Capitulo 25
Dentro de poucos dias Elis já estava com as chaves da casa e toda papelada em seu nome. Em uma manhã ensolarada tomamos nosso café e pegamos a estrada para ver o tal lugar.
Se eu tinha aceitado a proposta dela? Eu iria para qualquer lugar do mundo ao lado daquela mulher.
Conforme mais nos aproximávamos de Mogi mais nos sentíamos perto do campo, com bastante vegetação na beira da estrada e pela diminuição considerável de prédios. Estávamos sendo guiadas pela voz do Waze porque não fazíamos ideia de como chegar lá.
- Vamos ficar perto de Bertioga - Elis disse olhando as redondezas do mapa no celular, que estava em um suporte preso no para-brisa - É uma pena que não possamos ir pra lá. - Afirmou com pesar.
- Até onde vi, as entradas estavam fechadas, só moradores que estavam entrando pra evitar aglomeração, essas coisas.
- Eu sei, só é uma pena.
- A Carla tá morando em Santos. – Provoquei. - Se você quiser visitar ela futuramente...
Ela empurrou meu ombro de brincadeira, fingindo irritação. Eu dei risada.
- Aff cala a boca. – Ela reclamou.
- Você fica uma graça com ciúmes.
- Eu não acho nada engraçado.
Nos olhamos dando risada. Ela colocou a mão atrás de minha nuca, fazendo um carinho gostoso em meu cabelo.
- Não da pra ficar brava contigo, você é linda demais. - Beijou meu rosto, roçou seu nariz em minha pele, fazendo todos os pelos de meu braço se arrepiarem. - Espero que você goste da casa nova. – Ela sussurrou, senti sua outra mão agora em minha coxa, correndo-a suavemente pela parte interna, ela me olhava e eu olhava para a estrada. - Que foi que você ficou séria de repente? – Ela indagou. Eu mal consegui responder, sua mão continuou subindo até entre minhas pernas.
- Tem um motel há 5km daqui. – Eu sussurrei.
- Estamos indo conhecer nossa futura casa, não precisamos de um motel...
Ela encaixou sua mão em mim, apertando suavemente. Eu gemi. Ela olhou para a estrada que estava vazia, vimos apenas alguns caminhões no caminho e poucos carros de passeio.
- Presta atenção no que você está fazendo... – Ela disse baixinho.
- To prestando...
Ela beijou meu rosto, mordiscou minha orelha. Sussurrou:
- To louca pra te ch*par.
- Ai Elis... – Gemi.
- Quero te puxar pelas coxas, te beber inteira. - Tombei a cabeça pra trás, encostando-a no encosto de cabeça. - Mas vou deixar você dirigir...
- Não faz isso comigo... – Reclamei. Ouvi seu sorriso de satisfação.
- É mais gostoso quando você está com muita vontade...
- Eu quero agora. – Protestei.
- A gente fez amor ontem à noite...
- Mas eu to sempre querendo você.
- Ah é? Gosto de saber disso.
Ela beijou meu rosto novamente e então se afastou, mas sua mão esquerda continuou em minha nuca, fazendo carinho.
Ela pegou seu celular e pareou com o rádio, colocando algumas músicas de sua conta no Spotify para tocar e dirigimos por cerca de mais uma hora. Passamos em frente a Universidade de Mogi das Cruzes e ao Centro Universitário Braz Cubas. Logo pensei que seriam ótimos lugares para Elis se candidatar a uma vaga de professora.
Dali dirigimos por mais algum tempo até pararmos o carro em frente a uma casa amarela. Ela era enorme comparada ao meu apartamento. Se bem que qualquer casa era maior que meu apartamento. A pintura estava descascando e a vegetação estava alta. Saímos do carro. Havia um portão de ferro com um cadeado grande. Elis o abriu, era pesado, eu a ajudei a empurrar. O quintal estava tomado pelo mato, havia apenas um caminho cimentado que nos levava até a porta.
- Vamos ter muito trabalho por aqui. - Eu disse olhando em volta.
- Está mais acabada do que pensei.
- Só precisa de alguns cuidados, mas ela é bonita.
Ela abriu a porta, fazendo-a ranger. Entramos no que deveria ser a sala. A casa por dentro estava com uma aparência melhor do que a de fora. A sala era grande e tinham duas janelas, uma de cada lado. Uma delas estava com o vidro quebrado, indicando um possível arrombamento. Vimos algumas latas de cerveja no chão e bitucas de cigarro.
- Alguém fez uma festa aqui. - Disse para Elis. Segurei em sua mão e caminhamos até a cozinha, a pia era de mármore, estava coberta de poeira. Depois entramos em mais dois cômodos, que poderiam ser dois quartos. Abrimos as janelas, deixando o sol entrar possibilitando a iluminação dos ambientes.
- Não sei nem o que vamos fazer com tanto espaço. - Eu brinquei.
Elis riu e me rodeou enquanto eu olhava pela janela. Atrás de mim, passou os braços por minha cintura, beijando meu pescoço.
- Podemos fazer amor em todos os cômodos. - Ela sussurrou. - Um por um e depois de novo... e de novo... Até você enjoar.
- Nunca vou me enjoar de você.
Senti sua mão adentrando por minha camiseta, subindo até meus seios, ela os apertou. Deitei a cabeça em seu pescoço, fechando os olhos.
- Adoro quando me pega assim... - Sussurrei sentindo seus dedos apertando suavemente meus mamilos. - Mais forte. - Eu gemi. Ela obedeceu.
- Tenho medo de te machucar...
- Se machucar eu falo. - Eu ri.
- Você sabe que a gente ta na janela, né? - Ela indagou.
- Adoro a sensação de perigo. - Eu segurei suas duas mãos colocando as minhas por cima.
- Você é muito safada... - Ela mordeu o lóbulo da minha orelha e eu me virei em sua direção, puxando-a pra perto. Ela abriu o zíper da minha calça com certa urgência.
Beijei sua boca e ela escapou, descendo pelo meu corpo, ajoelhando-se no chão. Ela desceu um pouco minha calça, beijando-me por cima da calcinha. Passei a mão em seu cabelo, fincando as unhas. Sem rodeios, ela afastou minha calcinha e senti sua língua percorrendo-me intimamente.
Gemi.
Ela corria sua língua por mim, da forma como dava, eu queria aprofundar seu toque, abri um pouco mais as pernas, descendo um pouco mais minha calça, mas o tecido não permitia muita coisa. Eu gemia baixinho olhando pra ela, seus olhos se encontraram com os meus. Ela então desceu mais minha calça até os tornozelos e pude sentir sua língua quente me percorrendo inteira. Fui a loucura com aquilo. Segurei em sua cabeça me esfregando em sua boca, ela apertou minha bunda, me puxando pra ela. Eu sentia que estava escorrendo de tanto tesão. Elis acabava comigo. E eu adorava aquela sensação de me sentir dela. Adorava saber e sentir o quanto ela me desejava.
Não demorou muito e eu precisei me segurar na janela pra não cair, eu g*zei forte, minhas pernas fraquejaram e ela continuou até que eu desse um tapinha em seu ombro para que parasse. Ela se levantou com um sorriso sacana em seu rosto, puxando minha calça pra cima, eu me sentei na janela e ela se encaixou entre minhas pernas. Beijei seus lábios, sentindo meu gosto em sua boca, ch*pando sua língua. Eu estava até desnorteada. Ela me abraçou e ficamos ali por alguns minutos.
- Aqui pode ser nosso quarto – Ela disse. – O que acha?
- Gostei. – Dei um selinho nela - Será que tem algum quartinho de ferramentas aqui? – Perguntei.
- Podemos procurar.
Saíamos do quarto e ela abriu as outras janelas da casa. Não encontramos nenhuma ferramenta pra já começarmos a pelo menos limpar o quintal.
- Podemos ir a alguma loja de ferragens. – Eu sugeri do lado de fora da casa.
- Você quer fazer isso hoje?
- Por que não?
Então vi uma mulher se aproximando do portão, era negra, alta, usava jeans e uma blusinha branca. Percebi que ela tinha um colar de miçangas amarelas em seu pescoço. Ela tinha os olhos castanhos, era bonita, parecia ter a idade da Elis. Estava de máscara. E então me dei conta que nem Elis e eu estávamos usando máscaras.
- Vocês vão se mudar pra cá? – Ela perguntou.
- Vamos sim. – Elis respondeu.
- Me chamo Aurora, eu moro nessa casa em frente com meus pais e meu filho. - Ela apontou com o dedo para a casa branca do outro lado da rua.
- Sou a Elis, essa é a minha namorada, Leah.
Namorada? Olhei para Elis no mesmo instante. Eu tinha ouvido bem? Ela me chamou de namorada? Ela nunca tinha me chamado de namorada.
- Ah... - Aurora ficou um pouco desconcertada, olhou para mim e me mediu de cima a baixo, deu uma olhada em minhas tatuagens. Depois seus olhos se encontraram com os meus e percebi que ela sorriu pelos olhos.
- Se vocês precisarem de alguma coisa é só bater lá.
- Você conhece alguma loja de ferragens aqui perto? – Eu perguntei.
- Tem uma há uns dez minutos de carro daqui. Mas o que vocês precisam?
- Queríamos dar um jeito nesse quintal. – Respondi.
- Meu pai deixou algumas ferramentas na garagem, se vocês quiserem podem pegar.
- Sério?
- Claro, venham comigo.
Eu abri o carro e peguei nossas máscaras antes de irmos para lá. Vestimos e a seguimos. Entramos pelo pequeno portão de madeira e fomos para a garagem que tinha um Fox vermelho estacionado. Aurora ligou a luz e havia uma enxada, um rastelo, uma pá, um carrinho e um facão pendurado na parede. Fora outras ferramentas em uma caixa de ferro no chão.
Elis olhou para o facão. Havia algo gravado em seu cabo.
- Posso? – Elis pediu.
- Claro.
Ela tirou o facão da parede e então passou a mão por cima da inscrição no cabo. Eu olhei de perto e vi um nome: Germano.
- Você disse que essas ferramentas são do seu pai?
- Na verdade, essa especificamente é do meu pai biológico, eu tenho pouca lembrança dele. Minha mãe se casou novamente e ele sempre me tratou como filha, me criou, sempre cuidou de mim. O Germano precisou se mudar do Brasil em certa altura e nunca mais o vi. Mas ele sempre mandou dinheiro pra minha mãe, ele pagou minha faculdade, eu sou muito grata a ele, por mais que não tenha tido convívio, sabe?
Elis pousou o facão na bancada de madeira.
- O que houve, amor? – Perguntei colocando a mão em seu ombro, ela estava com uma cara de quem tinha visto um fantasma.
Elis tirou seu celular do bolso, percebi que suas mãos tremiam. Ela abriu a galeria de imagens e mostrou uma foto para a mulher.
- Esse é seu pai? - Aurora olhou para a foto do pai de Elis e depois também ficou com a mesma cara de espanto. Ela pegou o celular na mão e percebi que seus olhos ficaram marejados.
- Fazia muitos anos que não o via... Como você o conhece?
- Ele também é meu pai.
Fim do capítulo
Meninas, agradeço a todas vocês que vieram aqui me incentivar a continuar escrevendo, foi muito importante pra mim. Em breve responderei os comentários de vocês. Não revisei muito o capítulo e resolvi postar logo depois de todo esse tempo longe daqui. Gratidão! Beijos!
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Manuella Gomes
Em: 19/08/2020
Como é bom ter uma atualização dessa história.
Adorei o capítulo e, pra variar, fiquei com vontade de mais.
Aguardarei o próximo :)
Ah! E não precisa ficar envergonhada com os elogios, seu trabalho é mesmo bom. Acredite nisso!
Resposta do autor:
Oi Manuella! Se ficou com vontade de mais ai está o próximo capítulo! :D
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caribu
Em: 18/08/2020
2h30 da madruga e eu fiquei presa na sua história até aqui!rs Grata! Adorei! Que a Santa Inspiração sempre lhe brinde! 💜
Resposta do autor:
oi caribu! leu tudo nessa rapidez, menina? hahah que bom que valeu a pena pra você chegar até aqui! em breve volto com um novo, já está no forno haha
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rodriguesnath07
Em: 17/08/2020
"Sua favoritas foi atualizada"
Meu coração disparou e que capítulo maravilhoso. Escreve mais pra gente, fica longe não que eu morro de ansiedade rs beijos 💕
Resposta do autor:
HAHAHAH só tenho a agradecer seu apoio e seu incentivo pra eu retomar minha história. Em breve já atualizo, estou trabalhando no próximo! ;)
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Vanderly
Em: 17/08/2020
Olá thays_, tudo bem?
Eu fiquei feliz em receber a notificação quê a tua história foi atualizada, e assim quê pude vim correndo lê! Espero quê dê continuidade!
Eu amei esse novo capítulo!
Beijos â¤ï¸!
Resposta do autor:
Pretendo atualizar com maior frequencia agora (: Estou trabalhando no próximo já, em breve nos vemos por aqui! Gratidão pelos incentivos! Beijos.
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thays_ Em: 19/04/2023 Autora da história
Não, ela não fazia ideia!