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Meus pedaços por Bastiat

Ver comentários: 9

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Palavras: 5552
Acessos: 2930   |  Postado em: 24/11/2020

Um fardo por razões erradas

 

Helena

 

    - Mamãe, é depois de amanhã!

 

    Giovanna entrou na cozinha animada com a proximidade do seu aniversário.

 

    - Bom dia, Gi.

 

    Beijei o seu rosto e a ajeitei na cadeira para tomar o seu café da manhã.

 

    - Bom dia, mãe. Faz panqueca?

 

    - Come o pão mesmo, meu amor. Você acordou atrasada e ainda enrolou no banho. Nina já está chegando para te levar à escola.

 

    - Por que você não vai me levar?

 

    - Tenho que passar na Escola de Roteiristas antes de ir para a gravação e vou me atrasar se te levar.

 

    - Manda um beijo para a mamá?

 

    - Mando - menti.

 

    Enquanto a Giovanna bebia a sua vitamina e comia o pão com geleia, eu bebia um pouco do meu café sem fome nenhuma.

 

    Passei a semana inteira sem ânimo para comer, alimentando-me apenas para não desmaiar.

 

    - Bom dia, Gi. Bom dia, Helena! - Disse Nina entrando na cozinha.

 

    Saudamos a babá e mostrei o relógio para ela. Estão atrasadas.

 

    Em poucos minutos, vi as duas saírem correndo de casa, com a Nina levando sua mochila e Giovanna jogando beijos para mim. Acenei para o taxista de confiança que sempre as levam para os lugares e voltei para dentro de casa.

 

    Meu celular tocou. Fiz uma careta quando apareceu a foto e o nome da Natália. Nunca pensei eu ficaria com raiva da minha amiga, mas infelizmente estou. Depois do que a Elisa me revelou, não consegui desculpá-la. Esconder que chamou a Isabel de corna beira ao mau-caratismo.

 

    Recusei a chamada e andei até o escritório de casa. Lá dentro peguei os papeis que tenho que levar e os ajeitei. Procurei um envelope, mas a caixa está vazia. Tenho que lembrar de passar em uma papelaria, os saquinhos também acabaram na semana passada.

 

    - Merda, vou ter que levar sem prot... espera, tem o envelope que a Isabel me enviou algo. Onde foi que eu o enfiei? - sai do escritório ao me lembrar que o deixei em uma gaveta na sala.

 

    Achei com facilidade o envelope e retirei as folhas que ali estavam. Meus olhos pararam em uma palavra:

 

    ‘Divórcio'

 

    Eu não senti o meu coração. Nem ao menos sei se ele ainda bate. Li pelo menos dez vezes para ter certeza de que tenho em minhas mãos é um pedido de divórcio.

 

    Comecei a ler por cima a primeira página. Rubricada.

 

    - Se está rubricada...

 

    Ignorei a outra e fui direto na última.

 

    Assinada.

 

    Isabel assinou o nosso divórcio. O meu amor assinou a nossa separação definitiva. Separar de casa e os nossos corpos é uma coisa. Oficializar isso é o nosso fim.

 

    " - Isabel está linda, minha filha.

 

    Sorri para a minha mãe, dona Ivana, que ajeitava um fio fora do lugar no meu penteado.

 

    - Ela é linda, mãe. É a mulher mais bonita da galáxia.

 

    - Nunca pensei que te veria tão apaixonada assim, Heleninha. Você está tão diferente do seu primeiro casamento. Fiquei tão preocupada quando você disse que jamais deixaria se envolver novamente por outra pessoa. Você falou até em vingança se alguém ousasse te amar.

 

    - Não resisti aos encantos da espanhola, mãe. Nem me recordo que me casei, parece até que estou fazendo isso pela primeira vez.

 

    - Bem, com uma mulher é pela primeira vez mesmo.

 

    Eu dei risada concordando com ela.

 

    - Primeira e única.

 

    Minha mãe sorriu pelas minhas palavras e nos apressamos para a cerimônia em uma chácara alugada por nós.

...

    Isabel e eu caminhamos juntas até uma espécie de altar. De um lado estavam os meus pais e do outro sua avó que fez questão de vir de Madrid.

 

    - Eu estou tan feliz, cariño.

 

    - Eu também, Isa. Eu te amo tanto.

 

    Estiquei-me até ela para beijar os seus lábios, mas a voz da sua avó nos interrompeu:

 

    - No hay besos antes de el matrimonio, respeta la tradición, Isabel.

 

    - Sí, abuela - segurou o riso, mas obedeceu.

 

    Sorrimos sem parar uma para a outra. Não sei nem o que a cerimonialista está falando, eu não consigo parar de olhá-la.

 

    - Helena Almeida Carvalho, você aceita Isabel Rúbia Casañas como sua esposa?

 

    - Sim, aceito.

 

    A mesma pergunta foi feita para a atriz mais nova que estava com um brilho único no olhar.

 

    - Sí, aceito - respondeu.

 

    - As alianças, por favor.

 

    Peguei da caixinha em cima da mesa e tremendo peguei a sua mão esquerda.

 

    - Cariño, você está nervosa, cálmate.

 

    - Estou no momento mais feliz da minha vida, quer que eu esteja como? Fica quieta.

 

    Comecei a colocar a aliança e fiz o tradicional discurso:

 

    - Eu, Helena, recebo a ti, Isabel, como minha esposa. Prometo ser fiel, amar-te e respeitar-te, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, por todos os dias da nossa vida, até que a morte nos separe.

 

    Finalizei beijando a sua aliança em seu dedo. Uma lágrima escorregava pelo canto do seu olho esquerdo.

 

    Também nervosa, Isabel pegou a minha mão e começou a colocar aliança.

 

    - Eu Isabel, recebo a ti, amor da vida, Helena, como minha esposa. Prometo ser fiel, amar-te e respeitar-te, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, por todos os dias da nossa vida, até que a morte nos separe.

 

    - Eu vos declaro, casadas.

 

    - Ahora puedes besar, chicas - disse a avó da espanhola.

 

    Selei os nossos lábios e ouvi aplausos ao fundo de nossos amigos e família".

 

    Não contando o nascimento da Gi, aquele tinha sido o momento mais feliz da minha vida. Eu achava que tinha encontrado o amor que somente a morte separaria. Eu fiz planos de ter netos e contar como foi a nossa história.

 

    "Entramos na nossa casa de mãos dadas com o papel que oficializou a nossa união.

 

    - E pensar que quase nos casamos na Espanha apenas pelo desejo de ter esse documento - Isabel comentou.

 

    - Você estava certa quando dizia que tinha esperança de fazer isso aqui no Brasil. Demorou, mas chegou o dia.

 

    - Eu fiquei tão nervosa quanto no dia da cerimônia.

 

    - Ainda bem, pois estava me sentindo uma idiota por amanhecer ansiosa.

 

    Isabel beijou os meus lábios e sorriu.

 

    - Amor, obrigada por me fazer tão feliz esses anos todos. Eu sempre senti que estávamos casadas mesmo sem esse papel. Apesar de tudo, estamos aqui.

 

    - Mas realmente estávamos, cariño. Como diz aquela música do Cazuza: nossos destinos foram traçados na maternidade. E já prometemos que será até que a morte nos separe..."

 

    Rasguei os papeis e os coloquei de volta no envelope. Eu não vou assinar porcaria nenhuma.

 

    Sentei-me na ponta do sofá e escondi o meu rosto entre minhas mãos. Chorei em silêncio.

 

    - O que eu fiz? - Me perguntei penosa.

 

    Peguei o meu celular e enviei uma mensagem cancelando a reunião.

 

    Liguei para o Rodrigo no momento seguinte.

 

    " - Fala, Heleninha. Bom dia!"

 

    - A Isabel me entregou os papéis do divórcio.

 

    Escutei um barulho estrondoso do outro lado.

 

    - Rô?

 

    - Alô? - Insisti e nada.

 

    - Rodrigo?

 

    - Amigo? - Chamei após escutar algum barulho de fundo.

 

    Depois de um minuto ele voltou para a ligação.

 

    "- Porr*, eu estava correndo na esteira, Helena! Como você dá uma notícia dessas sem saber se eu estou sentado?"

 

    - Desculpa, amigo. Eu tinha que falar logo com alguém. Estou desesperada.

 

    "- Calma. Ela deve ter feito isso por causa da história da Natália que você me contou. Se ela já estava pensando nisso antes, a pior coisa que poderia ter acontecido é encontrar sua amiga e ela quase distorcer tudo. Fora aquele poema e a história do seguir em frente. Isabel então se referia ao divórcio."

 

    - É claro! Nina me entregou bem no dia que aconteceu isso tudo. Com certeza a Isa assinou na hora da raiva. Ela sabe que é o nosso casamento é para sempre.

 

    " - Heleninha, promete que você não vai ficar com raiva?"

 

    - O que foi, Rô?

 

    " - Você ainda acha que existe volta? Realmente acredita nisso? A cada dia que passa, depois de todas as confusões, tenho certeza de que a Isabel está cada vez mais longe de você, assim como você dela. Se ela assinou, na raiva ou não, é porque acabou."

 

    Acabou? Não, não é possível.

 

    - Mas para mim não acabou, Rô. Eu rasguei os papéis.

 

    "- Você fez o quê? Está louca?"

 

    - Eu não vou assinar nada, nunca. Eu disse isso a ela. Se ela realmente quiser o divórcio, será o litigioso.

 

    "- É isso mesmo que você quer? Não prefere acabar tudo bem?"

 

    - Eu não quero o divórcio, Rô - segurei o choro.

 

    "- O que você vai fazer, amiga?"

 

    - Eu vou conversar com ela, nem que seja a nossa última conversa. Se eu tiver que perdê-la para sempre, será lutando.

 

    "- É o que vocês mais precisam, conversar."

 

    - De hoje não passa, Rô.

 

    Me despedi da meu amigo e encerrei a ligação. Deitei-me no meu sofá e abracei o envelope com os papéis rasgados. É questão de horas até que tudo se encerre ou se resolva.

 

[...]

 

    Com o envelope em mãos, cheguei na porta do camarim da Isabel. Aproveitei que estava apenas encostada e a empurrei um pouco.

 

    Minha visão embaçou imediatamente, desacreditei do que vi.

 

    Philipa beijava a minha mulher que estava sentada na cadeira. A minha Isabel, o meu amor.

 

    Pensei em entrar, mas parei ao vê-la afastar a portuguesa.

 

    - No, Philipa.

 

    - Seu beijo é melhor do que nos meus sonhos, doce Isabel.

 

    A espanhola olhou admirada para ela. Doeu.

 

    Eu estou perdendo a Isabel. Se eu não agir rápido, vou acabar com um litigioso na justiça.

 

    - Dei-me um tempo, Philipa. Deixa acabar o programa e depois conversamos sobre isso.

 

    Vi a mais alta levantar-se e caminhar até a porta. Sai andando como se estivesse apenas passando por ali e bati na porta do camarim do Eduardo.

 

    - Entra - meu amigo autorizou a entrada.

 

    - Edu - fiz uma cara de triste quando nós nos olhamos.

 

    - Eu sei, Rodrigo acabou de me contar por telefone.

 

    Antes de ele me abraçar, eu disse:

 

    - Piorou, Eduardo. Acabei de ver a Philipa beijando a Isabel no camarim dela.

 

    Abracei o meu amigo com força.

 

    - Calma, Heleninha. Isso não quer dizer nada.

 

    - Realmente não quer dizer nada, a Isabel recuou. Mas ao mesmo tempo ela assinou o divórcio e me pediu para seguir em frente. É óbvio que a portuguesa a encanta. Pode ser apenas questão de tempo para que eu marque um almoço de domingo em casa e tenho que recebê-las porque a Gi vai gostar da nova namorada de sua mamá.

 

   Eduardo soltou uma fraca risada.

 

    - Não vai acontecer isso. Entra naquele camarim, mostra quem é que manda e...

    - Eduardo! Por favor, não continue.

 

    - Tudo bem. Vai lá, Helena. Você não foi no camarim dela para conversar? Volta lá e conversa.

 

    - Não, a imagem da Philipa colocando aquela maldita língua portuguesa dela na boca da minha Isabel ainda está fresca na minha memória.

 

     - Tudo bem, não deve estar sendo fácil mesmo. Quer jantar lá em casa? Leve a Giovanna.

 

    - Dessa vez eu vou recusar, meu amigo. Preciso assimilar direito essa história de separação, portuguesa e o meu futuro.

 

    Despedi-me do meu jurado favorito do programa e voltei com o envelope em mãos para o meu camarim.

 

[...]

 

    - Sente-se, Nina.

 

    Servi uma taça de vinho para a babá da Giovanna.

 

    - É... eu não bebo em trabalho, Helena.

 

    - Gi está dormindo e seu horário de serviço já até passou. Sente-se comigo, quero te perguntar uma coisa.

 

     A jovem pegou a taça da minha mão, sentou-se e bebeu um pouco do vinho branco.

 

    - Bom? - Perguntei pela bebida.

 

    - Muito.

 

    Sorri para ela e enchi mais um pouco do meu copo.

 

    - É de uma coleção da Isabel. Tem pelo menos trinta garrafas de vinhos raros que ela guarda para ocasiões especiais.

 

    - Ela não vai achar ruim quando perceber que falta um?

 

    - Não sei. Se ela deixou aqui e pediu o divórcio é porque não se importa com eles. Assim como não se importa com os meus sentimentos.

 

    A mais jovem deixou a taça na mesa de centro e encolheu-se no canto do sofá.

 

    - Você a adora, não é? - Questionei.

 

    - Sim, eu gosto muito da dona Isabel. Admiro-a demais desde que assistia ao Atuando em casa.

 

    - Você sabia o que tinha dentro daquele envelope que me entregou aquele dia?

 

    - Infelizmente eu a vi assinando e desmoronando na minha frente.

 

    - Desmoronando? - Perguntei intrigada.

 

    - Isabel chorou por horas no chão de sua sala. Eu tentei a confortar, mas parecia sentir uma dor insuportável. Antes de assinar, ela me disse que sempre pediu para morrer primeiro porque acha que não suportaria te perder. Foi horrível para ela, assim como deve estar sendo para você.

 

    - Hum... ridícula. Como Isabel é ridícula. Por que para mim ela se mostra uma pessoa cruel, me diz barbaridades e fez da minha vida um inferno? Quem é essa mulher que não reconheço mais?

 

    - Uma pessoa que deixa as suas feridas falarem mais alto do que suas reais vontades.

 

    - Você sabe de mais alguma coisa? Por favor, Nina, diga-me se ela já te disse o verdadeiro motivo para a separação. Eu apenas desconfio.

 

    - Eu não sei nem o que aconteceu para ela assinar o divórcio. Desculpe não poder ajudar com isso.

 

    - Está tudo bem, não se preocupe.

 

    Nina levantou-se e ajeitou a sua mochila nos ombros.

 

    - Tenho que ir.

 

    - Espera, eu vou pedir um carro para você, assim chega mais rápido em casa.

 

    Fiz o que falei e ela se despediu dizendo que esperaria o carro na rua do condomínio.

 

    Antes de me despedir, pedi:

 

    - Não conte à Isabel que eu sei sobre o divórcio, por favor.

 

    - Sim, senhora - assentiu e partiu.

 

    Desmoronou? Isabel desmoronou? E eu? O que ela faz comigo desde aquele maldito dia nesta sala?

 

    Peguei a garrafa do vinho pela metade.

 

    - Hoje é uma ocasião especial. Um brinde à covardia que deixei se apoderar do meu amor.

 

     Joguei a garrafa contra a parede na tentativa de aliviar a dor.

 

    Chico latiu alto para mim. Torci para a Giovanna não ter acordado.

 

    - Desculpa, amor. Acordei você? Esqueci que estava dormindo aí.

 

    Parecendo sentir a minha dor, a minha bola de pelos me olhou atento.

 

    - Vem, Chico!

 

    Abracei o meu cachorro e o beijei.

 

 

...dois dias depois...

 

 

     Andei de um lado digitando freneticamente pelo celular mensagens para a Nina que ficou de buscar na casa da Isabel um par de sapato que comprei para a Giovanna e não voltou ontem. Eu não deveria ter permitido a minha menina levá-los para mostrar a sua mamá. Agora ela vai se atrasar para a festa.

 

    Está tudo pronto, o grande espaço atrás da casa está todo decorado, será uma linda festa. Orgulhei-me da organização.

 

    O interfone tocou. Deve ser algum convidado, desesperei-me.

 

    - Sim? - Atendi.

 

    "- Senhora Helena, a senhora Isabel acabou de entrar."

 

    - Ah, tudo bem. Obrigada.

 

    Pedi para o porteiro me avisar quando ela chegasse para me que eu a recebesse na porta. Quero que a Isabel se sinta à vontade e o clima melhore para que a Gi tenha uma festa tranquila.

    Fui até a entrada com o coração na boca. É a primeira vez que a Isabel vai voltar para casa depois de tudo. Preciso ver a sua reação, estudar os seus movimentos, saber se devo realmente conversar com ela hoje como o meu planejado.

 

    Abri a grande porta e vi o seu carro. Nina está com ela. Respirei aliviada por pensar que a Gi finalmente estará pronta, mas a minha respiração não voltou ao normal quando a vi pegar na mão da Isabel que está no volante. Ciúmes, eu conheço bem esse sentimento.

 

    Isabel notou a minha presença e a babá saiu nervosa do carro. Ainda fiquei olhando para a espanhola, ela não me parece bem.

 

    - Helena, desculpa a demora...

 

    - Entra - foi o que eu disse apenas.

 

    Parei de caminhar no meio do meu jardim e fiz a babá me olhar ao tocar seu cotovelo direito.

 

    - Nina, você dormiu na Isabel?

 

    Meu tom a assustou.

 

    - Sim, senhora.

 

    - Por quê? Achei que você se dormisse lá para cuidar da Giovanna.

 

    - Eu evitei que ela aparecesse hoje com ressaca na festa de aniversário da Gi. Por favor, Helena, não entenda errado. Eu não gosto de mulheres.

 

    - Sorte a sua.

 

    Não esperei que ela dissesse mais nada, peguei a caixa com o sapato e caminhei até a minha casa.

 

    - Gi, sua mamá chegou.

 

    Descalça, Giovanna me ignorou e foi correndo para fora da casa.

 

[...]

 

    Agachei-me para abraçar outra colega de classe da Giovanna dando às boas-vindas a ela.

 

    Queria que a Isabel estivesse ao meu lado, mas ela parecia mais uma convidada do que a outra mãe da aniversariante. Lembrou-me a atriz tímida que ficava se esgueirando pelos cantos nas primeiras festas que fomos.

 

    - Amiga? - Ouvi o Rô me chamar.

 

    - Oi, amore - o abracei. - Como você está lindo, Rodrigo.

 

    - E você nesse tubinho azul valorizando todo esse corpo? Maravilhosa.

 

    - Azul para combinar com o da Gi.

 

    - Com o vestido da Isabel também, olha lá - Eduardo apontou para a mulher ver.

 

    - Oi para você também, Edu.

 

    O ator abraçou-me e beijou o meu rosto com carinho.

 

    - Porr*, parece até que combinamos chegar juntos - Maurício chegou dizendo.

 

    Nos cumprimentamos com gentileza. O clima ainda não estava dos melhores, estranhamente ele ainda me ignorava. O filho dele me abraçou e logo os quatro entraram na festa.

 

    De longe, vi a Elisa chegar perto do ouvido da Isabel e começar a dizer alguma coisa. Eu tenho certeza de que é sobre dialogar comigo. Ela me disse que tentaria conversar com a madrilenha sobre a besteira que a Natália fez. Ainda bem que ainda tenho pelo menos uma amiga que posso confiar.

 

    Virei-me para a porta, outros convidados estavam chegando.

 

    Olhei a lista e só faltam mais duas crianças.

 

    - Nina - chamei aproveitando que ela estava passando. - Você pode ficar aqui para caso algum convidado chegue? Eu vou ao banheiro.

 

    - Claro, Helena. Pode ficar tranquila.

 

    Ajeitei o meu vestido e fui na direção de casa. Parei quando vi a cara de choro que a Giovanna fez para a outra mãe.

 

    Corri mesmo de salto na direção dela.

 

    - O que está acontecendo? - Perguntei desesperada. - Gi?

 

    - Aquele dente mole da Gi caiu, - Isabel explicou-me - vamos lá para dentro.

 

    Concordei com ela e sugeri uma ideia:

 

    - Tem um pai de um coleguinha da Gi que é dentista e está aqui. Espera lá na sala.

 

    Enquanto o meu grupo predileto de amigos acompanhava a minha pequena, eu fui atrás do dentista.

 

[...]

 

    Peguei a espátula de cortar bolo e caminhei na direção da espanhola, do Maurício e seu filho João que conversavam com ânimo. Chegou a hora que mais gosto em todas as festas que fizemos à Giovanna.

 

    - Isabel, já vai anoitecer. Vamos cortar o bolo?

 

    - O bolo que era para eu ter feito - disse chateada.

 

    Eu sei que foi infantil da minha parte inventar que a Gi preferia outro bolo. Mas eu estava com vergonha de encará-la durante a semana pelo o que aconteceu. Evitei ao máximo qualquer contato e isso incluiu a nossa conversa sobre isso.

 

    Porém, sei que isso não é apenas pelo bolo. Isa fechou a cara desde a hora que ouviu que o dentista se chama Gustavo.

 

    - Não quer cortar esse? Como preferir. Eu vou cantar os parabéns para a nossa filha sozinha - disse com raiva.

 

    - Calma as duas, poh - o ator pediu.

 

    - Isabel é infantil, Mau. Está de cara feia só porque o dentista se chama Gustavo, me culpando mais uma vez por algo que eu não tive culpa.

 

    - Eita - ouvi João comentar.

 

    - Vem comigo, moleque. Vamos roubar uns doces - O jurado ordenou e saiu com o filho.

 

    - Eu no estou nem aí para o nome do dentista, Helena. O único problema que eu estou vendo aqui é sua amiga Natália como convidada.

 

    Isabel fuzilou a minha sócia com o olhar. Eu a entendi completamente.

 

    - Eu não sabia que ela viria, Isabel. Ela foi convidada muito antes daquela merd* toda. Por mim ela não estaria aqui. Pode não acreditar, mas eu também estou magoada com ela. Porém, não posso expulsá-la da festa, Gi a adora.

 

    Eu e Isabel trocamos olhares. Ela me deu a abertura que busquei o dia inteiro.

 

    - Isa - toquei um dos seus braços cruzados. - Não saia daqui hoje sem conversar comigo, por favor.

 

    Senti vontade de sorrir quando ela segurou a minha mão.

 

    - Está tudo bem, Helena.

 

    Ela tentou fugir, não recuei.

 

    - Não, não está. O que você quer? Que eu te implore de joelhos no meio da festa? Eu imploro. Só, por favor, conversa comigo.

 

    Isabel apertou ainda mais a minha mão.

 

    - Te espero na nos... na varanda do seu quarto quando a Gi estiver dormindo.

 

    ‘Nossa', ela iria dizer que a varanda é nossa. Desde a primeira que entramos naquele local, ela sempre se referiu ali como o nosso lugar favorito, depois da sua cozinha. Eu sorri e a agradeci com o olhar.

 

    - Vamos? - Perguntei.

 

    Isabel e eu caminhamos lado a lado. Coloquei a minha mão em sua cintura e ela nas minhas costas.

 

    - Onde está a Gi?

 

    - No sé, Helena.

 

    Procuramos a pequena com o olhar e a encontramos no colo do Rodrigo.

 

    Quando chegamos juntas ao local, Giovanna sorriu mostrando a sua recente janela no incisivo lateral do lado direito.

 

    - Vamos cortar o bolo, princesa?

 

    - Vocês duas vão estar comigo na mesa? - Perguntou esperançosa.

 

    - Claro, mi amor. Nós sempre estaremos juntas por você.

 

    Entendi o que ela enfatizou, mas ignorei.

 

    - Giovanna veio para o meu colo e fomos para a parte de trás da mesa.

 

    - Atenção - Eduardo começou falando alto para chamar a atenção de todos. - Hora dos parabéns. Vamos começar em cinco, quatro, três, dois, um...

 

    A música típica dos aniversários começou a ser cantada por todos. Giovanna começou a pular no meu colo e preferi entregá-la para a Isabel. A minha filha está enorme e pesada.

 

    Olhei para a Isabel que sorria junto com a Gi e a balançava no ritmo da música.

 

    - Rá-tim-bum... Giovanna, Giovanna, Giovanna.

 

    A música acabou, aplausos foram ouvidos.

 

    - Gi, assopra a vela e faça um pedido - disse a ela.

 

    - Sim, mamãe.

 

    Isabel a colocou mais próxima do bolo e pequena fechou os olhos, juntou as mãos e em seguida assoprou a vela de número 6.

 

    - Pronto, agora vocês já podem realizar o meu pedido, mamá e mamãe.

 

    - Como vamos realizar se no sabemos que é, Gi?

 

    - Eu conto, mamá. Pedi para vocês duas se beijarem.

 

    Isabel arregalou os seus olhos castanhos claros e eu não fiquei atrás na surpresa.

 

    - No... Gi...

 

    A espanhola parou de falar quando a nossa filha fez uma cara triste.

 

    Eu pensei rápido em como sair da situação sem que a pequena ficasse chateada.

 

    - Tudo bem. Se é beijo que você quer, é beijo que vai ter.

 

    Puxei o rosto da mais alta e depositei um beijo demorado em sua bochecha.

 

    Isabel olhou para mim com os olhos brilhando após o meu gesto.

 

    - Pronto - disse para a Giovanna.

 

    - Não! Na bochecha não vale.

 

    - Claro que vale, amor. Você disse como e onde tinha que ser o beijo ou só pediu por um beijo?

 

    - Eu... Só pedi por um beijo - baixou a cabeça.

 

    - Entonces o seu pedido já está sendo realizado, Gi. Mírame.

 

    Isabel abaixou-se e beijou o meu rosto com carinho. Demorou mais tempo do que eu imaginei, os seus lábios quentes fizeram a minha pele arrepiar-se. Eu sorri durante o contato. Quando se afastou, mais uma vez nossos olhos se encontraram de maneira carinhosa.

 

    - Vamos tirar fotos! - Disse Giovanna apontando para o fotógrafo que eu contratei.

 

    - A tradicional? - Perguntei à Isabel.

 

    - Sí - respondeu.

 

    Beijei a bochecha direita da Giovanna e a Isa a esquerda.

 

     Tiramos outras com posições diferentes. Eu estava me deliciando com a proximidade, mas procurei não deixar o meu coração me enganar.

 

    - Vamos a cortar el pastel, hija.

 

    Isabel me entregou a sua cópia mirim e cortou um primeiro pedaço.

 

    - Para quem vai o primeiro, Gi? - Perguntei baixo.

 

     - Dá para a sua madrinha - a espanhola sussurrou.

 

    A atriz sorriu, pois, sabia que sua filha se vingaria por ela pela presença da Natália na sua festa.

 

    - O primeiro pedaço vai para a tia Elisa. Minha madrinha que amo muito!

 

    Dito e feito, Natália fechou a cara e saiu de perto das pessoas. Confesso que senti um pesar por notar que ela estava indo para a saída. Não precisava ser assim.

 

    Isabel passou a cortar o bolo e servir as crianças, eu resolvi dar o seu espaço e me reuni com Eduardo e Rodrigo. Eles falavam em adoção e eu dei o maior apoio para eles aumentarem sua família.

 

    O tempo passa depressa quando se está em um ambiente festivo. Após distribuir os doces, os pais dos colegas da Gi começaram a se despedir.

 

    Suspirei quando o último casal saiu acompanhado da sua filha. Falta apenas o Maurício que ainda conversa com a espanhola quase na porta.

 

    Está chegando a hora e me sinto nervosa.

 

    Observei a minha filha bocejar perto da mesa de doces. Aproximei-me dela e a peguei no colo.

 

    - Se divertiu na sua festa? - Perguntei ajeitando a sua franja.

 

    - Sim, mamãe - disse já coçando o olho.

 

    - Estou vendo como cansou de tanto brincar e comer. Vamos tomar um bom banho para poder dormir.

 

    Andei com ela no meu colo até a Isabel e o Maurício com seu filho.

 

    - Isa, eu vou dar banho na Gi, depois você sobe para se despedir?

 

    Quis me certificar de que não fugiria.

 

    - Sí, eu já subo, só vou dar tchau para o Mau.

 

    Giovanna se despediu do amigo de sua mamá e do João, eu acabei fazendo o mesmo com um gesto e rápido sorriso.

 

    Na sala, encontrei o Chico deitado na poltrona que nos seguiu até o quarto da pequena. Peguei um pijama, a toalha e voltei com ela para o banheiro da casa.

 

    Banhei a Giovanna conversando sobre a festa mais para me distrair com a sua tagarelice.

 

    -... fiquei tão feliz que você e a mamá ficaram amigas de novo.

 

    - Eu sempre te disse que estaremos unidas por você.

 

    - Mamá gostou do beijo que você deu nela.

 

    Ouvi a sua risada infantil e desliguei o chuveiro.

 

    - Realizamos o seu desejo, meu amor. Agora vem aqui para eu te enxugar.

 

    Giovanna me obedeceu e em seguida coloquei o seu pijama. Beijei a sua bochecha para sentir o seu cheiro. 6 anos que minha vida mudou tanto e para melhor. Eu amo ser mãe.

 

    Na saída do banheiro, notei a madrilenha na porta do seu quarto nos esperando.

 

    - ¿Cómo está tu diente? - Perguntou agachando para ficar do tamanho da Gi.

 

    - No siento nada, estas bien.

 

    - Que bueno mi amor. Cualquier cosa es solo contáctame.

 

    A atriz de teatro abraçou a nossa filha, deixando um beijo nos seus cabelos.

 

    - Buenas noches, hija. Feliz cumpleaños.

 

    - Buenas noches, mamá. Te amo.

 

    - Também te amo, mi amor.

 

    Mais alguns beijos e a nossa filha entrou.

 

    Antes da sua saída, a chamei:

 

    - Isabel...

 

    - Eu estarei no lugar marcado, Helena.

 

    Assenti positivamente para ela e fui colocar a Giovanna na cama. Nunca quis tanto que a pequena dormisse logo. Sorte que ela brincou muito e está sonolenta.

 

[...]

 

    Isabel virou-se ao ouvir o barulho dos meus saltos. Eu caminhava lentamente com o envelope branco nas mãos.

 

    Aproximei-me tentando controlar o meu nervosismo. Ficamos uma de frente para a outra. Entreguei o objeto e ela o pegou.

 

    - ¿Eso es...?

 

    - Sim, o que você pediu para que a Nina me entregasse.

 

    Seus olhos lacrimejaram. Respirei alivia por ver isso. Não que eu fiquei feliz com sua tristeza, mas arrependimento é tudo que eu mais quero.

 

     - Você... - hesitou - assinou? Você assinou, Helena?

 

    - Fiz o que tinha que ser feito.

 

    - Cierto, então...

 

    - Abra esse maldito envelope, Isabel.

 

    Vi suas mãos tremerem e abrir a aba ainda com seus olhos nos meus.

 

    Eu não disse nada, mesmo sabendo que ela esperava as minhas palavras ao invés do suposto papel assinado.

 

   Com certa lentidão, Isabel fechou os olhos e suspirou. Mordi meu lábio inferior na expectativa da sua reação. Segurei a minha respiração quando ela olhou dentro do envelope e ganhei a sua  sobrancelha direita erguida.

 

    - Você... está...

 

    - Eu assino um outro se assim você realmente desejar, mas só depois que conversarmos.

 

Fim do capítulo

Notas finais:

Uma conversa vem aí...


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Comentários para 16 - Um fardo por razões erradas:
bicaf
bicaf

Em: 29/11/2020

Oi.

Ai ai,meu coração não aguenta essa espera! Volta rápido! Espero que seja dessa que elas fazem tudo o que sentem e se amem finalmente.

????


Resposta do autor:

Olá.

Aguenta sim hahahaha. Eu sempre volto. 1 vez por semana estou por aqui.

 

Abs.

Responder

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Mille
Mille

Em: 27/11/2020

Olá autora
Será que a conversa será franca de ambas as partes?? As vezes da para entender que a Helena durante o casamento teve traição e omitiu que é casada com uma mulher .
Nina ajudando as duas cabeças duras.
Bjus e até o próximo capítulo
Resposta do autor:

Oi, Mille!

Vai ser uma conversa, digamos... necessária. A parte do omitiu o casamento, ela omitiu mesmo; Já a outra não posso dizer.

 

Beijos!

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GabiVasco
GabiVasco

Em: 24/11/2020

Autora! Eu adoro o jeito que escreve. Com todos os lados, versões, visões, para mim se não fosse assim seria estranho. Eu gosto da sua proposta.
Não ligue para o que falam, continue escrevendo.
Não tem nada de errado em repetir as falas do jeito que você faz porque dá para entender o motivo disso.
Não concordo que só teve o beijo de diferente! A Helena descobriu sobre os papéis, você mostrou a conversa com a Nina e ela alimentando a esperança por saber que a Isabel chorou por assinar, estranho seria querer conversar sem saber o que a Isabel estava sentindo, Helena só assinava os papéis e pronto.
Juro que não entendo porque uma pessoa vem reclamar de algo tão gosto pessoal. Se fosse apelativa, sem enredo, sem sentido, mal escrita, eu já acharia estranho mas entenderia.
Por favor, não para. Eu preciso saber o que vai acontecer. Não desanime com o que falaram.
Eu perdi a minha outra conta e criei essa só para comentar porque me encantou de verdade. É esse o efeito que você causa, o querer saber das pistas, comentar e fazer continuar.
Continua!!!


Resposta do autor:

Oi, GabiVasco!

Primeiro: obrigada pelas palavras de carinho e segundo: pode ficar tranquila que eu não vou parar a estória :).

Você vai saber o que acontece :).

Vou continuar!!!

 

Abs!

 

Responder

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GabiVasco
GabiVasco

Em: 24/11/2020

A Helena pensando que a Elisa estava ajudando ela kkkkkkk muito inocente por nunca ter percebido que a amiga gostava da mulher dela. Ou a Elisa disfarçava muito bem. Esses misterios vão me matar e saber que elas vão conversar também. Ansiosa!!!


Resposta do autor:

Pode ser que a Elisa disfarçava hein...

 

Abs!

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Baiana
Baiana

Em: 24/11/2020

É agora ou nunca! Espero que essa tão esperada conversa,nos dê uma luz sobre o que aconteceu no passado,se houve traição ou não dá parte de Helena,o que motivava seu comportamento estranho com Isabel.

Ansiedade me define 


Resposta do autor:

Calma que ainda tem água para rolar...

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Endless
Endless

Em: 24/11/2020

Vamos lá, cara autora... Nossa, faz tempo que não tenho vontade de comentar uma história, como tenho de comentar esta. O lance de lado A e B não importa quando se tem a habilidade de fazê-lo com maestria. É o que vejo em seu texto. A dúvida, os detalhes. Tudo leva a crer que houve uma traição, mas li Dom Casmurro e sei muito bem como um autor pode te colocar nesse limbo mal resolvido. Mas é inegável que sua escrita está nos levando para caminhos que ora remetem à vilanice de uma e a vitimação de outra e tudo ao contrário depois. Comichões são meus sentimentos agora pelos próximos capítulos. Boa sorte e até lá.


Resposta do autor:

Hei, fico super feliz que goste e sinta vontade de comentar.

 

Ah sim, Dom Casmurro é clássico, amo.

 

Obrigada de coração. Abs!

Responder

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sonia
sonia

Em: 24/11/2020

Bom dia autora! Adoro a sua escrita, acho super interessante saber os dois lados, o jeito que vc passa é mto intenso. Obrigado e continue nos deliciando com suas estórias. Independente d qts vezes na semana for. Bjs ????


Resposta do autor:

Bom dia :).

Obrigada, querida!!! Fico feliz que goste.

 

Beijos.

Responder

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amoler
amoler

Em: 24/11/2020

NÃO É CRÍTICA.

Esse realmente não é o MEU tipo de leitura. De ler lado A num capítulo e lado B em outro.

Nao me entenda errado, eu não tenho pressa. Amo drama. Quanto mais tempo durar a angústia, melhor. Mas dessa maneira... Me mata de tédio porque eu sei que a história só vai andar no OUTRO capítulo, aí já começo lendo esse pensando "puts... bora ler encheção de linguiça..."

Isso é totalmente PESSOAL, viu? NÃO É CRÍTICA.

Eu comparo isso com os "flashbacks". Se a obra não tá te pedindo, se teu leitor não tem curiosidade sobre tal fato, não tem motivos para fazer.

EU (MINHA OPINIÃO) não vi necessidade desse capítulo. Tirando a outra ter visto o beijo, que poderia ter sido inserido com tranquilidade no capítulo anterior.

Sei lá, não leve para o coração, pode ser minha antipatia por esse padrão de apresentação da obra falando mais alto.

Novamente, NAO É UMA CRÍTICA. É apenas uma pessoa dizendo que não acha interessante ler lado A e lado B intercalados e repetindo eventos.


Resposta do autor:

amoler,

Pode criticar negativamente ou positivamente, dar sua opinião, dizer o que não gosta e gosta, está tudo bem.

É uma estória que tem dois lados, duas versões diferentes de sentimentos. Eu não posso simplesmente contar apenas o que uma está sentindo em momentos cruciais. É um recurso. Por exemplo, quando houve a conversa entre elas após terem transado no trailer, Isabel conta o que queria dizer, o que sentiu e Helena entrega como se sentiu. Imagina se deixo apenas a versão da Isabel? Pareceria uma vítima (o que ela não foi na hora) e Helena uma vilãzinha. Eu preciso contar o que se passou na cabeça de uma e de outra para dar continuidade.

Eu poderia narrar a estória ou simplemente jogar a versão de apenas uma, mais rápido como muitas querem. Imagino que deva dar tédio, mas NADA é em escrito em vão, muito menos os flashbacks (que são ótimas pistas para quem quer descobrir o que as separaram antes de chegar o momento, porém concordo que nem todo mundo que lê está interessado em montar um quebra cabeça). Absolutamente TUDO será usado no momento certo.

Não escrevo a esmo, como a maioria que me acompanha sabe: a estoria já está escrita.

É claro que a pessoa sempre tem a opção de pular os capítulos que achar repetitivo. Tudo bem. Geralmente eu posto até 3 se eu vejo que 2 estão muito iguais e não rendeu.

Desde já aviso que os dois próximos serão iguais, apenas com cada uma contando o que sentiu na conversa, então sugiro ler uma versão e já pular para o terceiro que será postado (cap. 19).

Agradeço imensamente a crítica, não crítica rsrsrsrs.

Abs!

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carolaspt
carolaspt

Em: 24/11/2020

Posta uma vez por semana, mas ao menos dois capítulos. 

Apaixonada nestas três. Difícil é segurar a ansiedade pra esta conversa até semana que vem. 


Resposta do autor:

Eu posto justamente dois uma vez por semana :D.

 

Abs.

Responder

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