Capitulo 2 Um livramento inusitado
Alanis acordou na segunda-feira, banhou, vestiu uma calça social azul marinho, top, camiseta branca, e uma blusa de seda branca com mangas compridas dobradas até os cotovelos, se maquiou discretamente, calçou seus sapatos de saltos médios bastante confortáveis, verificou os documentos na bolsa, conferiu a sua arma, o celular, pegou duas mudas de roupas, o colete, seu distintivo, a jaqueta de couro quê usava quando precisava andar nas ruas a noite, produtos de higiene pessoal, os arrumou numa maleta, olhou-se no espelho e disse para si: "Vamos lá Dra Alanis Carreras, fazer o melhor!"
Enquanto tomava café no restaurante do hotel chegaram um membro da corregedoria, e o secretário de segurança quê iriam acompanhá-la até a delegacia. Alanis não gostava daquela pompa, mas não podia fazer nada além de seguir toda aquela escolta para ser empossada no seu novo cargo.
- Seja bem-vinda a grande Recife Dra Alanis Carreras! - Eles disseram depois do bom dia formal.
Minutos depois chegaram na delegacia. Encontraram vários jornalistas, pessoas com faixas dando boas vindas ao novo delegado, vários carros de polícia, e muitos curiosos. O secretário disse algumas palavras, e apresentou a delegada.
Alanis não gostava de aparecer, detestava a imprensa sensacionalista, procurava fazer o seu trabalho, e a população quê se encarregasse de falar bem ou mal dela. Quando foi interrogada por um jornalista sobre a sua estratégia de trabalho ela apenas respondeu. - Bom dia, senhores, senhoras, caros colegas! Eu acabei de chegar na cidade, e não divulgo estratégias. Quando eu começar o trabalho os fatos falarão por mim! Muito obrigada a todos! - Alanis despediu-se do secretário, do membro da corregedoria, e entrou na sala onde tinha uma placa; sala do delegado.
Se tinha uma coisa quê Alanis gostava era de organização, e limpeza. E a sua sala estava impecável. Ela passou alguns minutos observando cada detalhe, além de limpa, a sala era ampla, e bem arejada. O vaso com o arranjo de flores era lindo e perfumava o ambiente. Seis pares de olhos arregalados, quase saindo das suas órbitas observavam a Dra estupefatos. Cada um com seus pensamentos. Alanis virou devagar sentindo a presença deles; ela tinha os ouvidos, e o olfato bem aguçado.
- Bom dia! - Eles chegaram um pouco mais para perto da sua nova chefe.
- Bom dia Dra! Responderam quase em uníssono.
- Bom, se essa organização aqui foi para me causar uma boa impressão, confesso quê vocês conseguiram, mas se essa é a rotina de vocês, com certeza iremos nos dá bem! Quero em minha mesa todos os casos difíceis quê vocês estão investigando. Vamos sentar juntos e começar a montar as estratégias para solucionar os problemas, porém antes se apresentem por favor! - Alanis falou olhando nos olhos de cada um deles.
- Carlos Ramirez, investigador! - Falou um sujeito corpulento, moreno aparentando 40 anos, olhos negros, fisionomia séria."O cão quê ladra mas não morde", Alanis lembrou e quase riu.
- Milena Amorim,perita especializada em narcóticos. - Uma mulher morena mais ou menos da sua altura, cabelos negros arrumados num belo coque.
- Diogo Ferreira da Silva, investigador! - Um rapaz aparentando uns trinta anos, alto, branco, olhos e cabelos castanhos.
- Túlio Fonseca, perito criminal! - Um loiro de olhos azuis, o menos alto da turma, e o mais gordinho.
- Patrício França, agente. - Um negro bem alto, e forte.
- Eva Vila Flor, escrivã de polícia! Bom dra, aqui nesta lista consta todos os nomes e funções, faltam quatro nesse departamento; sendo quê dois estão de licença, e dois estão de férias. - Alanis apertou a mão de cada um, só então sentou em sua mesa.
- Obrigada pelas flores, são lindas! - Ela disse antes deles se retirarem da sua sala.
Horas mais tarde já perto das quatro, Alanis passava na avenida Bom Sucesso acompanhada do Diogo, e do Patrício fazendo alguns reconhecimentos de áreas a serem monitoradas, quando se depararam com uma confusão. Carros parados, e alguns PMs revistando algumas pessoas com mochilas.
- Pare o carro Patrício, vamos vê o quê está acontecendo alí? - Após descer do carro Alanis se deparou com uma cena deprimente; dois policiais usando força excessiva para revistar um rapaz quê nem oferecia resistência.
- Calma aí chefia, não tem nada ilegal na minha mochila! - O rapaz de vinte e poucos anos se explicava, mal conseguindo respirar.
- Boa tarde! Delegada Carreras. O quê está acontecendo soldados? - Alanis perguntou, e um dos policiais a olhou incrédulo.
- Está querendo mostrar serviço para o governador sargento Gomes? - O agente Patrício se dirigiu a um dos PMs.
- Por que vocês não vão caçar bandidos de verdade, nós não somos traficantes, nem amigos de traficantes. Isso quê vocês fazem é abuso de autoridades! - Uma moça bem morena, alta, reclamava com alguns policiais que a arrastava até onde os outros estavam.
Alanis olhou bem para a mulher a sua frente, olhos verdes bem escuros. Quando seus olhares se encontraram, Alanis não viu medo neles, mas ódio, e rancor.
- Soltem a garota, vocês já revistaram a mochila dela e nada encontraram de ilegal! - Alanis falou controlando a irritação com aqueles policiais incompetentes a sua frente.
Quando a garota juntou suas coisas devolvendo de volta a mochila, vários disparos foram ouvidos, e foi gente correndo para todos os lados tentando se proteger como podiam, em meio as rajadas de tiros. Quando deu por si, Alanis estava esgueirando numa rua, sem conseguir ver nenhum dos seus colegas. Um corpo chocou-se com o seu bem na hora quê se ouvia novos disparos de armas de fogo.
- Vamos por aqui é mais seguro! - A garota morena de olhos verdes falou segurando uma das mãos de Alanis. Elas seguiram por uma rua estreita, mas de repente a garota parou encostando numa parede, e puxando Alanis para si.
- Me beija! - Alanis fitou a garota sem entender. E ela simplesmente lhe agarrou pela nuca beijando seus lábios em seguida.
No começo foi só um encostar de lábios, mas Alanis entreabriu os lábios e uma língua quente invadiu a sua boca de forma deliciosa. Alanis sentiu como se flutuasse, esqueceu do mundo ao redor de si por alguns instantes.
- Está maluca? - Falou afastando um pouco ofegante.
- Não, só salvando nossas vidas. Está vendo aquele homem lá adiante, ele nos mataria se tivesse notado a tua arma! Por isso te puxei para o beco. - Alanis olhou para o homem que passara por elas enquanto se beijavam, apontou a sua arma e gritou.
- Polícia! Levante as mãos, e solte a arma no chão! - O homem virou já atirando na direção delas, mas Alanis antecipando a ação do bandido saltou na frente da garota, e acertou dois disparos nele após levar um tiro de raspão num dos braços.
- Dra, a senhora está ferida! - Diogo e Patrício apareceram correndo ao lado da delegada.
- Eu estou bem, foi só de raspão, mas o elemento alí vai precisar de uma ambulância se não estiver morto. - O socorro chegou, fizeram um curativo no braço de Alanis enquanto outros seguiam com o bandido ferido para a ambulância escoltado por Diogo.
- Vamos para casa menina! - Alanis chamou a atenção da moça quê permanecia sentada no chão toda encolhida.
A garota levantou seguindo Alanis, e Patrício em silêncio. Quando chegaram no carro Alanis abriu a porta detrás. - Entre menina, nós te levamos em casa! - A garota olhou para aquele carro de polícia civil.
- Não precisa, eu vou de ônibus! E também tenho quê procurar o meu amigo. - Alanis observava a garota, e imaginou quê ela era uma daquelas pessoas quê tinha pavor de policiais, por conta dos maus elementos vestidos de farda.
- De forma alguma quê iremos te deixar aqui. Com essa confusão toda o teu amigo já deve está longe. - Alanis não sabia por quê,mas não se sentiria bem se não deixasse aquela garota a salvo em sua casa. E também lembrou quê tinha de registrar o depoimento da garota, já quê ela foi testemunha da tentativa de assassinato quê sofreram.
- Se o teu amigo era um rapaz moreno, magro e alto quê alguns PMs revistaram, antes dos tiros começarem, o Diogo o liberou antes ouvirmos aqueles disparos onde vocês foram encontradas. O Diogo o conhece, acho quê o ouvir chamá-lo de Dico, e ele procurava uma Ayla, é você? -;Alanis falava com alguém ao telefone. - Sim. - Ela respondeu sem graça.
- Vamos Patrício, temos quê passar na delegacia, o homem vai sobreviver. O Diogo informou-me quê ele é um traficante quê estava sendo caçado a algum tempo. Eu vou falar pra o Ramirez ir até o hospital tentar arrancar alguma coisa dele, e também coordenar a segurança do hospital! - Ayla entrou no carro, não sabia o por quê, mas sentiu quê podia confiar naquelas pessoas.
Em menos de dez minutos chegaram na delegacia, e alguns jornalistas de porta de cadeia já estavam a postos. - Delegada pode nos dá uma palavrinha? - É verdade quê a senhora tirou de circulação um dos grandes braços direito do tráfico? - Um repórter atrás do outro perguntaram.
- Não tenho nada a declarar aos senhores por enquanto. Nos deem licença por favor! - Ayla ficou assustada ao ouvir o repórter chamar a policial de delegada.
"Ai meu pai! Eu beijei a delegada! É hoje quê fico presa por desacato, ou melhor assédio, atentado ao pudor!" Ayla pensava, e nem se dava conta que já estava na sala da delegada.
- A senhora nos chamou Dra? - Ayla virou-se na direção daquela voz quê mais parecia um trovão, e se deparou com um sujeito corpulento, e mal encarado, mas ficou tranquila quando viu quem o acompanhava; a Eva sua vizinha.
- Ramirez, eu quero quê dispense aqueles urubus da frente da delegacia, vá ao hospital, e assim quê o sujeito puder falar, pegue o depoimento dele. E você Eva, toma o depoimento da Ayla enquanto troco essa roupa suja de sangue. - Só então a Eva viu a sua vizinha e amiga Ayla.
- Menina, o quê aconteceu? - Ayla contou o ocorrido ocultando a parte do beijo, enquanto Eva anotava tudo. - Meu Deus Ayla, por pouco não perdemos você, e a nossa chefe gata! Ela começou a trabalhar hoje, e já causou esse reboliço, imagine quando estiver completamente na ativa. - Ayla ficou curiosa pra saber mais sobre a mulher.
- Então quer dizer quê ela veio de outra cidade? Agora entendi porque a achei meia perdida com as ruas daqui, ela não conhece bem a cidade. - Eva ficou observando o jeito da Ayla falar.
- Ela estava fazendo exatamente isso, quando aconteceu o ataque. Ela fazia uma espécie de reconhecimento naquela parte central da cidade onde sabemos quê rola muita droga, tanto durante o dia como a noite. Eu acho quê você poderia mostrar a cidade para ela, afinal já vive aqui a sete anos, não é policial, e com um belo disfarce ela poderá te acompanhar sem ninguém perceber quê se trata da nova chefe da entorpecentes. - Ayla arregalou os olhos, e iria responder quê achava a idéia um absurdo, quando sentiu aquele perfume doce, não precisou nem virar para vê de quem se tratava.
Alanis entrara discretamente e ouvira o restante da conversa. Ela fora trocar a blusa, mas resolveu tomar um banho, meia desajeitada por conta do ferimento no braço esquerdo, e acabou demorando mais do quê imaginara.
- Então tudo certo aí Eva? Eu vou levar a senhorita Ayla em casa, qualquer coisa estou neste número! - Eva olhou para a delegada, e em seguida para a Ayla quê estava com a cara de assustada.
- Eu posso levá-la Dra, nós moramos no mesmo prédio, e coincidentemente no mesmo andar. - Eva sorriu do aparente alívio de Ayla ao ouvir isso.
- Obrigada Eva, mas eu faço questão de levá-la, e aproveitando, já peço pra ela me mostrar um pouco da cidade, acatando a tua sugestão. Outra coisa, eu preciso encontrar uma casa boa para alugar, não precisa ser muito grande, mas quê seja bem localizada, e não muito longe daqui. - Ayla estava de costas para a delegada assinando o seu depoimentos, mas fuzilou Eva com o olhar.
- Ayla Handara, nome e sobrenome exóticos. - Eva comentou para provocar Ayla, quê balançou a cabeça em negação.
Sem ter como evitar ir com a delegada, a Ayla se viu andando atrás dela até o carro, mas ficou aliviada de ser um veículo normal, e não um carro da polícia. Enquanto Alanis dirigia concentrada no trânsito, Ayla a observava de soslaio.
- Se não me disseres onde moras ficará difícil chegarmos até lá! - Alanis falou quando pegaram a avenida onde aconteceu o ataque.
- Mesmo sem saber a senhora está me levando até lá. Pode seguir essa avenida, quando for para mudar de faixa te falo. - Seguindo devagar com as orientações da Ayla, quarenta minutos depois entraram em um bairro conhecido pela Alanis.
Ela já o frequentara muitas vezes quando fazia faculdade, pois um dos seus muitos colegas morara alí. Quando a Ayla pediu para ela parar em frente ao grande prédio antigo. A Alanis lembrou do seu amigo Luiz, era alí quê ele morava com os pais; formou-se em direito junto com ela,mas fora assassinado quando voltava para casa depois de uma festa. Como ele teve os seus órgãos sexuais decepados, e uma escrita a faca na barriga "viado", acredita-se quê foi morto por pessoas que não tolerava homossexuais.
- Pronto Dra é aqui quê eu estou morando. Muito obrigada pela carona. - Alanis desceu do carro distraída, olhando para o edifício de dez andares, em cada andar haviam dois apartamentos. Os pais do Luiz moravam no 9° andar apartamento dezoito.
A Ayla observava a sua acompanhante quê parecia distraída enquanto se encaminhavam para a entrada do prédio."Quê mulher linda! Por certo não é casada, nem noiva, pois não usa nenhuma aliança, apenas um bonito anel na mão direita; um pouco mais baixa quê si, e também mais forte, um corpo trabalhado na academia de polícia." Pensava Ayla.
- Eu já vim muitas vezes nesse edifício na época quê eu fazia faculdade; mais especificamente no apartamento dezoito. - Alanis falou saudosa, demonstrando um certo pesar na voz, pois lembrara do seu amigo.
- Sério? Esse apartamento pertence a dona Tereza de Azevedo Sodré,estava sem alugar a bastante tempo; quando eu e meus amigos conseguimos convencê-la a ceder pra gente. - Alanis ficou surpresa com a feliz coincidência.
- Então você a conhece! - Ayla olhou dentro daquele céu azul quê eram os olhos de Alanis.
- Eu, e os meus amigos morávamos no primeiro andar, essa dona Tereza foi uma das primeiras moradoras aqui do prédio, mas era de Caruaru. Segundo ela nos contou mataram o filho dela aqui nesse bairro quando retornava de uma festa; então ela e o senhor Álvaro traumatizados voltaram para Caruaru deixando o apartamento fechado. E apenas passavam o dinheiro para o porteiro, o seu Juvenal pagar as contas. Até o dia quê o apartamento foi invadido. Quando isso aconteceu eles vieram conferir o quê fora roubado, nós ajudamos com a faxina, e depois de alguns meses ela alugou para nós, por um preço bem abaixo do normal, pois ficou penalizada por morarmos os cinco num lugar tão abafado. - A Alanis ficou encantada com a simplicidade daquela jovem mulher.
- Eu sou uma das amigas do Luiz. Depois do velório, estive aqui para visitar os pais dele, descobrir quê eles tinham ido embora, e nenhum morador ou o porteiro sabia o endereço. Foi um crime muito cruel! Até onde eu sei nunca prenderam os assassinos. - Ayla olhava a figura a sua frente, teve vontade de abraçar, mas se conteve pois já estavam na portaria do edifício.
- Menina Ayla, quê bom vê quê estás bem! O Dico chegou aqui apavorado, e saiu logo em seguida com o Tico; disseram quê iriam te procurar lá onde vocês ficam vendendo as lembrancinhas, a água, e os doces. Ele disse quê os PMs estavam revistando todo mundo quando de repente só se ouviram tiros, então se perdeu de você. - O porteiro falou enquanto liberava a entrada.
- Nem me fale seu Juvenal foi terrível, eu vi a morte passar bem perto. Vou tentar ligar para o Dico. - Me empreste o teu telefone seu Juvenal, a bateria do meu já era! -
- Pode usar o meu! - Alanis quê até então estava atrás de Ayla foi notada pelo velho porteiro. - Boa noite! Como vai Juvenal? Eu creio quê não esqueceu de mim! O homem sorriu lembrando das brincadeiras quê alguns amigos do Luiz incluindo aquela moça faziam quando passavam por alí.
- Menina, eu esqueci o aparelho em casa. Dona Alanis! Nossa como a senhora ficou forte e bonitona! - O homem abraçou a Alanis como nos velhos tempos.
- Nada de dona Juvenal esqueceu? - Os dois sorriram.
- Obrigada Dra, consegui avisar aos meninos quê estou bem. Quer subir um pouco? - O Juvenal olhava para as duas com certa curiosidade, mas como era discreto guardou para si a vontade de perguntar, se as duas eram namoradas; pois ele sabia das preferências da Ayla, apesar dela nunca ter trazido nenhuma namorada alí.
- Não vou incomodar? Você deve estar cansada! - A Ayla não entendia o por quê, mas queria prolongar o máximo a presença da Alanis ao seu lado.
- Serviço completo Dra, me deixar dentro de casa em total segurança! -
Juvenal também ficara curioso por quê a Ayla só se dirigiu a Alanis como Dra; mas lembou-se de quê ela estudava direito assim como o Luiz e os três amigos deles, "por certo se tornarar uma grande advogada." Pensou consigo, enquanto elas entravam no elevador.
Alanis não só tinha curiosidade de rever o apartamento do amigo, como queria de fato vê como vivia a garota quê de um jeito inusitado a livrara de talvez ser baleada fatalmente pelo traficante. Enquanto o elevador subia ela lembrava do beijo; já tinha sido beijada por uma colega numa festa, nos tempos da faculdade, mas o beijo da menina a sua frente foi muito melhor, e ela gostara tanto quê por alguns segundos esquecera da situação perigosa em quê se encontravam.
Ayla encostada na parede do elevador com os olhos fechados, também vivia o momento do beijo. "Que boca gostosa essa mulher tem, quê perfume delicioso!" Ayla suspirou fundo aspirando o perfume, o elevador parou, Ayla abriu os olhos, e viu Alanis desviar o olhar da sua boca rapidamente.
Saíram do elevador, e enquanto Ayla destrancava a porta, a Alanis observava quê pouca coisa mudara alí naquele andar, exceto os moradores dos apartamentos. A Eva dissera quê morava no mesmo andar, então o seu apartamento era o 17°.
- Entre, não repare se houver alguma bagunça. - A voz da Ayla lhe trouxe ao presente, pois ela lembrava quê alí no apartamento da Eva morava um policial militar, um sujeito nada confiável, quê as vezes falava algumas gracinhas para ela, e maís duas amigas quê também vinham alí.Alanis entrou, e praticamente voltou no tempo. Quase todos os móveis e quadros continuavam na sala.
- Aceita uma bebida? Pode sentar! - Alanis sentou no antigo sofá de couro marrom muito confortável quê ainda existia alí.
- Um copo d'água está ótimo! - Ayla foi rapidamente até a cozinha, encheu dois copos d'água bebendo logo o seu, pois se sentia acalorada, pegou o outro, foi até a sala, e encontrou Alanis olhando um retrato num dos quadros na parede. - Ele era dois anos mais velho quê eu, nós éramos como irmãos. - Ela disse ao pegar o copo d'água.
- É muito triste perder alguém quê a gente gosta, principalmente de uma maneira tão trágica. Fique a vontade quê vou tomar um banho rápido, e já volto! - A Ayla disse já se retirando rapidamente.
A Alanis ficou olhando a garota correr pelo corredor, entrar num dos quartos, depois voltou a sua atenção para os quadros, alguns grafites lhe chamaram a atenção, perfeitos!Lembrou de uma viagem quê fizera para o Rio de Janeiro com os pais quando adolescente, e se deparou com aquela arte pela primeira vez. Estava tão distraída quê nem notou a porta ser aberta, só quando ouviu passos é quê virou rapidamente, dando de cara com quatro figuras lhe olhando assustadas. Reconheceu o rapaz quê estava sendo revistado pelos PMs, e esse por sua vez arregalou os olhos ao lembrar dela.
- Boa noite delegada! Em quê podemos ajudar? - O rapaz a cumprimentou seguido pelos demais.
- Eu vejo quê já conheceu os meus amigos! - A Ayla apareceu na sala vestida numa blusa soltinha, uma bermuda um pouco acima dos joelhos, com os cabelos molhados, e descalça. Ela sorriu, e a Alanis a achou linda.
Fim do capítulo
Olá, tudo bem meninas?
Aí está mais um novo capítulo, espero quê gostem!
E por favor me digam: o quê acharam do encontro das duas personagens principais?
Muito obrigada pelos comentários! Eu fiquei muito feliz em saber quê agradei um pouquinho.
Obrigada Lina Campos e Socorro de Souza por favoritar a história!
Beijos â¤ï¸!
Com amor,
Vanderly
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Lea
Em: 01/01/2022
Presságio de um belo romance policial. Um beijo que salva,adorei!!!!
Resposta do autor:
Boa tarde de novo Lea!
Eu fico feliz em saber que estás gostando!
Muito obrigada por comentar!
Com certeza um romance policial, no meu ponto de vista uma comédia romântica num estilo mais sério. Risos.
Sim, o beijo foi a pequena faísca pra incendiar os corações.
Beijos querida!
Vanderly
Anny Grazielly
Em: 07/09/2020
Adoreiiiiii o encontro das duas e ja com direito a beijoooooooo... delicia demais...
Resposta do autor:
Bom dia â¤ï¸!
Eu fiquei muito feliz em saber quê gostou do capítulo.
Muito obrigada pelo comentários!
O encontro foi deveras emocionante. Enquanto eu escrevia essas cenas tentei imaginar a carinha de vocês lendo isso. Ainda bem que as carinhas foram boas demais! 😊
Tenha um ótimo dia â¤ï¸!
Vanderly
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lis
Em: 17/08/2020
Olá autora querida do meu coração, tudo bem?? Vou confessar que vi a estória, li a sinopse umas seis vezes me interessei mais mesmo assim não comecei a ler rs, ai bateu aquela ideia de ver se a autora tinha outras estórias, e TCHARAMMM me deparo com uma da minhas estórias favoritas escrita por vc uhuuuuuuuuu, ai eu corri ler hehe e estou amando, vc desse estar se perguntando o porque de falar ( querida autora do meu coração) na vdd estou puxando o saco mesmo kkkkkkkkkkkkkk pois eu li o capitulo final de " Por acaso um amor" achei que comentei e não comentei sniff sniff, assumo minha culpa, e vou me redimir. Agora vamos falar serio, qual será a receita dessa estória já estou ansiosa para fazer hehe, a lasanha da outra ficou muito boa. parabéns pela estória sei que vai ser um sucesso quer dizer já é.
Resposta do autor:
Olá querida leitora, tudo bem?
Eu fico feliz em te ter por aqui também!
Muito obrigada pelos comentários!
Não comentou o capítulo final, ainda está em tempo. É só ir até lá e conentar, pois eu amo responder a vocês!
Está fazendo fita, comeu a lasanha e esqueceu de me convidar! Hum!
Acredita que eu não me arrisquei a fazer?
Bom, não sei se alguém vai cozinhar como a dona Carmélia, mas se houver a senhora, ou senhorita saberá acompanhando a história.
Obrigada pelos elogios sinceros.
E também por ser querida do teu coração.
Beijos â¤ï¸!
Vanderly
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Manubella
Em: 09/08/2020
Esse encontro foi uma delícia, gente essa história vai ser pura emoção emocao
Resposta do autor:
Olá Manubella, tudo bem?
Quê bom saber quê gostaste do encontro! Foi emocionante mesmo.
Muito obrigada pelos comentários!
Aí vem mais emoções! O quarto capítulo foi postado!
E não esqueça de me contar o quê achou!
Beijos e até breve â¤ï¸!
Vanderly
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Rosa Maria
Em: 07/08/2020
Minha Amiga...
Que forma foi essa de fugir do perigo dessas duas? Muito bom, me senti num clima de perigo parabéns antes que me esqueça...
Beijos
Ross
Resposta do autor:
Olá Rosa, tudo bem?
Quê bom saber quê a amiga gostou do capítulo.
Muito obrigada pelos comentários!
Uma forma deliciosamente ousada de fugir do perigo não achas! Risos
Obrigada pelos elogios e apoio.
Aí está o novo capítulo! Não esqueça de me contar o que achou!
Até breve!
Beijos🌹â¤ï¸!
Vanderly
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patty-321
Em: 05/08/2020
Encontro inusitado e cheio de perigo. Muito bom.
Resposta do autor:
Olá patty-321, tudo bem?
Um verdadeiro encontro, cheio de perigo, e emoção!
Eu fico feliz em saber quê gostaste.
Muito obrigada pelo comentário!
O novo capítulo já foi postado corre lá, confere, e não esqueça de voltar pra me contar o quê achou!
Até breve!
Beijos â¤ï¸!
Vanderly
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SPINDOLA
Em: 04/08/2020
Boa noite, Van.
Eis que no encontro das personagens rola um delicioso beijo salvador com direito a língua atrevida, ameiiii.
Este romance promete momentos intensos e muito fogo no parquinho, adorooooooo.
Ótimo capítulo.
Bjs
Resposta do autor:
Bom dia SPINDOLA!
Muito obrigada por comentar! E eu fico feliz em saber quê gostou do capítulo.
Ah! O beijo foi rápido, mas intenso, e com um grande significado para as duas, principalmente para a Alanis.
Com certeza vai ter muito fogo por aqui, quer dizer no romance! Kkkk.
Bom, se estavas ansiosa acabou agora!
Aí está o novo capítulo, confere e não esqueça de me contar o quê achou!
Até breve!
Beijos â¤ï¸!
Vanderly
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Naty24
Em: 04/08/2020
Espero que o próximo seja tão bom quanto foi esse e os próximos que virão
Resposta do autor:
Bom dia Naty24!
Eu fico feliz que tenha gostado.
Aí está um novo capítulo espero quê goste e venha aqui me contar o quê achou!
Muito obrigada pelos teus comentários!
Até breve!
Beijos â¤ï¸!
Vanderly
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Naty24
Em: 04/08/2020
Encontro e tanto ein!!!
Cara a delegada já ficou mexida com um simples beijo salva-vidas
Imagino lá pra frente dessa história
Resposta do autor:
Olá Naty24, tudo bem?
Que bom saber quê gostaste do capítulo. Obrigada pelos teus comentários!
Então, a delegada ficou nas nuvens, pois nunca tinha sentido uma sensação tão boa.
Ai, lá na frente vai ser uma série de descobertas, continue acompanhando e verás.
Beijos â¤ï¸!
Vanderly
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