Capitulo 9 - SUCUMBIR OU FUGIR DO AMOR?
Entrei em casa e tive vontade de ligar à Jaiden, queria ouvir a voz dela, quente e macia, mas é claro que eu não liguei.
A minha sensatez começava a me irritar, mas ainda era mais forte do que os meus sentimentos.
Não liguei à Jaiden. Ouvir Coldplay era mais seguro.
Dont Panic.
Amo essa música. Viajo na melodia...we live in a beautiful world... o meu mundo estava realmente mais lindo, mas consideravelmente muito mais complicado. "Dont Panic", mas eu estava completamente em pânico. Como eu queria ter uma amiga com quem pudesse conversar naquele momento. Eu me arrependia de ter dado tanta importância à carreira e esquecido completamente do resto. Tinha alguns amigos, mas nenhum capaz de entender aquela minha intempestiva mudança de atitude.
David, o meu irmão, será? Não, melhor não e depois ia dizer o quê? Que achava que estava apaixonada pela melhor fotógrafa do mundo, soava-me patético. Ele não acreditaria, pois para ele eu era uma devoradora de homens, incapaz de cogitar outra possibilidade. Tirando os exageros do meu irmão, eu realmente tinha tido alguns homens na minha vida, e até aparecer essa Australiana que me tirava o sono, eu sempre gostei muito deles. Talvez fosse uma fase, crise dos 33...ria sozinha com os meus pensamentos loucos.
Fui para a cama às 6 da manha, e dormi com o cheiro da Jaiden impregnado no meu nariz.
Cheguei ao escritório faltava pouco para as 13 da tarde. Dormira mais do que me era permitido, mas precisava de umas horas de sono para organizar a minha cabeça. Preparei todo o material que mostraria ao cliente. Tudo estava sensacional graças à minha linda Jaiden e ao esforço de toda uma equipa.
O cliente chegou às 17 horas como tinha sido combinado. Todos estavam na sala exceto a Jaiden. Alguém disse que ela estava no Studio 2.
Fui pessoalmente chamá-la. Ao entrar, vi que estava ao telefone e ouvi quando disse algo como fazer uma viagem para organizar as ideias. Fiquei triste com aquilo, afinal a hora da despedida estava chegando...melhor assim.
Fiz um sinal que estávamos à espera dela e ela pediu-me que esperasse um pouco. Falava com uma tal de Nádia e despediu-se dela com um Thank you, I Love you que me deixou ardendo de ciúmes.
Pois é, já não havia mais dúvidas, eu estava louca! Com ciúme de uma mulher que eu mal conhecia.
Ela veio em minha direção com aquele sorriso que me deixava sem chão, passou os braços ao redor dos meus ombros e disse que estava com saudades de mim. Ri e fomos para o encontro com o cliente.
Foi um sucesso absoluto. A empresa que nos contratara estava totalmente satisfeita com o produto apresentado, não houve uma única queixa e aquela empresa era muito exigente. O dono era insuportável, mas desta vez não teve razões para reclamar. O dono da empresa onde eu trabalhava não cabia em si, eu gostava do meu chefe, sempre tivera carta branca para fazer aquilo que me competia tecnicamente. Nessa área da minha vida sempre tivera sorte.
Todos estavam excitados com o jantar que Charles daria à noite em sua casa, para comemorarmos em grande o sucesso do negócio. Charles não perdia uma oportunidade de jogar o seu charme na tentativa de me levar para a cama.
Eu conversava com a Jaiden e por segundos ela olhou para o lado para atender a alguém que queria felicitá-la pelo trabalho, e ele imediatamente encostou-se a mim com um olhar coberto de malícia e disse-me ao ouvido - vá ao jantar sexy e linda como só tu sabes ser minha deusa - eu não ia dar escândalo naquele ambiente cheio de gente importante para a nossa empresa, mas a minha vontade era matá-lo. Limitei-me a dar um sorriso amarelo carregado de ódio.
A Jaiden ouvira tudo e fez um comentário ridículo.
-- Já esqueceste o meu amigo Noah? Não tenho nada a ver com a tua vida minha querida, mas esse Charles é um idiota.
Despejou aquilo e afastou-se para atender a um chamado do dono da empresa que parecia fascinado por ela. Fiquei com muita raiva, quem ela pensava que era? Que intimidade era aquela? Aquele comentário tinha sido uma intromissão deliberada na minha vida. Que ódio! Mas não sabia se dela ou do Charles...
Noah, eu não me lembrava mais dele, pelo menos não como meu amante, se bem que a nossa relação era mais de amizade do que qualquer outra coisa. Tomara que ele fosse feliz.
O jantar era às 10 da noite e todos estariam presentes. Por momentos pensei em não aparecer tamanha era a minha raiva daquele idiota do Charles. Mas, não ficaria bem, tinha que ir.
Fui para a minha casa, tomei um banho e resolvi que iria linda para provocar tudo e todos. Usei um vestido preto lindo que comprara há poucos dias num dos meus ataques consumistas. Ele era curto sem ser exagerado e tinha uma fenda nas costas que as deixava totalmente expostas. O decote era proporcional à fenda das costas e o que vi no espelho me agradou profundamente. Eu não era vaidosa, mas de vez em quando gostava de me vestir bem. Prendi os meus cabelos cor de fogo nuns pauzinhos chineses, fiz uma maquiagem suave que realçava os meus olhos cor de mel e os meus lábios sensuais. Não usei uma sandália muito alta pois já tinha 1 metro e setenta e oito, caso contrario não passaria na porta de entrada.
Ri do meu pensamento.
Olhei-me mais uma vez ao espelho, estava linda. Acho que pela primeira vez em alguns anos reparava na minha beleza. Sempre ouvia elogios, mas não me preocupava muito com isso, afinal os homens não são tão difíceis de agradar. Mas eu queria que a Jaiden me olhasse, louca pensei, eu estou ficando doida. Ao sair lembrei-me de um último detalhe para completar a minha personagem femme fatale, precisava de umas gotas do meu perfume favorito. Uma, duas, três gotas de " Be Delicious" da Donna Karan e pronto já estava pronta para a noite.
Fui de táxi, no mínimo beberia além da conta e na volta não teria condições de dirigir, uma mulher prevenida vale por mil, pensei.
Atrasei-me um pouco e quando cheguei faltava pouco para as 11:30.
A festa, sim aquilo era uma festa, aliás não poderia ser diferente levando em conta os exageros do Charles, estava animadíssima, muita gente linda dançando e bebendo. A Clara foi a primeira que veio até mim. Abraçou-me e disse:
-- Sara estás linda, nossa, maravilhosa. Hoje matas esses malucos do coração.
Ela já estava meio alegre, e tinha um copo de whisky nas mãos, continuou:
-- Se a minha namorada não fosse tão ciumenta e se eu não gostasse tanto dela eu juro que te raptaria. - Disse aquilo, piscou o olho e foi dançar com uma loira linda que devia ser a namorada dela.
Já ouvira boatos na empresa que ela gostava de mulheres, mas eu nunca dera ouvidos aquilo, mas ao que parece era verdade. Tomara que a Jaiden tivesse a mesma opinião a meu respeito naquela noite. Eu já não me preocupava com as loucuras que tomavam conta da minha cabeça, pelo menos não naquela noite.
Dirigia-me ao bar para beber uma água, era sempre melhor começar assim, quando o Charles me abordou.
-- Sara, Sara, isso não se faz, estás deslumbrante - falava e passava as mãos pelas minhas costas nuas.
Aquilo irritou-me profundamente, mas decidi relevar, era uma festa. Brinquei com ele e dirigimos ao bar. Pedi uma água e ele fez um escândalo. Tomou um scotch on the rocks e iniciou o ataque. Ele estava disposto a me levar para a cama, pobre Charles, se ele soubesse o que me ia na cabeça...ele falava e eu fingia que escutava, mas na realidade percorria a sala com o olhar à procura dela e nada. Será que ela não estava presente? Outras pessoas vieram conversar comigo e por instantes esqueci da minha mulher maravilha.
Dancei um pouco com o Charles colado em mim, e aproveitei uma distração dele e fui para a varanda que tinha uma vista fenomenal. Observava a noite linda que fazia lá fora quando de repente senti a presença de alguém. Virei de imediato e lá estava ela. Levei um susto, o meu coração parou de bater por frações de segundos. Eu não saberia como descreve-la...maravilhosa? Pouco, deslumbrante, talvez isso...linda de morrer, meu Deus.
Fechei os meus olhos e abri-os de novo como que para ter certeza que eles não me pregavam uma peça. Era ela mesma. Veio em minha direção, parecia incrédula também, estava séria. Ficamos paradas uma em frente da outra sem dizer uma palavra, eu não sabia o que dizer...estava confusa. Queria elogiar a beleza dela, mas que palavras usar sem parecer comum?
--Estás linda! - Falamos ao mesmo tempo.
Rimos, o gelo estava quebrado. Ela deu-me um abraço. O meu coração batia descompassadamente. Ela encostou-se em mim e quis fundir-me naquele abraço. Pela primeira vez notei que tínhamos quase a mesma altura. Afastamo-nos por escassos centímetros, aqueles olhos verdes escuros de novo, aquela boca, aquela pele, aquele perfume...só não a beijei porque a festa estava repleta de gente. O toque daquela mulher fez-me sentir coisas que não me lembrava mais. Tive vontade de fazer amor com ela ali mesmo. Como eu queria ser completamente louca e levá-la dali para algum lugar onde só estivéssemos nós duas. Precisava de uma bebida urgentemente.
--Vamos beber alguma coisa? - Convidei-a para sair daquela situação insustentável.
Ela acompanhou-me até ao bar. Tomei uma tequilla sun rise, e ela para o meu espanto, pediu um cocktail sem álcool. Vendo a minha cara de espanto disse rindo:
--Quero estar muito sóbria hoje...
Aquele sorriso enigmático...fomos dançar.
A Clara estava completamente louca. Fez os mesmos elogios que fizera a mim à Jaiden e não ficou por aí. Iniciou uma dança sensual com aquela mulher linda e eu fiquei parada olhando, aliás eu e metade da festa. Os homens babavam e algumas mulheres também e nisso eu estava incluída.
A Clara era linda, era a primeira vez que a olhava com mais atenção. Tinha um corpo perfeito, parecia uma atleta, nisso ela e a Jaiden eram iguaizinhas, a minha deusa parecia uma escultura grega. Tive que sair dali para não denunciar o meu desejo por aquela mulher. Eu estava com muito calor, uma brasa me consumia por dentro.
O Charles pela primeira vez na vida apareceu em boa hora, ele levou-me para a varanda e começou um ataque feroz. Ele era puro desejo carnal, estava irritada, mas ao mesmo tempo sentia um certo prazer ao ver o desejo estampado nos seus olhos, coisa de mulher...
Cinco minutos depois a Jaiden apareceu, exatamente no momento em que o Charles tentava me beijar. Salva pelo meu amor. Que nojo que tive daquele idiota, ele tresandava a álcool. Deixei-o a falar sozinho e fui falar com a Jaiden. Ela estava estranha e desferiu um comentário no mínimo dispensável.
--Será que é hoje que ele consegue o troféu?
-- O quê?
Ela só poderia estar louca. Com ódio retruquei:
--É assim que me vês? Como um troféu? Estás louca ou quê? Não admito que ninguém fale assim comigo muito menos alguém que mal conheço. Como eu estava enganada a teu respeito Jaiden Howard, não passas de uma mulherzinha como outra qualquer.
Disse aquilo e sai em disparada. Ela não teve a mínima chance de abrir a boca. Ficou parada olhando para mim com um semblante indecifrável. Eu estava possessa, entrei num compartimento isolado daquele apartamento apinhado de gente e sem querer comecei a chorar convulsivamente. Como ela poderia ser tão estúpida? Estava linda sim, mas porque queria que ela me achasse linda, ninguém mais me interessava naquela porcaria de festa, fora para vê-la, como eu tinha sido idiota.
Ela era uma idiota...
Chorava muito, e a cada lágrima derramada sentia mais raiva da minha atitude. Fiquei naquela saleta aproximadamente uma hora. Estava mais calma quando saí, mas ainda muito magoada. Queria ir embora, precisava sair dali o mais rápido possível. Graças a Deus àquela altura da festa a maioria dos convidados já estavam bêbados ou então pelos cantos se esfregando. Saí sem ser notada e quando dirigia-me ao porteiro para pedir um táxi ouvi passos apressados vindo em minha direção.
-- Sara, por favor, espera-me, preciso falar contigo.
Jaiden? Não era possível, ela ainda estava na festa? A minha raiva voltou.
-- Me deixe em paz, não quero falar com ninguém muito menos contigo. - Dirigi-me ao porteiro que para o meu desespero não estava no seu posto. Droga!
--Sara, pare de ser criança e fale comigo. - Disse ela visivelmente impaciente.
--Agora, além de troféu, sou criança, ah vá se danar sua idiota. - Disse espumando de raiva.
Onde se metera a droga do porteiro, eu precisava sair dali imediatamente.
-- O porteiro está a ajudar os convidados a deixarem a festa em segurança, portanto se quiseres sair daqui entre no meu carro.
Agora ela me dava ordens, que mulherzinha insuportável. O pior é que não tinha como sair dali nos próximos minutos. Já dentro do carro ela me disse para entrar. Entrei e bati a porta. Eu não me lembrava de ter estado assim antes. Eu me sentia uma idiota por gostar tanto de alguém insensível como a Jaiden, aquilo fez-me chorar de novo. Á frente dela, era o fim da picada. Ela não disse nada, continuou dirigindo absorta nos próprios pensamentos. O silêncio me incomodava. Mexi no aparelho de som e escolhi uma rádio aleatoriamente.
Jewel, This fragile heart, eu merecia...
Entretanto, a música conseguiu acalmar-me um pouco.
Ela estacionou dentro do meu condomínio. Fiz menção de abrir a porta e ela trancou-a. A raiva voltou.
--Abra essa porta, não vou sair correndo, embora seja uma criança... - A minha voz estava carregada de ironia.
--Calma Sara! - Destrancou a porta e eu permaneci sentada. Não conseguia olhar para ela.
--Desculpa-me por favor, falei aquilo sem pensar. - A voz dela saiu fraca. - Eu não tinha o direito de dizer aquilo a ti, primeiro porque não penso assim e depois não tenho nada a ver com a tua vida. - Ela escolhia as palavras, parecia que não queria cometer mais asneiras. - Não sei porquê falei aquelas asneiras todas, desculpa-me por favor. - A voz não passava de um sussurro.
Ela parecia mesmo arrependida. Eu não conseguia dizer uma palavra, tinha um nó na minha garganta, as lágrimas teimavam em cair.
--Por favor, eu vou viajar amanhã e não queria ir embora com esse peso na minha consciência.
Ela ia embora? Não era possível, era o fim de algo que nunca começara...mil coisas passavam na minha mente ao mesmo tempo, não conseguia raciocinar direito.
--Vais para a Austrália? - Perguntei embora a minha voz estivesse embargada.
Continuava sem olhar para ela.
--Ainda não. Vou viajar aqui dentro do Brasil, mas em poucos dias vou sair daqui para um projeto na Europa. Preciso descansar um pouco e organizar as minhas ideias antes de encarar novos desafios...
Porque ela parecia triste, porque a sua voz estava tão fraca?
--Sara, ainda que não acredites, foste uma das pessoas mais encantadoras que conheci nos últimos tempos, eu quero muito manter a tua amizade, eu preciso mantê-la.
Ela precisava mudar o tom daquela conversa, eu já estava amolecendo.
Ela tocou os meus ombros nus e eu gelei.
--Olha para mim por favor, diz que me perdoa, eu preciso viajar em paz. Sara eu fui uma perfeita idiota hoje, mas acredito que passamos momentos agradáveis durante esse trabalho, momentos esses que jamais esquecerei...
Mais uma vez ela parecia escolher as palavras...
Eu já estava totalmente amolecida, o meu coração voltara a iluminar-se, queria ver o sorriso dela, mas tinha medo encará-la e ser traída pelos meus sentimentos.
Ela segurava as minhas mãos que deveriam estar geladas, aos poucos fui virando em sua direção... o meu coração parou.
Ela tinha lágrimas nos olhos, aqueles olhos verdes...ela iria embora em poucas horas, talvez para sempre, não sem antes provar os meus lábios.
Deslizei um dedo na face dela e ela fechou os olhos, mais uma lágrima caiu. O meu coração queria sair do peito, as minhas mãos tremiam... no rádio uma música da Paula Cole que falava de desejos proibidos, os Deuses conspiravam a meu favor, a música não poderia ser mais perfeita para aquela ocasião.
Ela mantinha os olhos fechados, eu me aproximei. Os meus lábios tremiam, fiquei a escassos centímetros da face dela e num ímpeto disse:
--Jaiden, desculpa-me mas tenho que fazer isto.
Ela abriu os olhos e eu a beijei. O gemido que saiu dos seus lábios, assim que a minha boca cobriu a dela, ecoa até hoje na minha mente. Eu estava desesperada por aquele beijo e ela também.
Nossa entrega foi perfeita, os nossos lábios encaixaram-se milimetricamente. Eu não pensava em nada, apenas me deliciava com o gosto de morango maduro que tinha a boca daquela mulher. Eu estava ardendo de desejo, louca de desejo. Sentei-me em cima dela e ela arrancou os pauzinhos chineses do meu cabelo e o agarrou. Cheirava o meu cabelo, me cheirava e me beijava. Eu não sabia muito bem o que estava a fazer, mas enfiei a minha mão dentro da blusa dela, há muito ansiava tocar aquela barriga de atleta daquela mulher, que maravilha, eu a beijava e ria ao mesmo tempo, estava no céu.
Subi as minhas mãos um pouco mais e toquei os seios dela, estavam soltos na blusa, ela não usava soutien...morri e renasci naquele momento. Afastei-me um pouco e fiquei admirando a beleza daquela deusa linda que estava á minha frente. Ela estava ofegante e apoderou-se da minha boca de novo. O beijo dela era uma atracão à parte, ela beijava cada canto da minha boca, beijava a minha face, o meu pescoço, voltava a boca, me mordia levemente, e eu delirava.
Comecei a me esfregar nela, eu estava louca de desejo. Ela passou as mãos nas minhas pernas, deslizando pelos contornos. A posição era incômoda, mas com muita habilidade ela conseguiu passar as mãos pelo meu corpo todo. Quando ela tocou os meus seios eu tive a certeza que o meu coração parou. O toque dela parecia seda na minha pele, ela parecia estar se segurando para não me devorar dentro daquele carro. A minha vontade era gritar, me devore meu amor...eu queria ser dela, totalmente dela. Ela me chamava de linda, deliciosa, tesão, enfim, dizia coisas desconexas, me beijava, me sugava, me mordia, me lambia...um fogo me consumia, eu estava completamente entregue.
-- Sara, eu quero fazer amor contigo numa cama macia e perfumada não nesse carro que não consegue acompanhar a voracidade dos nossos desejos, posso subir para o teu apartamento? - Ela perguntou aquilo me beijando com muito desejo e nesse momento eu acordei para a realidade.
Eu estava no estacionamento do meu prédio na iminência de fazer sex* mais do que explicito com outra mulher. Que loucura! Fui assaltada por um pânico absoluto. Desvencilhei-me dela e sem pensar no que fazia, abri a porta do carro e saí correndo para dentro do meu condomínio.
Ela ainda chamou o meu nome, mas eu não olhei para trás.
Entrei no meu apartamento completamente sem ar. Fechei a porta à chave e sentei-me no chão. Não conseguia pensar, minhas pernas tremiam, de medo, tesão, uma mistura louca. Eu tremia inteira...me encolhi num canto. O choro veio aos poucos. Já não havia espaço para dúvidas, eu estava absurdamente apaixonada pela Jaiden. Eu, apaixonada por uma mulher. Era inusitado e sem nenhum precedente, mas não podia mais fingir, estava completamente apaixonada, encantada por aquela mulher.
Fim do capítulo
Boa leitura.
NH
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