechados, Normal moveu a sua mão lentamente no outro lado da cama e se sentiu frustrada ao perceber que estava vazio. Em boa parte de sua vida, havia acordado sozinha, contudo, após começar a viver com Laura, perdera esse costume. Queria acordar com sua amada sempre.
— Espero que não se chateei por eu não estar aí – a voz que ela amava começou a tomar conta do ambiente.
— Por que você faz isso comigo? – Fez biquinho ao se sentar na cama. Reparou que sua amada estava com uma bandeja em mãos. Nela havia um belo café-da-manhã e um copo com uma rosa vermelha dentro.
— Pois eu queria fazer uma surpresa para você, meu amor. – Laura se sentou colocando a bandeja sobre o colchão. Depois, deu um selinho nos lábios de Norma. – Também queria te ver acordando ao meu lado, mas a vontade de fazer alto especial para você foi maior.
Norma acariciou a face de Laura com a ponta de seus dedos. Olhou para a bandeja e sorriu. Estava amando como nos últimos dias estava sendo acordada pela médica.
— O que você está querendo?
— Nadinha. – Mordeu um dos ombros nus de Norma. – Você acha que quero algo?
— Claro, me conquistar assim tem que haver algum motivo.
— Bom... achava que já havia te conquistado. — Gargalhou e recebeu um tapinha fraco em um de seus braços. — Doeu! — Brincou enquanto massageava o local.
— Doeu foi? Hum... Será que precisa de beijinho para sarar? — Norma perguntou ao tocar com a ponta de seus dedos o local que ela havia batido anteriormente.
— Quero, preciso muito de seus beijos. — Laura olhou com intensidade para Norma. Amava muito aquela mulher. E, a cada dia, parecia que esse sentimento crescia ainda mais em seu peito esquerdo.
Norma olhou para os lábios de Laura e depois para o local que a médica havia dito que estava dolorido.
— Vem cá, deixa eu beijar então. — Pediu e ficou observando o outro corpo se aproximar ainda mais do seu.
— Beija. Foi aqui, oh? — Apontou para o local e fez biquinho.
Norma sentiu muita vontade de mordê-lo.
Observando atentamente cada movimento de sua amada, Laura sentiu os lábios macios de Norma tocando sua pele. Respirou profundamente, pois qualquer toque da outra mulher em si já mexia com os seus desejos mais íntimos.
— Sarou? — Norma perguntou ao se afastar.
— Sim, sarou. — Laura sorriu um pouco de lado. — Acho que quero mais beijos.
— Bom, acho que agora precisamos tomar nosso café. Você trouxe, então o que você quer vai ter que ficar para uma outra hora. — Pegou a rosa que estava no copo e levou até o seu nariz. Inspirou o cheiro delicado enquanto mantinha os seus olhos fechados. Essa simples cena mexeu muito com a médica.
— Hum... Então agora resolveu se vigar? — Pegou uma das torradas e levou até a sua boca.
— Não. — Tomou um gole de seu suco e deslizou a língua por seus lábios na tentativa de provocar a outra mulher. — Só acho que tem momento para tudo.
Laura balançou a sua cabeça negativamente.
— Tá, não irei insistir. Vamos tomar o nosso café, depois a gente vê se te convenço.
— Laura? — Norma chamou após pensar por alguns instantes. Havia passado uns dias tentando evitar este assunto, mas não poderia mais adiar.
— O que houve amor?
— A minha mãe virá ao casamento de Raquel — Norma comentou e Laura a olhou surpresa.
— Como assim sua mãe virá e você não comentou nada sobre?
— Bom... é que minha mãe é complicada — disse um pouco sem graça.
— Como assim complicada? — Laura arqueou uma de suas sobrancelhas. A advogada quase não comentava sobre sua família. Às vezes, até parecia inexistente.
— A gente não se dá muito bem, mas Raquel e ela tem um bom relacionamento. Raquel convidou para não parecer que não lembrou. Achava que ela nem viria, mas vem e ela vai ter que ficar com a gente. Ela não sabe de nós ainda — Norma disse pensativa.
— Bom, não seria uma boa oportunidade para contarmos?
— Sim, mas não sei qual pode ser a reação dela. Uma coisa é o filho dos outros, já com a dela funciona de uma forma totalmente diferente. — Norma abaixou o seu campo de visão.
Laura segurou uma das mãos de Norma, demonstrando que ela sempre estaria ali, independentemente de qualquer coisa.
— Amor, pode me explicar o porquê de você não terem um relacionamento amigável?
— A minha mãe tem aquele pensamento retrógado de achar que a mulher tem que ficar em casa aprendendo os afazeres domésticos para um dia se casar com um bom homem. Bom... eu não quis essa vida para mim. Estudei, passei no vestibular e me mudei para cá. Ela mesmo sentindo orgulho do que conquistei, não queria essa vida para mim. Queria que eu fosse como minhas primas. Ficasse onde eu morava a espera de um príncipe encantado. — Forçou um riso.
— Hum... você acha que ela pode implicar com o nosso relacionamento?
— Acredito que sim. Sou filha única. Ela sempre me falou sobre o desejo de ter muitos netos. Um monte de crianças correndo pela casa.
— Você acha que estando comigo não poderá ter isso? – Laura indagou e Norma sorriu. Percebeu que havia acabado de dizer uma besteira. – Bom... acho que comigo, você pode ter uma família grande. Muitos filhos... a única coisa que você não poderá ter é um marido, já que você terá uma esposa. – Sorriu com humor.
— É você tem razão. – Norma abaixou o seu campo de visão.
— Amor, vamos lidar com isso juntas. Bom... se sua mãe não aceitar o nosso relacionamento não vai mudar muita coisa em nossas vidas. Tudo o que você disse são planos de sua mãe, não seus. Enquanto você estiver aqui desejando o mesmo que eu, eu vou estar ao seu lado. – disse de uma forma amável e notou a sua amada lhe olhando com intensidade.
— Hoje, eu já te disse que te amo muito? – Norma perguntou.
— Hum... – Laura pareceu ficar pensativa. – Acho que não. Você acordou fazendo biquinho e nem fez uma linda declaração para mim. – As duas começaram a gargalhar.
— Ah... Você me fez acordar sozinha na cama. Eu amo sentir o seu corpo colado ao meu logo de manhã.
— Ama é? – Laura pegou a bandeja e colocou sobre a cômoda. Começou a sentir muita necessidade de sentir a outra mulher.
Sob os olhares atentos de Norma, Laura voltou a cama já cobrindo o corpo de sua amada com o seu.
Como Norma estava usando uma pequena camisola branca, Laura levantou o tecido com facilidade enquanto encarava o olhar intenso à sua frente.
— Você tá irresistível assim – comentou e deslizou a ponta se seus dedos pelas coxas à mostra.
— Bom... Preciso ressaltar que você também está irresistível. – Norma amava quando a médica ficava somente se camiseta e short curto.
Laura sorriu de lado e aproximou os seus lábios em um dos ombros de Norma. No momento em que roçava a sua boca naquela pele macia, ela afastou o fino tecido branco para o lado e deslizou a sua língua quente até o pescoço de Norma.
Quando sua boca se aproximou do queixo, Laura mordeu de leve e observou os lábios da ruiva se entreabrindo.
— Preciso de você sempre em minha vida – disse quando entrelaçou as suas mãos as de Norma e fez a sua amada se deitar na cama.
Enquanto observava os movimentos seguintes de Laura, Norma encaixou melhor o corpo da médica entre suas pernas e começou a mover o seu quadril devagar, fazendo com que a sua excitação aumentasse em seu íntimo.
Laura envolveu os lábios de Norma com os seus. Beijou devagar, fazendo com que o toque entre as línguas fosse acompanhado por um leve tremor em seus corpos.
Aos poucos, Laura soltou uma das mãos de Norma e tocou um dos seios que ficou à mostra.
— Você é tão gostosa. – Deslizou a ponta de seus dedos pelo bico rijo e ouviu um gemido rouco. – Amo quando você veste essa camisola... Tudo fica mais fácil. – Envolveu o bico com seus lábios e sentiu o corpo de Norma ficar inquieto.
Com a boca de Laura envolvendo um de seus seios, Norma sentiu algo quente ficando ainda mais abundante em seu íntimo. Sabia que a médica não precisava de muito para fazê-la se molhar toda.
Começou a sentir a sua camisola sendo levantada. Não demorou para a peça cair do outro lado do colchão.
Quando Norma ficou apenas com a calcinha vermelha, Laura ficou parada observando o corpo de sua amada atentamente. Amava cada detalhe... cada curva. Achava aquela mulher perfeita.
Deslizou a ponta de seus dedos pelo abdômen nu. Norma era bem diferente dela. Não curtia malhar, mas isso não a deixava ser menos atraente.
Sendo observada por Norma, Laura retirou a sua camiseta e voltou a colar os corpos. Amava sentir o atrito dos seios.
Sem trocar nenhuma palavra, Norma abaixou o short que a médica estava usando queria ter aquele corpo todo nu para si.
Quando as duas mulheres ficaram totalmente nuas, Laura e Norma encaixaram os seus íntimos e começaram a rebol*r lentamente.
Às vezes, os seus lábios se encaixavam dando início a um beijo urgente, contudo os gemidos sempre os interrompiam para dar voz aos seus prazeres.
Notando que as duas logo goz*riam, Laura começou a mover o seu corpo de uma forma mais brusca contra o de Norma. Sentiu as suas costas sendo arranhadas, porém o prazer já a dominava completamente, fazendo com que ela não interrompesse os seus movimentos.
— Acho que quando a sua mãe vier, não teremos mais momentos como este – Laura comentou enquanto mantinha o corpo de Norma entre os seus braços.
A ruiva já respirava tranquilamente. Sentia-se muito bem ao lado da mulher que ela amava.
— Por que não? – perguntou, pois a última coisa que ela queria era ficar distante dos braços de sua noiva.
— Bom... acho que nos primeiros dias teremos que dormir separadas... Fingir que somos amigas. Não podemos falar assim na lata: somos namoradas.
Norma sorriu e acariciou os lindos cachos da médica.
— Amor, não quero ficar escondendo o que sinto. Acho que o melhor a se fazer, é falar logo mesmo. Se minha entender ótimo, mas se ela for contra, eu não vou esquentar com isso. Você é meu amor, não quero esconder isso. E sei que você não quer ser escondida. Eu pensei sobre o que você disse, você tem razão, temos que enfrentar isso juntas.
— Você me deixa toda orgulhosa. – Deu um selinho nos lábios de Norma. – Acho que uma mulher maravilhosa como você deve existir pouquíssimas.
— Não seja exagerada. Eu apenas entendo que não posso deixar de amar por causa do que os outros vão pensar.
Laura sorriu.
— Você tem razão, porém vamos com calma. Ela sendo complicada ou não, ela é sua mãe. Vamos dizer que somos apenas amigas coloridas – disse e ouviu uma gargalhada gostosa tomando conta do ambiente.
— Pior! Ela me acharia uma perdida.
As duas riram.
Norma encarou Laura por alguns instantes.
— Vamos contar a verdade. É melhor!
— Está bem, se você acha que vai se sentir melhor assim, eu te apoio.
— A verdade é sempre o melhor caminho, meu amor.
_*_
As folhas secas se movimentavam lentamente pelo jardim. Sentada a uma espreguiçadeira, Rita observava tudo atentamente enquanto refletia sobre os últimos acontecimentos.
— Olá, meu bem! Sheila não está te fazendo companhia? – Rogério indagou ao se sentar ao lado da esposa.
— Dei uma folga a ela. Hoje é aniversário dela. Bom... acho que ela tem que comemorar ao lado de quem ama. E não como uma velha rabugenta como eu – comentou e seu marido sorriu sutilmente.
— Não fale dessa maneira.
— Ah, Rogério, eu me tornei uma velha chata e sozinha. Sem qualquer utilidade. Minha filha vai se casar no próximo domingo, e eu estou aqui, sem fazer ideia de como será a cerimônia... a festa. – Deu uma pausa. – Não julgo Raquel. Ela tem muitos motivos para me querer distante, contudo, é triste me dar conta de que eu não tenho utilidade. E tudo por minha culpa.
— Bom... sabíamos que seria assim. Raquel nos perdoar não quer dizer que seremos uma família perfeita novamente. Tenha paciência, um passo de cada vez. Ela vai dar abertura, mas com o tempo.
— Eu não aceito viver assim. – Levantou de sua cadeira decidida.
— O que você está pretendendo? – Rogério estava surpreso com o comportamento da esposa.
— Vamos atrás de nossa filha!
Fim do capítulo
Olá,
O que acharam deste capítulo?
Espero que tenham gostado.
Beijinhos^^
Van
Comentar este capítulo:
Anny Grazielly
Em: 24/01/2021
Cara... Laura eh demais... amo tb essa cumplicidade entre ela e Norma... espero que a mae de Norma nao seja tão ruim assim...
eeee, esperando ansiosa pelo casamento de Raquel e Sofia.
Lea
Em: 11/01/2021
Definitivamente,depois de Raquel e Sofia,Norma e Laura são os meus amores! Amo essa cumplicidade,esse amor,esse carinho e respeito!! Nada irá abalar o relacionamento delas,nem mesmo a mãe da Norma!
E dona Rita,o que será que vai "aprontar",para continuar a luta de trazer sua filha para mais próximo dela?????” Que sejam coisas boas!!!
Resposta do autor:
Olá,
Os quatro casais estão muito bem agora. Também amo essa cumplicidade delas. Acho que são os meus melhores casais neste quesito cumplicidade.
A dona Rita anda querendo mostrar que estar diferente, ela vai fazer coisas boas.
Muito obrigada pelo seu comentário.^^
Beijinhos^^
Van
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NovaAqui
Em: 11/01/2021
Essas mães são figurinhas
Acho que a mãe de Raquel vai ajudar muito e se sentir útil
Já a mãe de Norma: ou aceita ou tchau!
O café da manhã ficou para depois kkkk
Abraços fraternos procês aí
Resposta do autor:
Olá,
A mãe de Raquel vai ajudar.
A mãe de Norma é um pouco complicada, mas vai entender bem a filha.
Muito obrigada pelo seu comentário.
Beijinhos^^
Van
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