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Amor nos tempos de Covid por thays_

Ver comentários: 6

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Palavras: 1818
Acessos: 2176   |  Postado em: 01/09/2020

Capitulo 27

 

Echo & The Bunnymen - The Killing Moon - https://www.youtube.com/watch?v=LWz0JC7afNQ       

     Tinha acordado com a música The Killing Moon na cabeça. Cantarolava enquanto a água quente escorria pelo meu corpo. Pensava também no sonho que tinha tido aquela noite. Minha mãe dizia que ia viajar e me pedia ajuda para carregar sua mala até o carro. Eu me senti feliz, até porque ela sempre escolhia minha irmã para tudo, desde que éramos pequenas. Ainda bem que ela não tinha escolhido a Ana para buscar Elis no aeroporto caso contrário eu nunca a teria conhecido. Se bem que eu tinha sido a última opção aquele dia pois todos estavam ocupados demais, mas não vou entrar nesse caso. Ainda mais porque estava me sentindo bem depois de ter conversado com meus pais no aniversário da minha sobrinha. Parece que pela primeira vez na vida eles me aceitaram como eu sou e como sempre fui. As coisas talvez fossem ser diferentes a partir de agora, como se eu pudesse recuperar todo o tempo que perdi na minha infância e adolescência. Aquilo me ocasionava uma felicidade diferente, como se eu fosse capaz de fazer qualquer coisa.

            Fechei o registro e me enrolei na toalha. Salem estava parado em cima da pia me vigiando. Miou quando me viu.

            - E aí, Salem, qual é a boa? – Perguntei enquanto enxugava meu cabelo. Ele continuou me encarando. Eu me aproximei e fiz carinho em sua cabeça ele se esticou todo e começou a ronronar. - Já pensou sobre o fato de mudarmos de casa? Acho que você vai gostar de lá. - Ele miou em resposta. – Isso foi um sim ou um não? – Ele ficava me encarando compenetrado. – Você vai ter um irmão também. Ele se chama Juan Pablo. – Ensaiei um sotaque carregado. Ele continuou me olhando. – Realmente espero que vocês se deem bem. – Fiz um último carinho em sua cabeça e caminhei em direção ao quarto. Ouvi ele pulando da pia e começou a me seguir até o quarto.

            Elis estava nua, abraçada ao travesseiro de olhos fechados, seu cabelo estava todo bagunçado. Linda.

            - Com quem estava falando? – Ela resmungou e girou para o meu lado, ainda abraçada o travesseiro, seus olhos estavam pequenininhos.

            - Com Salem.

            - Por que acordou tão cedo?

            - Nós íamos limpar o quintal da nossa casa, não?

            - Fala de novo.

            - O que?

            - O que disse.

            - Limpar o quintal.

            - Não, a última parte.

            Eu sorri, coloquei meu cabelo atrás da orelha e repeti, um pouco sem graça.

            - Nossa casa.

            Ela sorriu.

            - É gostoso ouvir isso.

            - Nunca me imaginei falando isso. Ou vivendo isso. – Abri minha gaveta de calcinhas e vesti uma, pra variar, preta. Tirei a toalha, sentindo o olhar de Elis em minhas costas. Peguei uma camiseta qualquer em minha gaveta e a vesti. Era uma do The Cure.

            - Por que está se vestindo? – Ela perguntou baixinho.

            - Porque fazendeiras precisam acordar cedo.

            Elis riu.

            - Lá nem é tão interior assim.

            - Pra alguém que morou a vida toda no meio de concreto dois metros de terra já é uma fazenda.

            Ela riu.

            - Vem cá... – Seu tom foi como se ronronasse igual o Salem pedindo carinho. Sentei-me na cama ao seu lado e ela se livrou do travesseiro, deitando a cabeça em minhas coxas. Comecei a correr os dedos pelos seus cabelos.

            - Eu não sei se quero voltar lá. Não depois de como sai correndo da casa da Aurora aquele dia.

            - Ela vai entender.

            - Não sei se vai.

            - Vai sim. Talvez vocês duas precisem de tempo, só isso.

Ela se levantou, apoiando-se na cama. Afastei o cabelo de seu rosto e beijei seu nariz. Ela sorriu. Depois beijei sua testa, sua bochecha, seu queixo e por último seus lábios.

- Eu vou fazer café pra gente. – Eu disse.

- Tudo bem se eu ficar mais um pouquinho aqui na cama? – Ela perguntou com uma voz tão frágil que não pude deixar de sorrir, beijei-a novamente.

- Vou trazer aqui pra você.

Ela tornou a se deitar, abraçando o travesseiro, fechando os olhos, satisfeita.

Eu tinha muita sorte por ter Elis em minha vida.

Dentro de poucos minutos voltei para o quarto com nossas xícaras do Groot e do Batman, algumas frutas picadas e dois pães na chapa.

- Ei dorminhoca.

Eu a chamei, ela sentou-se na cama, coçando os olhos. Sentei-me ao seu lado com delicadeza pra não derrubar as coisas que eu estava equilibrando nos braços. Ela pegou sua xícara, tomando um gole e me beijou.

- Obrigada pelo café. - Eu retribuí o beijo. - Tem uma música que fala de beijo com boca de café, não tem?

Eu pensei por alguns segundos.

- Tem, do Chico Buarque, se chama Cotidiano... Diz que está me esperando pro jantar e me beija com a boca de café. – Cantarolei.

- Mas e a parte que ele acorda? – Ela indagou.

- Aí a boca é de hortelã.

- Mas o café que devia ser de manhã e não a hortelã. – Ela disse pensativa comendo seu pão.

- O hortelã deve ser da pasta de dente. E nunca tem hora errada de se tomar café.

- Ela pode escovar os dentes a hora que quiser. Quer dizer, é preferível que sempre escove, né? E dependendo da pessoa o café pode dar insônia.

Eu ri e respondi.

- Eu acho que ela não devia ter insônia, Elis.

- E eu só acho que o café que devia ser de manhã, só isso.

- Envia um e-mail pro Chico Buarque reclamando da letra. – Sugeri fazendo-a rir. - Aproveita e pergunta se a mulher não ficava com insônia por tomar café a noite.

- Essa conversa é muito absurda. – Ela riu.

- Ainda bem que você percebeu.

 

 

Chegamos em Mogi por volta de dez e meia da manhã. Elis estava um pouco insegura com tudo aquilo, mas eu sentia que as coisas ficariam bem entre as duas, era só preciso tempo pra digerir todas aquelas informações novas. Tínhamos arrumado alguns instrumentos de jardinagem para dar conta daquele quintal. Ela não queria pedir nada para sua nova-meia-irmã.

- Poderíamos plantar alguma coisa aqui. – Ela sugeriu.

- Tipo o que? Milho?

Elis riu.

- Eu estava pensando em rosas, girassóis, uns temperinhos. Mas se quiser levar a sério mesmo essa tua história da fazenda...

Eu ri.

- To brincando contigo.

- Eu sei que não está. Daqui a pouco vai começar a ouvir sertanejo raiz.

Entrelacei meus dedos nos dela e a beijei entre risos.

- Eu só estou muito feliz por estar aqui com você. – Sussurrei. – Parece um sonho.

- Eu também estou.

Ajoelhei-me no chão, arrancando algumas ervas daninhas mais insistentes.

- E esse muro? – Perguntei. - Vamos precisar levantar por causa do Salem. Tenho medo que ele fuja. Ele sempre viveu trancado no apartamento, acho que vai sentir a mudança.

- Você conhece algum pedreiro?

- Não, mas sua irmã deve conhecer. - Apontei com a cabeça para a casa em frente.

Ela respirou fundo.

- Eu acho que não devia ter ido embora daquela forma... – Ficamos em silêncio. – Ei ,ei! – Ela gritou e eu me assustei. - Não tira essas plantas rosinhas. Elas são tão bonitas. – Elis olhou com dó para o canteiro.

- Sabe como elas se chamam? Maria-sem-vergonha. Minha mãe disse uma vez que o nome dela é assim porque ela dá em qualquer lugar. Olha que absurdo. O machismo ta presente até nos nomes das plantas.

Elis riu.

- A gente pode dar outro nome pra ela pra você se sentir mais confortável.

- Que nome você quer dar?

- Planta-rosa.

- Às vezes até fico surpresa com sua criatividade.

Ela riu divertida.

- Oi meninas. – Ouvimos uma voz vinda do portão. Olhamos para lá e era Aurora de mãos dadas com um menininho que devia ter por volta de uns 6, 7 anos. Ele usava uma camiseta do Batman e gostei dele logo de cara por isso. Ambos estavam de máscara.

Percebi que Elis ficou um pouco tensa, limpou as mãos sujas de terra em sua roupa. Eu fiz o mesmo me levantando.

- Oi Aurora. – Respondi.

- Esse rapazinho ficou curioso pra ver o que vocês estavam fazendo aqui, não queria atrapalhar, mas ele estava inquieto querendo conhecer as novas vizinhas.

Eu me aproximei do portão e me agachei no chão.

- Qual seu nome?

- Caíque.

- Meu nome é Leah.

- Gostei do seu cabelo. – Ele disse, ainda segurando nas mãos da mãe, um pouco envergonhado.

Eu sorri.

- E eu gostei da sua camiseta.

- Aurora. – Elis disse em um tom um pouco alto, mudando o foco da conversa - Eu queria te pedir desculpas por aquele dia... Por eu ter ido embora daquele jeito.

- Não tem problema. Eu também fiquei meio perturbada com tudo aquilo... Pensei até que vocês não iam voltar aqui. Fico feliz que tenham voltado.

Percebia que ambas estavam desconfortáveis. Elis ainda estava irritada com o pai por ele não ter contado a ela a verdade em vida. Mas Aurora não tinha culpa de nada. Tentei me colocar na situação em que ela estava vivendo e não devia de fato ser algo fácil de lidar. Imagino se aparecesse uma pessoa do nada dizendo ser minha irmã, seria a coisa mais estranha do mundo.

- Bom, vou deixar vocês trabalharem.

- Viu, Aurora... – Eu a chamei antes de se afastar, ela me olhou. – Você conhece algum pedreiro aqui na região?

- Não, mas posso perguntar pros meus pais. Eles devem conhecer alguém. Vocês precisam pra quando?

- Não é urgente. Quando der. Com essa pandemia talvez não tenha ninguém trabalhando.

- Eu aviso vocês.

Nós sorrimos e ela se afastou caminhando de volta para sua casa. Caíque ficou dando um tchau animado pra mim até passar pelo portão.

- Não foi tão ruim. – Elis disse baixinho esperando Aurora entrar na casa e voltamos para as ervas daninhas. – Pensei que seria pior.

- Talvez com o tempo você se acostume com isso. É muito recente.

- Você se dá bem com crianças. – Elis disse.

- Você acha?

- Talvez seja a proximidade da idade entre vocês. – Ela brincou.

- Ha-ha-ha. – Eu ri de maneira irônica e pausada. – Como você é engraçada. Estou rolando no chão de tanto rir.

- Eu to brincando, meu amor. Gosto de te provocar.

- Hum.

- Vem, vamos lá dentro, depois a gente termina isso.

 

Fim do capítulo


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Comentários para 27 - Capitulo 27:
Lea
Lea

Em: 18/04/2023

Gosto desse jeito leve delas!

Com certeza não é fácil descobrir que se tem irmãs,por aí!

Sei bem como é. Conheci minhas irmãs filhas do meu pai biologia e o próprio,depois de 31 anos!


thays_

thays_ Em: 19/04/2023 Autora da história
Que situação, Lea! Não deve ter sido fácil!


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rhina
rhina

Em: 08/12/2020

 

Mais um belezinha.

Rhina

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Manuella Gomes
Manuella Gomes

Em: 02/09/2020

Adorei o capítulo! Os diálogos ficaram muito bons.

Gosto de sentir o dia a dia na história, nos aproxima ainda mais dela.

Fico sempre querendo mais. Vc sempre consegue me prender às suas histórias, obrigada por isto :)

 


Resposta do autor:

Oi Manuella! Me diverti bastante escrevendo esses diálogos haha

Em breve já posto o próximo pra matar sua curiosidade :D

Já está pronto, só vou editar.

Obrigada por estar acompanhando e comentando!

Gosto de saber a reação que meus escritos causam nas pessoas 🥰

 

Responder

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Vanderly
Vanderly

Em: 01/09/2020

Boa noite!

Abraçar foi mesmo um pensamento meu.

"Há abraços quê dizem mais do quê palavras."

E há palavras tão espontâneas quê mais parecem um abraço.

Eu fiquei feliz em receber a tua resposta.

Tenha uma linda noite e se cuida também ❤️!


Resposta do autor:

Te desejo o mesmo! ☺❤

Responder

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Vanderly
Vanderly

Em: 01/09/2020

Boa noite thays-, tudo bem?

Espero quê sim.

Achei uma graça a conversa da Leah com o gato. Risos

Imagino quê realmente a história está caminhando para uma conclusão.

Não se preocupe com o tempo quê levar para finalizar, não se deixe abater por alguma crítica quê receber. Faça da forma quê te faz senti melhor. Como me disse uma autora, escreva pra você, goste, não se preocupe tanto com os comentários quê não vêm, mas deleite-se com quem comentar.

Beijos e até breve ❤️!


Resposta do autor:

Oi Vanderly! Boa noite! Me senti até abraçada por esse seu comentário, só tenho a agradecer todo apoio e incentivo que você tem me dado desde o começo. Eu costumo abandonar as coisas pela metade, mas essa história já falei pra mim que preciso concluir haha realmente está chegando ao fim. Eu converso muito com meus bichinhos, acho que isso acaba ajudando nessas cenas haha um beijo, se cuida!

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Aja Rocha
Aja Rocha

Em: 01/09/2020

Que jeito gostoso de começar a história com essa música.

Adorei o questionamento do Hortelã ,assim como adoro desses diálogos absurdos. 

 

Gosto dessa história, lembro de quando você a postou 🧡

Por um tempo até, achei que tinha desistido de termina-la. Que bom que continuo.

 

Mas sinto que estamos nos encaminhando para o final.

:)


Resposta do autor:

Oi Aja! Essa banda é muito boa! Adoro! Até eu achei que tinha desistido da história haha mas resolvi continuar a escrever. Sim, está caminhando pro final, mas algumas coisas ainda irão acontecer, creio que mais por vontade minha de elaborar alguns sentimentos meus mesmo na vida real. Não tenho em mente com quantos capítulos ela vai ficar, só o futuro nos dirá haha fico feliz que não tenha desistido da leitura! :D

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