Capitulo 22 Meu bem deixa eu dormir!
- Isso é um sim? - a Alanis perguntou já sabendo a resposta.
- Sim minha vida! - a Ayla falou, e suspendeu a Alanis pela cintura girando os corpos. - Eu te amo Alanis, amo o nosso príncipe Alan, e vou amar formar uma família contigo; mas você tem certeza quê quer se casar com uma mulher pobre, sem formação, e que não tem nem uma casa pra morar? - a Ayla a questionou sobre a sua realidade.
- Eu sempre soube dessas coisas meu bem, e mesmo assim me apaixonei pelo o quê encontrei aqui. - a Alanis falou tocando no peito esquerdo da Ayla. - Se você fosse milionária, e vazia aqui dentro não teria me conquistado, pois não sou mulher que busca sucesso financeiro; e você não é pobre minha amada, existe uma riqueza que nenhum dinheiro paga,a integridade do teu caráter. Formação você pode conseguir é só voltar a estudar, e casa só precisamos de uma, e eu já tenho. - a Alanis terminou a última frase com um sorriso nos lábios, pois o olhar da Ayla em si era de puro encantamento.
- Mulher tu és um sonho lindo! Bem dito ataque naquele final de tarde! E o que parecia ser azá virou sorte! Obrigada Senhor! - a Ayla gritou eufórica.
- Amor, assim você acorda as crianças! - a Alanis falou rindo quando elas entraram na varanda.
- Nossa que alegria contagiante, também quero participar! - a Azira falou rindo.
- Essa mulher linda quer casar comigo mainha! - a Ayla soltou.
- Quê maravilha! Eu fico feliz por vocês! - a Azira falou emocionada, e abraçou as duas mulheres.
- Seria tão bom se a minha mãe aceitasse a minha relação com a Ayla assim como você Azira sem nenhum preconceito, mas infelizmente desde que a minha irmã assumiu o seu namoro com a minha secretária, e eu também revelei a existência da Ayla, que ela não fala com a gente. - a Alanis falou com pesar.
- Eu posso imaginar como é difícil pra vocês, terem que conviver com isso dentro da família, mas pelo que você me contou ela foi surpreendida, então tenha paciência que um dia tudo ficará bem. - a Azira aconselhou.
- Eu espero que sim, pois me sinto péssima quando vou até a fazenda, e ela não senta nem na mesa na hora das refeições em família, nos ignora por completo. Se não fosse o apoio do papai, do vovô, e do meu irmão, acho que não suportaria. - a Alanis disse triste.
- Eu acredito que a tua mãe pensa como os meus falecidos pais, pois quando fui para a capital eles abriram bem os meus olhos quanto a isso, e quando descobriram que o meu amigo Paulo era gay, e não um futuro genro pra eles, tentaram proibir a nossa amizade por achar que eu iria me corromper, mas como eu e ele nos tornamos colegas de trabalho acabaram se acostumando. No entanto acredito que se tivessem vivos ficariam horrorizados ao saberem da Ayla. - a Azira concluiu.
***
Tássila e Natália voltavam pra Recife depois de mais um final de semana na fazenda; seguiam caladas, entregue aos pensamentos. Quase dois meses que resolveram contar pra família sobre o namoro delas, e nada mudara concernente a não aceitação da mãe da Tássila, e da tia da Natália; Joana ignorava as filhas, e a Maria nem olhava no rosto da Natália, fazia de conta que a garota era apenas uma visita desconhecida quando se encontravam na cozinha, ou em outras dependências da casa.
- Não estou mais aguentando o desprezo da minha tia! Eu não vou voltar mais lá Tássi, dói demais! - a Natália quebrou o silêncio.
- Eu te entendo, e faria o mesmo se não fosse o apoio do papai, e do vovô. A mamãe brigou até com o Tarcísio por causa da gente, pois queria que o meu irmão fosse contra; mas você sabe que irei assumir o meu lugar lá na fazenda, pois como engenheira agrônoma tenho que está na liderança, então depois de casadas quero você sempre comigo. - a Tássila lembrou a outra do compromisso que tinham firmado.
- Eu sei, mas você concordou em esperar eu terminar o meu curso que terá duração de dois anos. - a Natália confirmou.
- Sim minha linda chef! - a Tássila brincou enquanto beijava uma das mãos da Natália, que retribuiu com carinho. - O quê será que aconteceu aqui? - a Tássila falou quando viu dois carros da polícia na portaria do condomínio.
- Bom dia senhoras o quê desejam? - um policial perguntou quando o vidro do carro foi baixado.
- Bom dia! Nós precisamos entrar no condomínio senhor policial. Eu sou a Tássila Carreras, e esta é a minha noiva Natália Ferreira; estamos indo para a casa da minha irmã. O quê aconteceu aí? - a Tássila questionou entregando o RG.
- Ah, a senhora é irmã da delegada Alanis Carreras? Nós chegamos agora há pouco, esse condomínio foi invadido por assaltantes, mas eles só entraram na casa da delegada; estamos tentando falar com ela, pois a casa está vazia, a perícia está lá, vocês podem vir comigo. - o policial autorizou a entrada do carro delas.
- Meu Deus! O quê eles procuravam aqui? - a Natália falou já chorando.
- Calma amor, vamos falar com aqueles policiais da civil alí. Bom dia, eu sou a irmã da proprietária o quê aconteceu de fato aqui? - a Tássila questionou.
- Uns meliantes invadiram o condomínio senhorita, mas o alvo deles foi só a casa da doutora Alanis Carreras. Parece que não levaram nada. Alguém avisou a PM da ação, houve troca de tiros na saída deles, e um vigilante acabou sendo morto. A senhora sabe onde a delegada se encontra? A princípio pensamos em sequestro, mas o chefe da segurança aqui nos garantiu que a delegada viajou com a família. - o policial explicou depois que a Tássila lhe passou a identificação.
- Realmente a Alanis está viajando, mas eu vou tentar ligar pra ela. - a Tássila fez o quê disse, mas o telefone da irmã estava fora de área; tentou o da Letícia e deu na mesma caixa postal. - Pai, invadiram a casa da Alanis hoje pela manhã, mas segundo os policiais não levaram nada! Assim que a perícia liberar eu vou vê com a Nati se falta algo. Não, o telefone dela está fora de área, elas devem está na estrada, ou no sítio. A última vez que ela ligou foi naquela hora que o senhor falou com ela. - a Tássila desligou depois de ouvir as orientações do pai. - Ela está num local isolado, mas retornará amanhã, se ela me ligar informarei o ocorrido. - a Tássila informou ao policial civil.
- Tudo bem senhorita, a doutora saberá o quê fazer ao retornar. - o policial falou, e afastou-se.
- E agora, o quê vamos fazer? - a Nati questionou mais calma.
- O papai está vindo aí com o Tarcísio, qualquer coisa a gente vai para o apartamento dele, pois não sabemos o quê eles queriam aqui, então não é seguro ficarmos sozinhas. - a Tássila afirmou.
- Com licença senhoritas, já fizemos a perícia, agora vocês poderão entrar com o agente Patrício, e verificar se algo foi levado. - o Ramirez que acompanhava os peritos falou, e elas entraram na casa notando que pouca coisa estava fora do lugar, mas o quê chamou a atenção das duas foi a falta de um porta retratos em bronze que ficava na estante, nele estava retratado a Letícia e a Alanis vestidas com o uniforme tático.
- O porta retratos? - as duas falaram em uníssono.
- Eles quebraram o vidro, rasgaram a foto, e levaram parte dela. A perícia recolheu pra análise das digitais. - o Patrício informou.
- Eles não queriam roubar nada aqui, com certeza queriam pegar a minha irmã, e a Let. Bendita viagem! - a Tássila concluiu trêmula.
- Eles queriam pegar a investigadora Letícia senhorita, pois a dona Lena nos informou agora mesmo que uns homens procuraram por ela lá no restaurante. - o Ramirez que entrara novamente na casa informou.
- Meu Deus! O quê eles querem com a Letícia? - a Natália falou preocupada.
- Provavelmente alguém quer vingar a morte do criminoso alvejado por ela na ação, que acabou caindo da sacada, e por não resisti aos ferimentos mediante a queda morrera. - o Patrício salientou.
- Bom dia! Ramirez meu amigo a quanto tempo! - José Carreras que chegara acompanhado do Tarcísio cumprimentou o investigador, e os demais que alí estavam.
***
- Seu idiota, agora toda a polícia vai caí em cima da gente. Eu falei pra você pegar aquela sapatão dos infernos que provocou a queda do meu filho, e com isso a sua morte! E você invade o condomínio, e entra na casa da delegada? Agora todos eles vão ligar os pontos. Podiam pelo ao menos ter forjado um roubo, mas não, deu toda a pinta pra polícia, e ainda mataram um vigilante. Suma da minha frente, e só apareça aqui com ela! E não esqueça, eu a quero viva pois terei o prazer de matá-la com as minhas próprias mãos. - o homem falou depois de estapear o rosto do ex PM Bruno várias vezes.
O Bruno saiu da presença do chefão muito furioso, tanto pelos tapas que levara, como pela humilhação que passara diante dos homens alí presente. Ele nunca perdera uma ação, mas para Armando Gutierrez um erro de cálculo era inadmissível. Iria pegar a investigadora Letícia Soares, e entragar pra ele, mas depois iria armar uma emboscada para derrubá-lo do comando, e a mulher seria a isca; pensava enquanto saía do local.
- Toca pra cidade, vamos investigar como está o movimento por lá. - o Bruno falou pra um dos cinco homens que estavam sob o seu comando, e era o motorista.
- O teu nariz está sangrando chefe, use isso aqui para limpar o rosto, e estancar o sangue. - o homem falou lhe entregando a caixa de primeiro socorros quando entraram no carro.
- Aquele desgraçado quase me quebra o nariz, mas ele me paga esses tapas em breve. - o Bruno confessou para os seus homens, furioso enquanto limpava o rosto com uma gaze embebida com o soro fisiológico.
- Porque não denunciamos o esconderijo dele pra polícia chefe? - um dos homens perguntou.
- Cale-se, e não fale asneiras! Fazer isso seria assinar a nossa sentença de morte, pois Gutierrez não é bobo, ele não passará a noite alí, pois não confia em ninguém que ele bate no rosto. Nós vamos entregar a garota pra ele, assim eu reconquisto a confiança, e quando ele estiver se divertindo com a moça a gente finge que também entrou na, e sorrateiramente vamos dopando os principais seguranças dele. Eu vou pensar direitinho em como fazer isso, depois chamamos a cavalaria; ele com poucos homens não resistirá por muito tempo, e com certeza morrerá no confronto. - o Bruno saboreava as palavras, sabia o ponto fraco do inimigo; Gutierrez sempre maltratava os que erravam, e Bruno assistiu algumas execuções, e até matou dois dos ex seguranças que desviaram dinheiro, conhecia alguns que tinham tomado tapas como ele, que nutriam o desejo de vingança, e Bruno iria contar com o apoio desses homens para derrubar os colegas, e tomar a liderança de Gutierrez; pois ao contrário do seu chefe ele sabia que tratar bem os seus comparsas era uma garantia de vencer os verdadeiros inimigos. Só duas coisas o Bruno não perdoava em seus homens: traição, e homossexualismo.
Enquanto voltavam pra cidade ele pensou nos dois rapazes que matou; nenhum dos dois crimes fora premeditado apenas as pessoas estavam no lugar errado, e seus comportamentos despertaram a fera homofóbica que tinha dentro de si. Não suportava ver um homem tendo relações sexuais com outro; isso o fazia ter ódio, não conseguia compreender como um homem por livre e espontânea vontade ficava de quatro enquanto outro lhe penetrava furiosamente, o fazendo gem*r de prazer, ou dor. Ele fora violentado pelo seu tio quando tinha treze anos, era um moleque franzino, e não pode fazer nada pra impedir; então a partir dali começou a se transformar numa pessoa fria, e o tio foi a primeira pessoa que ele matou dopando com cocaína; pra família o tio usava drogas escondido, e ninguém suspeitou dele; o segundo fora o Luiz que ele vira trans*ndo no banheiro de uma boate com um negrão, iria matar os dois, mas o negro foi embora primeiro; então num vacilo do Luiz no bar ele colocou a droga dentro do coquetel sem álcool que o mesmo tomava, e quando o rapaz começou a passar mal ofereceu ajuda o levando consigo, e depois dele morto deixou a sua marca; e assim também aconteceu com o enfermeiro, a única diferença era que os dois rapazes que estavam com ele viram o seu rosto, e conseguiram escapar, mas a essa altura ele não se importava mais, pois a sua cabeça estava a prêmio pelas polícias. O que lhe interessava era tomar a liderança da mão de Gutierrez e teria a segurança de toda a corja corrupta do Recife, que por hora o servia de muro.
Lembrou da Azira, dos filhos, até sentiu saudades daquela fachada de homem responsável, mas não podia voltar a Cristália pois pisara na bola com a chefia do tráfico em Petrolina, e qualquer um o mataria para receber a recompensa oferecida pelo chefão; no entanto assim que estivesse no poder voltaria para tomar o quê era seu, e isso incluía o Ailton, pois seria o seu sucessor; a Azira que ficasse com a sósia daquela fedelha, e não lhe causasse dificuldades. O Bruno pensava enquanto olhava para a estrada a sua frente.
- Chefe, como vamos fazer para pegar a investigadora sem chamar a atenção dos colegas dela? - um dos homens perguntou.
- Vamos montar campana nas proximidades da delegacia, e da casa da mãe dela, mas de longe, sem levantar suspeitas, e quando o território estiver livre nós a seguimos, e a pegamos. Não pensem que será fácil pôr as mãos nela; já fui informado que ela é muito boa, tanto em disfarces quanto em combate. - o Bruno deu um sorriso diabólico enquanto falava olhando a foto da Letícia que ele rasgara do porta retratos. Quando viu aquela foto por um momento pensou está vendo a Ayla, por isso a pegou rapidamente, quebrou o vidro, e rasgou a parte que lhe interessava, mas ao olhar direito percebeu que era a investigadora vestida numa roupa tática. "Veremos se você é boa mesmo como dizem morena!" O Bruno pensou.
***
- Meu amor acorde! Nós temos que ir para o distrito, a Azira saiu cedo com as crianças, mas disse que nos aguarda na casa dela na hora do almoço! - a Eva falava enquanto sacudia a Letícia levemente.
- Oh meu bem, deixa eu dormir mais um pouquinho! - falou dengosa.
- Meu bem, já são quase dez da manhã, e a Alanis está agoniada pra ir falar com a família dela! - a Eva falou firme, e deu vários beijos nas costas da investigadora.
- Já é isso tudo, nem parece que dormir, o meu corpo só pede cama. - a Letícia falou levantando devagar, e notando que tinha uma blusa, bermuda, roupa íntima dela sobre uma cômoda junto a escova de dentes, e outros ítens de higiene pessoal.
- Separei pra você, pois imaginei que acordaria assim. - a Eva falou ao notar o olhar da outra sobre as peças.
- Não lembro quando, nem como eu vim parar aqui. - falou pegando a toalha de banho, e as demais coisas.
- Depois da sua fala sobre a nossa intimidade, eu me afastei um pouco pois fiquei muito envergonhada, e chateada com você; então quando você foi levantar da rede mal conseguia ficar de pé; a Azira, e a Ayla te deram banho frio, e te colocaram na cama. - a Eva falou séria, mas acabou rindo ao vê a cara espantada da namorada.
- A Azira, e a Ayla me viram pelada? Eu nunca mais beberei assim! E desculpa por ontem amor. - a Letícia falou sincera.
- Eu e a Alanis estávamos conversando lá naqueles balanços pendurados na mangueira quando a Ayla chegou contando, e quando eu entrei aqui você estava dormindo exatamente assim como está agora, de calcinha e camiseta, e não estou mais chateada. Agora ande com esse banho enquanto preparo o seu desjejum. - a Eva falou, deu um selinho na morena, e saiu rápido. - Nossa! Vocês não se cansam! - a Eva falou ao vê a Alanis no maior amasso com a Ayla na varanda, sentadas numa das redes.
- Assim como você também não se cansa de paparicar a minha amiga! - a Alanis falou rindo ao notar o quanto a Eva ficara ruborizada.
- Verdade, acho que eu fiquei mais boba do que já sou. - admitiu.
- A Letícia já acordou? Temos que arrumar as coisas pra irmos embora! - a Ayla falou.
- Verdade amor vamos fazer isso agora! - a Alanis falou acompanhando a Ayla que levantara da rede.
- Já sim, foi tomar uma ducha, e eu vou cuidar do café dela pra não nos atrasarmos mais. - a Eva informou.
- Bom dia! Ayla nós vamos embora, e aquelas toalhas molhadas lá no banheiro vão ficar, ou vamos levar? - a Letícia perguntou já colocando a mala dela, e a da Eva no chão da sala.
- Não se preocupe, mais tarde a dona Aparecida esposa de seu Frederico vem cuidar de tudo por aqui. Enquanto você toma café nós vamos arrumando as coisas no carro. - a Ayla respondeu.
- Toma remédio pra enjôo em dona Letícia! Não quero ninguém vomitando pelo caminho! - a Alanis alfinetou a amiga.
- Não se preocupe, pois não estou tão mal assim. E onde está o meu afilhado? - perguntou ao notar a ausência da criança.
- Ele pediu pra ir com a Azira, pois queria conhecer a escola onde os filhos dela estudam, e ela trabalha. - a Alanis informou, e seguiu atrás da Ayla para guardar as malas no carro.
- Bom dia pai, como estão as coisas por aí? - a Alanis ligou para o pai assim que chegou em Cristália, e percebeu tantas ligações perdidas em seu celular.
- Bom dia minha querida, conosco está tudo bem não se preocupe! Vocês voltam amanhã mesmo? - o José Carreras não queria deixar a filha preocupada, então resolveu não contar o ocorrido sobre a invasão da casa dela.
- Só temos vôo amanhã a tarde pai. Está tudo bem mesmo com a mamãe, o vovô, o Tarcísio, a Tássi, e a Nati? Por favor não me esconda nada! - a Alanis perguntou um pouco preocupada.
- Está tudo bem com todos nós querida! Agora nós estamos um pouco apreensivos, pelo fato de uns homens procurarem pela Letícia no restaurante da Lena, aqui no condomínio, e um deles pediu informações ao porteiro do prédio onde a namorada dela mora; por isso ficamos te ligando para que tenham cuidado. O Ramirez acha que alguém quer vingar a morte daquele meliante que atirou nela, e na filha do Dantas! - José falou parte dos fatos pra não estragar a felicidade da filha, nem preocupá-la em relação as meninas que resolveram permanecer na casa, já que a segurança foi reforçada no condomínio.
- Tudo bem seu José, eu já entendi que o senhor está omitindo partes dos fatos para não estragar o nosso passeio, e nem vou insistir querendo mais detalhes; nós estaremos aqui até amanhã, partiremos as nove da manhã para Petrolina onde pegaremos o vôo a partir das 13:00 horas, fale para a Tássi ir nos buscar no aeroporto. - a Alanis desligou e ficou pensativa; ligou para o Ramirez, e ele praticamente repetiu o quê o pai dela dissera, e ela imaginou que o pai pedira para nenhum dos seus subordinados lhe contar tudo.
- Problemas na delegacia? - a Letícia perguntou ao vê a ruga de preocupação na testa franzida da amiga.
- O quê eu temia, e avisei pra você ficar sempre alerta ao saí pra rua! O papai, nem Ramirez quiseram me passar todo o ocorrido, mas o fato é que você está sendo procurada por alguém; como você sabe um daqueles sujeitos mortos no confronto era o Ricardo Gutierrez, filho do Armando Gutierrez, portanto ele é o nosso principal suspeito de mandar te caçar; segundo as informações: entraram no restaurante da Lena procurando por ti, no condomínio, e um deles esteve na portaria do prédio da Eva perguntando por você. - a Alanis informou.
- Bom, se o tio José está omitindo algo, só pode ter acontecido alguma coisa lá dentro do condomínio; e pra ele está sabendo é porque a Tássila, e a Natália pediram ajuda pra ele. E a única coisa que a tia Lena me disse foi que uns homens estiveram lá; na verdade eram cinco, mas apenas um falou com ela, e foi bem rápido. Lá tem câmera, com sorte pode ter algumas imagens deles. - a Letícia concluiu.
- Amor, a minha irmã falou que um homem perguntou ao porteiro se você estava lá ontem na parte da tarde. - a Eva informou entrando na sala.
- Amanhã nós saberemos quem tanto me procura, não quero pensar em trabalho hoje; vamos almoçar e dá um passeio mais tarde com as crianças. - a Letícia falou pois não queria preocupar a Eva por enquanto.
Elas cuidaram da preparação do almoço o quê deixou a Azira abismada, pois não imaginou que aquelas moças de mãos tão delicadas se davam tão bem com as panelas. - Meninas vocês estão de parabéns! Faz tempo que não comia nada que não fosse preparado por mim, pela Lucy, ou pela Ayla, e ficasse tão bom. - a Azira elogiou enquanto comiam.
A tarde a Azira voltou para o trabalho pois tinha que dá aulas de educação física no ginásio, enquanto a Ayla levou as crianças para passear junto com as demais visitantes; o destino foi Petrolina antiga com seus casarios coloridos, o quê muito encantou as crianças, e as visitantes adultas.
- Eu vou senti tantas saudades de vocês aqui! - a Ayla falou olhando nos olhos da Alanis quando chegaram no aeroporto.
- Nós também sentiremos meu amor, mas um mês passa rápido, e nós estaremos todos juntos para comemorarmos o natal lá na fazenda dos meus pais. - a Alanis falou calma, mas sentia o coração apertado, pois não conseguiu convencer a Ayla à ir com elas naquela tarde.
Após os abraços calorosos, promessas de reencontros, e as despedidas; os quatro seguiram pelo corredor de embarque com lágrimas nos olhos, enquanto cinco pares de olhos rasos d'água acompanhavam de longe.
- A delegata te ama pra valer mesmo viu índia; não deixe essa mulher escapar de jeito nenhum! E eu não perco essas férias na capital nem morto! O meu capitão está até acertando as dele com o comandante, pra vê se nós passamos uns dias por lá juntos. - o Paulo que também fora ao aeroporto falou.
- É verdade filha, a Alanis te ama muito, pois está sofrendo por conta do preconceito da mãe, mas não abre mão de você. - a Azira concordou.
Fim do capítulo
Boa tarde!
Tudo bem com vocês minhas queridas leitoras?
Estava morrendo de saudades de vocês, mas os contratempos da vida impediram-me de chegar mais cedo, e mais rápido por aqui. Espero que possam compreender.
Estou aqui, espero que tenham gostado do capítulo.
Podem comentar a vontade, estarei esperando ansiosa pra saber como se sentiram com a minha ausência, e o quê acharam do capítulo.
Eu voltarei mais tarde para responder aos comentários do capítulo anterior.
Agradeço a todos os comentários, e felicitações pelo meu aniversário.
Silvana, e Teeka: obrigada pelo carinho de vocês! Beijos!
Forte abraço, beijos no coração!
Com amor,
Vanderly
Comentar este capítulo:
Anny Grazielly
Em: 29/11/2020
Caraca... que situação... estou morrendo de medo desse Bruno e o irmão dele... espero que não ocorra nada com Leticia e Alanis...
a familia e Ayla ja poderiam voltar para Recife...
Resposta do autor:
Olá meu bem!
Calma gatita!
Não vai acontecer nada demais com as duas, prometo...
O Bruno não perde por esperar. Agora esse irmão dele, será que também é do lado mal?
A família está se preparando, já já chegam todos...
Beijos minha florzinha!
Vanderly
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Vanderly Autora da história
Em: 09/11/2020
Bom dia!
Se você está lendo este comentário, é porque foi escrito para ti, ou não.
Ei meninas! Saiam da moita por favor!
Por acaso ficaram zangadas comigo foi? Risos.
Estou carente, e morrendo de saudades dos comentários de vocês!
Espero que estejam bem.
Beijos ??????!
Vanderly
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Rosa Maria
Em: 05/11/2020
Vanderly...
Espero que esses contratempos da vida já sejam coisas do passado. Feliz com sua volta, seja bem vinda de novo estava ansiosa.
No meio de muito romantismo é sensualidade chegou um suspense, até o Crápula do Bruno passou por maus bocados na vida hein? Ansiosa pelo desenrolar dos fatos. Espero que nada de mal aconteça com as meninas. De qualquer forma precisam se cuidarem.
Beijos
Rosa
Resposta do autor:
Bom dia!
Eu fiquei feliz com teu comentário Rosa muito obrigada!
Quê bom que gostaste do capítulo.
Ahh, mas eu não pensei em nenhum momento em deixar vocês as minhas fiéis leitoras que sempre dão um jeito de está por aqui me dando força; mas tu sabes quê as vezes a inspiração vai dá uma volta bem longe da autora, e aí juntando com os contratempos da vida a gente não consegue escrever uma linha quanto mais duas; mas por ti, e um pouco mais de meia dúzia de leitora que me inspiram com seus comentários, além das que ficam na moita, lutarei para concluir esses escritos, no entanto confesso que a vida real está osso.
O Bruno também foi vítima de violência, mas isso não justifica ele matar gente inocente. Eu te garanto que a volta do Bruno será bastante proveitosa para quê algumas coisas ocultas sejam descobertas pela polícia não corrupta do Recife. E mistérios serão desvendados. Alguns percalços acontecerão com algumas personagens, mas faz parte da trama para que aconteça o desenrolar da história.
Mais uma vez obrigada minha amiga.
Beijos e até breve coração!
Vanderly
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