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Fios do Destino por La Rue

Ver comentários: 2

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Palavras: 3335
Acessos: 872   |  Postado em: 01/10/2020

Notas iniciais:

Olá meus queridos! Tudo bem com vocês? Deveria postar esse capítulo só no domingo, mas como vou ter que me concentrar na normalização de um trabalho acadêmico por esses dias não sei se vou ter tempo depois, então vai hoje mesmo! Pra vê se ameniza meu dia meio bosta.

Quem aqui anda com saudade da Clarisse levanta a patinha?!

Boa leitura a todos!    

Cloto, Láquesis e Átropos

 

"Talvez eu tente

Uma última vez te convencer

De que seu lugar é aqui

Não com palavras e não com o silêncio

Você chegou a um novo lugar

E eu permaneço aqui"

 

~***~

 

Patrick estava tentando não surtar, Annabeth não se encontrava bem, nada bem, ainda se sentia trêmulo por ter encontrado a loira convulsionando no chão, graças aos deuses Mark lhe ajudara, mas ele não conseguiria esquecer aquilo. Por mais que ele quisesse que a irmã desvendasse aquele mistério que rondava o sumiço de Clarisse ele bem sabia o quanto aquilo estava esgotando a conselheira do chalé 6. Sua cabeça latej*v*, mas ele passou a mão pelo rosto cansado e se concentrou, precisava fazer aquilo por Annabeth, ela confiava nele e o semideus estava ali para justamente lhe amparar nos momentos difíceis.

 

-Você está bem?

 

A pergunta seguida do toque gentil em seus ombros lhe fez relaxar, respirou devagar ao sentir os dedos subirem brevemente por seu pescoço.

 

-Sim. - agradeceu com um pequeno sorriso enquanto se deixava levar um pouco mais pelo toque. - obrigado por me deixar usar o seu chalé.

 

O mais velho correspondera ao sorriso para em seguida apoiar as costas contra a parede, observava o filho de Athena compenetrado em suas anotações.

 

Percy lhe manteve informado sobre o estado de sua irmã, enquanto isso Patrick trabalhava nos relatórios que se acumularam nos últimos dois dias. Ele poderia ter feito isso no chalé 6? Sim, poderia. Mas àquela hora não era exatamente o melhor horário para se permanecer no local para se concentrar, vários campistas amontoados em um mesmo lugar discutindo teorias, trabalhando em projetos, modelos e outros tentando estudar não era exatamente o melhor cenário de se encarar.

 

O filho de Poseidon havia oferecido o local, afinal tinha espaço o suficiente, calmaria, uma brisa tranquila e o cheiro do mar... Definitivamente era um local melhor para poder resolver suas pendências e relaxar.

 

Deixou a caneta de lado e alongou-se novamente, havia finalmente terminado e antes de precisar alinhar os campistas para direcioná-los ao pavilhão. Organizou tudo o que havia trazido em sua bolsa e checou por segurança se não havia esquecido nada... Ele poderia apenas pegar suas coisas e partir, Jackson não lhe impediria, mas estava cansado daquilo.

 

-Percy... - chamou-lhe a atenção enquanto colocava a correia da bolsa por cima do ombro. Os olhos verdes focaram nos seus quase que de imediato. - até quanto vai fingir que nada aconteceu? - a pergunta saiu levemente sentida, sabia o quanto o conselheiro do chalé 3 poderia ser lento, mas também sabia que aquilo era uma ótima estratégia evasiva.

 

Como era de se esperar ele ergueu a sobrancelha escura esperando que o filho de Athena prosseguisse - o que não foi feito - suas mãos suaram ligeiramente quando o loiro estreitou os olhos cor de mel para ele, quase da mesma forma que Annabeth costumava fazer. 

 

Patrick se aproximou aos poucos, Percy já estava recostado contra a parede, ele não se mexeu ao encarar os olhos bonitos tão próximos aos seus, sua pulsação descontrolada ao sentir os lábios contra os seus em um beijo delicado, as mãos do garoto contra o seu peito e os fios da sua nuca. Annabeth com certeza lhe mataria por isso, mas envolveu a cintura do loiro e deixou-se levar.

 

-Talvez isso ajude a se lembrar... - disse contra os lábios do moreno antes de investir mais uma vez contra eles.

 

~***~

 

O coração de Annabeth Chase retumbava como o galope de um animal selvagem, aquela era a resposta, tinha de ser, mas não poderia negar que estava com receio, que aquilo provavelmente seria algo ruim, afinal sua última dona não tivera o melhor dos finais... Katoptris sumira com o passar dos séculos e tornou-se uma lenda por muitos esquecida, provavelmente deuses e homens preferiam assim, talvez a lâmina possuísse alguma maldição.

 

Afastou os pensamentos ruins antes que pudesse ser dominada por eles, não era uma covarde e sua sede por respostas afastaria qualquer possibilidade de retroceder. Alinhou a lâmina de forma que pudesse analisar a marca na palma da sua mão por meio dela... Um brilho se expandiu na cicatriz que estava sendo espelhada aos poucos, porém tornou-se tão forte que chegou a ofuscar completamente sua vista, quando pôde novamente abrir os olhos, seu coração palpitou ainda mais forte. Era a sua estúpida filha de Ares!

 

~***~

 

"Não queria demonstrar, principalmente na frente do deus, mas estava mais ansiosa do que nunca. Pela primeira vez Ares havia lhe dirigido a palavra com alguma decência - pelo menos da forma que era possível para um deus imortal e arrogante como ele. Continuou a subir os poucos degraus de mármore que levava a entrada do templo, apertou ainda mais a alça da bolsa que estava jogada sobre um dos ombros e respirou fundo, mas a frase do deus da guerra ainda permeava a sua mente "não esqueça quem você é".

 

Ares sabia bem mais do que demonstrava, ou não teria se importado de lhe falar algo do tipo, sabia como aquilo funcionava, deuses não deveriam interferir diretamente no assunto de seus filhos e bem... O senhor da guerra procurava seguir um pouco mais que os outros Olimpianos as regras estabelecidas, era bem conveniente para ele. 

 

A porta rangeu de forma fantasmagórica ecoando o som pelo singelo recinto quando passou pela fresta espaçosa o suficiente para o seu corpo. Tentou manter a calma, respirou algumas poucas vezes colocando os pensamentos em ordem, não sabia o que iria acontecer, sequer tinha noção se aquela maluquice daria certo, mas precisava se concentrar.

 

Estava mais escuro que o habitual, mas a luz da lua e os pequenos braseiros destinados a Héstia e Ares seriam o suficiente para seguir com os passos seguintes sem precisar de qualquer outro tipo de iluminação. Caminhou até o altar onde eram feitas as ofertas e se ajoelhou para retirar os itens que carregava na bolsa, suas mãos estavam ligeiramente trêmulas, mas não era medo e sim a expectativa do que viria a seguir.

 

Colocou todos os itens cuidadosamente no altar, checando-os pelo menos três vezes para ter certeza de que não havia se esquecido de nada, o mínimo deslize e ela colocaria tudo a perder. Pegou três castiçais mais ao fundo do templo - estava aliviada por sempre escalar semideuses para manter tudo limpo e em ordem - alinhou-os no altar encaixando uma vela em cada castiçal, depois pegou três pequenas cubas de mármore em prateleiras internas do altar e colocou-as em frente às velas.

 

Acendeu a primeira, a de cor branca e maior que as outras enquanto se esforçava para sua voz sair firme o suficiente:

 

-Eu invoco Cloto, a que segura o fuso e tece o fio da vida. - pegou o pequeno novelo de coloração dourada e colocou-o contra a chama para em seguida deixá-lo na primeira cuba. - aquela que junto a Ilítia, Ártemis e Héstia atua no nascimento e nos partos.

 

O item não foi consumido pelas chamas, mas Clarisse não se importou com isso, segundo Quíron aquilo era previsível, apenas continuou com o ritual, passando para o castiçal com a vela vermelha.

 

-Eu invoco Láquesis, a que puxa e enrola o fio tecido. - assim como fez com o novelo, levou a fita métrica de tom prateado até a chama da vela vermelha e depositou o item na segunda cuba. - aquela que junto a Tique, Pluto e Moros sorteia o quinhão de atribuições que se ganha em vida.

 

Passou para o terceiro castiçal, sentindo um arrepio incômodo em sua nuca ao acender a vela de cor preta, das três era a que menos lhe agradava.

 

-Eu invoco Átropo, a que corta o fio da vida. - pegou o terceiro item com mais cuidado que os outros, era uma pequena tesoura com cabo e lâmina negra, mesmo colocando-a contra a chama o material parecia frio como gelo. Assim como os outros itens deixou-o em sua respectiva cuba. - aquela que junto a Tânatos, Moros e as Queres, determina o fim da vida.

 

Por alguns poucos e torturantes segundos nada aconteceu, mas Clarisse não iria desistir, manteve-se concentrada em seu objetivo, mesmo quando as chamas das velas se apagaram, assim como a dos braseiros de Héstia e do seu pai Ares, seu coração poderia facilmente sair do peito quando a entrada do portal foi fechada com um novo estrondo, mesmo sabendo que estava completamente sozinha. 

 

Logo em seguida as velas acenderam novamente uma de cada vez, mas as chamas agora possuíam uma coloração azulada. Clarisse sentiu um vento frio percorrer o seu corpo, mesmo que o local estivesse completamente fechado impossibilitando a circulação de ar, também escutou um barulho muito peculiar. Olhou ao seu redor tentando identificar de onde vinha, deu alguns passos para trás, o som ficava cada vez mais claro, parecia alguma velha engrenagem que não trabalhava há muito tempo... Uma roca de fiar.

 

Teria sorrido pela sua conquista se não estivesse tremendo dos pés a cabeça, ela de fato conseguira invocá-las, mas o que aconteceria a partir dali era inconclusivo, até mesmo Zeus possuía alguma racionalidade e sabia que não era nada esperto mexer com as filhas de Nix, a deusa da noite.

 

Das chamas azuladas uma densa névoa da mesma coloração se formou e espalhou-se pelo templo do deus da guerra, a semideusa estreitou os olhos para poder enxergar melhor, porém aos poucos a mesma foi se dissipando, para dar forma a uma roca de fiar fantasmagórica, bem como a três figuras femininas de aparências distintas, apesar dos trajes iguais - um manto longo negro e singelo - e cabelos da mesma tonalidade, prateados como o luar.

 

A primeira era Cloto, uma criança com o olhar distinto - sério demais para alguém que possuía aquela faixa etária - porém aquela menina possuía mais idade do que a soma dos anos de todos os semideuses presentes no acampamento. Era ela quem decidia quem nascia e dava início ao fio da vida. A segunda a aparecer foi Láquesis, uma mulher na flor da idade, de aparência muito bela, era ela quem acionava a manivela anexa ao eixo da roda e com isso responsável pela sorte e os infortúnios de cada indivíduo. A última era Átropo, uma mulher idosa e enrugada como uma fruta ressecada, sua aparência era frágil, porém seus olhos eram frios como a morte e o sorriso de poucos dentes macabro o suficiente para manter qualquer pessoa sensata longe de si, ela era responsável por dar fim a vida... Clarisse estava frente à frente, com as Moiras, as fiadeiras do destino.

 

-Ah este rosto me parece familiar... Tanto tempo que não somos chamadas por uma jovem semideusa. - a voz rouca da mais velha chamou a atenção dos olhos verdes. - no que podemos lhe ajudar?

 

La Rue ajeitou sua postura, não poderia agir como uma garotinha amedrontada, a forma que as deusas lhe olhavam significava que sabiam bem cada um dos motivos que lhe levara aquele momento, mesmo assim queriam avaliar até onde iria a sua determinação.

 

-Preciso mudar algo que aconteceu... - começou com toda a convicção que possuía. - entender o porquê da ligação que possuo com a semideusa Annabeth Chase, filha de Athena... E...

 

-Sobre a profecia... Aquela que rege o seu destino. - concluiu Láquesis, sua voz era calma, mas seus olhos intensos eram capazes de ler sua alma. De fato ela sabia todos os percursos da semideusa, assim como todas as possibilidades que cercavam o seu destino. - você tem coragem filha de Ares, mas você bem sabe que coragem não é tudo. - ela corria os dedos pelo fio que passava lentamente pela engrenagem da roca. - seu caminho é solitário e ardiloso, talvez seja difícil de suportar, escolhas difíceis a serem tomadas... Tens certeza que é isso que deseja?

 

Ela sabia o que queria e não importava o que Ares ou as Moiras dissessem, seguiria até o fim daquilo, ela prometera e também precisava de suas próprias respostas. 

 

-Porque me pergunta sobre algo que já sabe a resposta? - não deveria, mas subiu um pouco o tom da sua voz, a mulher que se encontrava no centro era a culpada por tudo o que acontecera em sua vida, sejam os momentos bons ou os ruins. - desde que ela fique bem, nada mais me importa.

 

Por mais que tenha fraquejado em sua última frase, era isso que lhe movia; seu desejo maior. Ela não se importava com o que poderia acontecer a ela, havia passado por duras provações até então, sabia que poderia suportar qualquer coisa se no fim Annabeth estivesse bem... Seu coração estava tranquilo quanto a isso. 

 

-Mesmo que os seus esforços impliquem em perder todas as suas lembranças? - foi Cloto quem lhe distraiu nesse momento, sua voz era doce e infantil, mas as palavras alcançaram La Rue como facas gélidas e afiadas.

 

Lembrou-se do que Ares lhe dissera no mesmo momento, "Não se esqueça de quem você é". Não sabia se o templo ficara mais frio ou se apenas se sentiu balançada com a pequena deusa. Suas lembranças... Por mais que sua vida não tivesse sido das mais fáceis até então ela tinha bons momentos, possuía pessoas com quem se importar. Os rostos de Annabeth, Lucy, Mark, Quíron, Rachel, Silena e até mesmo do manezão Percy lhe vieram à memória no mesmo instante, Clarisse só era quem era atualmente graças a eles. Sentiu uma dor aguda no peito, mesmo que não deixasse transparecer em sua feição... Ela esqueceria Annabeth, o seu toque, a sua voz, o cheiro da pele, o gosto dos lábios, os olhos cinzentos.

 

Se esse era o preço a se pagar ela o faria mesmo que não fosse de bom grado, não queria esquecer as pessoas que amava, mas aprendera desde cedo que nada vinha de graça, muito menos quando se tratava dos deuses.

 

-Eu daria minha própria vida por ela! - alegou com a voz novamente alterada. As Moiras não lhe tratariam como um peão, não fariam dela um joguete.

 

-Não hoje minha jovem guerreira. - a voz rouca de Átropo parecia levemente tentada com aquela proposta, como se aquilo fosse uma boa troca. - mas quem sabe o que o futuro lhe reserva... - completou novamente exibindo o sorriso de poucos dentes, demonstrando sua satisfação através do mesmo.

 

Estava ficando com raiva, odiava ser tratada como um brinquedo, sua vontade era de socar aquela velhota milenar até ela se arrepender de todas as vidas que tomara, mas não podia, teria de se manter sã até que as três tivessem ciência que suas vontades eram verdadeiras.

 

-Tem o temperamento tempestuoso do pai... - o tom de falsa reprovação era presente nas palavras da mulher ao centro, mas havia em seus lábios um sorriso quase que imperceptível, mas mesmo assim não deixava de ser um sorriso.

 

-... Mas apesar de tudo o que já sofreu conserva os mesmos olhos bondosos da mãe. - Cloto completou a fala da irmã. 

 

A semideusa direcionou sua atenção imediatamente para a criança que lhe olhava de forma intensa, poderia até dizer que o sorriso que ostentava era genuíno e verdadeiro. Clarisse não sabia nada sobre sua mãe mortal, tampouco se estava viva ou morta, sentiu-se tentada a perguntar para a mais nova como ela sabia sobre sua mãe, mas seria burrice, Cloto estava presente em seu nascimento... Poderia direcionar sua dúvida a jovem Láquesis ou a velha Átropos, a oportunidade de ter respostas estava ali, sua mãe ainda estaria viva? Em algum momento teria se perguntado sobre onde estava ou como estava? Porém o preço seria caro e ela provavelmente esqueceria tal fato assim como todas as outras lembranças.

 

-Se não lhe resta dúvidas, concretize os seus votos... - aconselhou Láquesis estalando os dedos.

 

A roca de fiar tornou-se névoa mais uma vez apenas para transforma-se em um braseiro de chamas azuladas, mas o barulho irritante da roda da fortuna ainda continuava a lhe atormentar a audição. La Rue se aproximou e retirou o colar de apenas uma conta que estivera carregando nos últimos dias.

 

-Ah... Um item interessante. - Átropos estava satisfeita em ver o colar. - emana poder, tem grande valor, certamente uma oferta à altura.

 

A semideusa não falou nada, jogou-o contra as chamas para logo em seguida alcançar a adaga.

 

-Eu, Clarisse La Rue, filha de Ares... - sua voz sequer tremeu ao cortar exatamente onde havia a cicatriz na palma da mão esquerda. - aceito o meu destino. - deixou que o sangue fosse derramado no braseiro e principalmente no pingente.

 

O fogo brilhou de forma mais intensa, mas não machucou a semideusa, seus olhos foram atraídos para o pingente de forma hipnotizante o som da roca de fiar ecoando em sua mente, Clarisse sentiu uma sensação de sono e um calor confortador, não resistiu e apenas se deixou levar até o desconhecido, seu único desejo naquele momento era que a roda da fortuna sorteasse uma posição favorável".

 

~***~

 

Sentiu uma dor de cabeça terrível, era muito para ela, as mãos tremeram deixando a adaga cair em sua mesa de estudos, aquilo não poderia estar acontecendo. Massageou a fronte e respirou algumas vezes de forma lenta, mas as batidas de seu coração estavam descontroladas demais para conseguir algum equilíbrio.

 

Por mais que tivesse se esforçado ela não conseguiu ver mais do que aquilo, as Moiras não falaram mais nada, nenhuma dica, nenhum sussurro de onde estava La Rue, também não chegou a ver o que aconteceu a semideusa. Ela não poderia se desesperar, não agora, mesmo que sua vontade fosse de fazer mil e uma perguntas a Quíron e ao mesmo tempo tomar as devidas atitudes... Continuou a respirar vezes seguidas até conseguir um resultado razoável.

 

Clarisse não poderia ter feito aquilo, seja quem quer que tenha induzido a filha de Ares a tomar atitudes tão impensadas talvez não tivesse a melhor das intenções. Porque não lhe falara nada antes? Poderia ter uma solução mais fácil e menos kamikaze se aquela guerreira estúpida não tivesse ido sozinha. "Por quê?" aquilo martelava em sua cabeça incessantemente, bem como a fala "desde que ela fique bem, nada mais me importa" Clarisse se importava com ela, bem mais do que imaginava, bem mais do que realmente gostaria, a conselheira do chalé 5 anulara à própria segurança em troco de lhe manter a salvo. Mas a salvo de que? 

 

Sentiu os olhos arderem e o rasto de lágrimas deslizarem por seu rosto, Clarisse estava disposta a abrir mão da própria vida para poder lhe proteger. Ela não queria que mais ninguém fizesse isso por ela, sofrera quando Thalia oferecera a própria vida para que ela e Luke conseguissem chegar até o acampamento. Ela não suportaria passar por aquilo mais uma vez, não deixaria que Clarisse concretizasse tamanha sandice. 


"O fio atado não terás como desfazer

Quando aceitares saberás o que fazer"

 

Estava exausta de todas as formas possíveis, mesmo assim deixou o chalé 6 enquanto seus irmãos ainda estavam no pavilhão ou no anfiteatro. Ela não esperaria o dia seguinte, não depois de tudo aquilo que escutara entre Clarisse e as Moiras. "Guerreira estúpida!" Repetia consecutivamente enquanto seus passos ritmados lhe levavam ao único lugar possível... O templo da deusa Athena.

 

Parou na entrada da bela construção de mármore, respirou fundo, estava confusa, precisava conversar e pedir auxílio, sua mãe divina deveria ter alguma solução. Até mesmo o deus da guerra havia ajudado Clarisse com aquilo, duvidava muito que tivesse sido algo de seu gosto, mas mesmo assim o fizera, tinha esperança de que não seria diferente com a deusa da sabedoria... Porém, era a primeira vez que de fato conversaria com sua mãe sobre a outra semideusa e isso estava lhe deixando inquieta.

 

Fim do capítulo

Notas finais:

E então meus queridos, o que acharam?

Deu pra matar essa saudade da Clarisse nem que seja um pouquinho?! Prometo que logo saberemos onde nossa maluca foi parar.

Senta que lá vem História:

As Moiras, também conhecidas como Parcas (termo romano que é utilizado pelo tio Rick) ou Fiadeiras (que eu acho mais bonito), eram as três irmãs que determinavam o destino, tanto dos deuses, quanto dos seres humanos. Eram três mulheres, responsáveis por fabricar, tecer e cortar aquilo que seria o fio da vida de todos os indivíduos. Durante o trabalho, as moiras fazem uso da Roda da Fortuna, que é o tear utilizado para se tecer os fios. As voltas da roda posicionam o fio do indivíduo em sua parte mais privilegiada (o topo) ou em sua parte menos desejável (o fundo), explicando-se assim os períodos de boa ou má sorte de todos.

As moiras eram filhas de Nix a deusa da noite. Moira, no singular, era inicialmente o destino. Na Ilíada, representava uma lei que pairava sobre deuses e homens, pois nem Zeus estava autorizado a transgredi-la sem interferir na harmonia cósmica.

O mito grego predominou entre os romanos a tal ponto que os nomes das divindades caíram em desuso. Entre eles eram conhecidas por Parcas chamadas Nona, Décima e Morta, que tinham respectivamente as funções de presidir a gestação e o nascimento, o crescimento e desenvolvimento, e o final da vida; entretanto, que essa regência era apenas "sobre os humanos".

Quanto à aparência alguns descrevem como três velhas, outros como três donzelas eu prefiro a representação de períodos diferentes da vida.

Mais uma vez obrigada por estarem acompanhando e comentando é bem importante pra mim. Ah tivemos também a segunda linha da profecia obvia huahahaha...

Vejo vocês nos comentários e teorias malucas!

Até breve!    


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Comentários para 27 - Cloto, Láquesis e Átropos:
viinha
viinha

Em: 03/10/2020

Adorei ler que ainda falta mto para o fiz 😍.... E que bom que esta se cuidando! Agora esse capítulo veio para me deixar mais ansiosa, amando!!!!!!!!!!


Resposta do autor:

Fico feliz que tenha ficado feliz com a notícia, a correria diária só me fez responder agora, mesmo assim muito obrigada, também estou muito empolgada e empenhada com o andamento deste projeto. Agradeço a cada um de vocês por comentar e acompanhar. 

Até breve! 

Responder

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Yara sousa
Yara sousa

Em: 01/10/2020

Nossa amando a história maravilhosa parabéns...que venha logo novos capítulos...😍😍😍🌈🌈🌈


Resposta do autor:

Muito obrigada por comentar e acompanhar querida! 

Em breve estarei com mais atualizações, um forte abraço

Responder

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