Capitulo 1 Um grande desafio
A delegacia especializada em tráfico de entorpecentes da grande Recife enfrentava uma das suas piores crises; a subdelegada fora assassinada por traficantes, e o delegado titular fora afastado pela corregedoria como principal suspeito do crime; além de está sendo investigado por corrupção, e formação de quadrilha. Um novo delegado fora designado para o cargo tão cobiçado por muitos, por ser um dos melhores salários da categoria em Recife; apesar de um delegado civil ganhar bem menos em relação a outros estados, quem fosse indicado para o cargo rceberia entorno de 14.000,00 R$ mais os benefícios, enquanto outros variavam entre nove a doze mil reais dependendo da especialidade em quê atuassem.
Alanis tinha trinta e três anos, e a dez anos trabalhava na polícia; neta, e filha de ex delegados logo cedo se apaixonou pela profissão do avô paterno, e também do pai. A mãe dela Joana não se conformava de quê a sua filha do meio quisesse a mesma carreira dos mais velhos, se o Tarcísio quê era homem quisesse ela até entenderia, mas a Alanis que mais parecia uma princesa não. A mãe fez o quê pôde para dissuadi-la mas não teve jeito. Aos dezoito anos Alanis entrou para a faculdade de direito, aos vinte e dois já era bacharel, aos vinte e três passou no concurso e tornou-se escrivã da polícia civil do Cabo de Santo Agostinho, aos vinte e cinco assumiu o cargo de investigadora na cidade de Olinda, aos vinte e sete foi aprovada em concurso para delegada, e mais tarde assumiu como titular na delegacia de Jaboatão dos Guararapes, a sua cidade natal. Estudiosa como sempre foi, Alanis Carreras especializou em narcóticos, e conhecia todo tipo de armas de fogo.
Quem não conhecia a delegada Alanis Carreras não dizia quê aquela mulher com rosto de traços tão delicados e formoso, era a meticulosa, fria, e implacável Dra Carreras. Apesar de adotar essa postura, a Alanis era amorosa com a família. Seus amores se resumia em Alan seu filho de oito anos, resultado de um casamento de três anos com o advogado Augusto Tavares, o seu pai José Carreras, a sua mãe Joana, o irmão Tarcísio dois anos mais velho quê ela, a irmã Tássila com vinte e sete, e o seu avô Fernando Carreras.
Para Alanis, o seu casamento com Tavares foi o maior erro da sua vida. O conheceu na faculdade de direito, gostara dele no início, namoraram durante dois anos, mas terminaram por causa dos ciúmes dele. Quando ela tornou-se escrivã reataram o namoro, por descuido ela engravidou de Alan um ano depois, e resolveram casar. Ela não estava certa dessa decisão, mas achou melhor acatar os conselhos da mãe. Quê achava que com isso ela largaria a polícia; Tavares também esperava o mesmo. Lêdo engano. Assim quê teve a criança Alanis prestou concurso para investigadora de polícia cívil em Olinda, foi aprovada com honra, e assumiu o cargo. As brigas se tornaram constantes, até o dia quê Augusto Tavares mandou ela escolher: a polícia ou o casamento. Alanis não se abalou; aprovada em concurso assumiu a delegacia de Jaboatão, e um ano depois Tavares pediu o divórcio.
Agora, Alanis Carreras estava diante de um grande desafio; assumir uma delegacia da grande Recife como delegada titular, e arrumar a bagunça deixada pelo delegado afastado.
- Eu e seu avô estamos muito orgulhosos de você filha, temos certeza quê desempenhará o seu papel com mérito, assim como sempre tem sido. - José Carreras falou ao abraçar a filha.
- Eu preferia quê você não tivesse aceitado esse cargo; o governador, o secretário de segurança, e a corregedoria que arrumasse outra pessoa! Agora não terei mais sossego na vida! - A mãe Joana abraçou a filha toda chorosa.
- Vai lá minha querida, e acaba com a boa vida daqueles traficantes de drogas e armas! Mostra quê um Carreras não foge a luta! - O avô Fernando Carreras falou depois de abraçar a neta.
A Alanis abraçou, beijou o filho, e entrou no carro seguindo para a cidade. Os seus pais e o avô viviam numa pequena fazenda a trinta quilômetros da cidade. A Alanis acelerou o seu carro na estrada de cascalho. Ela fora alí logo cedo deixar o pequeno Alan, e despedir dos pais. Viajaria em seguida para a capital. Tomaria posse oficialmente na segunda-feira, mas resolveu ir três dias antes para conhecer o local, e secretamente sondar com quais tipos de pessoas trabalharia de agora em diante.
Ayla entrou toda feliz no apartamento quê dividia com os quatro amigos num bairro classe média de Recife. - Tcharam! Hoje consegui vender tudo! - Ela esvaziou a sacola das coisas quê comprara na volta colocando sobre a mesa. Pão, leite, queijo, presunto, carne, frango, algumas frutas, massa para lasanha, azeite de oliva, óleo de milho, e tempero verde.
- Eita, quê hoje a janta vai ser farta! - Dico que estava em casa se animou.
- Então mãos a obra aqui, guarde essas coisas e separe o quê vamos precisar para a lasanha, enquanto tomo um banho. - Ela correu para o chuveiro, pois estava fervendo de tanto calor.
Enquanto se banhava Ayla pensava em como as coisas tinham melhorado pra ela e os quatro amigos, nesses sete anos de convivência. Lembrou da mãe, e lágrimas se misturaram a água do chuveiro; dez anos sem dá notícias. Ayla sabia quê ela estava viva, pois a seguia pelas redes sociais, e via que ela ainda vivia com o odioso agora sargento PM Bruno Corrêa e tinha dois filhos com ele; Ailton com oito, e Bruna com seis anos. Um dia quem sabe, Ayla teria coragem de procurar a mãe.
- Deusa indiana eu te amo, mas preciso usar o chuveiro também, senão vou derreter! - A voz da Kika trouxe Ayla pra realidade.
- Oi desculpa, eu não sabia quê você estava aí! Eu já terminei, é todo seu. - Havia outro banheiro no apartamento, mas deu um problema no encanamento e estava interditado, esperando o síndico providenciar o concerto.
Ayla correu para o seu quarto afim de vestir-se; pôs um camisão confortável, uma bermuda, e descalça seguiu para a cozinha. Onde o Dico e a Kate quê também chegara adiantavam a preparação da lasanha. - Quê maravilha Ayla, eu e a Kika também conseguimos vender todas as lembrancinhas lá na praia, e ainda teve gente quê encomendou pra depois de amanhã. Você acha quê da conta de grafitar três camisetas brancas com essas paisagens aqui até domingo? - Ayla olhou as fotos no celular da amiga.
- Se fizer tempo bom pra secar rápido sim. - Ayla aprendera a arte do grafite com um espanhol dono de um circo quê passara alguns meses na sua terra natal Petrolina, mas especificamente no distrito de Cristália, meses antes dela fugir nesse mesmo circo para a cidade de Juazeiro na Bahia.
O motivo quê levou Ayla a fugir foram os constantes assédios quê sofria do seu padastro o PM Bruno Corrêa, quando a sua mãe quê era professora não estava por perto. Ayla não conhecera o pai, apenas sabia quê ele era turco, e quê fora assassinado por ladrões. Ela fora feliz com a mãe até os quatorze anos. Após a morte dos seus avós maternos as coisas começaram a desandar, a mãe já não era a mesma; saía a noite, e voltava de madrugada deixando Ayla sozinha, contudo para a menina estava tudo bem. Até o dia quê ela chegou acompanhada do ainda soldado Bruno Corrêa o apresentando como namorado.
Meses depois a mãe alugou a sua casa, e elas foram morar com o tal soldado. A sua mãe estava tão cega pela paixão que não percebia os olhares dele sobre a menina. Ayla não gostou dele, e sempre evitava ficar a sós em casa com ele, quando a mãe estava na escola. E isso passou a incomodar o padrasto, quê se fingindo de bom moço passou a falar com a mulher quê não achava certo ela deixar a menina solta daquele jeito. Azira reclamou com Ayla e a proibiu de ficar saíndo todos os dias. Mesmo assim Ayla dava um jeito de o evitar se trancando no quarto; mas infelizmente o inimigo era sagaz.
Um dia ele fingiu quê saira para trabalhar, e assim que a esposa saiu para o trabalho, ele entrou na casa, e descaradamente passou a assediar a enteada, tentando seduzi-la, mas ela sempre escapava das suas investidas verbais. Com o passar do tempo, ele passou das palavras, a ação de tentar agarrar a garota, quê estava cada dia mais crescida e bonita.
Ayla passou a odiá-lo, e chegou ao ponto de dizer a mãe, mas Azira não acreditou na filha. Então depois de quase ser violentada por ele, Ayla fugiu de casa, após dá uma pancada forte na cabeça dele com um pedaço de ferro que tinha em seu quarto, e deixá-lo como morto. Diante do homem caído,Ayla arrumou rapidamente tudo o quê coube numa mochila e saiu de casa aparentemente tranquila para não levantar suspeitas da vizinhança.
Enquanto caminhava sem destino certo, pensava quê não podia se refugiar na casa de nenhum conhecido, pois com certeza iriam atrás dela. Enquanto pensava, e andava chegou próximo ao local do circo, percebendo quê o mesmo estava desarmado, e o pessoal arrumava tudo num caminhão; uma idéia surgiu em sua mente, não podia voltar para casa, então contou o ocorrido para a esposa do dono do circo que prometeu ajudá-la. Alessandro Narras ficou pesaroso, mas teve medo de dá abrigo a garota, ao saber quem era o seu padastro. O policial militar quê se fingia de amigo para assistir os espetáculos de graça, mas Alessandro percebeu que ele não era flor quê se cheire. Dispensada por ele, Ayla fingiu que fora embora, mas se escondeu junto a carroça dos cavalos do circo.
Duas horas depois um carro da polícia passou fazendo a ronda, e perguntou aos homens se tinham visto a menina, mostrando uma fotografia; e apenas Alessandro disse quê tinha visto, apontando a direção que a garota seguira, os policiais deram uma boa olhada nas bagagens, mas Ayla se escondera na carroça cheia de capim dos animais. Certos de quê a menina não iria muito longe, seguiram na direção apontada.
Quando os policiais foram embora Alessandro chamou Ayla. Pois tinha visto quando a garota se escondera entre os animais. Assim Ayla foi embora de Petrolina, Alessandro com medo de ser descoberto seguiu para a cidade de Juazeiro na Bahia. Ayla já tinha quinze anos, gostava dos cabelos compridos, mas os cortou bem curtos ficando parecendo um menino. Um ano depois voltaram para Pernambuco se aventurando em Olinda. O pai de Alessandro faleceu, ele vendeu o circo, deixou a Ayla com uma conhecida em Olinda, e voltou para a Espanha.
Ayla ficou um ano morando com essa mulher quê era professora aposentada, e a matriculou de forma clandestina numa escola; enquanto isso Bruno Corrêa usava de todos os meios para encontrar a fujona sem sucesso, queria se vingar da fedelha quê lhe partira a cabeça com um pedaço de vergalhão. Azira acreditou quê a filha fizera aquilo como um ato de rebeldia, e não para se defender do marido dela, como algumas pessoas acreditavam, mas em pouco tempo ela percebeu quê a menina fugiu dele.
Alanis entrou na delegacia, e se pôs a analisar discretamente o local. Não havia ninguém na recepção, só vinte minutos depois apareceu uma mulher quê fazia a limpeza no local, enquanto Alanis andava pelos corredores tranquilamente.
- Boa tarde senhora! Eu posso ajudá-la em alguma coisa? - A mulher perguntou lhe oferecendo um sorriso.
- Boa tarde, tem uns vinte minutos quê eu estou aqui, e só agora a senhora apareceu. Onde estão os outros policiais? - A mulher pensou um pouco.
- Eles estão naquela sala alí em reunião! E a propósito, eu não sou policial. O meu nome é Maria José, trabalho na limpeza, e faço café quando me pedem. - Alanis assentiu.
- Obrigada! Alanis. - A Dra cumprimentou a mulher com um leve aperto de mãos, e se dirigiu a sala indicada.
- Colegas vamos organizar as coisas para receber o novo delegado na segunda. Alguém de vocês já ouviram falar o nome dele? Parece quê estão fazendo tudo em sigilo, pois até agora nem um nome foi citado. - Alanis quê ouvia a conversa pela porta meia encostada, resolveu dá um tempo alí.
- Arrumar o quê Milena? A gente nem sabe quem é o sujeito! Vamos deixar as coisas como estão. Quando ele chegar a gente vê o quê faz! - Alanis analisava as vozes.
- Diogo, a Milena está certa, vamos fazer uma limpeza bem caprichada na sala do chefe, vai quê ele não é um sujeito antiquado como o Medeiros! - Um terceiro falou.
- Bom, a Maria já fez a parte da limpeza quê lhe cabe, só falta a gente deixar a sala mais apresentável. Vamos encomendar um arranjo de flores naturais para enfeitar a mesa. - Alanis sorriu ao ouvir aquela sujestão de uma quarta voz.
- Quê idéia de viado essa tua! Tomara quê o delegado jogue o arranjo na tua cabeça! - Uma voz grossa soou arrogante aos ouvidos de Alanis.
- Eu gostei da idéia Túlio, vou agora mesmo encomendar as flores na floricultura aqui perto. - Uma sexta voz, feminina, e delicada, foi a deixa para Alanis bater na porta. Cadeiras foram arrastadas e a porta escancarada.
- Boa tarde senhora, aqui é a delegacia de entorpecentes, se for queixa contra agressões, procure a delegacia da mulher quê fica na terceira rua esquina com essa avenida. Outros casos só estaremos atendendo a parti de segunda-feira! - O sujeito arrogante falou ao passar por Alanis, sem esperar ela se pronunciar.
- Boa tarde! - Ela cumprimentou os demais analisando as fisionomias alí presentes.
- Boa tarde! - Responderam.
- Não se intimide com o Ramirez, aquele lá é o cão quê ladra, mas não morde. Em quê podemos ajudá-la? - A voz feminina delicada se adiantou.
- Bom, na verdade eu entrei aqui para pedir uma informação sobre um hotel mais próximo, que não seja muito caro, como não havia ninguém na recepção fui entrando. - Alanis não estava mentindo, pois assim quê chegara fora logo no endereço do seu futuro trabalho. Passara por vários hotéis, mas queria se hospedar o mais próximo possível da delegacia.
- Venha comigo quê te levo em um bem legal! - Ela deixara a sua caminhonete do outro lado da avenida, mas seguira a pé com aquela moça.
Em poucos minutos chegaram no local, e ela gostou logo de cara. Ela só pretendia ficar hospedada alí por no máximo uma semana, pois iria procurar uma casa boa para alugar, e uma escola para o Alan estudar. A mãe dela queria quê deixasse o menino com ela, mas Alanis não achava correto ficar a semana inteira longe do filho, então o traria junto com a Natália quê estava consigo, desde quê casara com o Tavares.
- Vai servir! - Falou para a garota quê a acompanhava até a recepção.
- A senhora quer fazer a reserva agora? - A moça da recepção perguntou.
- Sim, pacote completo até o próximo sábado pela manhã. Enquanto a senhora faz a ficha, eu vou buscar o meu carro quê ficou estacionado um pouco adiante. - Entregou os documentos necessários e saiu com a acompanhante.
- Bom, eu já te deixei praticamente hospedada, então boa estadia! E qualquer coisa quê a senhora precisar e eu puder ajudar, me procure! Prazer, Eva! - A mulher a sua frente não teria mais quê vinte e quatro anos, pensava enquanto apertava a mão quê ela lhe estendera.
- O prazer é todo meu. Obrigada, Alanis! - Esperou ela ficar surpresa, mas não esboçou nenhuma mudança.
- Alanis! Será quê vamos nos vê novamente? - Ela ouviu quando já tinha se afastado um pouco para atravessar a avenida em busca do seu carro.
- Muito mais do quê você imagina! Até breve Eva! - Ela sorriu, e se foi.
A lasanha do forno já dava sinais de quê logo estaria pronta, os amigos conversavam animados, o Tico fora o último a chegar, e ficou encarregado de arrumar a mesa para o jantar.
- Gente, o centro da cidade está em pavorosa! Não se fala outra coisa senão na prisão do delegado da narcóticos. Na segunda um novo delegado vai assumir o lugar dele, e aquela turminha do pó está andando cautelosa lá pela avenida onde eles fingem vender água, e somente alguns doces como nós. O secretário falou quê o novo titular da DPEN vai ser linha dura. - A Ayla ficou olhando para o Tico, o rapaz era fissurado em notícias policiais.
- Gente vamos comer, quê eu quero começar a grafitar as primeiras cores nas camisetas ainda hoje! - A Ayla falou com a intenção de mudar de assunto, pois falar em polícia era mexer no seu passado.
Ela lembrou da última vez quê viu o PM Bruno Corrêa. Ele estava na frente do colégio onde ela estudava de forma clandestina, pedindo informações se alguém a tinha visto, mas felizmente ninguém a reconheceu. Ele fora embora, e ela ficou pensando como ele descobrira o seu paradeiro em Olinda. Uma semana depois saiu a notícia no jornal quê o antigo circo do espanhol Alessandro fora incendiado; Ayla vestiu um disfarce, foi até lá, e descobriu que o dono do circo teria passado as informações sobre o seu paradeiro para o Bruno em troca da recompensa de cinco mil reais que ele supostamente pagaria caso a encontrasse; como não teve sucesso, ele pôs fogo no circo.A parti de então Ayla passou a se vesti mais como um menino, mantendo os cabelos curtos.
- Amiga, já se passaram sete anos quê estamos juntos; você já devia ter superado esse negócio de ter aversão a notícias policiais. Você era menor de idade garanto quê a tua ficha é limpa. -
Ayla sabia quê a ficha dela era limpa, pois do contrário ela não teria tirado todos os documentos quando completou dezessete anos, e saiu de Olinda para tentar a sorte na capital. A conhecida do Alessandro, a professora aposentada morrera quando Ayla fez os dezessete, os herdeiros dela permitiram que a Ayla ficasse na casa até quê eles conseguissem vender, mas ela não conseguiu ficar alí sozinha. Assim quê voltou do velório, arrumou suas coisas numa mala e partiu.
A Ayla passou um ano de grandes dificuldades, bateu em várias portas procurando trabalho, o dono de um quiosque na praia lhe arrumou um serviço por três meses, mas não lhe dava quase dinheiro nenhum, alegando quê estava descontando a comida, e a dormida. A Ayla se envolveu com a filha dele, teve a sua primeira experiência lésbica, ele pegou as duas se beijando no quarto, e expulsou a Ayla da sua casa. De volta as ruas a Ayla deu um jeito de guardar a sua mala numa mercearia, enquanto procurava uma ocupação. Chegou a fazer pequenos furtos nas feiras livres prá poder se alimentar. Até quê um dia cansada de andar no sol escaldante entrou no mar com roupa e tudo, e só saiu da água quando sentiu frio. Sentou na areia, e ficou olhando o mar, até vê um homem loiro tirando fotografias de si.
- Ei cara, está maluco? Não pode tirar os retratos sem permissão! - Ele sorriu um pouco envergonhado.
- Perdon, é quê a senhorina é mui bela. Non resisti! - Ele falou um português misturado com outro idioma. Geovane Candelare, fotógrafo independente! - Ele falou lhe estendendo a mão com simpatia.
- Ayla Handara. - Ela apertou a mão delicada demais para um homem; pensou consigo.
Ele sentou ao seu lado, lhe mostrou várias fotos quê tinha tirado pela cidade, e uma grafitagem em especial chamou a atenção de Ayla; ela reconheceu o desenho feito no muro de uma casa abandonada, fora ela quê o fizera. Sempre quê estava estressada pegava a sua mochila com os sprays e procurava algum lugar para expressar através do grafite. Ela sabia quê pichação era crime então sempre quê possível pedia autorização ao proprietário para ficar mais tranquila, e ela fizera aquele três dias após chegar na cidade.
- O senhor gostou desse desenho? - Ele sorriu.
- Si, muito, quieria encontrar o artista, para vê se faz uma miniatura pra mim levar para a Itália. - Ayla sorriu.
- Então é só dizer como queres, que eu faço para ti! Eu quê fiz esse aqui. Isso se chama grafitagem! -
Ayla fez alguns desenhos em azulejos, cerâmicas, e numa camiseta; e Geovane pagou por eles. Quando se despediram dias depois, ele lhe deu uma foto dos dois sorrindo num quadro.
- Para você nunca esquecer de mim, deusa indiana! - Então Ayla passou a vender seus desenhos aos turistas na praia, ou no centro de Recife. E num desses dias encontrou os quatro amigos.
Fim do capítulo
Olá, tudo bem?
Minhas queridas leitoras voltei!
Então, como prometi aqui estou com mais uma história, ou seja estória.
Leiam, dêem suas opiniões, elas são muito importantes para mim.
Continuo agradecendo a todas vocês quê estão lendo Por Acaso Um amor, e colocando a história em destaque como a 9ª mais lida aqui neste site. Vocês são demais!
Espero quê gostem desse primeiro capítulo.
Beijos â¤ï¸!
Com amor,
Vanderly.
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cidinhamanu
Em: 27/06/2022
Boa tarde Van^^
Lendo sua 3ª história (estória, novela, livro)
Nossa!! Primeiro capítulo e já estou apaixonada?, já tô amando...??
Parabéns autora??
Resposta do autor:
Boa tarde!
Satisfação querida cidinhamanu!
Muito obrigada por comentar!
Eu fico feliz em saber que já estás gostando.
Por dentro da lei foi um grande desafio em meio a tempestade que nos atingiu a todos. E foi muito bom compartilhar algo que nos trouxesse distração.
Estou surpresa que depois de tanto tempo essa "novela" ainda faça sucesso.
Acredito que a leitora continuará apaixonada do princípio ao fim.
Abraços fraternos caríssima!
PS.: Van^^ é a Van^^ Rodrigues. Eu sou a,
Vanderly
Lea
Em: 17/01/2022
Sinto muito pela sua perca,que seu Deus aqueça seu coração e possa te dá força!
Sobre responder os comentários, não se preocupe minha querida!
Fica com Deus e tente ficar bem!!!!
Resposta do autor:
Boa tarde!
Querida Lea, satisfação meu bem.
Muito obrigada pelos comentários, apoio e palavras de ânimo.
Não está sendo fácil, mas a gente continua nessa luta até quando Deus nos permitir.
Gosto de ler e responder aos comentários, é uma forma de interagir e conhecer mais um pouco as minhas leitoras.
Amém e muito obrigada.
Abraços e beijos cheios de carinho.
Vanderly
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Lea
Em: 01/01/2022
Já me encantei com a estória!
A Ayla sofreu muito, é uma lutadora,e encontrou no caminho pessoas de bom caráter,coisa que a mãe não foi!!!
Alanis tem presença,mulher empoderada e de bom caráter,essa foi a visão que tive!!
* Feliz Ano Novo Vanderly*
Resposta do autor:
Olá! Boa tarde Lea!
Olha, confesso que de todas as coisas quê esperei quando ouvir o barulho da notificação de e-mail não imaginei nem de longe ser um comentário.
Muito obrigada pelos comentários e felicitações. Eu fiquei feliz! Pois tenho vários meses quê não postei nada por aqui, e até acho que as minhas leitoras com exceção das que têm contato comigo pelas redes sociais me abandonaram.
Bom, foi o quê pensei, mas a senhorita me provou que não. Risos.
Espero que continue acompanhando a trama e não se decepcione com a conclusão.
Um feliz ano todo para ti também!
Beijos flor!
Vanderly
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Rizzardi
Em: 13/10/2021
Nem que a inspiração vier do fundo do bau, tenho a certeza que irá conseguir. Mesmo sem a conhecer eu confio em si.
Tenha uma boa semana...
Resposta do autor:
Boa noite!
Prezada Rizzardi muito obrigada pelo carinho e confiança.
Muito obrigada por comentar.
Excelente final de semana.
Beijos no coração.
Vanderly
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Rizzardi
Em: 13/10/2021
Bom dia....
Sim exatamente colónia portuguesa. Quando escrevi que não saberia expressar com palavras o que senti ao ler, é porque foram tantas emoções, que descrever seria quase que impossível. Não saltei nem um capítulo muito pelo contrário vezes há que recuava para entender melhor... Eu abri as 19h de domingo e acredita li mesmo no computador. A hora que escrevi para si, tinha acabado de terminar.
O seu livro, passou a fazer parte da.minha coletânia...
De verdade foi bom conhecer a sua história.
Continue a escrever, não perca esse fio e de certeza à de chegar longe.
Sucessos e tudo de bom.
Abraços...
Ander Razzani Rizzardi...
Resposta do autor:
Bom dia!
Primeiramente muito obrigada pelo carinho.
Eu fico muito feliz em saber que os meus escritos te causaram tantas emoções, e espero que tenham sido em sua maioria boas.
Eu sei como é essa coisa de não conseguir parar de ler, já aconteceu comigo.
Eu confesso que sempre tive vontade de escrever algo da forma que gostaria de ler, então depois do primeiro conto tomei coragem para publicar algo mais ousado. Por dentro da lei nasceu enquanto escrevia o romance que o antecedeu. Por acaso um amor foi o primeiro romance e o escrevi em meio a calmaria, mas Por dentro da lei foi o maior desafio em meio a pandemia, várias vezes me vi sem inspiração, perdi pessoas queridas, amigos e até um primo, mas conseguir superar. Agora estou tentando terminar um pequeno conto que comecei a escrever há vários anos, mas nunca conseguir terminar, mas espero concluir, pois devo isso as minhas fiéis leitoras que aguardam ansiosas pela continuação.
Mais uma vez muito obrigada pelo apoio.
Um forte abraço.
Vanderly
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Rizzardi
Em: 12/10/2021
Boa noite caríssima.
Parabeniza-la seria pouco diante deste magnífico conto real. Eu não tenho palavras para revelar o que senti ao ler... Eu escrevo para si de bem longe, sou angolana e não teria como ficar alhei a uma revelação como esta. A leitura deste conto levou-me seis horas, pois não conseguia parar de lêr nem por um minuto.
Acerdita, passou a fazer parte das minhas escritoras favoritas.
Espero que continue a brindar-nos com essa linda arte..
Tenha muito sucesso...
E que seja realmente feliz.
Tudo de bom para si.
Um abraço...
Resposta do autor:
Olá Rizzardi, boa noite!
Muito obrigada pelos comentários.
Eu fiquei feliz em saber que gostaste.
Tu disseste não ter palavras para agradecer, e eu fiquei algum sem saber o quê responder. Eu fiquei muito surpresa em receber os teus comentários e de tão longe como informou-me.
Tu és de Angola então, e se não me falha a memória o teu país foi colônia de Portugal assim como o meu Brasil.
Estou admirada com a rapidez com que lestes o conto. Espero que tenha pulado capítulos. Bom, eu confesso que já fiz isso em alguns casos, quando achava alguns detalhes maçantes demais; no entanto houveram algumas histórias em que fui obrigada a reler para entender algum contexto.
Então a nobre leitora fala português? Eu já vi uma reportagem sobre o teu país e as falas de um jovem na entrevista parecia ter sotaque português. Aqui nós falamos bem diferente de Portugal. O nosso português é uma mistura de idiomas. Risos.
Mais uma vez muito obrigada pelo presente no dia das crianças.
Que a caríssima seja muito feliz também.
Eu tenho outras histórias nesse portal, fique a vontade para ler as demais. Uma delas está incompleta, pois infelizmente tive alguns problemas e a minha inspiração bateu asas, mas ainda vou finalizar assim que tiver algo concreto falta bem pouco pois é um conto curto.
Um abraço aconchegante, se cuida.
Vanderly
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Val Maria
Em: 15/08/2021
Que história perfeita! Parabéns autora.
Resposta do autor:
Olá Val, tudo bem?
Aqui estou como prometido.
Muito obrigada por comentar aqui. Eu fiquei muito feliz em saber que apesar dessa história ter sido finalizada a mais de três meses ainda está sendo comentada e eu amo isso.
Muitíssimo obrigada.
Beijos!
Vanderly
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Rosa Maria
Em: 02/02/2021
Vanderly...
Normalmente não comento nós comentários, mais esse me senti obrigada...como assim "falta encontrar, mulher disposta"?? Dúvido que você tenha esse problema de encontrar mulher, muito pelo contrário com tantas pretendentes se "falta encontrar" só pode ser por opção. No seu caso o difícil deve ser ESCOLHER e nunca ENCONTRAR...kkkkk
Beijos
Rosa.
Resposta do autor:
Boa noite Rosa!
Sim, preciso encontrar de verdade, de carne e osso se quê me entende. As que você citou estão num mundo virtual, e imaginário ainda que sejam reais.
Então o quê eu preciso de fato é encontrar a mulher que queira saí da fantasia, e entrar na realidade.
E pode comentar as respostas o quanto quiser, não tem problema.
Beijos.
Vanderly
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nany cristina
Em: 23/10/2020
gostei muito do primeiro capítulo vou acompanhar a história????
Resposta do autor:
Bom dia!
Fico feliz que tenha gostado.
Muito obrigada pelo comentário!
Seja bem-vinda!
Beijos!
Vanderly
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Anny Grazielly
Em: 07/09/2020
Aiaiaii... sinto que irei gostar de mais uma história sua... rsrsrsrs...
Ja imaginando o encontro dessas duas...
Resposta do autor:
Boa noite meu bem!
Ahh! Espero que sim!
Muito obrigada pelos comentários.
O encontro das duas foi emocionante.
Eu estou um pouco cansada, mas não resisti em vê tantos carinho por isso respondi logo esse. Mais tarde assim quê estiver descansada responderei os demais.
Beijos e ótimos sonhos â¤ï¸!
Vanderly
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Naty24
Em: 17/08/2020
Espero que o próximo saía rápido
Até pq ñ será uma relação com níveis altos de glicose kkk....
Brincadeiras a parte ñ vai ser tão felizes para sempre assim de repente
Resposta do autor:
Olá!
Não, mas não vai faltar mel. Kkkkk
O felizes para sempre, acho quê não.
Muita água vai passar debaixo da ponte antes de chegarmos nos momentos conclusivos.
Obrigada por comentar!
Beijos â¤ï¸!
Vanderly
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Naty24
Em: 17/08/2020
Espero que o próximo saía rápido
Até pq ñ será uma relação com níveis altos de glicose kkk....
Brincadeiras a parte ñ vai ser tão felizes para sempre assim de repente
Resposta do autor:
Bom dia!
Ops! O novo capítulo sairá em breve!
Obrigada por comentar!
Beijos â¤ï¸!
Vanderly
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Naty24
Em: 17/08/2020
Esse abraço que você recebeu foi um aviso de que apesar do que aconteça na sua vida,poderá contar com essa pessoa sempre,em todos os momentos. Bom! Ñ sei oque esse alguém é para você então.... penso que poderá tê-lo como uma âncora eternamente
Sobre o capítulo achei ousado e maravilhoso
Resposta do autor:
Olá Naty!
Bom seria se fosse assim como tu pensa, mas infelizmente não.
Essa pessoa foge de mim como se eu tivesse uma doença contagiosa. Por isso falei quê nunca entendi o significado do abraço dela.
O fato é quê nunca esqueci, nem do abraço, nem das palavras dela, mesmo depois de anos.
Muito obrigada pelo comentário!
E quê bom quê gostaste do capítulo!
Beijosâ¤ï¸!
Vanderly
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Aster Flores
Em: 15/08/2020
Gostando bastante!
Resposta do autor:
Olá, tudo bem?
Aster Flores, seja bem-vinda!
Eu fico feliz em saber quê gostaste.
Muito obrigada por comentar.
Um novo capítulo foi postado espero quê gostes, e não esqueça de me dizer o quê achou!
Beijos e até breve â¤ï¸!
Vanderly
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Manubella
Em: 08/08/2020
Primeiro capitulo lido e aprovadoðŸ˜
Resposta do autor:
Olá, Manubella!
Quê bom te ter por aqui também!
Muito obrigada pelo comentário!
Eu fico feliz em saber quê gostaste!
Brevemente estarei postando um novo capítulo. Continue lendo e comentando.
Ah, não me disseste o quê achou do final de "Por Acaso Um Amor", fiquei querendo saber e poucas me contaram. 🤔?
Beijos â¤ï¸!
Vanderly
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Jurema
Em: 04/08/2020
Boa noite
Eita esse romance promete muitas emoções kk.
Já virei fã de você. Me prendeu do começo ao fim o capítulo. Muito boa mesmo, meus parabéns viu. Obrigada. Já ansiosa pelo próximo capítulo.
Resposta do autor:
Boa noite Jurema!
Você me disse quê gostou, eu fico contente!
Muito obrigada por comentar!
Queria o próximo então aí está!
Não esquece de voltar aqui, e me dizer o quê achou!
Beijos â¤ï¸!
Vanderly
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patty-321
Em: 04/08/2020
Já gostei do 1o. Capítulo. Das personagens principais e suas estórias e personalidades.
Resposta do autor:
Olá,patty-321!
Quanta honra ter mais uma autora lendo e comentado minhas histórias!
Eu fico feliz em vê que gostates do capítulo. Muito obrigada pelos comentários!
Eu sou suspeita em falar, mas acredito que todas nós iremos gostar dessas personagens principais.
Aí está um novo capítulo, espero quê gostes e me diga o quê achou do primeiro encontro entre as personagens principais!
Até breve!
Beijos â¤ï¸!
Vanderly
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SPINDOLA
Em: 02/08/2020
Boa noite, Van.
Gostei do primeiro capítulo. Estou curiosa de como será o desenrolar desta história.
Ayla não gosta de policiais, mas acredito que a delegada linha dura vai ser de grande ajuda quando o padrasto cafajeste a encontrar.
Bjs
Resposta do autor:
Olá,SPINDOLA!
Eu fiquei super feliz quê tenha gostado desse primeiro capítulo. Muito obrigada pelos comentários!
A história caminhará em passos lentos mas acredito que todos irão gostar do enredo.
Sim, a Ayla detesta policiais, mas irá perceber quê a Alanis e mais alguns são bem diferentes do seu odioso padastro.
Aí está um novo capítulo espero quê gostes e me diga o quê achou do primeiro encontro entre as personagens principais.
Uma ótima tarde!
Beijos â¤ï¸!
Vanderly
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Socorro
Em: 01/08/2020
Van,
chegou, chegando!!!
Que venham novas emoções!! Que promete .
Resposta do autor:
Olá, Socorro de Souza!
Ai menina, quê bom saber que gostaste do capítulo!
Muito obrigada pelos comentários!
Ah! As emoções serão muitas, aguarde e verás!
Aí está um novo capítulo! Espero que goste do primeiro encontro entre as personagens principais, e me conte o quê achou.
Até breve!
Beijos â¤ï¸!
Vanderly
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Rosa Maria
Em: 01/08/2020
Olá Vanderly...
Mulher!!! que maravilha é essa? Já intenso desde o começo a bela Alanis e a independente Ayla terão grandes aventuras pelo que me parece e essa Eva ainda vai entrar esquentando essa história?
Beijos e sucesso nessa nova empreitada.
Rosa
Resposta do autor:
Olá, Rosa!
Ei mulher, eu fiquei feliz em saber quê gostates desse primeiro capítulo! Muito obrigada pelos comentários, felicitações, e apoio.
Alanis e Ayla são pessoas íntegras apesar de viverem em mundos diferentes, e a Eva é uma daquelas pessoas incríveis e prestativa quê a gente encontra por aí.
O novo capítulo foi postado, espero quê goste e me diga o quê achou do encontro entre as duas personagens principais.
Beijos e até breve â¤ï¸!
Vanderly
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Naty24
Em: 01/08/2020
Eu já gostei de cara dessa história
Espero que me surpreenda kkkk
Bjs!!!
Resposta do autor:
Olá, Naty 24!
Eu fico feliz quê tenhas gostado do capítulo! Muito obrigada pelos teus comentários!
Espero te surpreender com gosto querida!
Aí está mais um novo capítulo, não esqueça de me dizer o quê achou do encontro das duas personagens principais.
Beijos e até breve â¤ï¸!
Vanderly
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