Olá meus semidivos tudo bem com vocês?
Pontos que quero deixar claro já que inventei essa coisa maluca de ritual - na verdade eu sei que existe o do chalé de Afrodite, mas não é falado muito sobre processos então eu meio que demorei a postar pq tive que colocar minhas "pecinhas da cachola" para trabalhar mais que o normal e bem também tive que separa esse capítulo em dois para não deixar muito raso.
1. Não existem templos separados para os deuses no acampamento meio-sangue, eu sei que esse é meio que um sonho da Annabeth - que ela deixa claro no livro "Arquivo dos Semideuses", mas no caso ela queria elaborar meio que um "mega templo" para todos os deuses... Porém eu quis fazer pequenos templos porque eu vou utiliza-los tanto aqui como na fanfic spin-off.
2. Esse capítulo tem poucos diálogos, eu não fiz de proposito, mas acabou sendo um cap. mais imersivo e acho que faz algum sentido, mesmo assim espero que gostem.
3. Prestem muita atenção nesse capítulo, pode não parecer, mas ele é importante. Se não puderem ler ele com a devida atenção, leiam em um momento mais tranquilo, mas leiam quando estiverem sem pressa.
Boa leitura a todos!
Purificação
"Os iusti
Meditabitur sapietiam
Et lingua eius
Loquetur indicium"
~***~
Clarisse respirou fundo, ela não gostava de dividir o fardo, nunca gostou, afinal passou muito tempo aprendendo a se virar sozinha. Levou a mão até uma bainha que estava presa às suas costas na altura da cintura e a retirou cuidadosamente. Quíron não olhou para a lâmina da adaga diretamente, mas sequer precisava para ter certeza do que se tratava. O cabo era de madeira lustrosa, seguida de uma lâmina triangular de 45cm, era feira em bronze celestial, mas seu brilho era bastante peculiar, como se tivesse sido polida a pouquíssimo tempo.
-Ela me entregou juntamente com o colar. - comentou Clarisse olhando o seu próprio reflexo no metal.
-Você sabe a quem pertenceu essa adaga? - perguntou o centauro olhando-a de forma bastante séria.
A garota desviou o olhar para a arma novamente e se concentrou, desde muito cedo o treinador de heróis havia notado um dom bastante peculiar na campista, algo que nem todos os semideuses do chalé 5 conseguiam desenvolver, na verdade apenas a conselheira parecia demonstrar tal aptidão desde muito cedo.
Ela não sabia ao certo como conseguia fazer aquilo, de fato filhos de Ares conseguiam manejar armas com grande maestria sem sequer conhecê-las dependendo do grau de habilidade de cada um, mas nomes específicos e até mesmo por quem já havia passado era um dom um tanto quanto incomum. Clarisse não era lá das melhores alunas em alguns quesitos e como boa filha de Ares sempre estava metida em grandes problemas e brigas disfarçadas de brincadeiras, mas se tinha algo que sempre lhe interessou e muito eram armas e táticas de guerra... Ela poderia não ser a melhor estrategista como alguns filhos de Athena - sequer ousaria se comparar a Annabeth nesse quesito - mas quando se tratava no domínio do arsenal não negava o sangue que corria em suas veias.
-Sim, eu sei a quem pertenceu. - confirmou La Rue sentindo ainda uma leve pontada na cabeça, estava fraca e exausta como nunca. - essa lâmina jazia perdida há muito tempo, alguns diziam que poderia até mesmo ser uma lenda. - seus dedos analisavam com cuidado cada centímetro do belo exemplar.
-Bem sabemos que não se trata de nenhuma lenda. - confirmou o centauro com um suspiro pesado, como se pela primeira vez a imortalidade pesasse em seus ombros. - também sabemos que essa lâmina possui poderes ocultos dos quais não temos grande conhecimento.
Trocaram um novo olhar, dessa vez mais apreensivo que antes. Sabiam que aquilo poderia não significar um bom sinal, o que de certa forma dava sentido aos sonhos que vinha minando suas forças pouco a pouco durante esse período de tempo.
-Ela me disse que precisava mudar algo que aconteceu... - Clarisse parecia um tanto descrente apesar de ainda analisar a adaga com uma devoção distante. - como isso seria possível?
~***~
Apesar do cansaço a conselheira do chalé 6 ainda verificou como estavam alguns de seus irmãos que já se encontravam no dormitório. Mesmo que soubesse que tudo estava bem, na medida do possível, a garota se preocupava com os membros do seu chalé. Patrick não estava no recinto, mas sabia que estava bem, permanecera na enfermaria caso fosse preciso, após o mesmo ter ajudado Percy com um ombro deslocado.
A loira estava prestes a se recolher para dormir novamente quando um de seus irmãos fez um pequeno sinal com a cabeça em direção a porta de entrada. Annabeth se dirigiu até o local tentando não transparecer qualquer inquietação, mas mesmo com todos os acontecimentos recentes, não era algo nada comum ter um dos filhos de Ares àquela hora da noite querendo algum tipo de conversa amigável.
-Clarisse está bem? - por mais que tentasse evitar as palavras saíram um tanto rápidas demais.
-Sim, ela vai dormir na Casa Grande hoje. - a resposta veio em tom leve, mesmo que a voz do campista fosse tão carregada quanto à de seu pai. - acho que consigo mantê-la longe de mulheres e problemas pelo resto da noite pelo menos. - brincou dando o mesmo sorrisinho que lhe fora ofertado quando ela e Clarisse se abraçaram.
Chase comprimiu brevemente os lábios e soltou um suspiro curto, estava inquieta, ela sabia o que significava aquilo e o que menos precisava era que Mark se juntasse aquele seleto grupinho que parecia um tanto quanto animado em ver ela e Clarisse... Juntas?! Ou seja lá o que fosse.
-Desculpe pelo incômodo há essa hora, a noite não foi das mais amenas, mas eu precisava falar com você antes do amanhecer. - continuou o mais velho ajeitando a postura e em um tom mais sério. - precisarei da sua ajuda para uma das etapas da cerimônia, amanhã. Minha irmã passará por algumas preparações antes do rito de passagem e bem... O rito de passagem simboliza que Clarisse será uma adulta em breve e para tal ela precisará da aprovação de Zeus ou Athena.
Annabeth continuava a escutar tudo com extrema atenção, ainda não estava convencida de que aquilo seria uma boa ideia, mas queria saber onde o semideus queria chegar.
-Você bem sabe que Clarisse não se dá bem com a garota pinheiro, logo a opção que nos sobra... - ele gesticula um tanto impaciente, não era do seu feitio pedir coisas a terceiros, mas estava se esforçando pela líder do seu chalé. - já que você é a conselheira do chalé de Athena, precisamos que interceda de forma simbólica como sacerdotisa de sua patrona.
O filho de Ares pode ver um breve cintilar nos olhos cinzentos da mais nova, para logo em seguida receber um contido aceno em confirmação. Agora Annabeth conseguia entender um pouco do receio de La Rue, estaria a garota com medo de que ela recusasse a oferta?
-Fico honrada pelo convite. - disse de forma sincera, era algo importante e de alguma forma Clarisse queria dividir aquele momento. - farei o que for preciso para ajudar.
O rapaz loiro sorriu de forma aberta, mesmo que o brutamonte não fosse conhecido por distribuir sorrisos de forma tão amigável. Já que Chase havia aceitado o convite ele finalmente repassou a filha de Athena um pacote delicado envolvido em um manto vermelho.
-Apenas um singelo reconhecimento do chalé de Ares por sua aceitação em participar do ritual. - comentou ao notar o olhar sempre carregado pela curiosidade ao repousar sob o tecido rubro. -E Chase... - chamou-lhe a atenção antes de se retirar para o próprio dormitório. - obrigado por se importar. De alguma forma eu sempre soube que vocês duas... Bem, fico feliz que estejam se entendendo.
Annabeth não respondeu ou se responderia Mark não ficou o suficiente para escutá-la, a loira recolheu-se aos seus aposentos em seguida e agradeceu por não ter sido chamada ou interceptada no processo. Ao fechar a porta atrás de si caminhou até a cama onde repousou a oferta do filho de Ares, seus dedos correram pelo tecido vermelho até desfazerem as dobras bem cuidadas. O manto protegia um tecido ainda mais suave, branco e com delicados bordados em dourado... Pegou a peça com cuidado e pode constatar que era uma túnica grega, a mais bela que seus olhos já admiraram.
~***~
Por mais que tivesse conseguido dormir bem Clarisse estava uma pilha de nervos, tentava manter sua mente desocupada, respirar da forma correta, mas sua cabeça trabalhava em um ritmo que ela não conseguia acompanhar. Em partes porque finalmente ela teria a chance de provar seu valor perante seu pai e talvez assim ele lhe desse algum reconhecimento, em outra por não conseguir esquecer a conversa que tivera com Quíron na noite anterior. Levantou e trocou-se rapidamente, não dormira no chalé, porém precisava de um momento fora daquele pequeno espaço para poder colocar tudo em ordem e deveria fazer isso antes que Mark lhe encontrasse para que as etapas pré-cerimônia fossem devidamente realizadas.
Sua mente vagava enquanto seus pés faziam de forma automática o caminho já conhecido, gostava de aproveitar a brisa fria e os terrenos vazios do acampamento de manhã cedo. Caminhou até o pequeno templo dedicado ao seu pai que ficava próximo a Arena de Combate, os Olimpianos possuíam pequenos pontos espalhados pelo acampamento onde seus filhos podiam dedicar orações e ofertas para agradá-los, quando precisavam de algum conselho, com sorte ou caso fosse um dos favoritos o deus ou deusa poderia atender ao seu chamado.
Clarisse havia levado consigo parte do que seria o seu café da manhã, não tinha condições de colocar o que fosse no estômago, mas separa a que havia de melhor para suas oferta ao deus da guerra. Despejou tudo no braseiro que ficava a frente da estátua do Olimpiano em seus trajes de batalha e lança.
-Sabia que te encontraria aqui. - comentou seu irmão anunciando sua presença, mesmo que a mais nova continuasse ali concentrada no altar dedicado ao seu pai. - ele não é muito de conversar, mas sei que estará lá para lhe ver.
A mão forte tocou-lhe o ombro de forma confortadora, Mark - ou qualquer filho de Ares - não era lá o melhor exemplo de irmão carinhoso, mas ele procurava fazer o melhor que sua natureza conseguia demonstrar.
-Quero que saiba que me sinto honrado em representá-lo nesse processo. - os olhos escuros do semideus também fitou a estátua do deus enquanto ambos escutavam o crepitar das chamas. - ao final do dia estaremos comemorando com muito vinho e cantando músicas sobre o pau de Zeus.
A garota colocou a mão por cima do irmão e deu um leve aperto, era a sua forma de agradecer por tudo o que haviam passado juntos até ali.
-Eu dispenso as músicas sobre o pau de qualquer Olimpiano, mas vinho é sempre uma ótima forma de comemorar. - afirmou ao levantar-se com um sorriso um tanto nervoso pairando em seus lábios.
-Está pronta? - perguntou em um tom mais sério, porém ainda encorajador.
Clarisse afirmou com um leve aceno, era a hora de se concentrar em seu objetivo, de provar para si mesma e para Ares que era capaz.
~***~
Ambos seguiram até o bosque em silêncio, lá era o lar dos sátiros e das ninfas, Grover os acompanharia até a parte um pouco mais isolada onde havia uma cachoeira. O jovem sátiro atrapalhado e de sorriso amigável deu um pequeno aceno ao vê-los, estava acompanhado de um sátiro mais velho e carrancudo, um dos membros do Conselho dos Anciões do Casco Fendido.
-Hoje é um grande dia! - comentou Grover da forma mais animada que pode, mas qualquer um ao seu redor poderia notar o nervosismo em sua voz. - estarei torcendo por você, Clarisse.
A filha de Ares deu um pequeno aceno com a cabeça. Os dois não eram lá grandes amigos, mas passaram por apuros juntos no ano anterior quando estavam presos na ilha de Polifemo. Grover não assistiria a cerimônia como os conselheiros dos outros chalés e dificilmente ele gostaria de participar de algo que envolvesse sangue e violência - mesmo que a deusa Ártemis estivesse presente na cerimônia - mesmo assim ele queria transmitir seus votos e ajudar no que fosse preciso.
-Vamos logo com isso, não temos o dia inteiro Underwood. - resmungou o velho sátiro sem muita cerimônia. - as náiades já devem estar a nossa espera.
-Sim, senhor. - rebateu revirando os olhos quando o superior já partia para a vegetação fechada do bosque.
Os quatro prosseguiram mata adentro por alguns minutos, o único som que se propagava por ali era o canto de alguns pássaros e das folhas secas ou pequenos gravetos que eram pisoteados pelas botas e os cascos. Vez ou outra alguma dríade curiosa acompanhava o pequeno grupo de longe, o som da queda d'água ficava cada vez mais audível e não demorou muito para que a mata fechada desse lugar a uma clareira onde havia um rio tranquilo e uma bela cachoeira.
Grover assumiu a dianteira como já era esperado, Clarisse o seguiu em silêncio um pouco mais atrás, tentava não transparecer, mas estava ansiosa, pois sabia que os processos seguintes não dependiam apenas dela ou de sua vontade. O sátiro foi até a margem do rio e tocou uma melodia bonita e tranquila em sua flauta de bambu, não demorou muito para que uma jovem de cabelos escuros, pele azulada e olhos extremamente azuis se materializasse nas águas e fosse ao encontro deles.
As náiades eram tão bonitas quanto às sereias, porém possuíam o dom da cura e profecia além da voz encantadora. Trocaram poucas palavras até que a ninfa olhou para a filha de Ares com certa curiosidade e Grover fez um sinal positivo, indicando que poderia prosseguir.
-Venho lhe pedir permissão para me purificar nas águas do rio e seguir com a minha missão. - apoiou-se em um dos joelhos na margem e retirou algo do bolso de sua calça. - aceite essa humilde oferta, como prova de meu agradecimento.
A ninfa ainda lhe analisava com curiosidade, Clarisse estendeu um delicado colar de pérolas, ela mesma as havia apanhado em um dos raros momentos de tranquilidade quando esteve em missão. Bem sabia que viria a calhar em algum momento, as náiades não tinham nenhum problema com terceiros que parassem pelo local para se refrescar bebendo um pouco da água, mas se banhar já era algo bem mais complicado, qualquer desavisado poderia ser drasticamente punido com amnésia, doenças e até com a morte.
Os olhos azuis penetrantes fitaram os seus até se desviarem para o presente que lhe fora ofertado, um pequeno sorriso surgiu em seu rosto e a mão fria tocou as pérolas cuidadosamente... Era um belo colar, o mais delicado e bonito que recebera até então.
-Venha comigo, filha de Ares. - era a primeira vez que a voz melodiosa chegava aos seus ouvidos era quase hipnotizante.
Clarisse sentiu quase que automaticamente um peso enorme deixar os seus ombros, Grover sorriu aliviado e logo em seguida virou de costas para as duas. A conselheira do chalé 5 não era lá das pessoas mais tímidas em questão, mas não parecia muito contente com a ideia de ter que ficar nua desde que Mark lhe explicara como esse processo aconteceria, caso a ninfa lhe concedesse o seu desejo. Despiu-se sem cerimônia, desviando o olhar da garota de pele levemente azulada que parecia lhe analisar desde o primeiro instante.
A ninfa segurou em sua mão e lhe guiou para as águas calmas, deveria ter sentido um arrepio com o contato da água, mas tudo o que sentiu foi uma sensação morna e relaxante completamente atípica. Ficaram submersas até os ombros, Clarisse tentou não demonstrar algum desconforto, mas sabia que seu rosto estava corado.
A náiade juntou as mãos como uma concha e deixou que a água corresse pelos cabelos da semideusa, repetiu o processo algumas vezes enquanto entoava uma canção em uma língua diferente, provavelmente algum idioma antigo de sua própria espécie, pois Clarisse reconheceria se fosse grego até mesmo em sua forma mais antiga.
-Seu corpo e alma estão purificados. - disse ao concluir o canto, afagando brevemente os cabelos escuros da guerreira. - você não é mais a mesma, assim como este rio que segue sempre o seu curso, apesar de parecer imutável. - a mão da ninfa deixou sua cabeça e seguiu para a palma esquerda. - entretanto algumas marcas permanecem com o tempo, para que não esqueçamos aquilo que nos é importante. - um pequeno sorriso surgiu nos lábios da garota enquanto a campista tentava focar o olhar em algum outro ponto. - você está pronta para seguir com sua missão.
-Obrigada. - agradeceu com uma leve mensura em sinal de respeito.
A náiade lhe sorriu uma última vez antes de desaparecer nas águas, Clarisse nadou até a margem e ao sair seu corpo estava seco, como se estivesse sob algum encantamento. Vestiu-se em seguida e agradeceu desta vez com uma pequena prece silenciosa.
Grover lhe seguiu assim que a garota já estava devidamente vestida, se dirigiram novamente para onde estava Mark e o velho sátiro, ambos imersos em seus próprios pensamentos enquanto os dois não retornavam.
-Parece que ela gostou de você. - comentou Mark dando uma piscadela para a irmã assim que ela e o garoto bode retornaram.
-Pare de dizer idiotices! - resmungou Clarisse revirando os olhos com a brincadeira idiota do mais velho e lhe acertou com o cotovelo de leve na altura das costelas.
~***~
Os dois sátiros se despediram dos jovens quando retornaram ao mesmo ponto em que se encontraram para ir até o rio isolado. Grover novamente lhe dirigiu um sorriso nervoso e assim os filhos do deus da guerra seguiram caminho novamente em silêncio, desta vez Clarisse retornaria ao seu chalé e assim partiram para a segunda etapa antes do ritual em si.
Ao chegarem ao chalé 5 seus irmãos estavam levemente ansiosos com o evento que aconteceria em breve, porém tentaram se conter na algazarra pelo menos por aquele dia, afinal era um dia importante e tudo o que eles menos desejavam era ter a ira da líder voltada contra eles. Mark e Clarisse adentraram o local ainda em silêncio e seguiram até o reservado que ficava ao final do chalé.
-Tenho algo pra você. - a voz do mais velho lhe chamou a atenção quando a porta fechou atrás de si.
La Rue lhe olhou um tanto intrigada, estava imersa demais em seus pensamentos quando lhe fora chamada a atenção. Ela levantou uma das sobrancelhas como se não estivesse esperando por alguma coisa que viesse do guerreiro.
-O que? Acha mesmo que um filho de Ares vai fazer um ritual importante vestido com uma camiseta do acampamento e jeans rasgado?! - o meio sorriso um tanto desdenhoso brincava nos lábios do rapaz mais uma vez enquanto ele apontava para a cama da conselheira. - vamos, abra logo!
Clarisse se aproximou do presente que estava coberto sobre a cama, Mark não havia comentado nada do tipo com ela antes, talvez quisesse lhe fazer alguma surpresa e bem, se essa era a real intenção ele havia conseguido. Desfez as pequenas amarras bem como o pacote delicado, havia uma túnica grega vermelha.
-É linda... - foi à coisa mais corrente que conseguiu formular enquanto seus dedos corriam pelo tecido.
Era um chiton dórico, uma túnica vermelha em sua versão para guerreiros, onde a vestimenta chegava até às coxas, Mark a havia adaptado para que as costas fossem livres, onde obviamente La Rue levaria as chicotadas.
-Vamos, se vista! - a voz do mais alto lhe retirou do breve torpor. - hora de honrar os seus antepassados.
A semideusa sorriu um pouco mais aliviada, não precisaria de uma segunda ordem para que o fizesse. Mark se virou lhe dando um pouco mais de privacidade enquanto La Rue rapidamente deixava as vestes comuns do acampamento para adotar a túnica feita especialmente para a cerimônia. Deixou de lado o colar de contas do acampamento por essa vez, não sabia exatamente o porquê, mas pegou o colar de apenas uma conta que havia recebido daquela pessoa em especial e colocou-o no pescoço.
Fez sinal para que o irmão se virasse e ele retribuiu com um sorriso aberto, algo realmente bem raro de se presenciar. Clarisse estava realmente linda, ele continuou a lhe analisar de forma boba até pousar os olhos no colar de uma conta.
-Colar maneiro. - comentou analisando a pedra que parecia transitar de cor. - lembra os olhos do papai.
Fim do capítulo
Mais uma vez espero que tenham gostado e me desculpem se estou falhando em alguma coisa com a fic.
Vejo vocês nos comentários e nas outras fics, um grande abraço!
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