***

A Tatiana entrava no elevador do prédio da Adriana quando foi avistada pela Letícia que saindo do estacionamento se encaminhava apressada para o mesmo.

- O quê você está fazendo aqui? - a Letícia inquiriu assim que entrou.

- Eu vou encontrar a minha namorada, e você? - a Tatiana perguntou, mas já supunha o motivo.

- Acho bom mesmo, pois a Eva não vai gostar nada se souber que você anda rondando por aqui. - a Letícia falou encarando a ex.

- Pois fique tranquila que eu estou dizendo a verdade. - a Tatiana disse séria.

- Peraí, você está indo pra o mesmo andar que eu? Quem é a tua namorada? - a Letícia perguntou apreensiva, imaginando se seria a Elza, a Adriana, ou a Katrina.

- Calma! Já já você saberá. - a Tatiana falou divertida, a Letícia notou que ela estava diferente parecia feliz, alegre, e gostou de vê-la assim.

- Nossa, mas quê demora em dona Letí...! - a Eva parou a frase ao vê a namorada acompanhada da ex na saída do elevador.

- Tinha fila na padaria amor! - a Letícia falou divertida ao vê o ciúmes estampado no rosto ruborizado da loira.

- Bom dia! - a Tatiana cumprimentou um pouco envergonhada, e tratou de apertar a campainha do apartamento em frente.

- Bom dia! - a Eva respondeu mirando a mulher a sua frente, e a achando bonita demais pra o seu gosto.

- Ai, nem acreditei quando o seu Juvenal falou quê você estava lá embaixo! Adorei a surpresa minha linda! - uma Adriana eufórica falou ao abrir a porta, se jogando nos braços da Tatiana, sem nem notar a presença das outras.

- Eu estava com saudades, então não resisti em passar por aqui antes de ir trabalhar. - a Tatiana falou após encerrarem o beijo. Só então a Adriana notou a Letícia lhe olhando com um sorriso maroto nos lábios, e a Eva com os olhos arregalados.

- Oh, bom, bom dia meninas! Eu suponho quê esse outro saco de pães é nosso não? - a Adriana gaguejou envergonhada.

- Cla, claro! Como de costume. - a Eva também gaguejou tirando a sacola da mão da Letícia, e entregando para a outra.

- Que mundo pequeno em cunhada, a tua ex se engraçar com a Kika que mora no mesmo andar, e é amiga da gente. - a Elza comentou enquanto tomavam o café da manhã, e olhou algo no celular.

- Irmã, esse troço só recebe alguma coisa se alguém entrar em contato; ontem eu observei que você olha o celular por minuto. Por acaso encontrou alguém interessante, um crush? - a Eva provocou a irmã.

- O pneu do meu carro furou na rodovia aqui próximo quando retornava no sábado, e um cara me ajudou a trocar; dei o meu número pra ele me ligar, mas até agora nada! - a Elza falou com o olhar distante.

- Encontros casuais cunhadinha, nem sempre a pessoa procura a outra depois; talvez por não saber o quê dizer, ou simplesmente perdeu o cartão que você deu. Porque não liga pra ele você? - a Letícia falou.

- Eu não pedi o número dele, dei o meu cartão num impulso, só sei quê ele é lindo, e se chama Tarcísio. - a Elza falou sem graça.

- Ui! Ela se apaixonou pelo anjo da estrada! Aleluia! - a Eva falou e soltou uma gargalhada acompanhada da Letícia.

- Elzinha, eu conheço um cara bonitão que tem o nome de Tarcísio, e é solteirão, se quiser te apresento. - a Letícia falou ainda risonha.

- Ah! Vão se danar vocês duas! - a Elza respondeu, saiu pisando duro, e deixou as duas gargalhando.

- Meu Deus, o quê deu nela? Eu nunca vi a Elza se zangar com uma brincadeira, pois a rainha das provocações é sempre ela. - a Eva falou entre risos.

- E olha quê eu não falei nada demais, mas faço questão de apresentar o Tarcísio pra ela; é o irmão mais velho da Alanis, está solteiro desde que perdeu a Lana sua noiva há cerca de dois anos num acidente. - a Letícia falou séria.

- Não faça isso, a Elza não gosta quê tentem arrumar namorado pra ela. Vamos para a delegacia que estamos atrasadas. Depois eu converso com ela, e tento saber mais sobre esse encontro misterioso dela com esse anjo da estrada; até lá não provoque mais ela por favor. - a Eva falou tentando encerrar o assunto.

- Calma, eu não vou provocá-la, mas será inevitável não apresentá-la ao Tarcísio; lembre-se que vocês irão nos encontrar na fazenda do tio José para o almoço do dia 25, e ele com certeza estará lá. - a Letícia lembrou enquanto entravam no elevador.

- Ok, agora me diz uma coisa, esse lance da tua ex com a Kika será quê é de verdade, ou ela apenas encontrou um pretexto para ficar perto de você? - 

- Pelo o quê conheço da Tati é sério, pois apesar de ser um pouco irresponsável, preguiçosa, e desligada com as coisas da casa; nunca foi de ficar fingindo namorico. - a Letícia falou, e a Eva fez bico.

- Precisa falar assim toda carinhosa, Tati? - 

- Eita loira ciumenta! - a Letícia riu e ganhou um beliscão no braço. - Ei, não belisca que me dá tesão! - 

- Você é muito safada, entra logo nesse carro, não vê que estamos atrasadas! - a Eva falou, e foi agarrada pela Letícia assim que entraram no carro. No começo foi um beijo meio desajeitado, mas logo as mãos ousadas entraram por baixo do vestido da Eva, e lhe apertavam as coxas. - Ai Letícia pára, está me deixando louca, nós estamos atrasadas, e alguém pode nos vê aqui! - 

- Ah minha Eva, você está toda gostosa, meladinha pra mim amor! - a Letícia falou ao constatar a excitação da mulher através da calcinha, e sem demora começou a acariciar o sex* da outra que estava inchado.

- Ah! Vai logo, entra em mim!  - a Eva pediu ao sentir os dedos lhe massageando o clit*ris, o quê foi atendido, pois rapidamente a Letícia a invadiu com dois dedos, metendo bem fundo.

- Deliciosa, a vontade que tenho é de arrancar esse vestido, e te ch*par todinha minha loira gostosa. - a Letícia gemia no ouvido da Eva enquanto ela rebol*va em seu colo sobre os seus dedos que entravam e saíam do sex* ensopado da outra.

- Ah! Oh! Eu vou goz*r meu amooor! - a Eva soltou um grito abafado enquanto o seu íntimo se contraía, e relaxava liberando o seu líquido viscoso nos dedos da outra.

- Deliciosa você minha mulher! Agora vou trabalhar feliz. - a Letícia falou lambendo os dedos, enquanto a Eva ia se recompondo aos poucos.

- Eita quê o sex* esta manhã foi bom heim! Olha as caras de felicidades de quem acabou de dá uma! - a Quézia que também chegava naquele momento falou ao vê as duas descendo do carro apressadas.

- E pelo jeito não foi só nós que fizemos um amor gostoso, não é mesmo senhorita Quézia! - a Letícia admitiu animada, e abraçou a amiga.

- Com certeza o teu atraso tem haver com uma certa médica charmosa, não é mesmo? - a Eva falou descontraída.

- Evinha amor da minha vida,, que saudades de ti minha loira deliciosa! - a Bernadete surpreendeu a todas ao agarrar a Eva firme pela cintura assim que entraram na delegacia.

- Bom dia Berna, que bom te ter de volta meu bem! - a Eva retribuiu o carinho notando certo ciúmes no olhar da Letícia.

- Mulher, como você está toda gostosa, linda, maravilhosa! - a Letícia já estava ficando impaciente ao vê aquela uma cheia de mãos, e enchendo a sua namorada de beijos.

- Ei, ei,  já chega! Solta a mulher das outras! - a Quézia resolveu brincar pois notou o olhar nada amistoso da Letícia em direção a Bernadete.

- Quel minha deusa! Ah você sabe quê aqui tem carinho pra todo mundo né! Evinha, me desculpa, mas agora a minha atenção vai para essa morena recém chegada, que pedaço de mal caminho, e quê bumbum delicioso! Ai, isso nú deve ser estonteante! - 

- Pode ir tirando a sua égua da chuva, pois essa morena tem dona! E outra coisa, saia do caminho da Quézia se não quiser ter os dedinhos arrancados por um bisturi! - a Eva explodiu séria, quase furiosa ao vê a Bernadete se dirigindo na direção da Letícia que apenas as olhava séria.

- O quê? Alguém me explica o quê foi isso, pois não estou entendendo nada! - a Bernadete inquiriu confusa, olhando as meninas de uma para a outra.

- É simples amiga, ninguém aqui está disponível. A Eva é minha noiva, e a agente Quézia encontrou o amor nos braços de uma médica charmosa. -

- Ei, vocês não acham que estão muito atrasadas pra ficarem de papinho aqui no corredor? Bom dia! Na sala de reunião em cinco minutos! - a Alanis falou enquanto caminhava apressada ao lado do Ramirez, e Diogo.

Naquela manhã a Alanis descobrira que Nabil Salam era na verdade um negociante Sírio-Libanês criado na Turquia, e quê desaparecera no dia que  a Azira recebeu a notícia da sua morte. As investigações foram feitas em sigilo por isso nenhum jornal registrou a ocorrência, mas um amigo da Alanis policial federal lembrou de alguém comentar sobre esse caso sem solução, e foi em busca do inquérito arquivado. A família suspeitou de sequestro, mas ninguém pediu um resgate, então a polícia concluiu que provavelmente ele fora morto, e enterrado em algum lugar, visto quê a família afirmou que ele sumira desde o dia em que fizera um grande negócio com a aquisição de pedras preciosas; além do turco, dois dos seus homens de confiança também desapareceram junto com ele. O quê levou a polícia a sustentar a tese de quê ele fora morto juntamente com os seguranças, ou fora morto por eles, e enterrado em algum lugar de difícil acesso, e depois fugiram com a mercadoria; meras suposições, pois nenhum vestígio fora deixado; a provável compra fora feita de forma ilegal, só o dinheiro em espécie foi retirado da conta pelo próprio Nabil, uma pequena fortuna no valor de 500.000,00 dólares em notas de cem, e cinquenta. A família ficou sabendo que o negócio tinha ocorrido, pois o próprio Nabil confirmou a compra horas depois, mostrando que tinha dado tudo certo. Nem mesmo o carro usado pelo negociante foi encontrado.

- Bom doutora, pelo ao menos a nossa investigação vai fazer a Ayla ter o retrato do pai dela, e dos avós que ela não conhecia. - o Ramirez comentou ao entrarem na sala de reuniões.

- Olha Ramirez, se isso não fosse mexer com a ferida das pessoas, eu iria investigar esse caso a fundo com a ajuda do Diego Márcio, e descobri se esses avós ainda estão vivos; olha se Ayla não é uma versão feminina desse turco? - a Alanis comentou mostrando uma foto recente da Ayla para os dois homens.

- Nossa! Lembra aquele ditado: "filho de puta tira a mãe da culpa?" É igual ao cara! Os olhos são idênticos, parecem duas esmeraldas! Chefe, vendo a Ayla me lembrei de uma coisa; aqueles rapazes que andam e moram com ela, também se parecem com o Nabil, o Dico meu amigo lembra ele! Por isso eu achei que conhecia esse homem de algum lugar. - o Diogo observou.

- Ferreira você está virando um gênio, era por isso mesmo que estávamos investigando; a Ayla suspeita que os meninos são irmãos dela por parte de pai, assim como a Letíc.. -

- O quê tem eu de tão importante? - a Letícia entrou na sala na companhia dos demais colegas, e interrompeu a fala do Ramirez.

- Quê estão atrasados, da próxima vez será descontado dos salários; mas vamos ao quê interessa, quero os relatórios com a montagem das estratégias de cada um. - a Alanis respondeu dando início a reunião.

- Gente, eu fico três meses afastada e a delegacia vira uma sapolândia! E a nossa chefe putz que mulher linda! Quem diria em Evinha, que tu iria virar a casaca, mas também com um monumento daqueles se eu não fosse passava a ser. - a Bernadete falava pelos cotovelos enquanto esperavam o almoço ser servido.

- Pois é cara Berna, nem eu, nem você conseguiu virar a cabeça da Eva, já a Letícia virou tudo aí pelo avesso. A índia deve ter uma pegada bem firme, pois só dela olhar pra nossa amiga a bichinha fica doida. - a Quézia falou divertida.

- Fechem essas matracas, será quê vocês não pensam em outra coisa! - a Eva reclamou.

- Ah Evinha, confessa que não tem coisa melhor do quê fazer amor, gem*r enquanto alguém te ch*pa lá bem gostoso! - a Bernadete provocou a Eva que ficou vermelha, e sentiu o seu sex* molhar ao lembrar de ter feito amor com a Letícia as pressas no estacionamento do prédio.

- Vamos parar com essa conversa Berna, senão a nossa amiga não vai conseguir almoçar pensando na Letícia que ficou trabalhando junto com a Alanis, o Diogo, e o Ramirez, e até agora não vieram se juntar a nós. - a Quézia falou, a comida chegou, e o assunto foi esquecido.

- Não acho correto esconder da Eva quê eu estou correndo perigo de vida Alanis, mas já que vocês acham melhor, eu irei omitir, no entanto você terá que encontrar uma explicação quando a coisa esquentar. - a Letícia falou triste.

- Melhor do quê deixar ela, e a irmã apavoradas, se souberem que você está sendo caçada. Quanto menos familiares souberem melhor será. Se contares pra ela irá colocá-la em perigo, pois não vai querer desgrudar de você, vai ficar te ligando quando estivermos trabalhando até tarde, e isso tirará a nossa concentração. - a Alanis explicou.

- Eu sei de tudo isso, mas mesmo assim não gosto da idéia de me sentir enganando. - 

- Pode deixar que eu mesma falarei com ela que você não poderá dormir lá algumas  noites, pois estaremos trabalhando nas investigações até tarde, e pra nossa segurança você dormirá lá em casa como sempre durante esse tempo. - a Alanis concluiu.

***

- Eu não vou colocar a minha carreira, o meu sonho de ser delegado, a minha liberdade em risco por causa de você! Não vou te dá nenhuma informação, já chega! Eu limpei a tua barra algumas vezes te passando informações sigilosas, traindo meus companheiros, mas agora não farei mais isso; a doutora é limpa, não é corrupta como o Medeiros. Se eu não puder ajudá-la, também não vou atrapalhar. - o Ângelo falou firme.

- Você é um idiota, se nós cairmos você já era! Nunca chegará a ser delegado se não me ajudar. Se eu for pego entrego todos do esquema, e aí adeus para o teu sonho idiota, e essa carreira besta. Pense bem, você tem até amanhã para me passar todo o esquema, e diga ao Siqueira que mandei lembranças do Gutierrez pra ele. - o Bruno vociferou.

- Não darei nenhum recado, diga você mesmo, e cuidado com o efeito rebote! Foi você que mandou atropelar o Siqueira, e ele é bem vingativo. - o Ângelo falou levantando do balcão do bar onde se encontrava com o irmão.

- A ordem partiu do Gutierrez, eu apenas terceirizei a ação; o Siqueira deu sorte por não ficar aleijado, da próxima vez que ele tentar enganar o chefão não terá mais histórias pra contar. - o Bruno riu com sarcasmo.

- Você deveria se entregar. Porque não pensa nos nossos pais que se sacrificaram tanto pela gente? E os teus quatro filhos, dois com a tua esposa, e dois com a professora lá de Petrolina; já imaginou como ficarão ao saberem que o pai é um bandido, um assassino? Ao contrário de você eu quero quê os meus filhos tenham orgulho de mim. -

- Deu crise de consciência agora irmão? Os nossos pais se sacrificaram porque quiseram, e sempre amaram viver na mediocridade. Eu te garanto quê os meus filhos não irão se importar muito com o meu caráter, se eu deixar uma bela fortuna como herança. Se mudar de idéia traga os relatórios aqui amanhã; um homem da minha confiança os pegará em sua mão. - 

- Não perca o teu tempo, não haverá relatório algum! - o Ângelo falou, e saiu apressado deixando o Bruno sozinho com os seus pensamentos; mas o quê eles não notaram é quê um homem aparentando ser bem velho, os observava de um canto do bar, e tivera acesso a toda a conversa através de uma escuta colocada debaixo de um dos bancos alí próximo.

- Pronto senhor, aí está o áudio da conversa; o sujeito n° 1 está limpo, mas o n°2 tem culpa no cartório. O próximo passo agora é seguir o 2. - o homem digitou a mensagem, enviou, e foi embora do bar sem ser notado pelo Bruno.

*** 

- Nati, você acha quê eu devo contar para a Alanis que estou suspeitando que o papai está investigando o Armando Gutierrez de forma sigilosa com a ajuda dos homens de confiança dele, e alguns policiais aposentados? Eu ouvi a mamãe comentar com a Maria que o papai está muito misterioso, e fica horas trancado no escritório com o vovô, o Sombra, e o Ninja. - a Tássila comentou quando se preparavam para dormir.

- Eu não sei, mas se o tio José está agindo na calada é melhor não falar sem ter certeza do quê se trata. Até porque você ouviu quando ela o proibiu de se meter na investigação; mas lá no fundo ela sabe quê o tio não iria ficar de fora sabendo que corremos perigo de alguma forma. Aposto que ele colocou gente para vigiar todo mundo; hoje quando fui buscar o Alan suspeitei de um sujeito que estava varrendo lá próximo, pois não tinha sujeira alguma, e ele não desviava a atenção da frente da escola. - a Natália falou pensativa.

- Isso nós temos quê falar para a Alanis, principalmente depois das ameaças do Tavares, pois pode ser alguém a serviço dele. - a Tássila observou.

- Eu não acho, o cumprimentei quando passei por perto, e ele foi muito educado, tipo os homens que trabalhavam com o tio quando ele ainda era delegado, igualzinho ao Sombra, e o Ninja. - 

- Se é assim então só pode ser um segurança disfarçado; amanhã eu irei com você, não vou pra fazenda, mas ainda acho quê devemos contar para a Alanis.

- Tudo bem, no café da manhã eu conto. Agora deita aqui quê vou te fazer uma massagem relaxante.

- Só relaxante? Não seria melhor estimulante? - 

- Amor já está tarde você trabalhou o dia inteiro na fazenda, então será só uma massagem mesmo. - a Natália concluiu, e a Tássila sorriu resignada.

- Ah, mas isso só pode ser coisa daquela raposa velha! Eu tenho a sensação de quê estou sendo seguida o tempo inteiro. O papai não tem jeito, não sei porque se aposentou tão cedo! Eu só espero que esses homens sejam muito mais sagazes do que os comparsas do Gutierrez, do contrário irão atrapalhar as investigações. - a Alanis comentou após ouvir o relato da Natália.

- Eu acredito quê eles são muito bons, pois na hipótese de que eu seja capturada, alguns deles nos seguirá até o cativeiro depois de dá o alerta geral; vamos deixar o tio José fazer o quê sabe, pois não temos como impedir, a menos que você peça a prisão de todo mundo por atrapalhar as investigações. - a Letícia falou divertida.

- Você está por dentro do esquema do papai não é dona Letícia? Desembucha, quantos homens estão trabalhando em paralelo? - a Alanis falou irritada.

- Eu não faço idéia, mas não se zangue. Você faria o mesmo se fosse o contrário. Você acha que o tio iria ficar esperando sentado, sabendo que estamos na mira de assassinos? Porque querendo ou não você está correndo perigo tanto quanto eu. Então em vez de brigar com o tio José, vamos tentar identificar esses homens, e o quê vacilar nos seguindo será algum comparsa do tal Bruno que facilmente será pego, ou pelos homens do teu pai, ou pelos nossos agentes disfarçados. - 

- Ok, você me convenceu! - a Alanis concordou. - Tássila, fala pra mamãe quê irei para lá no sábado. Esse final de semana o Alan ficará com o Augusto. - 

- Eu não queria ir para lá mamãe, e a senhora já sabe porque!  - o menino reclamou.

- Eu sei filho, mas são os teus avós também. O Belmiro não é legal? Então você fica mais tempo com ele. - 

- É sim, ele tem mais paciência comigo que o papai. - 

- Ignora aquela velha chata, sabe aquela música que te ensinei pra cantar quando gente chata tiver falando: "Li, li, li, deixa o cachorro latir! Lá, lá, lá, deixa o cachorro falar!" Então, se a Irene começar a encher o saco, canta pra ela. - a Tássila falou, e levou dois beliscões nos braços. - Ai! Poxa, é só uma música! - reclamou olhando feio para a Alanis, e depois para a Natália.

- Não podemos ensinar uma criança a ser malcriada com a vó, mas a dona Irene é carne de pescoço viu! Deus me livre, ainda bem que a minha sogrinha me adora! - a Letícia falou divertida.

- Mamãe, quando eu crescer posso casar com a Bruninha, pois a vó Azira falou que sou um menino adorável? - a Alanis sorriu lembrando que havia chegado muito tarde, e só trocara um mensagem rápida com a Ayla, mas não falara das novas descobertas.

- Se quando vocês forem adultos, se apaixonarem um pelo outro, é claro que sim. - a Alanis concluiu, e tratou de ir para o escritório falar com a Ayla em particular.

- Nossa! Então o meu pai pode estar vivo, em algum lugar! Pode ter perdido a memória, sei lá! Mainha lembrou quê o nome do homem que deu a notícia pra ela era Noah. - a Ayla falou esperançosa, depois de vê a foto do homem quê seria o seu pai, e viu com nitidez a semelhança entre eles, principalmente com o Dico que tinha o mesmo porte atlético e esguio do homem.

- Eu vou dá uma olhada mais detalhada nos documentos, e vê se esse Noah aparece entre os nomes citados no inquérito. Eu fiquei feliz, por descobri como é o teu pai, pois agora você tem um rosto bem parecido com o teu. E eu não tenho dúvidas de que você, a Letícia, e os meninos são irmãos. -

***

"Só existe uma coisa melhor que abraçar, poder voltar, e abraçar de novo." Citação: Josué Brandão.

Fim do capítulo