MARI e ANA por MahLemes
Oieeee, tô aqui.
Desculpem a demora para postar. Estou organizando um curso online que tá me tomando muuuito tempo, mas aqui está mais um capítulo para vocês. E é daqueles recheados, heim?!
Beijos e boa leitura!!!
Capitulo 21 - Reconciliação
Capítulo 21 - Reconciliação
-Meninas, a janta está pronta. -Dona Rosa avisou.
Chegando à cozinha seu Alceu já estava lá nos esperando para jantar. Para nós estava super cedo para a janta, mas para eles, que levantavam cedo, 19 horas já estava quase na hora de deitar. Jantamos normalmente, sem muita conversa e fomos arrumar a cozinha para dona Rosa, que nos agradeceu imensamente, pois suas pernas estavam doendo esses dias.
-Ela deve estar com muita dor mesmo, porque nunca vi ela aceitar alguém lavar um talher na casa dela. -Nanda comentou preocupada.
-Ela tem algum problema nas pernas, Nanda? -Perguntei preocupada.
-Só se for recente e ninguém estiver sabendo, pois minha mãe sempre diz que vovó tem saúde de ferro.
Cheguei perto dela, que descansava sentada em uma cadeira na varanda com as pernas para cima e me sentei ao seu lado.
-A senhora tem alguma coisa nas pernas, vó?
-Tenho não, minha filha. É só canseira mesmo. Fico muito tempo de pé.
-Mas a senhora tem que descansar também. Não é mais uma menina de 20 anos.
-E quem foi que disse? -Ela fingiu indignação. -A idade está na cabeça.
-Mas o corpo entrega. -Respondi rindo.
-É, ultimamente elas andam doendo mais mesmo. Principalmente quando fico mais tempo de pé.
-Tem que ir ao médico, vó. Pode ser algum probleminha que se cuidar agora resolve. -Falei firme.
-Já tá querendo mandar em mim, é? -Ela brincou.
-Eu tô. Tô devolvendo o cuidado, vó. Marca um médico, vai. É sério.
-Pode ficar tranquila, filha. Segunda eu peço pro Alceu me levar no postinho da cidade. Lá tem um médico bom. Ele é muito atencioso. Gosto dele.
-Deve ser rapaz, né? Pra fazer essa cara aí.
-Agora você lê mente, é, menina? -Rimos das brincadeiras.
-Então fica com as pernas pra cima aí um pouco que vou lá ajudar as meninas. Amanhã nada de ficar fazendo quitute não. Você vai descansar essas pernas aí. Tá bom? Nós que vamos fazer o almoço e a janta.
-Olha, minha filha, não vou reclamar não. Ando tão cansada e com dor nas pernas que preciso mesmo de uma ajudinha. Tava até pensando em falar com a mãe da Nanda pra ver se ela não conhece uma moça que possa vir aqui na roça uns dias por semana pra me ajudar.
-Fala com ela mesmo. A senhora precisa de descanso.
-Pois é. O Alceu tem dois ajudantes que vem dia de semana. Ele só tira leite e trata dos bichos sozinho no fim de semana. Eu já não tenho mais 20 anos, né?
-Que isso, vó. A idade tá na cabeça. -Respondi já rindo.
-A, menina. Cria tipo. Vai lá arrumar aquela cozinha, vai. -Saí correndo de lá antes de apanhar da dona Rosa.
-Você se identificou mesmo com a dona Rosa, né, Mari? -Ana me disse.
-É. Foi uma conexão bem única mesmo. -Respondi sinceramente.
-A gente pode conversar? -Ela finalmente me perguntou.
-Vamos arrumar aqui primeiro. -Respondi tentando fugir de alguma forma. Não achava que estava preparada pra conversa, mas também não sabia se estaria em algum momento.
-Podem ir, Mari. A gente termina aqui. -Júlia disse.
-Tudo bem. -Respondi a contra gosto.
Nós encaminhamos para o quarto para ter um pouco de privacidade. Sentei em uma das camas e Ana sentou na outra, de frente para mim.
-Primeiro de tudo, será que você consegue me olhar nos olhos, Mari? -Ela perguntou um pouco receosa.
Fechei meus olhos e respirei fundo. Levantei minha cabeça devagar, com os olhos ainda fechados. Apenas quando estava com a cabeça mais alta os abri. Aqueles olhos castanhos me encaravam. Não sabia muito bem o que eles refletiam, mas me pareceu algo entre súplica e desespero. Os meus deviam demonstrar cansaço, pois foi o que ela disse.
-Você parece cansada.
-Eu tô cansada, Ana. Mas não é físico não. É emocional.
-Me perdoa. -Ela soltou com uma voz desesperada.
-Pelo quê? -Perguntei pois queria saber o que ela achava que tinha feito de errado.
-Por ter dito para não me visitar. Por ter ido embora sem falar com você. Por ter ignorado suas chamadas e mensagens. -Ela disse me olhando nos olhos.
-Tudo bem, Ana. Já passou. Já faz quase seis meses que tudo aconteceu. -Respondi desviando o olhar.
-Passou só o tempo, Mari. O que aconteceu não passou. -Ela disse isso e colocou a mão no meu joelho. Afastei seu toque, incomodada.
-Então me explica o que aconteceu. -Respondi irritada. -Sei que não tínhamos nada sério, mas isso não justifica o fato de ter ido embora sem falar nada e ignorar minhas mensagens e ligações.
-Eu fiquei com ciúmes, irritada, confusa. -Ela respondeu sem me olhar.
-Você pode elaborar, por favor? -Disse ironicamente.
-Fiquei com ciúmes pois a Júlia me contou que você ia entrar pra me ver e aquele médico pediu para falar com você antes e você foi. Isso depois da tarde que havíamos passado e você colocou ele em primeiro.
-Pelo amor de Deus, Ana, ele tinha acabado de te atender. -Perdi a paciência. -Você sabia que quando você não acordava eu liguei para ele e foi ele quem te colocou para dentro do hospital, mesmo tendo acabado o turno dele?
-E por que você tinha o telefone dele em primeiro lugar?
-Porque ele me passou no primeiro dia que você passou mal. Ele mesmo anotou no meu telefone. E ainda bem que tinha, pois senão eu não saberia o que fazer. -Ambas estávamos com a voz alterada já.
-E o que ele queria com você naquela hora que não podia esperar você me ver antes?
-Ele queria me chamar para sair.
-Viu? Eu sabia que meus ciúmes não eram infundados.
-E eu respondi que não podia, pois estava conhecendo alguém e não era uma pessoa de “equilibrar pratinhos”.
-Foi, é? -Ela respondeu um pouco perdida.
-Sim, pois eu achei que estivesse conhecendo alguém. E aí você sumiu. Fiquei sem notícias suas por mais de quatro meses até que as meninas resolveram tocar no seu nome perto de mim e fiquei sabendo que você sempre perguntava de mim.
-Eu perguntava mesmo. Sempre que falava com elas. Às vezes falava com elas só para poder perguntar de você.
-E por que nunca me ligou, mandou mensagem? -Perguntei indignada.
-Porque eu já tinha feito a merd*, e quando a raiva passou achei que fosse tarde para te ligar. Decidi então deixar para nos falarmos pessoalmente. -Ela disse e abaixou a cabeça.
-Não foi uma escolha muito inteligente, né?
-É, percebi isso quando te vi. Achei que sua reação seria outra. -Ela disse com lágrimas nos olhos.
-Ana, minha vida continuou. Eu não parei ela por sua causa. Eu nem sabia se você voltaria um dia. Ou você pensou que eu estaria aqui, sentadinha te esperando caso resolvesse voltar? -A raiva subiu novamente.
-É, eu achei. Pensei que nossa ligação fosse mais forte. Não pensei que fosse me esperar, mas achei que quando nos reencontrássemos poderíamos ao menos tentar algo, caso não estivesse com ninguém. -Ela disse abaixando a cabeça.
-E você, por acaso, me perguntou se eu estou com alguém?
-As meninas disseram que não.
-Talvez as meninas não saibam. -Eu a desafiei.
-Você está com alguém? -Ela perguntou depois de um silêncio prolongado.
Pensei na Márcia, nos nossos dois encontros separados por meses, com sua saída sem nem me olhar depois da cachoeira, pela visão que tive dela com a Jéssica na piscina hoje. Depois pensei no que senti quando vi a Ana na rodoviária. Ainda não havia conseguido definir o que era aquilo. Eu não sabia o que sentia.
-Não precisa responder, Mari. Eu não tenho o direito de fazer essas perguntas e nem de te pressionar depois do que aconteceu. -Ela disse depois do meu silêncio. -Mas podemos ser amigas? Prometo que não vou tentar nada, que não vou alimentar esperanças. Quero ao menos poder ser sua amiga.
-Eu...
-Mari, deixa eu reconquistar sua amizade. Vamos começar de novo. Por favor. -Ela me cortou, suplicando.
-Tudo bem, Ana. Vamos recomeçar. -Ela me estendeu a mão e eu fiquei olhando para ela sem entender.
-Prazer, eu sou a Ana. -Ela disse.
-Prazer, Ana, sou a Mari. -Respondi pegando sua mão, apertando e me levantando. O toque de nossas mãos foi, como antes, elétrico. Pude perceber pela sua expressão que ela sentiu isso, mas eu já esperava que fosse acontecer e não deixei transparecer que eu havia sentido também. Sua surpresa deu lugar à uma certa decepção quando não viu o mesmo refletido em meus olhos.
-Vamos lá pra fora então? -Ela disse, saindo do estupor e soltando minha mão.
Eu não sentia nem um pingo da segurança que estava demonstrando para Ana, mas não podia deixar que ela percebesse isso. Eu havia notado que ela, para se proteger, podia ser bem individualista e eu precisava me preservar até que eu entendesse o que estava acontecendo comigo. Se havia algo que a situação com ela e com a Márcia havia me ensinado é que eu precisava me proteger mais, me resguardar. Ambas sumiram sem dizer nada e pouco custava para que Ana fizesse isso novamente.
Chegando na varanda tivemos uma surpresa. Seu Alceu tocava violão e cantava “Meu ipê florido”. Eu ouvi encantada com sua voz. Ele conseguia transmitir emoção como ninguém que eu houvesse escutado ao vivo até àquele dia. Ficamos sentadas em um semicírculo ouvindo-o. Observei Dona Rosa e ela olhava seu Alceu de uma forma tão doce que me deixou invejosa da relação deles. Eu desejava ter essa cumplicidade, ligação e carinho com alguém. A música acabou e ele começou outra. Era a “Dia de visita”. Me deixei levar na letra da música, que contava a história de um mal entendido entre marido e mulher, que causou a morte do irmão dela e a prisão do amado. Sua voz me carregava pela história. Ele logo emendou outra música, que era como uma continuação dessa, chamada “Olhos claros”. Nela contava como o filho, depois de mais de vinte anos do pai preso, o libertou sendo seu advogado.
-O senhor sabe tocar “O menino da porteira”? -Júlia perguntou.
Seu Alceu nem respondeu, apenas começou o dedilhado da música com muita destreza e habilidade. Ficamos apenas admirando seu talento, que não perdia para nenhum cantor sertanejo das antigas que já havia ouvido.
-Toca “Chico Mineiro”, vô. -Nanda pediu.
Seguiram-se mais algumas músicas que pedimos, mas logo ele parou. Estava cansado e no dia seguinte precisava levantar-se cedo para tirar leite.
-Vamos, meninas, vou arrumar o quarto de vocês. -Dona Rosa disse.
-Não se preocupa não, vó, pode deixar que nós arrumamos. As coisas estão no baú, não estão?
-Estão sim, minha filha. Eu vou tomar um banho então para me deitar. Vamos entrar. Não me importo que fiquem acordadas, mas não fiquem aqui de fora não. Tenho medo de bicho nessa escuridão.
-Tá bom, vó. -Nanda respondeu e nos levantamos para entrar.
Dei um abraço apertado de boa noite em dona Rosa.
-Boa noite, vó. Obrigada por hoje. -Disse baixinho para ela.
-Boa noite, minha filha. Durma com Deus. -Ela respondeu.
Cada uma das meninas deu um abraço em dona Rosa e fomos para o quarto.
-Alguém tem preferência? -Nanda perguntou se referindo aos beliches do quarto.
-Pra mim tanto faz. -Respondi.
-Eu gosto de dormir em cima. -Júlia disse.
-Eu prefiro em baixo. -Foi a vez da Ana.
-Então eu prefiro em cima, se não se importar, Mari. -Nanda disse.
-De jeito nenhum, Nanda. Acho que até prefiro em baixo. Dá menos trabalho. -Eu disse rindo.
-Eu tô sem sono. -Ana se manifestou.
-Eu também. -Disseram Nanda e Júlia ao mesmo tempo.
-Eu tô cansada, meninas. Já vou dormir, mas não se preocupem porque nem conversa e nem luz me atrapalham a dormir. Podem ficar aí tranquilas. -Eu disse, me ajeitando. O dia havia sido uma montanha-russa de emoções. Precisava descansar.
-Tudo bem, Mari. Qualquer coisa você avisa se tivermos atrapalhando. -Disse Nanda.
-Pode deixar. Boa noite, meninas. -Disse, me virando para o lado da parede.
Eu realmente estava cansada, mas minha cabeça não parava um segundo. Fiquei quieta para ver se o sono não me tomava, mas estava difícil. Depois de um tempo tentando relaxar minha mente ouvi meu nome e me atentei para a conversa delas.
-Parece que dormiu mesmo. -Disse Júlia. -Agora conta pra gente, Ana. Vocês conversaram?
-Conversamos sim. -Ela respondeu.
-E aí? -Júlia insistiu.
-A, eu acho que ela ainda tá muito chateada comigo. Não acho que eu tenha chance com ela mais. Inclusive até acho que tem outra pessoa que vocês não estão sabendo.
-Quem? -Dessa vez era a voz da Nanda.
-Não sei. Só senti isso pela forma como ela falou comigo. E quando nos encostamos eu senti aquela eletricidade de novo, mas acho que ela não sentiu. Deve ter passado mesmo.
-Mas vocês pareciam um casal tão perfeito, Ana. Isso não some assim, de uma hora para a outra. -Júlia continuou.
-Pois é, isso me deixou intrigada. Eu sentia que tínhamos uma ligação muito forte. Talvez fosse só eu mesmo.
-Acho que não, Ana. Era bem visível que era de ambos os lados. -Disse Nanda.
-Bom, isso não importa mais. Eu prometi que não tentaria nada e que não alimentaria esperanças. Quer seríamos apenas amigas. -Ana disse com a voz triste.
-Como você pôde prometer uma coisa dessas, Ana? Você não vai conseguir não alimentar esperanças. Você tá completamente apaixonada por ela. É nítido quando você olha pra ela.
-Foi a única forma que encontrei de manter ela ao meu lado, Nanda. Ela não precisa saber que eu ainda alimento esperanças. Eu só preciso respeitar o limite da amizade. Isso é o importante.
-Mas você vai se machucar dessa forma, amiga.
-Ficar longe tava machucando mais, Nanda. Disso eu tenho certeza. -Ana disse com uma entonação que dava um fim no assunto. Pouco depois disso eu finalmente caí no sono.
***
Estávamos as quatro na cachoeira sozinhas. A queda não era muito alta, mas a água era abundante e límpida. Ali formava quase uma piscina natural. Havia muitas árvores ao redor, e elas projetavam sombras que aproveitávamos para nos abrigar do sol que, mesmo dentro da água, queimava. Brincávamos de jogar água umas nas outras, de mergulhar e puxar o pé, coisas bobas mesmo.
-Vou tomar uma água, meninas. Vocês querem? -Júlia perguntou.
-Não, valeu, Jú. -Respondi
-Eu também não. -Ana disse.
-Eu quero, Jú. Vamos lá. -Nanda a seguiu.
Ficamos eu e Ana na água. A temperatura da água estava divina. Olhei ao redor, nas árvores e avistei um tucano.
-Olha, Ana, um tucano. -Eu disse apontando para onde ele estava.
-Onde? -Ela perguntou tentando enxergar.
-Ali. -Continuei apontando.
-Não estou vendo, Mari.
Cheguei próxima à ela e apontei novamente na direção dele. Ela então chegou perto de mim para conseguir olhar melhor no rumo em que eu apontava.
-Tô vendo! Nossa, ele é lindo. -Ana disse e me olhou.
Eu estava estática. Quando ela se aproximou para ver melhor o tucano seu corpo se encostou no meu e me deu uma descarga elétrica que eu não estava preparada. Ao se virar, ela ficou muito próxima de mim, me deixando ainda mais sem reação. Ela me olhou nos olhos e abaixou seus olhos para a minha boca, assim como eu. A tensão era quase palpável. Nossas cabeças foram se aproximando lentamente, na mesma velocidade, como se estivéssemos sendo atraídas por algum magnetismo. Nossas testas se encostaram e nossa respiração acelerou.
-Não faz isso comigo, Mari. -Ana suplicou de olhos fechados.
-Eu não tô fazendo nada, Ana. -Respondi encarando seus lábios.
Suas mãos escorregaram para minha cintura, aproximando nossos corpos. Com a proximidade minhas mãos se moveram para o seu pescoço. Nossos lábios se tocaram bem de leve. Outra corrente percorreu nossos corpos. Nossos lábios então se colaram e nos beijamos, matando a saudade daquele toque.
Acordei sobressaltada com o sonho. Olhei para o lado e Ana dormia na cama ao lado. A luz estava apagada, não conseguia ver se havia sol lá fora, mas escutei um barulho. Olhei no relógio e eram 5:30 da manhã. Meu coração batia acelerado. Não tinha a menor chance de eu dormir de novo depois daquele sonho. Resolvi levantar-me para ir ao banheiro.
Fim do capítulo
E aí??? Por favor, não me matem, meninas!!!
O que será que vem por aí depois desse sonho???
Comentar este capítulo:
Rosa Maria
Em: 06/11/2020
Mah...
O que foi isso mulher? Primeiro a Mari foi abandonada duas vezes sem explicação, Ana volta com uma explicação não muito convincente é Marta então nem noticias de repente Ana aparece é quando pensamos que a coisa vai esquentar...tudo não passou de um sonho. De qualquer forma bela sacada...kkkk, desse jeito a pobre Mari fica "adulta " nem que seja na marra. Kkkkk
Mesmo com tantas coisas não nós abandone tanto assim, nem que seja capítulos curtos que tal? Kkkk
Beijo
Rosa
Resposta do autor:
A coisa tá feia pro lado da Mari, né?
Prometo não fazer ela sofrer demais...
Pode deixar que não abandono vocês não, Rosa...
Beijos!!
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