Capitulo 16
Capitulo 16 - E se...
As demais pessoas daquela mesa demoraram a reagir, provavelmente ofuscadas pela carga emocional que aquela troca de olhares resplandecia.
Joy e Elena se olhavam como se um íman permanecesse estático entre os olhares e ainda tinha o sorriso de satisfação que facilmente iluminaria uma sala inteira.
--Queen Lizzy, conheces a grega? - Ethan perguntou completamente admirado.
Elas não ouviram uma única palavra. O sorriso permanecia em cada rosto, a ternura também e outras tantas coisas que ninguém naquela mesa teria a capacidade de entender.
Milanka parecia tão entorpecida quanto as protagonistas daquela cena inusitada, mas precisava reagir.
--Bem que eu notei que te conhecia de algum lugar... - Ela disse, puxando o braço de Elena que finalmente voltou à realidade.
--Então, todas já se conhecem? - Ethan continuava a sorrir admirado e sem entender nada.
Milanka acomodou Elena ao seu lado e apertou-lhe a mão discretamente.
Joy pasmava descaradamente em Elena e parecia estar fora de órbita.
Milanka resolveu tomar as rédeas da situação, ou não seria possível prever as consequências daquele encontro.
--A Joy fez um trabalho para a editora, mas trabalhou mais com a Elena. Acho que nosso contato foi apenas telefónico...
--Sim, e finalmente conheço-te pessoalmente. Muito prazer. - Joy falou com uma calma que surpreendeu Milanka.
A inglesa tinha entendido a mensagem e parecia claramente ser conivente. Tudo ficaria mais fácil, pelo menos era o que parecia.
--Esse mundo é mesmo uma aldeia. Promovo um jantar que deveria ser entre desconhecidos, e eis que todos se conhecem.
--Ou quase...- Disse William.
Risos.
--Trabalhamos juntas, mas por pouco tempo... - Joy disse olhando para Elena que permanecia sorrindo e com uma expressão muito leve.
Milanka queria entrar na cabeça da amiga e entender alguma coisa. Ela nem saberia como reagir numa situação idêntica, e Elena parecia calma. De loucos...
--Muito pouco tempo, mas o suficiente para estabelecermos uma conexão boa... - Elena brincava com as palavras e Joy parecia flutuar.
Milanka teve vontade de rir alto. Aquelas duas mulheres estavam numa sintonia que quase gritava. Teve vontade de agir como uma doida, mas conteve-se. Talvez, nem Joy e nem Elena tivessem notado a realidade a que estavam expostas.
--Lizzy, trabalhaste na editora como fotógrafa?
--Hum-hum...- Joy teve vontade de rir e já nem sabia ao certo o motivo.
--Ethan, porque chamas a Joyanne de queen lizzy? - William perguntou.
Ethan e Joy riram ao mesmo tempo.
Ethan passou a contar fatos dos tempos da faculdade que pareceu interessar a todos. Era notória a amizade entre ele e Joy. Eles se entendiam muito bem e pareciam ter muita coisa em comum.
--Eu não acreditei quando vi essa figura naquela galeria. Há muitos anos que não sabia nada dela. Eramos tão próximos na universidade que parecia que seria assim pelo resto da vida. Eramos da turma dos forasteiros, tempos maravilhosos.
--Sim...tempos muito bons. - Joy parecia sonhar.
-- Às vezes a vida nos leva para lados opostos...
--E Nova York promove reencontros.
Risos altos.
--Sim! Nova York é o lugar perfeito para encontros e reencontros. - Elena falou com a alma. Não parava de olhar para Joy, que lhe retribuía com a mesma intensidade.
--Essa cidade é mágica, tanto que nunca mais fui embora.
--E eu voltei... - Joy sorriu e teve a mão acariciada pelo namorado. Seus olhos continuavam acariciando a figura de Elena sentada à sua frente.
A conversa fluiu, mas claramente havia um elemento que não interagia tanto, pelo menos não verbalmente.
--Milla, esqueceste de me contar que a Elena era tímida. - Ethan brincou servindo mais vinho na taça da grega.
Elena sorriu e Milanka riu alto.
--Ela é tímida, mas quando perde a timidez, manda em todo mundo.
--Exagerada!
Risos.
--Se me permites minha deusa africana...
--Podes elogiar.
Gargalhadas.
--Elena, tu és muito bonita. Tens uma aura de mistério que remete às deusas gregas e tem alguma coisa aí que encanta. Agora entendi porque a Milanka não para de falar de ti.
Risos e Elena muito vermelha.
--E ela ainda é tímida... - brincou William.
Elena levantou o olhar e parou em Joy. Mais uma vez elas se entregaram àquela atmosfera tão particular e viciante.
--Lizzy, acho que a Elena seria uma inspiração e tanto para as tuas lentes.
Milanka quase pulou da cadeira. Será que Ethan tinha percebido alguma coisa entre aquelas duas? Não, claro que não. Ele estava apenas seguindo o fluxo.
--Ah, e achas que eu já não implorei para ela posar para mim. - Joy grudou os olhos em Elena e o sorriso parecia capaz de convencer qualquer um sobre qualquer coisa.
Milanka abriu a boca e apertou a perna de Elena com força. Joy gostava de viver perigosamente, definitivamente.
Houve um momento de magia. Apenas alguns segundos, mas de pura magia.
-- Elena, aproveita logo essa sessão, porque daqui a pouco a fotógrafa vai morar no Dubai e lá não terá tempo para fotografias.
Elena sorriu, mas por pura educação. Joy olhou para o namorado com uma expressão indecifrável.
--Vamos brindar a esse encontro tão peculiar. - Milanka ergueu um brinde para mudar de assunto.
Brindaram. Todos com sorrisos no rosto, ainda que por motivos bem diferentes. Havia quem estivesse feliz pelo momento, quem estivesse ávido por mudanças, havia quem estivesse sorrindo de perplexidade...
Algum tempo depois...
--Esse lugar é lindo! - Joy parecia extasiada.
--Meu namorado tem dessas coisas...
Risos.
--Além de outras tantas que me deixam cada vez mais encantada.
Risos.
--Ethan, eu estava ansiosa por conhecer-te, exatamente por isso.
--Hmmm?
--Consegues extrair o melhor dessa mulher, e isso não é para qualquer um. - Elena brincou.
--É melhor permaneceres calada, oh grega dos infernos.
Gargalhadas altas.
--Sou completamente apaixonado por essa mulher. Ela me dá um certo trabalho, mas eu estou encantado.
Milanka sorriu feliz e olhou para Elena que lhe piscou o olho.
--Esse lugar é lindo mesmo...- Joy parecia devanear.
--Viste o cenário mais à direita. O deck com vista para a skyline? - Elena perguntou com os olhos fixos em Joy.
--Perfeito para um ensaio...- Joy devaneou.
--Isso! Perfeito para as tuas lentes...
E mais uma vez elas pareciam estar sozinhas naquele lugar e não disfarçavam. Talvez fosse impossível.
Milanka, por segundos perdeu-se naquele devaneio. A sua mente gritava tanta coisa e uma delas era com certeza, que aquelas mulheres não tinham a mínima noção do que as ligava. A conexão era gritante...
--A comida daqui é boa. - Foi a única coisa que lhe ocorreu.
--Muito boa, da entrada ao prato principal. - William acompanhou o raciocínio dela.
Milanka beijou Ethan em sinal de agradecimento.
--Desde os tempos da juventude, que o Ethan sempre sabia o que era melhor. Ah, e nós, bem eu não...
Risos.
--Aham...
Risos.
--Nossos colegas faziam piada por ele ser lá dos confins do Wyoming, e, no entanto, saber tudo. Ele sempre esteve um passo à frente.
--Ah, Lizzy, menos nos estudos. Era engraçado porque sempre brincávamos que a Joyanne estava no campus errado. Ela adorava artes, todas. Vivia entre as galerias, conhecia muito de música, teatro. Aos fins de semana estava sempre a fazer cursos curtos de fotografia, adorava ler. E no meio disso tudo, essa inglesinha dos olhos brilhantes, ainda era a melhor aluna do curso de gestão.
--A Joyanne é excelente em tudo o que faz. - Disse William com orgulho.
Foi a vez de Joy ficar vermelha e bater a cabeça quase em negação.
--Ela às vezes parecia uma aristocrata. Muito séria e inteligente.
--E uma fanática pelos estudos. Tanto que me chamavam alguns nomes não tão interessantes.
Gargalhadas.
--Queen Lizzy? - Elena perguntou a Ethan, mas com o olhar parado em Joy.
--Rainha Elizabeth!
Risos.
--Até parece...
--Ela sempre soube o que queria. Ao contrário de todos nós, ela tinha os planos todos traçados. O timing certo para cada coisa estava definido. Isso poderia ser chato, mas ao mesmo tempo, ela era animada, engraçada. Ah, eu adoro essa mulher.
--E eu a ti. Ah, e ele fala de mim, mas era igual. Ok, ele não era tão aficionado por arte como eu, mas também adorava fotografia e sabia bem o que queria da vida. Ele queria ser alguém.
Risos.
--E tu? - Elena não se conteve.
Joy pareceu perder o raciocínio. Encontraram-se naquela troca de olhar. Mais uma vez as almas sorriram e os lábios também.
Joy pensou em dizer uma coisa, mas foi antecipada.
--Ela queria ser a melhor administradora das empresas da família. Queria ser a melhor profissional, queria ser o orgulho do pai. Ah, e queria multiplicar a fortuna da família. Se conseguiu? Claro que sim, ela nunca desiste de nenhum sonho até torná-lo realidade.
Sonhos...
Por segundos, Joy perguntou a si mesma de quem William falava. Seria dela? Talvez...
Sonhos...
--Sonhos...- Ela sussurrou.
No olhar uma tristeza tão profunda que Elena notou claramente. Quase pulou do seu lugar para abraçá-la. Milanka deve ter entendido aquele momento, porque prendeu uma das mãos nas pernas de Elena. Sua forma de impedi-la de cometer uma insanidade.
Ethan, sempre espirituoso, guiou a conversa para assuntos leves, e não demorou muito para todos estarem descontraídos e a rir das piadas. Nem todos, Elena sentia-se cada vez mais desconfortável. Não conseguia desviar os olhos de Joy e ao mesmo tempo tentava policiar-se para não constrangê-la. Afinal, ela estava com o namorado e sabia que seu olhar era quase de fome. Sim, estava com fome de algo que só experimentara com aquela inglesa. Algo que não sabia muito bem o que era, mas que a deixava com ansia de mais...mais...
Tudo ia aparentemente muito bem, até o destino resolver rir na sua cara. Acreditava que estava a conviver bem com aquela ausência. Não estava. Se pudesse...
Resolveu prestar atenção à conversa que fluía na mesa...
--Mas já vais embora?
--Sim, preciso resolver coisas importantes. Eu vim às pressas apenas porque essa senhora resolveu me pregar um susto.
--Ele é exagerado...- Joy sorria, mas sem muita convicção.
--Liguei para ela inúmeras vezes e ela não atendeu. Ligo ao irmão que está não sei em que parte do mundo e ele me diz que ela tinha partido uma perna. Voei para cá.
--Partiste a perna? -Ethan pareceu admirado.
--Ele é exagerado. Foi apenas uma luxação. - Ela olhou para Elena que nessa altura mordia a costa da mão.
--Mas, aproveitei para apressá-la. Afinal temos uma vida de sonho à nossa espera no Dubai e não há tempo a perder.
Por essa altura, Elena sentia-se sufocar.
Suspirou e não conseguiu ser discreta. Todos os olhares caíram sobre a sua figura atribulada.
Inventou uma desculpa sem pé nem cabeça e saiu da mesa.
Milanka quis correr atrás dela. Era palpável o seu desconforto e sentia-se culpada por cada segundo do mal-estar da amiga.
--Ela vai fumar...ah o vicio. - Sorriu tentando imprimir à voz um tom casual.
*****
No deck, no ponto mais alto do restaurante roof top, Elena olhava a noite carregada de luzes. Finalmente podia respirar a plenos pulmões. Sua vontade era gritar bem alto, mas não estava sozinha naquele ambiente. Tinha um casal distribuindo felicidade e completamente alheio à sua presença. De repente estava a rir. Nervosismo ao rubro.
--O que vim fazer aqui? Ainda bem que vim...
Riu de si mesma. Não fazia o menor sentido.
Sentia-se feliz e atormentada. Tudo numa mistura enlouquecedora. Só via Joy à sua frente, mas ela não estava sozinha e o tal namorado nem era tão idiota como desejaria que fosse. Eles tinham uma história...sonhos...planos...
--Ahhhhhh...- Suspirou em voz alta e ninguém se importou.
Queria ter asas e voar sobre o céu daquela cidade gigante. Queria voar e levar Joy junto.
Estava à beira da loucura e sentia-se feliz, ou quase.
Abraçou-se com força e sentiu lágrimas brotarem dos olhos. Sorriu. Riu. Não tinha por hábito chorar. Raramente soltava as emoções a esse nível. As lágrimas não eram de tristeza. Desconhecia o real motivo, mas com certeza não era tristeza.
A brisa suave da noite acariciava a sua face e ela sorria. Talvez estivesse doida...
*****
Na mesa, a conversa fluía entre os homens. Milanka tentava prestar atenção à conversa, mas não conseguia. Eles falavam de negócios e pareciam entusiasmados, mas ela só conseguia prestar atenção no desconforto de Joy. Ela parecia ausente e não parava de tamborilar os dedos na mesa. De Elena, nem sinal.
--Milla?
--Oi?
--Onde estavas?
Risos.
--Pensando no amontoado de coisas pendentes que tenho sobre a minha mesa lá na editora...
--Ainda bem que gostam desse trabalho, porque parece que são sugadas.
--Eu nem tanto, já a Elena...
--Ela ainda está a fumar? Engraçado que eu não diria que ela era uma fumante inveterada.
--Nem é...deve estar ocupada numa ligação...coisas da editora e a nossa chefe não faz nada sem ela...
Milanka tentava tirar o foco de Elena, mas não sabia se com sucesso. Queria correr para junto dela e tirá-la daquela situação. Mas, não podia agir por impulso.
De repente olhou para Joy. Ela pareceu-lhe ausente...
Seus olhos cruzaram-se. Milanka desejou ter o dom da telepatia.
Joy mexeu no telefone e olhou para Milanka.
--Preciso atender ao meu irmão. - Levantou da mesa e nem esperou a reação do namorado ou de qualquer outra pessoa.
--Ah, Thomas, o filho que nem vamos precisar encomendar.
Ele riu, mas Joy sequer ouviu o comentário.
Milanka resolveu entrar na conversa com maior atenção. Contudo, o seu olhar pendia sempre para o deck. Tinha a certeza que Joy iria para lá.
*****
Joy entrou no deck e percorreu o local com o olhar. Seu coração parou no momento em que viu Elena debruçada no parapeito olhando para a noite. Voltou a bater com força a ponto de lhe roubar a força das pernas.
Respirou fundo e deixou-se levar pela música lounge que ambientava o espaço. Olhou com calma e a mente flutuou. O cenário era perfeito...
Não se importou com mais nada. Deveria, mas não conseguia pensar em nada que não fosse conversar com Elena.
Ela estava de costas e parecia integrar-se perfeitamente naquele cenário de quase sonho. Joy enlevou-se pela melodia de Broken Drops (Vaeros) e aproximou-se das costas de Elena. Sabia que tremia dos pés à cabeça, mas a força para mover-se vinha sabe-se lá de onde.
De repente estavam lado a lado. Respiravam o mesmo ar, olhavam para o mesmo horizonte e eram guiadas pela mesma luz.
Elena olhou para o lado e sorriu. Joy não conseguiria pensar com clareza, nem com um esforço titânico.
--Eu só consigo pensar em ti diante deste cenário. Imagino fotos perfeitas, ainda mais que fotografas com a alma...- Elena deixava-se guiar por uma emoção nova e por isso, incontrolável.
Aquela frase, aparentemente inocente, provocou um furacão na mente de Joy. Elena a via...ela simplesmente a via.
Sorriu e juntas olharam na mesma direção.
Num rompante, Elena pulou no parapeito e sentou-se abraçando os joelhos. Cena linda, digna da melhor foto.
--Então conheces o Ethan...essa vida é muito engraçada.
--Pois é...
--Parecia que esse encontro com o namorado da Milla nunca iria acontecer, e quando acontece...
--O Ethan é meu amigo há muitos anos. Nos perdemos pelas contingências da vida, mas reencontrá-lo foi maravilhoso.
--A Milanka está bem entregue?
--Ganhou sozinha o prémio máximo da loteria.
Risos.
--Estás bem? - Joy perguntou com os olhos brilhando.
Elena pareceu desconcertar-se. Pulou do parapeito e ficou de pé ao lado dela.
--Agora? - Franziu a testa.
--Não...no geral...
Ambas estavam nervosas.
--É que não te vejo há algum tempo...- Joy tentava melhorar as coisas, mas a sensação era que o ar rareava.
--Estou bem. Não contava com essa surpresa, mas como diria minha amiga Milanka, minha calma é desconcertante.
Sorriram. Respiraram aliviadas. Riram juntas.
Movida por um sentimento que gritava por todas as suas células, Joy ousou. Abraçou Elena.
--Eu estava com saudades...muitas...- Apertou-a contra si.
Elena sentiu seu corpo derreter nas mãos de Joy. Fundir-se. Entregar-se.
Num lampejo de sobriedade, saiu do abraço. Sem rompantes, mas saiu. Precisava de lucidez, afinal não estavam sozinhas.
E lá estavam elas, lado a lado olhando para o mesmo horizonte.
--Esse lugar é lindo. O Ethan sempre teve bom gosto...
--Hum-hum...
--Minha mente teima em ir para outro roof top...
--Jersey city?
Joy riu e Elena bateu com um dos pés no chão de concreto. Estava por um fio...
--Tu és a parceira de crime ideal.
Gargalhadas.
--Mas nós ainda nem cometemos crimes...
--Hmmm...
Sorrisos carregados de segundas intenções.
Elena não se conteve e tocou Joy. Estava com desejo de senti-la. Desde o primeiro momento naquele restaurante que só pensava em tocá-la.
--Estou tão feliz por te ver...- Deixou-se guiar pela emoção.
--Eu também! - Joy replicou embalada pela mesma emoção. - Estou com aquela sensação...e ela está bem forte.
--Qual?
--De que somos as únicas habitantes desta cidade. - A intensidade na voz de Joy quase fez Elena voar sobre aquele emaranhado de prédios.
Ela sorriu. Mas, a realidade bateu-lhe à cara com violência. Ficou triste.
--Estás bem?
Nada escapava à Joy...
--Tudo bem! Olha para esse cenário...perfeito. Imagino-te aqui em êxtase com a tua máquina.
E olharam juntas para o skyline. Era o mesmo olhar...
Joy pensou que queria ficar ali pelo resto da noite e mais um pouco.
Elena só queria olhar para ela...
--Eu vou fazer um ensaio teu por Nova York, tu escolhes onde queres ser fotografada e eu farei o que quiseres. - Joy sorria e olhava para Elena com admiração e profundo encantamento.
--Tudo o que eu quiser? - Elena provocou mordendo a boca e ficando mais sexy do que já era.
--Peça e serás atendida, minha deusa grega.
Joy fez uma vénia arrancando uma risada feliz de Elena.
O encantamento foi quebrado por uma voz que parecia distante, mas estava logo ali.
--Tu também aprendeste a fumar, querida?
William perguntou arrancando as duas daquele torpor.
Olharam ao mesmo tempo na direção da voz. Lá estavam William, Ethan e Milanka.
Há muito tempo? Pouco?
Olharam-se e trocaram um sorriso onde muita coisa estava subentendida.
*****
--Se bem conheço a Lizzy, ela veio para cá para saber mais de ti. Ela sempre foi muito curiosa com culturas diferentes, sempre criava histórias inteiras na cabeça, quando tínhamos colegas de outros mundos...
--E eram tantos...- Joy sorriu e respirou fundo para sair daquele registo de felicidade absoluta em que se encontrava antes de ser interrompida.
--A vista aqui é perfeita. Vieste sonhar, Troia? - Milanka brincou para desanuviar o estado da amiga. Ela a conhecia e sabia que um turbilhão habitava aquela mente naquele exato momento.
--Troia? - Ethan perguntou curioso.
Milanka e Elena riram.
--Esquece, é loucura dessa tua namorada.
Risos.
--Ela é minha fortaleza, amo essa mulher. - Milanka olhou com carinho para Elena. Queria abraçá-la, acolhe-la e pedir desculpas. Culpava-se por aquela situação.
--Eu já amo também. Se ela é isso tudo para ti, será para mim também.
Ethan beijou o topo da cabeça de Milanka que se aninhou nele. Queria tirar a amiga dali, mas ela parecia hipnotizada, não reagia, apenas pasmava na inglesa que também pasmava nela.
--Vamos tomar a última taça do que quiserem. - Ethan sugeriu.
--Adoraria ficar mais um pouco, mas estou muito cansada, mal me aguento nas minhas pernas. - Elena declinou com educação. Precisava sair dali, já tinha sido forte além do possível.
--Ai meu Deus, sou uma péssima amiga. Eu praticamente obriguei a Elena a vir nesse jantar. Ela está muito cansada porque como já frisei, carrega aquela editora nas costas.
Risos.
--Exagerada! Mas estou cansada...prazer Ethan. A Milanka não exagerou...
Risos.
--Não exagerou em nada. Tu és uma mulher muito interessante e faço questão de ser teu amigo. Quero mais encontros como esse de hoje, todos juntos. E precisamos agir depressa, antes que esse lorde inglês roube minha Lizzy.
William riu alto. Ethan fez o mesmo. Milanka olhou para as duas mulheres que pareciam não estar ali.
--Joy? Querida... - William chamou a namorada por alguns segundos, até que ela conseguiu prestar atenção.
--Sim... - Ela sorriu, sem saber o teor da conversa.
--Viram? Daqui a pouco vamos embora, vamos viver novos sonhos. O mundo precisa dessa dupla junta.
--Foi um prazer conhecer-te, William. - Elena despediu-se de William com educação.
--O prazer foi todo meu. -Ele respondeu com um sorriso de cortesia.
Milanka imediatamente iniciou um assunto com o namorado e William. Percebeu claramente que Elena e Joy estavam num universo paralelo.
Elas não diziam nada, apenas encontravam-se nos olhos uma da outra.
Milanka conseguiu trocar um olhar com Elena. Ela pareceu ter acordado para o outro mundo.
Sem pensar e muito menos equacionar o que fazia, abraçou Joy.
--Nem imaginas a minha alegria ao te encontrar aqui...-- Sussurrou.
Joy apertou-a contra si e acariciou-lhe as costas.
Milanka, disfarçadamente passou uma mão nos braços da amiga. Ela despertou...
Foi embora.
--Vamos beber esse vinho? Preciso descansar, Ethan. - Milanka liderou o momento. Era necessário.
Os homens riram e dirigiram-se ao bar.
Milanka, que não tinha nenhuma intimidade com Joy, afinal apenas tinham conversado ao telefone, abraçou-a pelos ombros e guiou-a ao bar.
*****
Elena, parou de correr apenas quando já não era possível respirar. Caminhando a passos mais lentos, olhou as horas. Duas da manhã. Poderia correr até ao amanhecer e nem se dar conta. Correr sempre foi a sua melhor terapia. Corria porque estava feliz, corria porque estava triste, corria por correr...corria para se inspirar. Naquela madrugada, corria para não pensar.
Não sabia como tinha chegado em casa. Mas lá estava com sua roupa de jogging, correndo há horas.
A sua mente era bombardeada de pensamentos desconexos e em todos, Joy reinava.
Começou a rir da vida e suas artimanhas. Jamais poderia imaginar que o namorado de Milanka conhecia Joy e que eram tão amigos. A cena parecia de filme, daqueles com final imprevisível. Final? Não tinha mais filme algum, ou melhor, ela já não era personagem daquela história.
Tentava se convencer disso, mas o sorriso de Joy, o brilho nos olhos, o toque, as risadas, a sintonia que gritava entre elas, nada disso saía da sua cabeça.
--Ela tem a porr* de um namorado, Elena. - Gritou aquela frase inúmeras vezes.
--E tu não sabes o que queres com ela...- Essa frase já não soava com tanta convicção.
--Não preciso saber de nada...poderia apenas viver e descobrir...poderia...
Perdeu-se em devaneios.
Até que percebeu que já era tarde e teria de trabalhar em poucas horas.
Caminhou a passos lentos até ao seu apartamento. Estava mais calma, mas nem por isso convicta de qualquer decisão.
*****
Mais uma sexta-feira bem típica na EWO. Trabalho à vontade para ninguém reclamar de tédio, frenesi pelos corredores, chefe completamente doida e um oceano de novas oportunidades.
Elena trabalhava quase sem respirar e tudo fluía. Era exatamente o que precisava, manter a mente a alta velocidade.
Brigitte inventara uma reunião sem pé nem cabeça, que em dias normais a levaria à loucura, mas jamais num dia como aquele. Queria muitas reuniões, queria a mente ocupada.
Seis da tarde e já não tinha quase ninguém na editora. Claro, estavam todos ávidos pelo descanso merecido.
Pela primeira vez naquele dia, Elena pegou o seu telefone. Muitas chamadas de Milanka e só assim deu-se conta de que não tinha visto a amiga.
Estava cansada e com fome. Não comera quase nada o dia todo. Queria conversar com Milanka, precisava da leveza dela.
--Eu sabia que estarias aqui...
Elena olhou para a porta sem acreditar que era a voz de Milanka.
Sorriu, feliz. Milanka invadiu a sala e a beijou na bochecha.
--Trabalhando até agora, Troia?
--Sim...me distraí...
--Hum-hum, eu já conheço esse discurso.
Risos.
--Hoje a explorada fui eu. Entrei e saí de reuniões intermináveis o dia todo. Estou cansada e ainda vou sair com Ethan...
Elena apenas sorriu.
--Liguei-te várias vezes...Troia...desculpa...
O remorso no semblante de Milanka era comovedor.
--Eu não poderia imaginar...fiquei sem reação quando percebi que poderia ser ela...
--Vamos sair daqui? - Elena voltou a experimentar aquela sensação de falta de ar.
--Vamos! Queres beber alguma coisa?
--Quero!
E saíram juntas.
*****
--Troia, como é que conseguiste manter a calma? Eu no teu lugar, meu Deus...
Elena sorriu. Nem ela sabia como tinha ficado tão calma.
--Levei um susto, mas maior que o susto, foi a alegria ao vê-la...
--Eu sei, foi nítido para mim e espero que só eu tenha tido essa perceção.
--Claro que só tu entendeste. Tu me conheces...
--Não conheço tão bem assim. Na minha ótica, a Elena iria embora, criaria uma situação e sairia dali...
--Talvez, mas essa mulher exerce alguma coisa sobre mim...não sei explicar.
--E tu exerces uma força sobre ela que nada consegue aplacar. Troia, a Joy não via ou ouvia nada além de ti. Eu, eu que não tinha nada a ver, estava a ponto de morrer de nervoso.
Risos.
--Foi uma situação desafiadora, mas acho que superei...
--Brilhantemente e me surpreendeste. Mas se eu pensar bem, quando é que eu te vi apaixonada?
--Apaixonada?
--Ah, Elena de Paros, tu estás completamente apaixonada por essa mulher.
Elena olhou para o copo que ainda estava cheio e brincou com o líquido.
--Meu Deus, ela é a amiga do Ethan...
--Pois é...
--O que será que a vida quer nos ensinar?
--Sei lá, ou melhor sei sim.
--O que tu sabes, Troia?
--Que a vida sem muitas emoções é mais tranquila...
--E sem graça, também. Eu me senti num filme, daqueles bem escritos e que nunca sabemos o próximo acontecimento. Troia, fiquei com medo que ela pudesse ser...como direi, fiquei com medo que ela te ignorasse, que fosse cínica...
--Ela não foi...
--Claro que não. Ela só tinha olhos para ti. Confesso que quando saíste da mesa, eu temi pela reação dela. Mas a mulher é ponderada, não é à toa que gere empresas. Ela teve sangue frio, que eu jamais teria, e soube agir sem criar alarido.
--Não esperava que ela fosse ao deck...
--Já eu tinha a certeza que iria. Inventei que foste fumar.
Risos.
--Tu és muito doida...
--Precisava fazer alguma coisa. Eu já estava me sentindo muito mal, praticamente obriguei-te a ir comigo...
--Exagerada! Lembras que eu decidi ir quando já tínhamos até brigado?
--Sim...eu diria que foi obra do destino...essas coisas que normalmente não cabem na minha mente, mas...
Risos.
--Troia, quando íamos ao deck, por sugestão do namorado dela, eu tive que desviar a atenção deles. Elena, eu tinha a certeza que ela te beijaria...
Elena mordeu a boca. Quase salivara por um beijo de Joy...
--Troia...
--Não sei! Eu não sei o que fazer...
Milanka apertou a mão da amiga entre as suas.
--Ela gosta de ti...
--Eu sei, mas não dá...
--Elena, eu não deveria dizer isso...
Elena levantou a cabeça e encarou a amiga.
--Hmmm...
--Eu não sei ao certo, mas parece que a Joy não tem nada a ver com esse William. Talvez, em algum momento da vida deles na Inglaterra, as coisas possam ter feito sentido, mas a Joy que tu conheces, a Joy que eu vi naquele jantar...
Silêncio.
--Ela pareceu-me perdida, atada...desesperada. E posso estar a ser leviana, mas aquele homem não a vê. Ele foi incapaz de perceber que ela estava incomodada. Qualquer um perceberia. O Ethan perguntou-me se houve algum problema da nossa editora com a Joy. Acho que ele alcançou algo no ar, mas não conseguiu concatenar bem as coisas.
--Ele é apaixonado por ela...
--Mas ela não é. Desculpa dizer essas coisas, não quero de forma alguma influenciar-te...
--Tu não me influencias. Ainda não sei como resolver essa questão na minha cabeça, mas eu vou conseguir.
--Claro que vais, Troia. Eu já entendi que o Ethan adora essa tua Joy e que agora estarão sempre juntos...
--Tu não gostas dela?
--Eu? Claro que gosto. Não a conheço, mas quem cativa os meus, me cativa também. O Ethan adora-a e tu...bem, convém não definirmos nada para a grega não correr assustada.
Risos.
--Eu gosto dela...muito. Mas preciso ser coerente, principalmente com meu coração. Ela me faz muito bem, a vida é leve ao lado dela...
--Será que devo ficar com ciúme? Essa mulher invadiu a minha vida.
Risos.
--Ela tem esse dom...
--Troia, a Joy parece-te uma gestora de sucesso que só pensa em dinheiro e em mais sucesso?
--Não...
--O namorado dela repetia essa história a cada 5 minutos. Parecia que ele queria convencê-la disso. Em momento algum ele levou a sério o fato de agora ela dedicar-se à fotografia. O Ethan disse-me que ela é excelente fotógrafa e que será uma profissional de topo.
--Ela ama fotografia e sim, tem muito talento. Os trabalhos dela são perfeitos.
--Troia...eu não deveria dizer isso, eu sei que não, mas não desista dela, não desista da vossa história. Tu falas dela com...não sei...não desista...
Elena sorriu sem forças.
--Teu namorado te espera...
--Sim. Prometi acompanhá-lo num evento. Mas não ficaria tranquila se não falasse contigo.
--Vá lá. Obrigada.
--Hmmm?
--Sim, por ter insistido e até brigado comigo...
--Tu brigaste comigo.
Risos altos.
--Graças a ti, eu vi a Joy. Não foi a situação perfeita, mas eu quase explodi de alegria ao vê-la. Se queres saber, demorei a notar o lorde inglês...
Gargalhadas.
--Ele é bonito.
--Cala a boca.
Gargalhadas.
--A situação é tensa, sinto que não tem mais espaços para mim, mas foi muito bom.
--Eu queria ter filmado aquela cena no deck. Elena, pelo amor de Deus, se aquilo não é uma paixão avassaladora, nada mais é.
Risos.
--Assumo que vibrei em cada segundo...ela é linda...encantadora...
--O sotaque daquela mulher deveria ser proibido. E a voz? Meu Deus, pobre de ti, Troia.
Risos.
--Sai daqui. Estás atrasada.
Risos.
--Estou sim. E agora estou mais calma também. Não sossegaria até falar contigo.
--Estou bem!
--Minha grega guerreira. Eu te amo.
Risos.
--Amo-te mais ainda.
--Agora somos uma grande família.
Gargalhadas.
--Somos sim. O lorde voltou para o Dubai.
--Já?
--Sim, ele veio por apenas dois dias...
--Hmmm...
--Preciso ir. Meu príncipe me espera.
--Vá! Corra!
Risos.
*****
Desde que voltara do passeio com Zayco, Joy tentava fazer alguma coisa decente dentro do seu apartamento. Totalmente sem sucesso. Entrou no laboratório para tentar concluir um trabalho, mas não tinha inspiração ou paciência, fatores primordiais para o sucesso de um projeto.
O estômago reclamava de fome, mas não tinha a menor vontade de cozinhar. Talvez pedisse alguma coisa. Talvez mais tarde.
O sábado arrastava-se. Levantara antes das sete, ainda que não tivesse nada de especifico para fazer. Estava impaciente demais para ficar na cama. Arrumara a casa, resolvera algumas coisas que não requeriam inspiração, passeara com Zayco, e, no entanto, o relógio só marcava meio dia.
Não conseguia organizar a mente. Precisava de ação, atitude, mas não sabia o que fazer e nem por onde começar. Novidade na sua vida. Sempre soubera tudo, sempre agira atempadamente. Sempre estivera certa de tudo o que fazia. Os planos sempre existiram e elas os conhecia e dominava.
Agora...
Agora vivia uma angústia. Um lado certo de uma coisa, o outro certo de outra completamente diferente. A luta era de dragões, ambos muito fortes e sem nenhuma vontade de vergar.
Em alguns momentos, que eram verdadeiros lampejos de sobriedade, tinha a certeza que alguma coisa aconteceria e tudo ficaria onde deveria estar. Coisas que aprendera com a mãe e que nunca dera a menor importância. A mãe era pouco prática...aos olhos de quem?
Desabou no sofá e ligou uma playlist aleatória. A Música talvez a levasse para um lugar mais tranquilo.
*****
Joy era embalada por Tonight de Whithewildbear, enquanto acariciava a cabeça do seu cachorro. Não sabia há quanto estava naquele sofá, mas ainda havia luz do sol.
De repente, teve a sensação que alguém batia à porta. Demorou algum tempo a entender se era real ou loucura da sua cabeça. Mas, Zayco latiu, e ela teve a certeza que alguém batia à porta.
--Será que pedi comida? Que horas são? - Olhou para Zayco que tinha as orelhas em pé.
Pegou o telefone e não tinha qualquer ligação. Esfregou os olhos e alisou a roupa que estava toda amassada.
Abriu a porta. Não tinha ninguém.
--Que loucura é essa?
Olhou para fora e deu de cara com Elena que já se preparava para ir embora.
--Elena...- Joy sentiu a boca seca, pernas e mãos trémulas.
--Pensei que não estivesses aqui...já estou aqui há algum tempo...
--Estava a dormir...
--Desculpa.
--Não...estou confusa, desculpa. Queres entrar?
--Sim.
Joy percebeu que já estava do lado de fora do apartamento quase alcançando Elena.
Zayco latiu e as duas riram.
Fim do capítulo
Olá,
Bruna querida, aceite esse capitulo como um presente meu. Passo a contar uma história que talvez faça sentido para ti. Entre outras tarefas do meu dia, passei parte dele a escrever o capitulo 16. Claro que exagerei, até porque tenho usado a mão para outros trabalhos, e fiquei extenuada. Eu sempre escrevo tudo e depois na hora de postar releio e corrijo alguma coisa, ou muitas vezes acrescento outras. Hoje, eu já tinha desistido. Estava cansada e com dores, disse a mim mesma, ah, amanhã ou depois eu posto o capitulo. Fui dormir, e quando acordei, tinha um email da Bruna que me fez mudar de ideia.
"Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz. Quanto mais a hora for chegando, mais eu me sentirei feliz. Às quatro horas, então, estarei inquieto e agitado: descobrirei o preço da felicidade!"
Assim fico eu, no domingo, esperando por você...
Como não dar tudo de mim e postar o capitulo? Essa sou eu, prazer rsrsrs
Eu sempre digo que ainda que apenas uma pessoa leia o que escrevo, ainda assim, terei todo o prazer do mundo em escrever. Obrigada Bruna por me lembrar disso.
Do meu coração para o teu com muito afeto e carinho e desejando as melhoras para a tua irmã.
Abraço e boa leitura.
Ah, depois que decidi que postaria o capitulo, eu me dei conta que hoje é 16 e o capitulo postado é o 16. Ele teria de ser postado rsrsrs
Nadine
Comentar este capítulo:
Veka
Em: 23/08/2020
Último cap aqui para me atualizar na história!!!
Me senti a Milanka nessa cap, sendo absorvida pelo mundo paralelo criado pela Leninha e pela Joy, ao mesmo tempo em que tentava controlar a realidade. kkkkkkkkkkkkkk....
Vc é muito maravilhosa, Naná! Nooooossa!
E agora vamos ficar aguradando cenas dos próximos capítulos!
Beijinhos...
Veka
[Faça o login para poder comentar]
diasana377
Em: 22/08/2020
Que história maravilhosa!!!
Parabéns Nadine por nos proporcionar uma leitura cheia de emoções.
Estou ansiosa pelo próximo capítulo. Confesso que já entrei nesse site hoje (22/08/2020) mais de 10 vezes na esperança de encontrar o capítulo 17 disponível.
Um beijão.
[Faça o login para poder comentar]
brunafinzicontini
Em: 16/08/2020
Meu Deus, Nadine!!! Que emoção!!! Não fora pelo capítulo maravilhoso, suas palavras nas notas finais me tocaram a alma e me fizeram chorar! Muito obrigada, querida autora! Foi o maior presente que eu poderia sonhar, num momento em que estou me sentindo particularmente fragilizada! Que felicidade! Sim, essa é a Nadine - autora extraordinária, que foi generosamente privilegiada por Deus com um talento imenso que não pode ser calado! Obrigada por essa sensibilidade que a levou a superar - mais uma vez - as limitações de dor e cansaço para me surpreender neste domingo tristonho, levantando-me o astral! Você é FANTÁSTICA!
Como sempre, sua escrita nos encanta, fazendo-nos sentir na pele a sensação que deve ter dominado nossas heroínas nesse encontro inusitado! Que loucura! As duas precisaram de muita força para não se atirarem aos braços uma da outra ali mesmo, na frente dos demais! Foi muita tensão, que deixou Milanka em apuros. Mas foi um encontro delicioso no terraço do restaurante, fazendo-as sentir acesa a chama que desde o início as aproximou. Que maravilha ver que Elena, finalmente, deixou-se levar pelos seus verdadeiros sentimentos e foi à procura de Joy! Esperaremos com muita ansiedade esse próximo contato!
Até mais, querida Nadine! Mais uma vez, OBRIGADA! Você iluminou meu domingo!
Espero que tenha uma excelente semana!
Beijos,
Bruna
[Faça o login para poder comentar]
cris05
Em: 16/08/2020
Elena é minha ídola...rsrs. Eu aqui praticamente sem respirar com medo do que ia acontecer nesse jantar e ela conseguiu manter a calma. Jesus!
Segurar a ansiedade até o próximo domingo vai ser dureza.
Parabéns, Nadine. Dizer que eu amo as suas histórias é pouco, viu. Já reli todas, e mais de uma vez rsrsrs.
[Faça o login para poder comentar]
Deixe seu comentário sobre a capitulo usando seu Facebook:
[Faça o login para poder comentar]