Na manhã seguinte a Ayla acordou feliz da vida, levantou, tomou banho cantarolando, e depois quê se vestiu foi para a cozinha onde encontrou a sua mãe preparando o café.

- Bom dia mãe! - falou enquanto a abraçava por trás a beijando na cabeça.

- Bom dia minha princesa! - a Azira respondeu ao virar-se já aceitando o abraço, e beijando a testa da sua menina.

- Está fazendo tapioca com leite de côco mainha! A senhora não será capaz de imaginar o quanto senti saudades disso! A Eva até fazia umas tapiocas com côco lá, mas não ficavam iguais as da senhora. - a Ayla falou comendo um pedacinho da quê já estava pronta.

- Filha, vá colocando a mesa quê eu vou acordar as crianças, e arrumá-las para a escola. - a Azira saiu apressada em direção ao quarto dos filhos.

Enquanto a Azira orientava o Ailton a escovar os dentes direito, e banhava a Bruninha; lembrou quê a Ayla tinha uma correntinha de ouro com um pingente em formato de gota, uma parte em ouro, e a outra num material semelhante a vidro,era uma pedra azul, quê as pessoas diziam ser um olho grego, ou olho turco. Fora o presente do turco para a filha ao visitar as duas na maternidade. Ele orientara a Azira de quê ela deveria prender a medalha na roupa da menina, e só depois quê a Ayla tivesse grande é quê devia pendurar no pescoço com a corrente. No dia quê a Ayla saiu de casa, a Azira encontrou a corrente junto com a medalha no chão do quarto, provavelmente a menina a deixara cair quando fugira apressada. Depois do café, enquanto as crianças escovavam os dentes a Azira entregou a corrente com a medalha para a Ayla.

- A minha correntinha! Eu pensei quê a tinha perdido quando me escondi no meio dos capins no circo! - a Ayla falou, pois imaginava quê a corrente teria se desprendido de si na carroça de ração dos cavalos do circo, pois foi ao saí quê ela sentira falta do objeto em seu pescoço.

- Eu a encontrei no chão do teu quarto, quando fui limpar o sangue do Bruno. - a Azira falou com certo pesar, pois agora se dava conta de quê por pouco o seu ex não destruira a inocência da sua filha.

- Não fique triste mainha já passou! Sabe mãe, olhando essa corrente agora, eu vejo quê é exatamente igual a dos meninos, o Dico, e o Tico também têm. Olha só a corrente, a medalha, e esse pequeno pingente próximo ao fecho, são exatamente idênticas, e tem duas letras aqui: NS2. Mãe, o Dico, e o Tico têm o mesmo tom de pele quê eu, os cabelos deles são lisos, e os olhos são cor de azeitona verde, será quê eles não são meus irmãos? Eu vou ligar para o Dico, quero saber se tem essas mesmas letras no pequeno pingente deles. - a Ayla falou pensativa; pois lembrava de quando vira a corrente no pescoço do Dico, e ele dissera quê era a única coisa que tinham de herança da pessoa quê os deixou num orfanato quando um tinha um ano de idade, e o outro era apenas um bebê recém-nascido.

- Filha, esse símbolo é muito usado na Turquia segundo o teu pai me contou, é uma espécie de amuleto contra mau olhado; provavelmente a mãe ou seja lá quem tenha deixado eles lá acreditavam nisso, mas muita gente usa sem nem saber o significado pois é bonito. Quantos anos têm os teus amigos? - a Ayla pensou um pouco.

- Mãe, tanto o Dico quanto o Tico foram registrado no mesmo dia pelos pais adotivos deles, e têm vinte e cinco, e vinte e quatro anos respectivamente, só quê eles não sabem de verdade se realmente essa é a idade real deles. Eu vou tirar essa história a limpo mãe, pois algumas pessoas perguntavam se não éramos irmãos, e quando dizíamos quê sim ninguém questionava. - A Azira ficou pensativa; "ela engravidara do turco por um descuido, pois o preservativo escapulira por conta da intensidade dos dois na hora do sex*."

A Azira não sabia nada da vida do falecido namorado quê conhecera no carnaval em Recife, exceto quê era um negociante estrangeiro da Turquia. Nabil Salam dissera ter trinta e cinco anos, se vestia bem, andava num carro luxuoso sempre com um motorista a disposição, pois nunca dirigia. A Azira trabalhava numa loja de artesanato enquanto tentava terminar os estudos. Quando descobriu quê estava grávida se desesperou, tinha apenas dezoito anos de idade, mas mesmo assim concluiu o curso de magistério no sexto mês de gestação. O turco sempre aparecia para vê-la, dissera não poder casar com ela, pois era comprometido com uma moça lá na Turquia, comprou todo o enxoval da criança, apareceu na maternidade quando a Ayla nasceu, pagou todas contas da Azira desde o aluguel até o supermercado, e na última vez quê a viu ele lhe entregou uma maleta com uma boa quantidade de dinheiro dizendo: "compre algo para a nossa filha, ou abra uma poupança no nome dela." Quando um amigo do turco contou para ela quê ele havia sido morto no centro da cidade por assaltantes, a Ayla tinha completado um ano; então a Azira voltou para Cristália, pois teve medo quê alguém da família dele quisesse tomar a menina de si.

- Bom filha, eu não sei nada sobre o teu pai além daquilo quê já te contei, mas como ele era um homem muito bonito, com certeza houve outras mulheres na vida dele além de mim, e a quê ele tinha na Turquia. - a Azira falou, e encerraram a conversa, pois ela foi para a escola.

***

Quando a Natália acordou não ficou surpresa em não encontrar a Tássila ao seu lado na cama; "era sempre assim, numa noite se entregavam com paixão avassaladora, e na manhã seguinte a Tássila ia embora sem dizer uma palavra;" a Natália pensava, e uma lágrima solitária escorria pelo seu rosto, a limpou, levantou, foi tomar uma ducha, pois o cheiro da outra em si a inebriava. "Eu não vou mais chorar por você Tássi!" Disse para si mesma limpando as lágrimas quê teimavam em escorrer pelo seu rosto. Quando procurava uma roupa sentiu um forte cheiro de café fresco invadir as suas narinas, virou, e se surpreendeu com a Tássila parada na porta aberta com uma bandeja nas mãos.

- Bom dia minha amada! - a Tássila falou para uma Natália incrédula, olhando para si com cara de boba. - Não daria tempo eu ir numa floricultura, então furtei essa rosa no jardim da vizinha. - a Tássila entregou a flor para a Natália quê continuava parada sem reação. - O quê foi minha Naty, não gostou? - a Tássila beijou os lábios da outra quê recomeçou a chorar a abraçando em seguida.

- Eu estou amando, é quê pensei que você tinha ido embora! - a Natália choramingou.

- Não chore minha flor, pois agora não irei embora da tua vida, a menos que queira. Venha, vamos tomar nosso café! - a Natália ficou boba olhando a bandeja quê a outra arrumara com capricho, colocando um pouco de tudo que ela gostava.

- Está linda e apetitosa! - a Natália falou pegando um dos morangos, e colocando na boca da Tássila quê mastigou o deixando na boca, e assim beijou os lábios da Natália, para que ela comesse da sua boca; e nesse clima romântico tomaram o café da manhã, sem se preocuparem com o mundo em redor.

- Tias, vocês estão namorando! - a voz do Alan quê surgiu na porta do quarto aberta trouxe as duas pra realidade.

- Nã, não! - gaguejou a Natália ao ser surpreendida pelo garoto aos beijos com a tia dele.

- Bom dia meu sobrinho lindo! Sim, nós estamos, mas não pode contar pra ninguém, nem mesmo para o teu pai! Promete guardar nosso segredo? - o menino sorriu.

- A mamãe já sabe? - ele perguntou curioso.

- Sim meu amor, pois ninguém consegue esconder as coisas da minha irmã. - a Tássila falou concluindo quê era melhor não mentir para o garoto.

- Então eu não vou contar pra ninguém. Tia Naty, agora a senhora vai ser a minha tia duas vezes! Eu ia bater na porta pra te chamar, mas como já estava aberta... - o menino falou dando de ombros e foi embora.

- Tássi, ele pode acabar falando para alguém mesmo sem querer! - a Natália falou preocupada.

- Então temos mais um motivo para contar logo pra família! - a Tássila concluiu tranquila, e pegou a bandeja para levar pra cozinha.

***

A Alanis interrogou o Pezão, e ele confessou quê não teve culpa na morte do Júlio, apenas quis dá um susto no rapaz, no entanto os rapazes quê o ajudaram a abordar o Júlio se empolgaram, e mantiveram relações sexuais com ele. A idéia fora apenas o dopar levemente e deixá-lo nú na praia, pra fazer o rapaz passar vergonha, mas enquanto o Pezão assistia os outros se divertindo com o Júlio de dentro do carro, apareceu um homem quê agrediu os rapazes com uma espécie de cassetete, eles conseguiram fugir para o carro, deixando o Júlio para trás; o Pezão arrancou dali em alta velocidade, não voltou mais alí naquela noite, e no dia seguinte ao passar pelo local não havia nenhum sinal do Júlio. Ele jurou para a Alanis quê a quantidade usada de sonífero misturada ao refrigerante só faria o rapaz dormir por uma hora, ou duas. Possivelmente o homem quê os atacara o drogara com a intenção de matá-lo. O Pezão também garantiu quê os rapazes não usaram de violência, e muito menos na prática sexual, pois não foram eles quê introduziram algo no ânus do rapaz provocando lesões internas, e sangramento.

- A doutora acha quê ele está falando a verdade? - o Ramirez perguntou quando ficaram a sós.

- Sim, só precisamos confirmar com os outros dois rapazes como foi feita a abordagem da vítima na boate, e dá uma boa olhada nas câmeras de segurança, interna, e externa. Quem sabe o suposto sujeito quê agrediu os rapazes também não esteve lá. - a Alanis respondeu concluindo o seu raciocínio.

Aquela semana foi bastante proveitosa para a delegada Carreras e a sua equipe. A investigação sobre a morte do rapaz foi concluída faltando apenas o laudo toxicológico para completar o inquérito. As imagens das câmeras foram analisadas, e o ex sargento Bruno apareceu tanto na entrada quanto dentro da boate observando os demais a certa distância, e saindo logo após o Júlio quê estava alegre parecendo embriagado, e sendo amparado pelos dois rapazes quê o colocaram num carro, e partiram em seguida junto com ele. Segundos depois o Bruno entrou num carro, e seguiu na mesma direção dos demais. Quando as imagens foram mostradas aos rapazes, eles reconheceram o Bruno como sendo o homem quê os agredira na praia naquela noite com cassetete usando de muita violência.

O final de semana chegou, o Alan foi passar com o pai, e os avós paternos, a Alanis foi para a fazenda dos pais dela acompanhada da irmã, e da Natália.

- Naty, você sabe quê pode contar sempre com o meu apoio não é mesmo? Então não precisa ficar com esse medo todo. Vocês são maiores de idade, e não estão fazendo nada de errado. Se a mamãe, e a Maria não as apoiarem, paciência! Quanto ao papai, e o vovô não se preocupe, pois eles não são preconceituosos; tire pela Letícia que continuou sendo querida para eles. - a Alanis falou ao parar o carro em frente a casa dos pais.

- Eu sei, mas a dona Joana não perdia a oportunidade de alfinetar a pobre Letícia quando aparecia por aqui com a ex namorada. - a Natália respondeu temerosa.

- Sim Naty, mas a mamãe não gostava nem um pouco daquele jeito folgado da Tatiana. - a Alanis rebateu.

- Cuide em contar pra Maria, quê da mamãe cuido eu! - a Tássila falou descendo do carro.

- Até que enfim as minhas meninas chegaram, já estávamos apreensivas! - a Maria falou aparecendo na varanda seguida pela mãe da Alanis e da Tássila.

- Bom dia mamãe, Maria! Como vocês estão? - a Alanis falou abraçando as duas mulheres em seguida.

- Estamos bem querida, e vocês pelo jeito estão ótimas! Onde está o meu neto? - a mãe perguntou depois que saíram do abraço.

- O Augusto foi buscá-lo pra passar o final da semana com ele. - a Alanis respondeu já sentando na mesa para o café, pois tinham saído bem cedo de Recife.

- Com ele e a chata da Irene, ou mulher insuportável! Graças a Deus o sanguessugas do filho dela se separou de você, e nos livrou de aturar a bruxa da mãe dele. - o avô da Alanis falou ao entrar na cozinha acompanhado do pai dela.

- Bom dia vovô, papai! Olha, eu acho quê de tanto os senhores falarem o quanto ela é chata, o Alan escutou desde que estava na minha barriga, pois ele não se entende com ela, e esses dias me disse quê ela está a cada dia mais chata. - a Alanis concluiu e todos riram.

- Bom dia minhas filhas, e Letícia por quê não veio? - o pai perguntou.

- Ah papai, a Letícia está de namorada nova, e como está se recuperando do tiro quê levou no braço, está na casa da tia Lena sendo paparicada pelas duas! - a Tássila falou divertida após abraçar o avô, e o pai.

- E eu pensando quê a Letícia tinha largado essa pouca vergonha, e se tornado uma mulher direita! - a Joana observou com desgosto ao olhar para a cara alegre da filha mais nova, quê falou aquilo como se fosse a coisa mais normal do mundo.

- Mamãe, uma mulher não deixa de ser direita porque gosta de outra, e eu não acho quê o amor entre duas mulheres, ou entre dois homens seja vergonhoso. - a Alanis falou séria.

- Pois saiba que para mim é muito mais que falta de vergonha, é um pecado nojento, asqueroso, e abominável. Isso é culpa da Lena quê criou a menina no meio daqueles dois moleques machos dela, se estivesse comigo seria bem diferente! - a Joana falou furiosa.

- Mamãe, não é a forma de criar quê decide a opção de sexualidade de um homem, ou de uma mulher se relacionar, isso é exclusivamente de cada pessoa! - a Tássila falou encarando os olhos azuis da mãe.

- Sabe o que eu acho Joana, você deve ir rezar mais um pouco, e parar com esse preconceito besta. A Letícia é uma boa pessoa, e isso você não pode negar, então quê diferença faz com quem ela namora? - o José falou, e a conversa foi encerrada por alguns minutos.

-- Natália minha filha, quê conversa é essa? Aquela pevertida da Letícia te contaminou! Bem que eu falei pra dona Joana quê não ia dá certo a Letícia ir morar na casa da Alanis, o meu sexto sentido não falha! - a Alanis quê conversava com os pais, e o avô na varanda ouviu junto com eles a fala alterada da Maria.

- Não tia, a Letícia não tem nada a ver com isso. Eu sempre gostei de meninas, mas me reprimia por causa da senhora, no entanto eu gosto de uma pessoa há anos, ela gosta de mim, e a gente resolveu se assumir! - a Natália falou de uma vez, estava trêmula, mas não iria esconder mais nada. 

A Maria também estava tremendo, entre a surpresa, e a raiva de vê que a sobrinha a enganarar tanto tempo. "Por isso ela nunca apresentou um namorado, como não desconfiei!" A Maria pensava. - Desapareça da minha frente, esqueça quê você tem uma tia, a partir de hoje você morreu pra mim! - a María falou sem nem olhar para a sobrinha que chorava.

- Quê decepção em moça! Tantos rapazes bonitos, trabalhadores aqui da fazenda interessados em ti, fora os da cidade, e a senhorita dispensa a todos pra ficar de safadeza com uma mulher! Se a tua tia não te quer aqui, eu menos ainda, pode ir embora da minha casa! - a Joana falou de forma impulsiva sem avaliar as consequências.

- O quê é isso Joana? A menina não deve ser escorraçada daqui de casa só porque a Maria não concorda com as escolhas dela em relação ao namoro. Me desculpa Maria, mas a Natália só sai da minha casa se ela quiser! - o José quê assistia a conversa repreendeu a esposa, e a empregada.

- Bom, já quê a Naty começou a falar, eu vou despejar o resto. A pessoa a quem ela se referiu sou eu! - a Tássila falou segurando forte na mão da Natália quê tremia.

- Não pode ser! Você perdeu o juízo minha filha, como isso aconteceu se você passou quatro anos fora do país? - a Joana perguntou sem acreditar.

- A gente namorava escondido mamãe, mas naquela época eu não aceitava quê gostava de mulher, e a Naty não tinha coragem de assumir, então eu resolvir aceitar a proposta de estudar fora, e fazer o estágio remunerado, mas na verdade eu estava fugindo do quê sentia. No entanto esses quatro anos serviram para termos certeza que nos amamos, e nós vamos ficar juntas, quê a senhora, ou Maria queira ou não! - a Tássila falou as últimas palavras com o coração apertado.

- Isso tudo é culpa tua José! Por criar as meninas fazendo coisas de homens; só falta a Alanis virar a cabeça também, aí a desgraça está feita, e eu morro de desgosto. - a Joana falou amarga.

- Eu sinto muito mamãe, quê a senhora tenha essa visão tão retrógrada da vida; logo a senhora que nos ensinou a amar, a respeitar, a nos comportar como princesas no meio de homens truculentos. Mamãe nós não deixaremos de ser as tuas princesas, porque não lhe daremos um príncipe como genro. E já quê a senhora falou; a minha cabeça virou, e encontrou uma mulher sim, e eu espero quê a senhora reflita sobre o quê nos disse nesta manhã. E Maria, a Naty sempre vai ser a tua sobrinha querida, pois ela continua sendo motivo de orgulho para nós. - a Alanis concluiu, e a Joana começou a chorar copiosamente.

- Eu não falei pra você José, pouca vergonha é contagiante! De quê adiantou eu criar essas meninas como princesas, se vestindo com roupas femininas, pra depois elas mudarem a cabeça! Você é o culpado, pois tratava as meninas do mesmo jeito quê fazia com o Tarcísio, ensinando a atirar, a caçar, a lutar, a fazer os trabalhos pesados daqui da fazenda; é tudo culpa tua! - a Joana despejou, e saiu da cozinha chorando desesperada.

- Mamãe! - a Tássila tentou segurá-la, mas a Joana a repeliu.

- Deixa! Quando ela se acalmar eu converso com ela direito. Só peço quê sejam discretas com o pessoal aqui da fazenda por enquanto, pois eles não estão acostumados com essas coisas. - o José falou demonstrando está calmo.

- É, e eu quê pensei que nada mais me surpreendiria nesta vida. E onde está a princesa quê virou a tua cabeça Alanis? - o velho Fernando quê assistia a tudo calado até então, se pronunciou.

- Ah vovô, ela está viajando, mas assim quê ela chegar a trarei aqui para vocês a conhecerem. E ela é mesmo uma princesa vô. A minha princesa Ayla. - a Alanis falou, e os dois mais velhos perceberam quê os olhos da mais nova brilhavam transbordando de amor.

- Eu imagino que sim minha querida. E já estou ansioso para conhecer a minha nova neta. - o mais velho falou beijando a cabeça dela.

- Vocês, e seu irmão são meus bens preciosos, e me orgulho das pessoas de bem em quê se tornaram, e jamais deixarei de apoiá-los, portanto só peço que sejam felizes com as suas escolhas. - o José falou emocionado, beijou as filhas, e a mais nova nora Natália.

A Alanis já imaginava quê essa seria a reação da mãe, portanto não se surpreendeu nem um pouco.

- Meninas, depois desse café da manhã cheio de emoções nada melhor do quê uma boa cavalgada para aliviar a tensão. o mais velho dos Carreras sugeriu.

- Boa idéia vovô, vamos nos trocar meninas! - a Tássila falou.

- Enquanto vocês trocam de roupas, eu vou com o papai pedir aos rapazes para providenciar os cavalos. - o José falou saindo acompanhado pelo mais velho em direção ao estábulo.

***

Quando a Quézia acordou da cirurgia no ombro direito, já faziam mais de dois dias quê estava no hospital; a Eva cochilava sentada numa poltrona, eram quase cinco da tarde, e apesar de cansada foi fazer uma visita a amiga. - Eva! - a Quézia a chamou baixinho.

- Oi minha amiga quê bom te vê acordada! A tia Quênia já estava agoniada, pois fazem quase dois dias que está aqui nesse quarto, e o médico já tinha suspendido a sedação. - a Eva falou indo para perto da amiga.

- Onde está a minha mãe? - a Quézia perguntou tentando mover o braço direito, sem muito sucesso, pois a dor no ombro foi terrível.

- Ela aproveitou a minha visita, e foi para casa descansar um pouco, mais o tio Armando. - a Eva falou preocupada com a reação da amiga ao descobrir quê perdera parte do movimento do braço quê segundo o médico pode ser reversível ou não.

- Não estou conseguindo mover o meu braço, sinto como se ele não estivesse aqui! E a Letícia, está tudo bem com ela não é mesmo? - a Quézia falou lembrando do momento em quê fora tirar satisfação com a investigadora, e depois o episódio em quê elas foram alvejadas com os tiros.

- Você levou um tiro no ombro,essa dormência é normal, o cirurgião irá te explicar melhor. E a Letícia está bem sim, o tiro só pegou no braço dela de raspão. - a Eva respondeu.

- Eu fui tão grossa com ela, e minutos depois ela salvou a minha vida, acho quê se ela não me jogasse no chão, os dois tiros teriam pegado em mim. O atirador foi preso? - a Quézia perguntou.

- Ele também foi alvejado, e morreu a caminho do pronto-socorro. - a Eva falou sem emoção.

- Eu preciso pedi perdão a vocês pelas besteiras quê disse, e agradecer a ela por ter sido rápida na ação; eu serei eternamente grata. Me perdoe Evinha, prometo não me meter mais nos teus assuntos com ela. - lágrimas escorriam dos olhos da Quézia.

- Eu acho que a senhorita está falando demais! Não preciso perdoar nada, está tudo bem! Deixa eu avisar ao médico quê você já acordou né! - a Eva apertou o botão de emergência, e logo a Flávia quê estava trabalhando durante o dia entrou no quarto apressada.

- Oh quê maravilha, a bela adormecida acordou! - a Flávia falou com um sorriso largo.

- Pena quê não foi com o beijo de uma princesa. - a Quézia falou baixinho, se sentindo iluminada pelo sorriso lindo, e o olhar profundo da bela médica em si, a Eva sorriu ao vê que a amiga não perdera o senso de humor, e a médica ficou levemente corada.

Fim do capítulo