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Fios do Destino por La Rue

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Palavras: 3422
Acessos: 897   |  Postado em: 09/10/2020

A Missão

 

A semideusa fez o que era preciso, ascendeu o braseiro e destinou ao mesmo um dracma de prata para sua patrona, ajoelhou-se próximo ao altar bonito, detalhadamente ornamentado e impecável - como sempre procurava deixar -, concentrou-se em esvaziar sua mente, precisava da atenção da deusa.

 

-Eu lhe rogo... - insistiu, após longos minutos sem nenhum sinal por parte da Olimpiana. - preciso de sua ajuda. Sei que não posso prosseguir sem respostas que apenas você possui minha senhora.

 

Por que ela não lhe dava algum sinal, o mínimo que fosse?! Ela nunca lhe deixava sem alento. Não desistiria, concentrou-se novamente, ela não sairia daquele templo até conseguir o que queria, nem que para isso tivesse de passar a noite ali ajoelhada.

 

-Levante-se! - a ordem não saiu em tom ríspido, mesmo assim ainda eram presente as notas de leve desaprovação.

 

Annabeth conhecia muito bem de quem era aquela voz, sentiu o toque em seu ombro, atendeu a ordem quase que no segundo seguinte. Ao se virar ela encontrou uma mulher alta, os cabelos negros presos em um rabo de cavalo perfeito e um vestido branco sem mangas. Os olhos eram iguais aos seus, mas traziam resquícios severos que Annabeth jamais presenciara, mesmo que as lembranças de sua mãe fossem restritas.

 

-É verdade... Você e a filha de Ares?  - indagou a deusa apenas para ter o desprazer de escutar a verdade pela boca de sua própria cria.

 

Então aquele era o motivo pelo brilho diferente no olhar, Athena sabia, contudo a deusa deveria ter motivos bem mais concretos do que o simples fato de Clarisse ser filha do deus da guerra para poder agir daquela forma.

 

-Sim, não negarei meu envolvimento com Clarisse. - respondeu com convicção, sem medo do julgamento que já estava recebendo. - bem como o motivo por ter rogado por sua ajuda, minha senhora.

 

Athena fechou os olhos brevemente, as sobrancelhas ainda franzidas, lembrou-se das palavras de Afrodite, ela deveria deixar que aquilo prosseguisse mesmo que não lhe agradasse, ou as consequências poderiam ser bem piores.

 

-Mãe, por favor... - insistiu Annabeth, mesmo que o preço fosse lidar com o desprezo e desapontamento daquela que possuía sua devoção.

 

Aquele tom suplicante, aquele mesmo tom que escutara há tanto tempo, mas nunca conseguiu esquecer, as últimas palavras jamais atendidas de sua outra filha.

 

-Todo esse sacrifício realmente vale a pena? - conteve a irritação ao tocar o pescoço de Annabeth, havia uma pequena marca ali e ela sabia muito bem o que aquilo significava. - ela vale a pena? - sua voz saiu menos ríspida, dando ênfase ao "ela", os dedos longos acariciaram a linha do maxilar delicado até o queixo.

 

-Sim... Eu não posso fugir, não mais. - confessou colocando a mão sobre a da sua mãe, sentia uma aflição e um alívio que não conseguiria explicar, nem mesmo se ela tivesse a mesma sabedoria que a Olimpiana.

 

Athena estalou os dedos e algo surgiu em sua mão, fazia muito tempo que não olhava para aquilo, lhe trazia lembranças longínquas e dolorosas, lembrava-se dos seus erros, do seu egoísmo. Logo ela, a deusa da sabedoria, cometendo erros... Era uma piada de muito mau gosto.

 

-Que seja feita a sua vontade. - deu-se por vencida ao colocar o item no pescoço de sua filha.

 

Annabeth tocou a única conta que havia nele, era de um tom cinza prateado muito bonito, como se naquela pequena conta estivesse aprisionada uma nuvem tempestuosa. Sentiu os lábios de Athena tocar sua fronte antes que a mesma deixasse o templo sem mais palavras.

 

Passou alguns longos minutos analisando o colar de uma conta e com a sensação dos lábios de Athena em seu rosto, tinha a vaga sensação que já vira aquele colar, mesmo sabendo que não era possível, afinal era a primeira vez que aquele item estava em sua posse.

 

Depois do torpor deixou o templo o mais rápido que pode, ainda queria falar com Percy e Silena e com sorte conseguiu encontrar os dois semideuses no anfiteatro antes que partissem de fato cada um para os seus respectivos chalés. Ficara subentendido que os três se encontrariam na sala de reuniões na manhã seguinte com Quíron, Percy não sabia exatamente como ele poderia ajudar, mas ficou feliz pela amiga ter encontrado alguma solução e por confiar nele. Seria sempre uma honra se envolver em situações perigosas com a sua melhor amiga e ele era eternamente grato por Annabeth ter se arriscado em seu primeiro ano de acampamento quando a mesma lhe acompanhou até os domínios de Hades para salvar sua mãe.

 

A conselheira do chalé 10 também ficou visivelmente menos abatida quando ambas se falaram brevemente. Silena demostrava uma preocupação quase que palpável, se é que era possível algo assim, mas nunca dividira quais eram as suas reais inquietações... Se ela sabia algo da sua profecia, poderia muito bem ter alguma outra informação relevante.  

 

-Obrigada... - a morena lhe abraçou com força e podia jurar que estava se esforçando para não chorar. - eu lhe julguei mal, achei que estava com receio, que não procuraria por ela porque tinha dúvidas sobre seus sentimentos.

 

-Se não fosse por você talvez eu ainda estivesse imersa em minhas dúvidas. - retrucou correspondendo ao abraço de forma desajeitada para logo em seguida enxugar o rastro de lágrimas da garota como bem havia previsto. - ela não gostaria de lhe ver assim... Vamos encontrá-la, estamos mais perto do que imaginamos.

 

Silena respirou fundo e tentou se recompor em seguida, um pequeno sorriso se fez presente, o mesmo foi compartilhado pela semideusa. Clarisse realmente odiaria o fato de estar derramando lágrimas por ela.

 

Despediram-se ambas com os corações mais leves, das últimas vezes que trocaram palavras não foram dos melhores encontros, mas Annabeth conseguia compreender os sentimentos da filha de Afrodite. Silena amava Clarisse de uma forma que talvez nem ela fosse capaz, Chase não era do tipo altruísta ao ponto de abrir mão de algo... E por isso ela lutaria até o fim para trazê-la de volta, mesmo que a filha de Ares não lembrasse quem era ela. Faria recorda-se nem que fosse a base de socos, mas daria um jeito. 

 

Foi difícil se concentrar para dormir depois de tudo o que havia acontecido, faria um mês que Clarisse estava fora, a única coisa que ela desejava era que a filha de Ares lhe aguardasse - seja lá como - e que estivesse bem. Deixou a Katoptris embaixo do seu travesseiro e tentou relaxar, dessa vez sem sonhos para lhe atormentar.

 

~***~

 

Acordou mais cedo do que deveria, mas não se importava, mesmo que tivesse dormido por pouquíssimas horas. Tomou um banho com tranquilidade aproveitando que não estava no horário de fluxo mais intenso entre os campistas, colocou suas vestes do acampamento, guardou a adaga em uma bolsa de couro e por fim colocou em seu pescoço o colar dado por sua mãe, deixando o que comumente usava guardado em uma de suas gavetas, em breve estaria de volta. 

 

-Eu estou indo atrás daquela cabeça oca. - sua mão tocou a plumagem de Delphos que parecia muito animada em seu poleiro aquela manhã, como se a coruja tivesse consciência do que estava prestes a fazer ou talvez seu jantar fora bem proveitoso. - prometo que Patrick vai cuidar muito bem de você... Vai ser uma boa menina, não é mesmo?! 

 

A corujinha retribuiu ao seu carinho, lhe dando leves bicadas nos dedos e nas costas da mão. Sentiria falta de sua mais nova companheira, mas logo, poderia matar a saudade juntamente com a filha de Ares.

 

Quando estava pronta deixou que seus olhos focassem aquele ambiente que tanto amava por alguns instantes, o edifício cinza com uma coruja esculpida na porta, as delicadas cortinas brancas. Todo o espaço ali era quase cem por cento ocupado por uma biblioteca apinhada de livros e pergaminhos antigos, mesas e cadeiras, uma oficina com armários muito bem equipados e alguns modelos 3D de plantas e edifícios. Qualquer jovem comum teria pôsteres de bandas espalhados no quarto, já os filhos de Athena possuíam mapas e armas antigas enfeitando o ambiente. As camas ficavam todas de um lado só, espremidas com um espaço mínimo entre elas para poderem transitar com alguma segurança, desde que se entendera por gente dormir não era exatamente uma prioridade.

 

Estava saindo mais uma vez, seus instintos já faziam seu corpo formigar em expectativa, sair do acampamento era sempre bom, respirar novos ares, correr perigo, mas melhor que isso era poder no fim retornar ao seu lar. Era o seu sonho tornar o Acampamento Meio-Sangue um lugar ainda melhor, não apenas um campo de treinamento para semideuses, mas algo que todos também reconhecessem como um porto seguro para residirem pelo resto de suas vidas se assim desejassem.

 

Nem todos ali tinham uma família mortal para qual pudessem retornar, ou conseguiam passar muito tempo ausentes para viverem vidas "comuns" sem serem detectados por monstros do submundo. Sabia que era cedo demais para tal, mas quem sabe em um futuro ela pudesse construir algo mais sólido ao lado de Clarisse... Sentiu que o rosto estava corado apenas em pensar na possibilidade.

 

-Chase... - a voz grossa e conhecida pela loira lhe chamou a atenção, lhe tirando de seus devaneios.

 

Seus olhos encontraram os escuros de Mark, o semideus tinha um sorrisinho convencido nos lábios como sempre. Estava mais aliviado por saber a cunhadinha conseguira desvendar aquele bilhete maluco, queria poder ajudá-la na busca, mas Chase já possuía a sua equipe pra lá de disfuncional e sua irmã chata lhe fizera prometer que cuidaria de Lucy enquanto estivesse fora. 

 

-Traz aquela maluca com vida. - pediu lhe dando alguns tapinhas no ombro, o gesto pesado apesar de tentar se conter. - deixa que eu acabo com ela quando vocês voltarem.

 

Aquela era a forma do loiro lhe desejar boa sorte em sua missão, convivera com o semideus por tempo o suficiente para entender como funcionava aquela "muralha" de cabeça maluca e temperamento volátil, mas que possuía um bom coração.

 

-Não sei se vou deixar algum pedaço dela inteiro para você, mas tentarei me lembrar. - brincou a loira com um meio sorriso antes de seguir para o chalé do seu amigo.

 

~***~

 

-PERSEU!!!

 

Percy estava dormindo muito bem até escutar o seu nome de forma muito furiosa. Ele era um semideus, mas ainda era um cara com déficit de atenção e não era exatamente o tipo de garoto elétrico assim que acordava. Ele tentou pular para fora da sua cama, mas esqueceu de um pequeno detalhe, havia mais alguém com ele, o que fez a sua manobra matinal tornar-se uma cena digna de um pastelão.

 

-Aí! - reclamou a terceira voz ali ao ser acordado daquela forma estabanada, praticamente com um chute na bunda. Até onde conseguia lembrar ele havia dormido no chalé de Poseidon e não no de Ares.

 

O pé de Jackson encontrou um obstáculo, mas sua mão ainda conseguiu alcançar sua esferográfica, só esperava não decepar a própria cabeça quando caiu com tudo no chão.

 

-Monstro, onde?! - tentou se recompor em alguns segundos apesar das múltiplas dores no corpo.

 

Ele realmente gostaria que fosse uma horda de monstros diretamente do tártaro, aquilo seria bem melhor do que acordar com uma Annabeth furiosa e lhe atacando sem sequer estar desperto o suficiente para se defender.

 

-O que você pensa que está fazendo com o meu irmão, Jackson? - a pergunta saiu entredentes enquanto ela sacudia o amigo pela gola do pijama.

 

-Eu posso explicar... - tentou responder mesmo desnorteado por ter sido derrubado novamente no chão em menos de cinco minutos.

 

-Annie, calma... Não aconteceu nada. - Patrick já despertara seja pelo chute ou pelo tom usado pela irmã, tentava conter a semideusa antes que não sobrasse nada do pobre filho de Poseidon. - nós só dormimos, só isso! - explicou tentando trazer a mais velha de volta a si.

 

-Que história é essa de dormir com o Percy? - a loira direcionou os olhos rígidos para o irmão que tentou manter a calma. - desde quando isso está acontecendo?

 

-Ele só dormiu aqui ontem, eu juro! - explicou o melhor amigo sentando-se novamente, talvez ficar em pé não fosse a opção mais segura no momento.

 

-Eu não falei com você! - ralhou fazendo Percy lhe olhar indignado com o comportamento, mas mesmo assim o moreno se encolheu um pouco.

 

-Foi só um beijo! - explicou-se mesmo sabendo que não deveria. - Annabeth eu não sou uma criança... E eu gosto dele.

 

Foram necessários longos minutos para que os dois semideuses pudessem acalmar a filha de Athena para finalmente explicarem o que estava acontecendo entre eles - de fato não era exatamente um relacionamento, mas ainda assim era alguma coisa.

 

A única coisa que lhes salvou de um interrogatório com uma versão adolescente da deusa Athena foi o compromisso que teriam com Quíron e provavelmente Silena também não se atrasaria.

 

~***~

 

-Então, de qual ponto partiremos? - perguntou Quíron enquanto os três semideuses se organizavam ao redor da mesa de ping-pong.

 

Os olhos castanhos se voltaram para Annabeth, ela seria a líder da busca, ele bem sabia que a garota deveria ter boas respostas para ter convocado aquela reunião.

 

-Clarisse invocou as Moiras. - a loira pegou a adaga que estava na bolsa e colocou sobre a mesa. - eu vi o ritual por meio da lâmina da Katoptris... Tudo o que consegui descobrir é que Clarisse está atrás de respostas, disse que precisava mudar algo que aconteceu e alguma coisa sobre uma profecia.

 

-Ela o que? - Silena sabia que a filha de Ares era uma inconsequente sem medidas, mas isso era demais até mesmo para ela.

 

-"Kato" o que? - Percy novamente parecia perdido em meio a informações que obviamente não tinha.

 

Eram muitos nomes, monstros e pormenores que ele definitivamente não era dos melhores para decorar, mas ele chegara a ver as Moiras pouco tempo antes de chegar ao acampamento, ele estava em um ônibus com Grover, voltava da Academia Yancy, mais uma das instituições em que fora expulso injustamente.

 

-A adaga da filha de Zeus. - completou Silena olhando da arma para o rapaz que estava a sua frente. - Helena de Tróia. - os três lhe olharam com mais atenção. - o quê? Vocês acham que só me interesso por maquiagem e pela moda da estação? - a voz saiu em tom irônico, tinha conhecimento do que outros campistas achavam dos filhos de Afrodite, eram em sua maioria taxados de fúteis, mas não obteve nenhuma resposta.

 

Ah... Helena de Tróia. Aquele nome Percy conhecia, ele poderia ser um semideus um tanto relapso, mas já o havia escutado muito bem não somente ali no acampamento, mas tinha uma lembrança vaga das aulas que Quíron lhe dera quando estava disfarçado de professor de latim em Yancy. Ele fez menção de falar alguma coisa, mas Annabeth continuou com o seu pensamento, precisavam manter o foco.

 

-A única coisa que tenho certeza é que não dá para mudar o passado. - falava, mas sua cabeça pensava naqueles três pilares citados por Clarisse, todos eles até então inconclusivos para ela. - as fiadeiras jamais permitiriam algo assim...

 

-Mas você mesma acabou de dizer que ela invocou as Moiras. - reforçou Silena. - as deusas não enganariam Clarisse, isso não faz sentido algum.

 

Annabeth revirou novamente a bolsa, havia trazido papel e caneta caso fosse necessário e bem, talvez fosse à hora de materializar um pouco aquilo tudo antes que deixasse os outros dois semideuses ainda mais confusos. Escreveu "Passado", "Presente" e "Futuro", um ao lado do outro e uma linha abaixo de cada palavra.

 

-Essas são as nossas três linhas temporais. - explicou o óbvio, mas era necessário. - as Moiras de certa forma são responsáveis pelo seu controle, elas definem o início, o meio e o fim de cada indivíduo... Mexer em algo importante poderia resultar em consequências catastróficas. Cloto, Láquesis e Átropos sabem disso melhor que qualquer um.

 

-Clarisse caiu em algum tipo de armadilha? - apesar de ainda estar um pouco perdido, Percy queria ser mais participativo.

 

-É o que devemos descobrir. - Silena não parecia muito animada em mexer com algo tão incerto, mas não havia outra opção.

 

-Talvez... Apenas talvez... - ela riscou mais uma linha, em uma cor diferente entre o "Passado" e o "Presente". - as Moiras permitam uma passagem para uma linha alternativa, algo que não interfira diretamente, mas que mesmo assim tenha um propósito.

 

Quíron coçou o queixo seguindo a linha de raciocínio de Annabeth, ele fez um sinal positivo com a cabeça.

 

-Se a Srta. Chase estiver certa e eu espero muito que sim, provavelmente vocês irão para o mesmo local que Clarisse. - disse o diretor de atividades já procurando por algo que serviria aos três.

 

-E como exatamente nós conseguiremos fazer isso? - perguntou Percy interessado, já que a maluquice dessa vez seria um pouco maior do que já estava acostumado.

 

Foi a vez de Annabeth de direcionar o olhar para o centauro, sabia que Clarisse só conseguira realizar aquilo com alguma ajuda dele. O tutor já havia se adiantado e colocando cuidadosamente na mesa os itens que viu sem tanta clareza pela lâmina.

 

-São os mesmos que ela utilizou? - a loira analisou um a um com curiosidade. Os outros se aproximaram com certo receio, dava pra sentir certa energia emanada deles.

 

-Sim... Não são comumente utilizados, mas são indestrutíveis. - explicou Quíron já sabendo quais eram as dúvidas que pairavam. - um pequeno novelo de ouro retirado do velocino, a fita métrica usada por Aracne e uma tesoura feita de ferro estígio, diretamente do submundo.

 

Annabeth tremeu só de escutar o nome da rival de sua mãe, mas tentou não pensar nisso, sempre lhe causava calafrios. 

 

-Provavelmente a Katoptris registra a última cerimônia que foi realizada... Eu e Clarisse carregamos a mesma cicatriz, graças a ela que pude ver o que aconteceu. - a semideusa tocou o colar em seu pescoço e mostrou a conta oculta pela camisa. - Athena me entregou isto, Clarisse também possuía um de cor diferente... Acho que temos o necessário para tentar. 

 

Eles iriam se jogar em algo completamente arriscado e sem chances alguma de dar certo, mas eles se importavam com isso? Óbvio que não, tinham sorrisos animados e ansiosos. Era isso, não havia mais motivos que lhes prendessem ali, já possuíam as respostas necessárias, os três partiriam imediatamente para o templo da deusa Athena.

 

Assim que deixaram a construção de quatro andares Thalia estava aguardando-os na varanda. Percy e Silena fizeram sinal de que seguiriam na frente, assim dariam mais privacidade para as duas, Chase confirmou com um leve aceno e se direcionou a amiga, os olhos azuis transpareciam um brilho preocupado apesar da expressão visivelmente menos dura que nos últimos dias.

 

-Então você finalmente conseguiu? - disse com a voz tranquila contra os cabelos loiros ao ser abraçada pela amiga.

 

Annabeth concordou com a cabeça enquanto absorvia o cheiro já tão conhecido, Thalia sorriu, não havia nada que a filha de Athena não descobrisse.

 

-Por favor, me deixe ir com você... - pediu mantendo-a protegida contra o seu corpo. - eu não vou conseguir ficar aqui pensando no que vocês podem enfrentar pela frente. 

 

Mas Annabeth negou, bem como imaginava que faria. Os olhos azuis cinzentos alcançaram os seus, tentando lhe transparecer alguma tranquilidade enquanto lhe afagava o rosto com o polegar.

 

-Eu, Clarisse, Percy e Silena estaremos fora... O acampamento precisa de uma semideusa forte que consiga dar conta dos problemas que com certeza irão surgir. - Thalia concordou, mesmo que lá no fundo a ideia ainda não lhe agradasse. - e você bem sabe que mais que três semideuses em uma missão não é exatamente um bom sinal.

 

-Prometa que vai voltar sã e salva, Chase. - pediu de forma baixa plantando um beijo demorado em seus cabelos.

 

-Vocês não vão se livrar de mim tão facilmente. - abraçou ainda mais a morena lhe dando um beijo no rosto de pequenas sardas.

 

Fim do capítulo

Notas finais:

E então o que acharam? Um cap. mais levinho, mas garanto que glória a Deus e Aleluia que teremos Clarisse novamente, saudade do meu neném.

Senta que lá vem história:

Bem como eu não queria usar itens "comuns" para o ritual acabei adicionando esses três que foram descritos. O novelo para Cloto, foi retirado do Velocino de Ouro, o mesmo que recuperou a o pinheiro da Thalia; a fita métrica eu fiquei pensando um pouco e achei que seria legal um item ligado a Aracne e por fim uma tesoura para Átropos... Em PJO ela usa uma tesoura "comum", aqui eu preferi usar uma tesoura menor que fosse de ferro estígio, uma lâmina banhada na beira do Rio Estige, eu achei que seria legal utilizar esse material já que ele tem grande efeito sobre fantasmas e criaturas do Mundo Inferior.

Falando finalmente sobre Aracne - coisa que eu deveria ter feito desde o capítulo 14 ou 15 mais ou menos. Aracne é uma tecelã que após desafiar Athena num concurso de tecelagem e perder, foi amaldiçoada a se tornar meio-aranha e imortal. É por isso que os filhos de Atena tem medo de aranhas, Aracne os odeia. Existem várias versões do mito explicando porque Aracne foi transformada em aranha, na mais conhecida, Atena a amaldiçoou por perder a disputa entre elas e por desafiar a deusa com sua prepotência. Em outra Athena rasgou um de seus mais lindos bordados e Aracne por desespero se enforcou, a deusa se apiedou da tecelã e a transformou e a tornou imortal.

Vejo vocês nos comentários e vamos nos animar que Clarisse vai estar de volta! Hurulll...    


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Comentários para 28 - A Missão:
Lea
Lea

Em: 23/06/2022

Quem a Clarisse vai abraçar primeiro,se diante dela estiver Annabeth e Silena??? Ou a memória dela já não estará mais "funcionando"??

Responder

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viinha
viinha

Em: 12/10/2020

Nervoso me define,ain amo cont logo, bjus se cuida

 


Resposta do autor:

Pode deixar, em breve estarei postando os próximos! 

Se cuide também, até logo. 

Responder

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