Capitulo 10 Eu estou com saudades de ti
***
Assim quê desembarcou do transporte em Cristália a Ayla foi tratar da sua hospedagem na pensão, pois não sabia se poderia logo está na casa da mãe; precisava sondar o terreno. Depois de guardar as suas coisas no quarto seguiu apenas com a pequena mochila onde colocara algumas latinhas de tinta em spray, com sorte poderia encontrar algum lugar para expressar a sua arte, e ainda ganhar algum dinheiro.
Na rua, decidiu seguir para a antiga casa da sua mãe, e lá observar o movimento; se ela não estava mais com o Bruno era óbvio quê voltara para a casa dela. Ao chegar próximo a casa a Ayla notou algumas crianças brincando na varanda, e percebeu logo de cara quê a sua mãe não morava alí. Desapontada seguiu para o endereço do Bruno; chegando lá encontrou a casa fechada. Depois de verificar se alguém não estava vendo ela por alí, aproximou o máximo quê pôde do portão, e notou quê a varanda estava suja, parecendo quê tinham dias que não fora varrida, o portão estava destrancado, mas a Ayla não se arriscou a entrar.
- Bom dia! Está procurando a Azira? Ela não mora mais aí! - A Ayla assustou ao ouvir uma voz de mulher; quando se virou viu uma senhora de idade varrendo a calçada de uma casa em frente.
- Bom dia! Na verdade eu estava pensando, se o dono da casa não queria fazer uma pintura decorativa no muro! - A Ayla disfarçou.
- Ah! Desde quê a Azira saiu daí, o dono só apareceu uma vez! Aliás, eu acho quê nem era o dono, mas um dos empregados. - a senhora olhava curiosa para a Ayla. - Então a moça faz pintura? Quando te vi pelas costas achei quê era um rapaz! - a Ayla sorriu; "até quê o seu disfarce estava funcionando um pouco." Pensou.
- Eu posso fazer uma pequena demonstração para a senhora alí naquele pedaço do seu muro? - Após a mulher concordar, a Ayla retirou alguns sprays da mochila, e começou o seu trabalho.
- Se a Azira morasse ainda aqui com certeza iria querer um desenho assim no muro dela. A essa hora ela deve está na escola pois é professora, meus netos fazem educação física com ela a tarde no ginásio. - Após terminar a pintura, a Ayla se recusou a receber o dinheiro da senhora, mas aceitou um copo de suco, e um pão com queijo; depois de agradecer seguiu o seu caminho.
Não sabia onde a mãe fora morar, mas a partir da escola seria fácil segui-la na hora da saída. Passando pela frente da escola onde a mãe ensinava, a Ayla sorriu ao vê o velho carro azul, o antigo corcel quê fora do seu avô, e quê era o xodó da mãe. Ela parou admirando o veículo bem conservado.
- É uma beleza esse carrinho, mas a dona não vende! - a Ayla olhou para o homem parado ao seu lado, o reconhecendo imediatamente; era seu Raimundo o porteiro da escola, ele já tinha mais de vinte anos quê trabalhava alí.
- E quem é a dona dele? - a Ayla perguntou enquanto o homem a analisava.
- Pertence a professora Azira. Já ofereceram até cinquenta mil contos neste carro, mas ela não quis vender. O marido ficou uma fera quando soube, aliás ex-marido. A professora é uma mulher direita, mas aquele Bruno não vale nem o cocô dos pais dele. Acredita que ele vendeu a casa quê morava com ela, e ela só ficou sabendo depois quê ele fugiu quando o novo dono trouxe a ordem de despejo? A coitada teve quê alugar outra casa as pressas, pois a dela está alugada, e ainda faltam três meses pra vencer o contrato. - Ayla balançou a cabeça em afirmativo. "Seu Raimundo continua o mesmo falador de sempre, mas péssimo em guardar o rosto das pessoas," pensou Ayla. Pois mesmo ela retirando o óculos escuro, e mostrando os seus olhos verdes, se quer passou pela cabeça dele a idéia de quê a conhecia de algum lugar.
Com a certeza de quê a sua mãe permanecia em Cristália, a Ayla voltou a pensão, pois já era quase a hora do almoço, e queria ligar para a Alanis novamente. - Oi meu anjo, então, novidades da tua mãe? - perguntou a Alanis.
- Ainda não a encontrei, pois ela mudou de endereço, mas descobri quê além dela dá aulas na mesma escola de sempre, também é professora de educação física num ginásio. Quando ela saí do ginásio vou tentar segui-la numa moto táxi, e descobri onde mora. - A Alanis suspirou
- Tenha cuidado meu bem, o teu padrasto pode está vigiando os passos da tua mãe! - a Ayla sorriu se sentindo cuidada com a preocupação da outra.
- Não se preocupe minha flor, estou quase irreconhecível. Pelo ao menos o antigo porteiro da escola não me reconheceu, e nem ninguém nas ruas onde mainha morava. - A Alanis sorriu com o jeitinho dengoso dela se referi a mãe.
- Eu já estou com saudades de ti minha preta! - o coração da Ayla disparou.
- Eu também estou sentindo muita falta dos teus beijos,do teu carinho; eu nunca senti essa coisa de saudades por outra pessoa além da minha mãe, e dos meus avós. - A Ayla falou com os olhos lacrimejando.
- Eu também não meu anjo. - Depois de alguns minutos elas se despediram.
Já descansada de após o almoço a Ayla foi até o local onde ficava o circo; logo avistou a sua grafitagem no muro, e resolvida a renovar a pintura bateu palmas. - Boa tarde! Eu posso renovar essa grafite aqui no muro? - a Ayla perguntou quando um rapaz de uns dezessete anos apareceu no portão.
- Se não tiver quê pagar, fique a vontade! - o rapaz falou meio sem graça.
- Boa tarde senhorita! O meu irmão é meio bronco. Pode sim! - um outro aparentando uns vinte apareceu seguido de um menor, quê devia ter uns quinze anos.
- Boa tarde moça bonita, se precisar de ajuda conte comigo! - a Ayla não pôde deixar de sorrir com aquele gracejo do menor.
- Aceito sim, um pouco d'água, sabão para tirar a sujeira, e se possível uma bucha velha, ou um pano. - Enquanto o garoto foi em busca do quê lhe foi pedido, a Ayla foi tirando algumas latinhas da mochila.
Após a lavagem, e secagem, a Ayla começou o seu trabalho de restauração. - Nossa! A senhorita é uma artista, deixou igualzinho era antes! Quando o meu pai comprou essa casa, ele quis cobrir essa pintura com tinta, mas a minha mãe não deixou; então ele também não quis pintar o resto do muro; a gente é quê lava ela de vez em quando. - o menor falou, e Ayla agradeceu mentalmente por isso.
- Ei moça! Tu me ensina a pintar? - a Ayla ouviu uma vozinha chamá-la, olhou para uma casa quase de frente, andou até lá, mas assustou-se ao se deparar com os seus dois irmãos, e uma senhora um pouco mais velha quê a sua mãe lhe olhando.
- Sim. - Ela disse com a voz embargada pela emoção.
- Eu sou o Ailton, essa é a minha irmã Bruninha, e essa é a dona Lucy amiga da mamãe, quê fica com a gente enquanto ela está no trabalho. Se a minha mãe deixar tu me ensina moça? - em tempo de explodir em lágrimas a Ayla apenas balançou a cabeça quê sim, voltou até onde fizera a pintura, guardou o seu material na mochila rapidamente, os rapazes não estavam mais por alí, então ela decidiu ir embora logo; mas antes de saí o seu irmão a gritou: - Moça, qual o teu nome? - ela o olhou com as lágrimas escorrendo pelo rosto.
- Princesa! - gritou, e saiu apressada.
***
As sete da noite em ponto a Letícia parou a moto em frente ao prédio da Eva; sentia um frio na barriga apesar da noite está quente. Enquanto isso a Eva andava de um lado para o outro na sua sala. "Será quê eu devo ir nesse jantar, ou não?" Se perguntou e olhou para a sua gata quê passou entre as suas pernas soltando um miado. - O quê você me diz Myuka? Aff, eu estou tão doida quê até esqueço quê você não pode me responder! - a gatinha miou bem alto, e foi até a porta de saída do apartamento. - Ah, tá, tá! Já sei, mas você vai ficar lá na sua área.-
A Letícia já estava ficando incomodada, quinze minutos, e nada da Eva aparecer. "Será quê ela vai me dá bolo?" Pessoas entravam e saíam do prédio olhando para si sentada naquela moto com dois capacetes nas mãos. Quando a Letícia aborrecida prendia o capacete em si, viu a Eva finalmente saí pela portaria.
- Pensei quê desistiria logo nos primeiros minutos de espera! - A Letícia sorriu, e o aborrecimento deu lugar a euforia.
- Não sou de desistir facilmente das coisas, mas confesso quê meia hora de espera foi um teste pra minha paciência. - A Letícia falou ajudando a Eva prender o capacete.
- Ainda bem quê vesti calça, não imaginava quê viria de moto. Por favor não corra muito, pois morro de medo de cair. - A Eva falou ao agarrar a cintura da outra.
A Letícia pilotava a sua CB 500X preta tranquilamente, sentindo o calor gostoso do corpo da mulher atrás de si. Já a Eva deliciava-se com o calor da morena a sua frente, os seus braços envolvendo a cintura, as suas pernas apertando os quadris. Quando se deu conta a moto parava em frente a um pequeno restaurante um pouco afastado da cidade, e a uns duzentos metros da rodovia.
- O lugar é pequeno, mas muito aconchegante, e a comida é muito boa. - A Letícia falou ajudando a Eva descer da moto.
- Boa noite! Sejam bem vindas! - uma senhora branca muito simpática aparentando uns cinquenta anos, abriu a porta de vidro, as cumprimentando, e dando um abraço na Letícia.
- Boa noite tia Lena, essa é a Eva minha colega. - A mulher sorriu simpática, e abraçou a Eva.
- Prazer em conhecê-la querida, Helena, mas se quiser pode me chamar de tia Lena também. - A Eva retribuiu o sorriso. - Muito bonita a tua amiga; quando você me disse quê vinha jantar aqui, e traria uma acompanhante, eu pensei quê seria uma nova namorada! - a mulher falou as conduzindo até uma das mesas.
- Gostei da recepção, e do lugar. - A Eva falou olhando em volta.
- Eu sei quê você não bebe, então pedi uma taça de vinho branco para mim, e um suco de laranja pra você, mas se quiser outro sabor fique a vontade. - A Letícia falou analisando as feições da mulher a sua frente.
- Está ótimo pra mim, e eu acho quê você também devia ficar com o suco, pois vai pilotar. - A comida chegou, elas se calaram por um tempo.
- É só uma taça não vou ficar bêbada! - a Letícia respondeu depois que o garçom se retirou. Jantaram porções de peixes grelhado, camarões empanados, arroz, salada, e purê de batatas.
- Vai ficar me olhando o tempo todo? - A Eva perguntou após tomar mais um pouco do suco.
- O meu olhar te incomoda tanto assim? - a Letícia perguntou após pensar um pouco.
- Não, é quê fico sem graça. - A Eva respondeu baixando a cabeça.
- E então gostou da comida? - a Letícia resolveu mudar de assunto.
- Eu acho quê vou engordar mais uns dez quilos. Amei! E obrigada pelas flores são lindas! - A Eva falou, e levantou da cadeira. - Eu preciso usar a toalete. - a Letícia levantou, indicou, e voltou a sentar.
- Está cortejando a moça? - a tia Lena perguntou sentando numa das cadeiras vazias.
- Está tão na cara assim tia? - a Letícia respondeu retórica.
- Minha filha, eu te conheço desde pequenininha, quando te deixaram na porta da minha casa com apenas cinco aninhos de idade. Essa moça é importante pra você, os teus brilham quando olha pra ela, e acredito que se fosse uma simples colega você não a traria aqui. - A Letícia baixou os olhos pra mesa.
- Ela foi noiva de um homem tia, não sei se quero iniciar uma hétero pra depois ela cair na real quê o negócio dela é mesmo homem, e me deixar. - A senhora sorriu.
- Você gosta dela, por isso o medo de ser abandonada. Mas também se não tentar não vai saber. Você namorou a Tatiana por três anos, e dentro desses três moraram juntas dois, e não se apaixonaram; terminaram e ficaram como amigas numa boa; então você não tem nada a perder, tente, se não der certo paciência. - a Eva não pôde deixar de ouvir o restante da conversa da tia Lena ao voltar pra mesa. - Querem a sobremesa agora? - a tia Lena falou ao levantar.
- Eu dispenso a minha parte, pois comi demais. Nunca tinha imaginado quê existia um restaurante aqui em Recife servindo uma comida caseira tão gostosa. - A Letícia deu uma gargalhada seguida pela tia Lena.
- Em Recife eu não sei, mas aqui em Jaboatão dos Guararapes com certeza tem mais alguns. - A Eva arregalou os olhos sem entender a fala da Letícia.
- Como assim, não estamos em Recife? - a Eva perguntou, e a tia Lena explicou.
- Do Recife para cá são um pouco mais de dezesseis a dezessete quilômetros; provavelmente por está na garupa da motocicleta e ser noite, não prestou atenção nas placas sinalizadoras. - A Eva sorriu, pois ela fechara os olhos durante a viagem só curtindo o calor do corpo da morena a sua frente.
- É, eu fechei os olhos durante a viagem para não vê quê a Letícia estava correndo muito. - respondeu a Eva.
- Mas também agarrada nesse monumento, tinha mais era quê fechar os olhinhos e curtir a viagem! - a tia Lena falou dando uma piscada para a Letícia.
- Tia, eu vou querer a sobremesa, não dispenso o teu doce de leite de forma alguma. - a Letícia falou ao notar quê a Eva ruborizou.
- É, eu não pude deixar de ouvir uma parte da fala da tua tia: "terminaram e ficaram como amigas..." Se importa de falar pra mim? - a Eva perguntou.
- A tia falava da Tatiana minha ex namorada; nós ficamos por três anos, e nesses três moramos juntas dois, mas não deu certo, então terminamos o relacionamento, e ficamos só como amigas. - A tia trouxe o doce para a Letícia, e um cafezinho para a Eva quê agradeceu.
- Obrigada, eu amo um cafezinho depois do jantar! -
A Eva não conseguia tirar os olhos da Letícia enquanto ela levava pequenas colheradas do doce até a boca, pois era provocante demais. "Será quê ela tem noção do quê está provocando em mim?" A Eva pensou consigo enquanto imaginava a sua boca no lugar daquela colher.
- Quer experimentar um pouquinho do doce? - a Letícia perguntou ao notar o olhar da outra em si.
- Deve está muito gostoso. - A Eva falou olhando o movimento dos lábios da outra ao receber a colher.
- Experimenta! - a Letícia aproximou a colher cheia na boca da outra.
- Hum! Delícia! Na próxima vez vou comer menos, pra sobrar espaço pra esse doce. - A Letícia ficou arrepiada ao vê a Eva passar a língua nos lábios.
- Então isso quer dizer quê voltaremos a jantar aqui outra vez? - a Letícia falou aproximando outra colher com o doce na boca da Eva.
- Se a senhorita me convidar sim, mas hoje já chega de comer, pois já engordei demais. - A Eva falou dispensando uma terceira colher.
- Engorda não menina, você está com o corpo ótimo, não é uma colherzinha de doce quê vai fazer o teu peso aumentar; mas se quiser ficar mais leve podemos ir correr na praia amanhã bem cedo, e gastar toda essa energia quê adquiriu hoje. - A Letícia falou, e olhou as horas.
- Antes do término do meu noivado eu costumava correr na praia as vezes pela manhã, ou então passava uma hora me exercitando na academia da polícia mesmo; mas fiquei muito depremida, e acabei adquirindo uma ansiedade quê só melhorava comendo, e sem vontade de saí de casa acabei ganhando peso, e ficando com preguiça de voltar a me exercitar. - A Eva falou demonstrando algum desgosto.
- Você está linda assim, não precisa emagrecer nem um quilo, a menos quê queira. Quanto tempo ficou noiva? - a Letícia perguntou ficando de pé.
- Namoramos um ano, ele pediu pra noivar, e um ano depois descobri quê ele tinha um caso com a secretária do meu pai. Eu terminei com ele há mais de seis meses. No começo foi difícil, mas hoje já superei. - A Eva sorriu no final.
- Quê bom! Vamos nos despedir da tia Lena. A Letícia segurou na mão da Eva quê levantou.
- Já vão embora? Eu estou fechando, se quiserem ficar pra conversarmos mais, tem quarto disponível pra vocês lá encima! - a tia Lena falou abraçando a Letícia, quê balançara a cabeça em negativo.
- E você minha flor volte outras vezes, mesmo quê essa cabeçuda não te traga. Olha, não é porque ela é minha sobrinha do coração não, mas essa aí é uma menina quê vale ouro, se você gosta não deixe escapar! - a Eva sorriu, a Letícia ficou sem graça, e a tia Lena deu um abraço apertado na Eva.
- Muito obrigada tia! Tenha uma ótima noite! - a Letícia falou enquanto a Eva se acomodava na moto.
Quando elas chegaram em frente ao prédio uma chuva fina quê caía começou a engrossar. - Melhor você entrar comigo, e por a moto na vaga do apartamento dos meninos, pois lá eles só guardam as bicicletas. - a Letícia concordou, e minutos depois as duas entravam no apartamento da loira.
- Eu vou pegar algo seco pra você, enquanto isso vá tirar essa roupa molhada no banheiro. - Quando a Eva voltou, quê foi entregar a roupa para a Letícia estancou diante da porta do banheiro meia aberta; pois a Letícia estava só de cueca box branca, secando os cabelos com a toalha de costas pra porta.
"Ai meu pai a mulher é toda linda!" A Eva disse pra si bem baixinho, ficou de lado e bateu levemente na porta; assim quê a outra abriu, a Eva entregou a roupa, e saiu disparada sem nem olhar; fazendo a Letícia ri enrolada na toalha.
- Me dê as suas roupas para eu por lá na área pra secar junto com as minhas! - a Eva falou ao voltar e encontrar a Letícia sentada no sofá.
- Na verdade eu já tomei a liberdade de levá-las até lá, e deixá-las pendurada num pequeno varal. - a Letícia falou sorrindo.
- Ah! Deixa eu por as minhas lá então, e já volto. - falou e saiu apressada. - Quer tomar mais alguma coisa, um suco, um chá? - a Eva perguntou da porta da cozinha.
- Não. Eu quero quê você sente aqui perto de mim por favor! -
Se a Eva já estava nervosa com o quê viu no banheiro, agora diante daquela fala ficou pior. - É, só um instante já volto! Vamos lá Myuka acorda, e vamos pra sala! - a Eva sentou um pouco afastada, e pôs a gata entre elas, quê pulou para o colo da Letícia.
- Olá fofinha já estava com saudades de ti! - a Letícia acariciou a cabeça do animal quê ronronou baixinho, fez uma massagem rápida em seu colo, saltou para o chão, e correu em direção a cozinha; fazendo a Eva suspirar.
"Até a minha gatinha quer me vê no estreito." Pensou.
A Letícia olhava para a mulher ao seu lado, sentia uma vontade doida de abraçar, acariciar, beijar, e sentir aquele corpo bem juntinho ao seu, mas não queria ser movida pelo simples desejo; queria acima de tudo quê ela dissesse quê a queria também.
Já a Eva desejava quê a Letícia rompesse aquele espaço, a puxasse para junto de de si, ou deitasse a cabeça em seu colo como da outra vez.
Os corações batiam forte no peito de ambas, elas esperavam um sinal quê fosse. A Letícia estava no limite, ela observava as reações, e os sinais corporais da Eva, mas queria ouvir. Quando a Eva não suportou mais aquele silêncio, e a agonia em seu peito, soltou um suspiro longo, e falou baixinho. - Desculpa aquelas coisas quê eu te falei lá no vestiário; eu não sinto nojo de você! - a Letícia estendeu a mão até a tocar no queixo.
- E o quê você sente? - a Eva olhou dentro daqueles olhos cor de âmbar, eles pareciam queimar.
- Eu sinto, sinto vontade de te beijar. - Os lábios de ambas tremiam, pois o desejo era ardente e recíproco.
A Letícia acariciou o rosto da outra com toda a leveza quê conseguiu. - Então me beija Eva. - disse baixinho, quase sussurrando no ouvido da outra.
Com as mãos trêmulas a Eva segurou o rosto da Letícia, beijou delicadamente a testa, os olhos, o nariz, os lados do rosto, o queixo, e dali com os lábios trêmulos beijou a boca timidamente. A Letícia ficou quieta deixando a outra conduzir o beijo, pois não a queria assustar. O primeiro toque da Eva foi para sentir a textura, o segundo foi para ter certeza quê era muito bom sentir aqueles lábios macios encostados aos seus, mas no terceiro ela queria sentir o sabor; então introduziu a pontinha da língua devagar, a Letícia lhe deu passagem, ela explorou aquela boca, e ch*pou a língua da outra a ouvindo gem*r entre os beijos. A Eva sentiu o corpo inteiro formigar, aquela sensação era puro êxtase. Se morresse alí morreria feliz. Depois de algum tempo descansando sem se desgrudarem a Letícia se afastou um pouco.
- E então decepcionada? - a Letícia perguntou. Com o afastamento a Eva ficou um pouco envergonhada.
- Eu, acho quê fiquei viciada. E você gostou? - perguntou tímida.
- Não! Eu adorei! O gosto da tua boca foi muito além das minhas expectativas. Só tem um problema, como eu vou conseguir trabalhar sabendo quê a senhorita está logo alí na sala ao lado, tem quê saí uns beijinhos de vez em quando, senão eu perco a concentração. - a Eva se assustou.
- Não Letícia, lá nós seremos apenas colegas, não quero quê o departamento inteiro fique comentando. Por enquanto não quero quê ninguém saiba. - a Letícia sorriu.
- Está bem, trocar beijos escondidos é bem mais prazeroso. -
A Letícia beijou a Eva conduzindo o beijo devagar, mas foi aprofundando, ch*pando, dando mordidinhas nos lábios da outra a fazendo gem*r. Enquanto isso as mãos da Eva deslizavam por baixo da blusa da Letícia encontrando a pele nua das costas dela. Ao senti as carícias a Letícia se arrepiou inteira, puxou a Eva para o seu colo a apertando para colar os seus corpos; a Eva sentou com uma perna em cada lado, o contato das coxas da morena em seu sex* provocou um calor gostoso quê a fez sentir-se molhar. A Letícia abandonou a sua boca e foi escorregando para o pescoço, beijando, passando a língua, e gem*ndo baixinho.
- Você é deliciosa Evinha! - Ao ouvir aquilo a Eva deixou de lado o pouco controle que lhe restava, e começou a rebol*r no colo da outra.
- Ah! Você é uma morena gostosa quê está me fazendo perder o juízo. Ai Letícia, me faça tua! Eu te quero! Vamos pra minha cama! Ah, ah, ah! - a Eva gemia.
Fim do capítulo
Boa tarde minhas lindas leitoras!
Muito obrigada pelos comentários, e principalmente pelo carinho de vocês.
Estou sentindo saudades de algumas de vocês por aqui!
Saíam da moita gatinhas, e deixem eu saber o quê estão achando da história, vai!
Espero quê tenham gostado do capítulo!
Um beijo muito carinhoso, uma ótima noite, e até breve â¤ï¸!
Com amor,
Vanderly
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patty-321
Em: 12/09/2020
Eva se rendeu
Resposta do autor:
Bom dia!
Eu já estava com saudades de ti â¤ï¸!
Muito obrigada pelo comentário. Espero quê tenha gostado do capítulo!
Pois é menina, a Eva mais uma vez não resistiu a tentação!
Mas me conta aí coração, o que achou dos capítulos posteriores?
Beijos meu bem!
Vanderly
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Anny Grazielly
Em: 08/09/2020
Ai genteeeeeee!!!! Que momento fofo e quente entre Le e Eva... gostei demais... kkkkkkkk
eeeee, esse carinho todo entre Ayla e Alanis?!?! Perfeito esse cuidado da delegada com seu anjo... rsrsrsrs...
querendo demais ver esse reencontro entre mae e filha...
Resposta do autor:
Olá meu bem!
Eu fico feliz que tenha gostado do capítulo.
Muito obrigada pelos comentários.
Eu sou suspeita em falar do momento da Letícia com a Eva, mas confesso quê apesar da dificuldade, amei escrever as cenas.
Ayla e Alanis são mesmo uns amores juntas, uma completa a outra.
O reencontro será tenso, mas emocionante.
Beijos â¤ï¸!
Vanderly
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NayGomez
Em: 03/09/2020
Maiiis Já Evinha ? Kkkkkkkk Lê nao Leva nao deixa ela Louca na Vontade até um ponto de ficar maluca 😂😂😂😂😂😂😂
Resposta do autor:
Boa tarde!
Eu fiquei feliz em saber quê gostaste!
Muito obrigada pelos comentários!
Ah a Letícia até quê torturou a bichinha um bocado, mas também não resistiu a Eva, e levou ela pra o paraíso. 😂😂😂😂😂😂😂
Confere aí novo capítulo se a Evinha ficou maluca, e me conta o quê achou.
Beijos â¤ï¸!
Vanderly
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SPINDOLA
Em: 03/09/2020
Bom dia, Van.
Adorei o momento cuti cuti saudade da delegata com a princesa, o amor está no ar.
E Dona Leticia só tem jeito de cafajeste pra deixar as minas loucas, mas no fungo gosta de relacionamento sério que nem a amiga. Evinha não resistiu ao monumento e esta louquinha pra botar fogo no parquinho, kkkk, e a investigadora aceitará pecar com Eva ou não, kkkk. Foi maldade terminar na melhor parte hein autora, kkkk. Quer dizer que Letícia foi abandonada pela mãe, muito triste quando acontece isso, mas foi abençoada ao ser deixada na porta de Dona Helena.
E está perto o reencontro de mãe e filha, vai ser emocionante.
Não demora a soltar o próximo hein.
Bjs
Resposta do autor:
Boa tarde!
Eu fiquei feliz em saber quê gostou do capítulo.
Muito obrigada pelos comentários.
Ah, os momentos cuti,cuti são lindos, e lá tem mais!
As duas pegaram fogo, e incendiaram o parquinho, ou melhor a sala, o quarto, risos. A Eva vai voltar pro paraíso! Kkkkk
Infelizmente a Letícia foi deixada na porta da Helena. E tem um mistério no ar.
O encontro entre mãe e filha foi um pouco tenso mas muito emocionante.
Confere aí o novo capítulo, e me diz o quê achou!
Beijos â¤ï¸!
Vanderly
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Rosa Maria
Em: 03/09/2020
Prezada Vanderly...
Que romance bonito está se encaminhando entre Ayla e Alanis e a Letícia encantada com a Eva que está retribuindo, ou melhor não resistindo. O problema foi você acabar o capítulo na melhor parte. Isso não se faz sabia? Kkkkk . O encontro de Ayla coma mãe está proximo e deve ser emocionalmente. Já ansiosa.
Beijos
Rosa 🌷
Resposta do autor:
Boa tarde!
Quê bom que gostou do capítulo.
Muito obrigada pelos comentários!
O capítulo tinha quê terminar né, então nada melhor quê deixar um gosto de quero mais.
O encontro foi tenso e muito emocionante.
Já leu o novo capítulo? Então me diz o quê achou!
Beijos â¤ï¸!
Vanderly
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bicaf
Em: 02/09/2020
Ai jezuisss, que é dessa que Evinha vai conhecer o céu kkkkkk.
Cada vez melhor essa história. Estou adorando.
Ansiosa pelo reencontro entre mãe e filha.
😘
Resposta do autor:
Bom dia!
Quê bom saber quê gostaste!
Muito obrigada pelos comentários!
Dessa vez a Evinha voltou pra o paraíso! Risos.
Já leu o novo capítulo? Então leia!
E não esqueça hein, volta e me conta o quê achou!
Beijos â¤ï¸!
Vanderly
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