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Amor incondicional por caribu

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Palavras: 3067
Acessos: 4235   |  Postado em: 13/09/2020

Seis

 

Como todos os dias, o despertador tocou pouco antes das sete da manhã. Bianca se espreguiçou depois de desligar o alarme, sem abrir os olhos. Aquela era uma musiquinha que sempre a irritava (mesmo trocando o som, esporadicamente), mas estava feliz, então nem se incomodou. Tinha tido uma noite ótima, dormido muito bem e nem mesmo o despertador ou a dor de cabeça afetariam seu humor. Virou a cabeça para o lado e cheirou seu travesseiro. Passaria o dia deitada em sua cama, se possível. Mas era sábado e ela nunca folgava aos sábados.

Antes que começasse a se irritar com o trabalho (detestava o seu emprego, mas era obrigada a trabalhar porque precisava do salário para viver, sobreviver que fosse), mudou os pensamentos. Sorriu um pouquinho, sem perceber, ao pensar no marido.

Depois que soube da gravidez, Fábio tinha passado o resto da noite enchendo-a de mimo, todo gentil. Tinha feito questão de propor um brinde, sorrindo de orelha a orelha, ao bebê deles dois (e depois mais um, porque achou necessário brindar também à Bianca). O anúncio deixou os presentes radiantes, os amigos ficaram todos muito contentes, afinal Bianca e Fábio formavam o casal mais jovem do grupo, e era o único sem filhos. A gravidez veio até meio que em forma de alívio – ninguém falava abertamente, mas chegou-se a comentar que talvez um dos dois fosse estéril. Só isso explicaria a ausência de crianças entre o casal.

Bianca e Fábio, sem saber, já tinham enfrentado uma enxurrada de comentários maldosos na vila. Muitas pessoas eram desocupadas o suficiente para inventar boatos absurdos e debochavam até quanto à possibilidade de que os dois nem trans*vam. Diziam as más línguas que não cumpriam com as obrigações de casal – e por isso Bianca nunca engravidara.

Ela certamente não se importaria de ser chamada de frígida, achava que as pessoas eram mesmo um bando de gente à toa, falavam de tudo o tempo todo, da vida dos outros, em especial. Tinha mais do que se preocupar do que com fofoca. Mas Fábio certamente se chatearia em saber que o achavam brocha.

Gravidez era algo comum naquela comunidade carente. Cotidianamente até adolescentes (elas, principalmente) apareciam grávidas e Bianca se assustava sempre em como muitas mulheres eram capazes de se rebaixar apenas à condição de mãe (às vezes apenas procriadoras, porque não tinham base nem para sustentar a si mesmas, que dirá seres que precisavam delas para tudo) – abrindo mão de um emprego, uma independência financeira. Para muitas parecia realmente normal, e até aceitável, não trabalharem e serem “sustentadas” pelos maridos. Entre aspas, porque viviam nitidamente vidas miseráveis, desta forma.

Muitas de suas colegas de escola tinham se casado cedo (duas nem terminaram o colegial). De vez em quando Bianca se encontrava com alguém pelo bairro e até se assustava: tinham a mesma idade, mas algumas delas carregavam uma penca de filhos, e aí aparentavam ter quase o dobro da idade. Não só fisicamente. Eram realidades tão distintas que quase a chocavam um pouco. Mas, estranhamente, ainda assim, quando eventualmente encontravam com Bianca algumas mal disfarçavam o sorriso irônico quando ela revelava não ter engravidado ainda. Olhavam para ela como se fosse um etê.

E ali estava ela, agora. Grávida.

Logo que os amigos se despediram e se foram na noite anterior, Fábio não aceitou a ajuda de Bianca nem mesmo para levar os talheres sujos para a pia da cozinha. E também não quis que ela arrumasse a cama, na hora de dormir. Acomodou-a delicadamente sobre os lençóis limpos (ele quis trocar, mesmo tarde da noite) e quase não conseguiu dormir, de tão feliz. Sentia que agora amava ainda mais a mulher, que carregava um filho seu no ventre.

Abrindo os olhos e se virando um pouco, Bianca estranhou a ausência de Fábio na cama. E ao sentir o cheiro de café, sorriu sozinha. Se espreguiçou um pouco antes de se levantar e caminhou descalça até a cozinha. Vestia só a calcinha de malha branca e cruzou os braços sobre o peito quando Fábio se virou e a viu.

 

- Pode se acostumar. Vou te mimar tanto que você vai até se enjoar de mim – ele sorri. Assim como ela, também tinha o dorso nu. Usava apenas o short azul do pijama.

- Não vou me cansar de você, amor – ela garante, abraçando-o, dando uma fungada, primeiro nele, e depois no ambiente – Que cheiro bom! Você fez torradas, Fá?

- Fiz torradas! Sei que você gosta.

- Hum, gosto mesmo – comenta Bianca, pegando uma pequena rodela de pão torrado de dentro da forma que estava em cima do fogão, e passando rapidamente de uma mão para outra – Ui, tá quente!

 

                Fábio sorriu para ela. E sorriu de uma forma tão doce que se Bianca ainda não tivesse percebido, agora não teria como negar como era grande a sua felicidade. Ele estava radiante – e Bianca se perguntou se ela também estava diferente assim. Ou se Fábio é que era infinitamente mais emocionado do que ela. Até seus olhos brilhavam. E ele ainda sorria.

                Nunca tinham programado uma gravidez, mas também nunca tinham evitado. Apesar de não conversarem a respeito, diretamente, os dois estranhavam a ausência de uma concepção. Não usavam nenhum método anticoncepcional, faziam sex* com frequência e, mesmo assim, aquela era a primeira vez que Bianca engravidava.

Até ela estava aliviada. Tinha pensado em procurar um médico, estava disposta a fazer os exames todos necessários, apesar da sua preguiça de ir em consultas (ainda mais assim, invasivas, ao seu ver). Mas queria descobrir se tinha algo de errado com ela. Porque parecia haver.

Tudo bem que ela nunca foi do tipo que sonha com essas coisas, mas engravidar era um pensamento recorrente. E já estava com 33 anos, se pegava pensando que a cada ano ficaria mais e mais difícil ter um filho.

                Sabia como o marido sofria tendo que ver Joaquim crescer a distância. Passava apenas os finais de semana com o garoto e muitas de suas evoluções, típicas de crianças pequenas, ficava sabendo pelos outros. Porque Regina fazia questão de não lhe falar nada. E ele era o tipo de pessoa que merecia ver o progresso de um filho seu. Era um pai amoroso, comemorava cada avanço, cada conquista como se fosse final de campeonato de futebol.  

 

- Vou pegar o Joaquim hoje. Vou contar para ele que ele vai ganhar um irmão e nós vamos sair e comprar um presente – Fábio comenta, como se ouvisse o que Bianca pensava.

- E o seu trabalho?

- Depois do trabalho, Bianca – ele responde, disfarçando uma pontada de impaciência – Vou pegá-lo depois que sair da oficina. Depois, no horário de sempre. Tá bom?

- Tá bom – ela sorri, e dá uma piscadinha para ele. Por algum motivo desconhecido, sempre se irritava só com a possibilidade de uma possível demissão de Fábio. Como se Bianca se sentisse automática e precocemente sobrecarregada, ainda que apenas com a possibilidade remota. Aquilo fazia algum sentido?  – O Joaquim vai ficar amarradão, né, com a notícia? Irmão mais velho, já pensou!

- Vai ficar tão bobo quanto eu – garante Fábio, forçando um sorriso, olhando para ela de relance.

 

Ele sempre se esforçava para manter a serenidade e a calma com a mulher que tanto amava. Era um teste, diário. Tinha percebido já no início do namoro que Bianca era dotada de um temperamento difícil, azedo, quase, e percebeu que ela constantemente tinha acessos de mau humor – repentinos, muitas vezes, injustificados, quase sempre. Aceitara esta como a condição para tê-la sempre por perto. Acreditava que era o preço a ser pago, como se o amor cobrasse algum valor. E, além disso, prometeu à Catarina que cuidaria de sua filha.

                Se dizia um “homem de palavra” e pretendia cumprir com a promessa feita. Não só por ter garantido isso à sua sogra, e reafirmado, em seu leito de morte, mas principalmente porque amava Bianca. Mesmo ela sendo tão chata a maior parte do tempo.

                Bianca comeu apenas uma torradinha e evitou beber muito café. Sabia que era grande a chance de vomitar aquele desjejum antes mesmo de chegar à Rede Viver e acreditava que, quanto menos tivesse no estômago, melhor seria. Só de pensar no ônibus chacoalhando, ela já quase ficava enjoada.

                Estava mais tranquila desde que tinha feito os exames de gravidez. Entendia agora o porquê de mal conseguir manter os alimentos no estômago nos últimos tempos. Associara a dor de cabeça à gravidez e a preocupação que a rondava já há alguns dias enfim desapareceu. Ficou só a náusea.

                Garantiu a Fábio que na próxima segunda-feira procuraria um médico. Queria começar desde já um acompanhamento, ver os esquemas todos do pré-natal. Bianca tomava banho quando os dois tentaram especificar o dia da concepção, mas logo desistiram. Riram juntos ao concluir que a frequência sexual deles era mais do que satisfatória. Raros eram os dias em que não faziam nada.

                Fábio observou que, de fato, o corpo da mulher estava mudando. Não entendeu como era possível não ter notado antes. A barriga de Bianca estava mais arredondada e os seios pareciam um pouco maiores. E aquela expressão no olhar também era novidade. Sem dúvida, ela estava ficando com cara de mãe. E ele achou que a nova feição lhe caía muito bem.

 

- Você vai me achar feia quando eu estiver barrigudona? Vai mudar meu corpo, né – ela fala, enquanto saía do banho, inclinando-se um pouco para a frente.

- Você vai ficar maravilhosamente linda, grávida. Na verdade, já está linda – ele garante, secando os cabelos da esposa com a toalhinha de rosto – Vou comprar mais tarde aqueles cremes que as mulheres passam na barriga. Você quer?

- Quero – ela se vira para beijá-lo, ficando um pouco na ponta do pé.

 

Estava enternecida com o zelo de Fábio. Nem se importou com a hora, ou com o fato de estar atrasada. Tudo o que queria naquele momento era abraçá-lo, ali, na porta do banheiro. Estava feliz por ele.

                Bianca chegou no trabalho consideravelmente atrasada, antes de assumir o seu posto precisou se explicar à gerência. Em geral aquilo a aborreceria, mas não hoje. Estava calma quando entrou e parecia ainda mais tranquila quando saiu da sala de Carla. E não deu nenhuma desculpa, não inventou nada. Disse somente que estava chegando naquele instante, e que ia trabalhar. Essa sua atitude pareceu contrariar Carla, que estava acostumada a discutir com Bianca.

                Cumprimentou de longe Teresa, que visivelmente estava ainda sob efeito das várias latas de cerveja que tinha ingerido na noite anterior em sua casa. Ela a cumprimentou com um adeusinho, e fez um gesto apontando para o relógio. Bianca riu e aquele sorriso ficou em seu rosto.

                Na hora do almoço, depois de comerem, Bianca foi com a amiga até as lojas que ficavam no shopping à beira-mar, próximo ao trabalho delas, só para namorarem as coisinhas de bebê em uma loja grande que tinha lá. O shopping era classe A, todas as lojas eram de grife, os produtos eram caríssimos. Bianca ficava meio assim só de ir ver, mas Teresa insistiu. Olhar não custava nada, e poderia dar a ela algumas ideias de decoração, algo que fosse simples.

                Bianca sempre ficava achando que os seguranças a seguiam. Desconfiavam dela de alguma forma, mesmo que ela nunca tivesse roubado nem um bombom em toda a sua vida. E aí talvez por isso, devido ao incômodo da injustiça, agia de maneira esquisita, e isso sim chamava a atenção dos homens que a observavam, sempre falando algo no walkie-talkie. Sempre de olho nela.

                Teresa era sempre meio alheia a essas coisas. Parecia que vivia no mundo da lua, ou só fazia vista grossa. Mais provável que fosse isso. Já tinha constatado que a amiga recebia um tratamento devido ao tom de sua pele, mas Teresa tinha um olhar que apaziguava brigas. Impunha respeito.

Ainda assim, tinha umas coisas que deixavam Bianca tão revoltada que ela tinha medo de nessas horas de sair quebrando tudo à sua volta, as vidraças das lojas, os produtos expostos. Aí teriam razão em desconfiarem dela e de suas atitudes.

Mas ela tinha despertado diferente naquela manhã. Mesmo reparando com o canto dos olhos os seguranças perto dali, gemia envaidecida a cada objeto que via pendurado na vitrine, e só por isso se encorajou a entrar. A loja tinha desde objetos até roupinhas e móveis, era prática, dava para comprar tudo num mesmo dia. Se tivesse dinheiro. E espaço para abrigar tudo, o berço, o armarinho, a poltrona de amamentar. Bianca queria ser rica às vezes. E percebia neste momento que agora queria ainda mais do que antes. A vida tinha algumas facilidades para quem não se preocupava com dinheiro.

Para se convencer de que tinha motivos para não comprar nada, ficou pensando que aquele era um momento importante, e descartou todas as opções de roupinha para recém-nascidos que a vendedora lhe mostro0075. Achava que Fábio tinha o direito de escolher com ela aquela peça. Ele adorava esses “eventos”.

                As amigas aproveitaram a hora livre e viram modelos de carrinhos de bebê e berços. Bianca sabia que não teriam espaço no quarto – e nem em nenhum outro cômodo da casa – para colocar um berço, mas isso não a impediria de namorar alguns modelos. E tinha uns fantásticos, quase do tamanho da sua cama! Vinham com trocadores embutidos. Muito prático!

                Em dado momento ela se virou e se viu no reflexo no vidro da loja. Nem tinha percebido em que momento tinha colocado a mão sobre a barriga e subia e descia com o dedo. Sentiu que já amava o seu bebê e isso fez surgir um quentinho gostoso no seu coração.

                Teresa insistiu que queria comprar algo. Assim como Fábio, ela era outra apegada a sentimentalismos. Ficou falando que era um marco, seria a primeira a dar um presente para o bebê e não sei mais o quê. Quis comprar um cachorrinho de pelúcia feito com um material próprio para bebês, todo colorido, que parecia feito de retalhos. Bianca apertou o bichinho e só aceitou colocá-lo na sacola porque quis evitar sujá-lo de poeira. Amou o presente, toda hora olhava e sorria.

                Tiveram que apressar o passo na volta e bateram o cartão com atraso. Bianca sorriu e acenou para a gerente, que fez questão de olhar no relógio antes de encará-la novamente. Teresa disse a ela alguma coisa, mas Bianca não entendeu. Mesmo assim, sorriu para a amiga.

O resto do dia transcorreu tranquilo, apesar das reclamações de alguns clientes quando o sistema no seu caixa travou duas vezes. Bianca nem se importou, a culpa não era sua de todo jeito.

                Teve um mal-estar já perto do fim do expediente, precisou correr até o banheiro. Por sorte já estava ficando especialista nela mesma e reconhecia as sensações segundos antes da ânsia de vômito. Ao voltar ao seu posto de trabalho, fez um sinal para a pessoa que aguardava, na fila, ela abrir o caixa. Era uma senhorinha que a olhava com ternura. Viu que a mulher tinha pendurado em seu pescoço diversos colares feitos com miçangas coloridas. Usava uma camiseta branca com a estampa famosa do Einstein mostrando a língua.

Sorriu para ela de maneira educada, puxando os produtos para perto, depois de acionar o botão da esteira. Ela estava comprando chá. Vários deles.

 

- É um menino forte e saudável – disse a pequena senhora enquanto procurava moedas em sua bolsa, para inteirar o pagamento das compras.

- O que disse? – pergunta Bianca, sorrindo e inclinando a cabeça. Será que ela estava ficando surda?

- Seu bebê – continua a senhora, desta vez olhando para a moça com um sorriso – É um belo menino. Mas ainda não é a hora.

 

                A velha disse isso, pegou as sacolas com seus infinitos chás e saiu. Bianca acendeu rápido a luz do caixa, e ainda tinha a ruga de preocupação na testa quando o fiscal chegou ao seu lado. Nem disse nada, só saiu correndo. Foi atrás da senhora que estava prestes a sair do estacionamento e ganhar as ruas.

 

- Ei, calma aí. Não é a hora de quê? – intimou, segurando seu braço e com seu corpo impedindo que a mulher continuasse sua caminhada.

- Do seu bebê. De você tê-lo. Ainda é cedo – a mulher respondeu, falando devagarzinho.

- Do que você está falando? – pergunta Bianca, pausadamente. Tinha certeza de que mais alguns segundos e estrangularia aquela mulher. Mas seu corpo estava tremendo mais de medo que de raiva.

- Antes você ainda precisa conhecer a história, a origem. Precisa saber da verdade e se livrar de preconceitos – disse a mulher, aparentando um impressionante excesso de calma. Ela tinha um olhar muito profundo. Falava mais por ali do que com a boca. Desvencilhando-se de Bianca, ajeitou sua sacola em volta do antebraço. Antes de ir, disse: – Cuidado com as bolhas de sabão, Bia.

 

                Estarrecida, Bianca voltou ao trabalho. Passou o resto do dia pensando no que a mulher disse. O que ela era, afinal? Alguma espécie de bruxa?

 

- É uma espécie de louca, Bia, isso sim! – garante Teresa no ônibus, assim que toma conhecimento do ocorrido. Notara como Bianca estava diferente e como aquele brilho que a iluminava à tarde parecia ofuscado – Você nunca viu a maluca na sua vida e agora fica se importando com o que ela disse?

- Ela me chamou pelo meu nome! – justifica Bianca. Não queria se deixar abalar, mas estava com medo. E era um medo que nunca sentira na vida porque enquanto os problemas tinham a ver com ela mesma, sabia lidar. Mas desta vez tinha a ver com o bebê. Com o seu bebê – Ela olhou dentro dos meus olhos e me chamou pelo meu nome!

- Seu nome estava escrito no seu crachá. Ela te chamou pelo apelido mais lógico possível. Esquece isso, Bia, pelo amor de Deus!

 

                Bianca suspirou impaciente. Não poderia mesmo convencer Teresa. Pensando de maneira racional, realmente a mulher poderia ser interpretada como louca. Mas no fundo Bianca sabia que tinha algo de estranho nela.

 

 

 

Fim do capítulo


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Comentários para 6 - Seis:
Lea
Lea

Em: 23/01/2022

Os caminhos começaram a se encontrarem. 

Ela perderá o bebê? Acontecerá um acidente,um assalto e o Fábio morrerá,a Bianca ficará ferida e perderá o bebê? E nessa hora que a Beatriz entra em cena,para tentar " curar" as perdas da Bianca??


Resposta do autor:

 

Rs 

Quanta criatividade rsrs 

Beatriz entra na história de Bianca por causa de um incidente, sim, mas Fábio não morre! 

Será que eu não deveria revelar isso?rs 

Fico feliz que não ache que elas vão ser um casal rs 

Beijos! 

 

 

 

Responder

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Alex Mills
Alex Mills

Em: 22/11/2021

Que medo dessa véia, socorro D: vou até evitar as bolhas de sabão agora. É tipo aquelas senhorinhas na fila do busão que só batem o olho em você e sabem sua vida toda hehe

 

Tô lendo Caribuzita (lentamente) mas to xD


Resposta do autor:

 

Hehehe 

Mas que bom saber disso, dona Alex! 

E eu pensei na senhora hj! Ia te cobrar atualizações rsrs 

 

A Cícera parece msm as senhorinhas que mencionou rs Ótima referência rs 

 

Espero que esteja gostando até aqui! <3 

Beijos! 

 

Responder

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Drea
Drea

Em: 11/05/2021

Comentando novamente pq bugou.

 

A senhora dos chás e previsões é Cicera com certeza


Resposta do autor:

Grata, bruxa! Eu tava esperando isso rsrs

<3 

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Drea
Drea

Em: 11/05/2021

Kkkk... autora, não sei o q te dizer. Antes de chegar até a senhoria dos chás eu pensei: será que Bia terá esse BB? Enfim, não consegui entender ainda o enigma, passaram muitas possibilidades na minha mente. Só tenho certeza de alguma coisa a senhora dos chás é Viver a, sem dúvida alguma


Resposta do autor:

Olha aí, vc sendo bruxa tb!rs

Pq vc se perguntou se a Bia teria o bebê? Que curioso!

Responder

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cris05
cris05

Em: 14/09/2020

Autora, meu nivel de aflição e curiosidade está no topo rsrs.

Quem será essa senhorinha, Jesus?

Ai, ai...já vi que vou sofrer.😢

Beijos!


Resposta do autor:

Rsrsrss

É, pra que coisas boas aconteçam às vezes umas merdas precisam acontecer pelo caminho, antes.

Guenta coração!rsrs

Beijos!

Responder

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