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Fios do Destino por La Rue

Ver comentários: 2

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Palavras: 3371
Acessos: 1486   |  Postado em: 25/07/2020

Notas iniciais:

Olá meus queridos, tudo bem com vocês?! Finalmente chegamos ao tão falado capítulo do ritual e só quem me conhece sabe o quanto eu estava uma pilha de nervos por causa dele. Primeiro pelo fato de que 90% da maluquice que está escrita aqui, no capítulo anterior e no que isso vai desencadear eu tive que ficar passando e repassando na minha cabeça até fazer algum sentido.

Segundo, eu escrevi e reescrevi algumas vezes até me sentir satisfeita e quando achei que estava eu fiquei extremamente pilhada, pois entrei em um dilema, aqui tem uma cena importante, porém eu teria que decidir desenvolver ela, ou não... Bem, vocês vão ter que ler linha a linha para saber qual foi a minha decisão.

Terceiro, espero realmente que gostem, mesmo eu avisando infinitas vezes para não criarem expectativas com esse bendito ritual... kkkkk... É só um cap. como os outros.

Boa leitura a todos!

O Ritual


O quam sancta

Quam serena

Quam benigma

Quam amoena

O castitatis lillium

 

~***~

 

Quando Clarisse retornou para a entrada do chalé os campistas de Ares já estavam todos alinhados e aguardando em suas posições do lado de fora para que pudessem acompanhar a líder nos processos seguinte. Não era obrigatório que os filhos de Ares se submetessem ao rito de passagem, mas quando qualquer um o fazia era imprescindível à presença dos demais em respeito ao mesmo. Mark se retirara pouco tempo após o presente que o mesmo havia dado a irmã para poder se vestir de forma apropriada, afinal ele iria acompanhar Clarisse e representar o seu pai. O mais velho também trajava uma túnica vermelha, estava acompanhado de um cavalo marrom de grande porte e segurava as rédeas de Phobos, Clarisse sorriu ao ver o seu companheiro de longa data.

 

-Tudo pronto? - perguntou ao fazer um leve afago na crina em chamas, trazendo certo pânico a alguns campistas mais novos que estavam ao redor e montando no cavalo em seguida.

 

-Sim, conferi tudo com antecedência. - confirmou o tutor subindo em sua montaria. - pronta para a benção da sua sogra? - brincou dando uma piscadela.

 

-Cale a boca seu idiota. - ordenou a conselheira sentindo novamente o rosto em chamas, para sua sorte nenhum dos outros irmãos de chalé havia escutado ou se escutou achou mais prudente não fazer qualquer tipo de piadinha.

 

Vários pares de olhos acompanhava a cena mais do que curiosa. O mar de jovens do chalé 5, encabeçados por Clarisse e Mark, pela primeira vez marchavam sem fazer qualquer tipo de algazarra entre eles. A distância entre a trilha dos chalés e o pequeno templo dedicado a Athena era curto, mas conforme as tradições os guerreiros deveriam prestigiar a deusa em seus cavalos e Clarisse não faria essa desfeita com o seu querido amigo imortal montando em qualquer outro animal.

 

A bela construção em mármore ficava próxima ao centro de Artes de Ofícios, o Anfiteatro e as margens do lago, Athena não era apenas a deusa da sabedoria e da guerra estratégica, mas também era patrona dos artesãos e uma exímia tecelã - não era por menos que até os dias atuais os filhos da deusa sofriam com as perseguições devido sua rivalidade com aracne. Além disso, não seria prudente fazer o templo de Athena ao lado do Arsenal, por mais que o mesmo estivesse aos cuidados dos campistas do chalé 6, já que o templo de Ares ficava ao lado da Arena de Combate e bem... O templo de dois deuses rivais um ao lado do outro causaria mais problemas do que já vinha causando de costume. 

 

Clarisse estava imersa em seus pensamentos quando seu irmão lhe fez um breve sinal, chegaram ao seu ponto e sequer havia notado.

 

-Caramba... E não é que a Chase a jeitosinha! - comentou mais surpreso do que realmente em tom de provocação.

 

A vontade de socar o seu irmão só não foi maior, pois seus olhos se prenderam de imediato a figura que estava na entrada acompanhada de seu quase que inseparável irmão, o jovem Patrick. A túnica branca impecável e bela, o decote generoso - ela faria uma nota mental de matar Mark por isso muito em breve, pois sabia que os idiotas dos seus outros irmãos também estariam babando, os cabelos dourados normalmente presos lhe caíam sobre os ombros... A filha de Ares esqueceu como respirar.

 

-É melhor fechar a boca, está com cara de idiota. - sussurrou Mark tentando conter o sorriso comprimindo os lábios.

 

A morena tentou se recompor, mas toda vez que olhava para a figura de Annabeth vestida naqueles trajes era como se o seu coração desse um solavanco, era estranhamente doloroso e bom. Que Athena não fosse capaz de ler os seus pensamentos, ou ela já seria reprovada ali mesmo. A roupa, as joias, a postura... Ela estava exatamente igual à mulher que lhe ajudara na noite anterior, uma versão mais jovem.

 

Desceram de seus cavalos no mesmo instante, porém Mark tomara a dianteira, afinal ele era o responsável por Clarisse nesse processo, Athena teria que "aceitá-la" para que finalmente ela pudesse seguir para o ritual.

 

-Estou aqui como representante de meu pai e trago comigo as ofertas para que a sacerdotisa Annabeth Chase, filha de Athena, senhora das corujas e deusa da sabedoria, interceda por meio de suas orações a sua patrona. - anunciou o jovem semideus de forma séria. - que a deusa sempre justa possa reconhecer que Clarisse La Rue, filha de Ares, está apta para o seu ritual de maturidade.

 

-Me acompanhem, por favor. - a loira os recepcionou com um sorriso contido e tentou falar da forma mais limpa possível, mas os olhos cinzentos bem como sua atenção que deveriam estar voltados ao filho de Ares estavam presos a Clarisse.

 

O ambiente possuía um calor ameno que emanava das tochas laterais e do braseiro central bem como um altar muito bonito e bem trabalhado. Mark se aproximara com mais dois garotos de seu chalé e depositaram suas ofertas no altar. Uma bolsa de couro com dracmas para manutenção do templo, o bolo feito de farinha e vinho como mandava a tradição, simbolizando a benevolência da deusa, o ramo de oliveira, o símbolo de Athena e por último e não menos importante, um dracma de prata que deveria ser destinado à deusa. A jovem filha de Athena se concentraria nos passos que deveria seguir nesse momento e em suas orações, entretanto a voz da filha de Ares chamou não apenas a sua atenção como a dos poucos semideuses ali presentes também.

 

-Se me permitem, também gostaria de fazer uma oferta em especial à sacerdotisa. - Clarisse que estava mais afastada, mesmo que fosse o indivíduo de maior atenção naquele dia se aproximou, mas não estava sozinha, fora a última a entrar no templo da deusa por um motivo em especial.

 

Annabeth se aproximou intrigada, a filha de Ares trazia consigo um presente inusitado e lindo, em seu antebraço havia uma coruja de celeiro de 25cm. Uma ave de médio porte, com cores castanho-claro e manchas pretas nas costas e parte de trás da cabeça, além de pequenas e finas manchas marrons escuras espalhadas por todo o corpo exceto na parte interna das asas. Seu peito e toda parte inferior do corpo, tal como a área interna das asas eram de cor branca, a plumagem suave e densa e brilhantes olhos negros. Clarisse era engenhosa... A coruja era o animal que representava Athena, porém uma coruja de celeiro era um dos símbolos de Ares, aquele presente representava bem mais do que os olhos podiam enxergar.

 

-Ela se chama Delphos. - informou a morena fazendo um pequeno barulho que o animal reproduziu em seguida de forma animada ao reconhecer sua voz, já que os olhos até então foram cobertos para que não fossem irritados pela claridade. - é bem inteligente... Eu ensinei alguns comandos a ela, mas creio que aprenderá mais com você.

 

Annabeth estendeu a mão para acariciar o animal que lhe bicou os dedos carinhosamente como se já lhe conhece-se, logo em seguida Clarisse transferiu o animal para o seu braço.

 

-É um belo nome... Obrigada. - agradeceu a loira realmente maravilhada ainda acariciando a plumagem da coruja que emitia um barulho baixo com o bico, satisfeita com o toque em suas penas. - ela é incrível.

 

Clarisse deu outro comando, o animal voou em seguida e se empoleirou próximo à estátua da deusa onde estava mais escuro e a luz não incomodaria sua visão. Antes que Chase pudesse se retirar tocou-lhe a mão com delicadeza e levou até os lábios, fazendo uma pequena mensura como se pedisse desculpas pela sua interrupção e assim a loira seguiu para o altar dedicado a sua mãe novamente enquanto a morena aguardava agora ao lado de seu irmão.

 

-Estratégia extremamente perigosa... - sussurrou Mark um tanto nervoso quando Clarisse sentou-se. - dentro do templo da mãe da garota? No dia em que você precisa pedir favores? Você é maluca!

 

Patrick já havia levado a generosa doação de dracmas a um anexo que ficava próximo a porta lateral a estátua da deusa, a oferta seria destinada a reformas e cuidados do templo como era de costume. Annabeth começou a falar algumas palavras a princípio desconexas, enquanto despejava o bolo de farinha e vinho no braseiro, o aroma já conhecido pelos membros presentes preencheu o ambiente quase que instantaneamente. A filha de Athena seguiu para o dracma de prata, atirando-o também no braseiro, o mesmo sumiu, e agora era o passo mais importante, onde a deusa deveria atender ao seu chamado, ou não... Clarisse se concentrou, era grego antigo, mas Annabeth falava em tom muito baixo para que ela pudesse escutar alguma coisa com clareza... O ramo de oliveira ainda estava intacto, era um sinal ruim.

 

"Mãe... Imploro... Filha de Ares" foram às únicas coisas que conseguira decifrar durante aquele período em que Annabeth estava ali ajoelhada em suas preces devotas a deusa da sabedoria.

 

~***~

 

O chalé de Ares aguardava de forma ansiosa do lado de fora, o processo estava demorando, eles não tinham noção se aquilo era bom ou ruim, se era esperado ou não, mas continuar sem qualquer tipo de retorno era algo inquietante demais. Foi quando Mark, Clarisse e os outros dois saíram, sérios demais para quem esperavam boas notícias, vários pares de olhos ansiavam por algum retorno até que a líder ergueu o ramo de oliveira que ainda queimava... Athena havia atendido a interseção de sua protegida.

 

Não tinha muito que se esperar nesse momento, eram filhos de Ares, não teriam como comemorar sem fazer baderna, gritaram uns com os outros mesmo que de forma mais branda do que gostariam verdadeiramente. Afinal ainda tinha a última etapa e já estava perto do entardecer. Clarisse olhou uma última vez para trás e encontrou os olhos cinzentos, a garota fez um leve sinal positivo com a cabeça e assim se despediram por aquele instante, pois logo se encontrariam novamente.

 

-La Rue. - a voz grave do irmão chamou-lhe a atenção em meio ao burburinho que os mais jovens ainda faziam enquanto se alinhavam novamente para seguirem até o bosque. - agora é com você. - disse com os olhos quase faiscando e lhe estendendo a mão. - sabe o que deve ser feito.

 

Clarisse segurou em seu antebraço com firmeza e o mais velho retribuiu o cumprimento assim que ambos subiram em suas montarias novamente. Agora dependeria apenas dela e de sua força de vontade, deveria aguentar a dor sem emitir qualquer som, deveria suportar até o fim sem desmaiar.

 

-Mostre a esses filhos de uma bacante quem manda nessa merd*.

 

Essa era a forma carinhosa do seu irmão mais velho lhe desejar boa sorte, mesmo que ele fosse estar presente a todo o momento ao seu lado.

 

~***~

 

Annabeth mudou de roupa assim que os outros campistas se retiraram, sabia que estava chamando a atenção e já não aguentava mais os olhares subliminares que o irmão lhe lançara durante o decorrer do dia. Trocara poucas palavras com Patrick - o que não era muito comum - pois bem sabia que se desse espaço o mais novo faria brincadeirinhas sobre o ocorrido entre ela e Clarisse e ela não estava com muito humor para isso. Provavelmente Thalia já estaria a sua espera, pois muito cedo combinaram outro ponto de encontro com a amiga já que recebera o convite de última hora do filho de Ares e ela queria estar no local antes que o ritual começasse.

 

A conselheira despediu-se de sua mais nova companheira que seria levada até os seus aposentos, Delphos realmente havia sido treinada, mas Clarisse fora modesta quando dissera que lhe repassara poucos comandos, era uma ave bem treinada, atendera Annabeth prontamente e a mesma lhe retribuiu com um breve afago. Patrick retornaria às suas atividades, mas estava na torcida, já que o ritual poderia ser assistido por um grupo muito seleto fora os campistas do chalé 5.

 

Após deixar o templo de Athena, Thalia já estava no seu aguardo como esperado, explicou-lhe breves detalhes durante o caminho que fizeram até o bosque, não era uma caminhada muito longa, mas a loira realmente não queria ser a última a chegar, já que já fazia algum tempo que o chalé de Ares havia se deslocado até o templo da deusa da caça. Encontraram Quíron no caminho - o que era um bom sinal - pelo menos não chegariam sozinhas caso fossem as últimas, mas pelo visto até mesmo o cabeça de algas havia perdido o horário.

 

-Como está o ombro? - perguntou à amiga quando o mesmo já estava acompanhando-os.

 

-Bem melhor. - informou movendo-o lentamente como se quisesse ter certeza. - Patt me ajudou colocando-o no lugar ontem, o chalé de Apolo esteve bem ocupado devido o incidente.

 

Annabeth arqueou uma das sobrancelhas de forma suspeita, desde quando seu irmão Patrick havia se tornado Patt? Perseu teria que lhe dar algumas explicações, mas no momento estava a salvo.

 

Caminharam por um breve momento seguindo as margens do riacho de Zéfiro até um ponto central do bosque. O templo de Ártemis era diferente dos outros, possuía as pilastras de mármore em sua entrada com as inscrições em grego, mas por elas cresciam pequenas plantas em sua estrutura, não possuía teto ou algum tipo de cobertura, para que o céu pudesse ser observado - era extremamente belo observar as estrelas daquele ponto ao anoitecer - no canto esquerdo da entrada havia um trono de carvalho em formato de chifres de cervo onde a jovem deusa já aguardava em sua postura impecável, do lado oposto havia um braseiro e a frente uma estrutura rústica que se assemelha as arquibancadas do anfiteatro, porém mais modestas, lá já se encontravam a maioria dos conselheiros dos chalés e os filhos do deus da guerra.

 

Quíron despediu-se de forma silenciosa de seus pupilos, seguindo pela esquerda onde ficaria ao lado da deusa, já Annabeth, Percy e Thalia seguiram pela direita até se juntarem aos outros na arquibancada. No centro encontrava-se Clarisse, Mark e Zoe, a filha de Ares tinha as mãos amarradas a cordas grossas que estavam ligadas a uma antiga estátua em pedra, seu irmão estava ao seu lado e ali permaneceria até o final em caso de segurança e a caçadora logo atrás com um chicote de nove tiras, pois seria a tenente a encarregada do ritual.

 

Ártemis deu o sinal e Zoe confirmou brevemente com a cabeça erguendo o chicote, era mais fácil de manobrar e menos perigoso que o de uma tira, mas ainda assim não seria menos doloroso. Clarisse travou os dentes e os demais pareciam ter esquecido como respirar ao som das tiras golpeando a pele da garota... Parecia fácil, parecia que estava sentindo apenas cócegas, mas Mark era o único ali presente que tinha plena noção do que era receber nove golpes por vez... Não era um chicote tão agressivo como o azorrague, que possuía pontas perfuro cortantes, mas  em breve a pele coberta por marcas vermelhas daria lugar ao sangue.

 

~***~

 

O entardecer vermelho aos poucos dava lugar ao luar e as estrelas, estavam já há algum tempo na cerimônia e apesar dos duros golpes Clarisse teria que continuar com o seu ponto de equilíbrio, pois a ansiedade misturada ao sangue e suor poderiam provocar uma desidratação muito rápida.

 

-Sabem por que o manto espartano é na cor vermelha... - comentou Beckendorf levemente incomodado com aquela cena, por mais que aparentasse ser um troglodita devido seu grande porte, o filho de Hefesto era um rapaz gentil e amigável.

 

-... Para que o sangue não fosse perceptível quando fossem feridos em batalha. - complementou Thalia após um breve suspiro.

 

Annabeth remexeu-se incomodada ao seu lado e desviou o olhar, não conseguia suportar aquilo, sentia-se sufocada, por mais que ela soubesse que Clarisse era capaz, vê-la daquela forma, o sangue correndo pelo corpo, o esforço para se manter de pé.

 

-Annabeth, não desvie os olhos... - a voz de Thalia lhe trouxe alguma paz, a mão tocou a sua como fonte de conforto. - o ritual é motivo de orgulho para ela.

 

Uma névoa espessa em tom vermelho sangue se materializou ao lado da deusa que sequer se incomodou com a presença, o homem alto e de aparência carrancuda apenas cruzou os braços fortes contra o peito e emitiu um som que mais parecia um grunhido, como se aquele fosse o seu cumprimento do dia. Os campistas do chalé 5 se remexeram inquietos ao notarem a presença do pai, alguns apontavam, outros cochichavam alguma coisa, a maioria deles sequer havia de fato posto os olhos alguma vez no temido deus.

 

-Está atrasado como sempre. - comentou a jovem deusa sem retirar os belos olhos da cena a sua frente.

 

O deus da guerra deu de ombros, como se não fosse algo importante, porém a expressão séria e compenetrada não se desviara da jovem semideusa ao centro.

 

-E então... A garota já começou a chorar como um bebê? - perguntou ele de forma descrente e entediada.

 

Clarisse caiu de joelhos, seu corpo começou a tremer de forma involuntária, Mark fez menção de se aproximar, mas a irmã lhe olhou com ódio, as íris da mesma forma quando ele a encontrara outras vezes desacordada, pálidas e sem vida.

 

-Essa merd* de novo não, agora não... - sussurrou sem saber o que fazer. Se interferisse Clarisse jamais lhe perdoaria, mesmo que se encontrasse nas atuais circunstâncias. 

 

-Se você se aproximar outra vez... - avisou respirando com dificuldade, sabia que não poderia apagar ali, não depois de tudo o que suportara. - eu juro que mato você.

 

A semideusa forçou-se a ficar em pé novamente, as pernas tremiam, que merd* poderia acontecer justo agora? Aumentou a tensão nas cordas, a dor lhe faria ficar acordada. A estátua em pedra que representava Ártemis a sua frente estava tomando um tom escarlate, era o seu sangue... Ela precisava suportar apenas um pouco mais.

 

Por mais que não tentasse demonstrar Zoe estava cansada, entretanto parara momentaneamente apenas para se certificar se a filha de Ares continuaria ou não com o ritual, olhou para a deusa para saber como prosseguir até que ela lhe deu novamente o sinal para que seguisse em frente, afinal nenhuma regra havia sido quebrada ou sequer Mark e Clarisse pensaram em anunciar rendição. 

 

Annabeth não aguentava mais aquilo, sentia um desconforto no peito. Quando aquilo terminaria? Com La Rue a beira da morte?! Ela jamais se daria por vencida, sabia disso, ela lembrava muito bem como fora a sua disputa com Mark pela liderança do chalé e outro fator de grande importância para a morena era à presença do Olimpiano, preferiria sair morta a se render. Uma lágrima solitária correu pelo seu rosto antes que pudesse contê-la e caiu em seu pulso, uma sensação morna e incomum se instaurou no local. Ainda sustentava uma delicada pulseira que se esquecera de retirar quando trocara a túnica cerimonial por suas vestes comuns de acampamento, era feita por uma espécie diferente de couro e no lugar de pingentes havia pequenas pétalas cor de rosa.

 

Foi Silena Beauregard quem lhe presenteara com aquela pulseira pela manhã, quando voluntariamente se dispôs a lhe ajudar com os preparativos para a cerimônia. "Um presente de Afrodite" lembrou-se do comentário da morena de olhos azuis ao colocar o item em seu pulso logo após lhe ajudar a se vestir.

 

O cheiro forte de rosas preencheu os seus sentidos, mas parecia ser a única pessoa ali que conseguia notar a fragrância e ser atingida pelos seus efeitos. Sentia seu corpo relaxado, a pressão no peito havia sumido e seus olhos pesaram, mesmo que ela tentasse se manter acordada.

 

"Não resista..."

 

Uma voz calma ressoava em sua cabeça, sentia seu corpo ainda mais entorpecido que antes, não tentou resistir, não mais.

 

Fim do capítulo

Notas finais:

E então o "não me matem" ainda está valendo ok?! Kkkk... Eu juro que tive que parar nesse momento, porém darei maiores explicações no cap. seguinte, quero dar um tempo para vocês absorverem o que aconteceu nesse de fato antes de passarmos ao próximo.

Queria também pedir desculpas pela demora, pois eu meio que tenho trabalhado muito e também me dedicado muito nos caps. seguintes de Fios do Destino, na spin-off que meio que está atrasada e estou trabalhando em uma oneshot que vai sair em breve juntamente com um cap. em especial de Fios do Destino, no caso essa one vai ser relacionada a duas deusas.

Quero deixar aqui dois links:

O primeiro é de uma de minhas paixões que são as corujas, no caso a coruja de celeiro em especial, a mesma que Clarisse presenteou a Annabeth:
https://images.freeimages.com/images/large-previews/4c8/barn-owl-1368873.jpg

Segundo link é no mapa do Acampamento, tem vários na internet, mas nem todo mundo tem acesso a ele ou ao mesmo formato, eu queria ter divulgado esse mapa no cap. 13, mas eu sempre me esqueço e toda vez que escrevo uma cena onde tenho que fazer mais detalhes sobre o local é nele que me baseio, mas fica livre pra cada um, só divulgando pq sei que tem leitores meus que não conhecem muito de PJO ou são bem neófitos quanto ao tema.
https://d.wattpad.com/story_parts/15/images/14fa8177eae2c6c9607970514855.jpg

Obrigada por sempre estarem por aqui acompanhando e espero ver vocês nos comentários. Um grande abraço!    


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Comentários para 18 - O Ritual :
Yara sousa
Yara sousa

Em: 03/08/2020

Minha história favorita amo😍😍😍😍😍

Torcendo pra elas ficarem logo junta....

Parabéns autora👏👏👏


Resposta do autor:

Opa olá, tudo bem com você? 

 

Muito obrigada, em breve teremos mais capítulos com o desenrolar dessa história que tanto amo. Muito obrigada por deixar a sua opinião. 

 

Até breve! 

Responder

[Faça o login para poder comentar]

viinha
viinha

Em: 25/07/2020

Ansiosa pelos próximos 


Resposta do autor:

Vai sair mais um logo, logo. 

 

Abraços!

Responder

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