"Você faria isso comigo?

Cure as cicatrizes e mude as estrelas

Você faria isso por mim?"

 

~***~

 

Thalia nunca tentara algo do tipo, mas não conseguia ver alguém em perigo e agir como se nada estivesse acontecendo, se Zeus era por ela aquela seria uma boa hora de demonstrar isso. Se concentrou nas nuvens pesadas de chuva, podia sentir todo seu corpo vibrar, o som alto dos trovões, ergueu a lança e com a mesma procurou canalizar a energia, um raio desceu de encontro a arma da semideusa, mas ao contrário do que deveria acontecer não lhe machucou, usou todo o controle que possuía e lançou-o contra o cão infernal.

 

O monstro uivou de dor e cambaleou antes que pudesse investir contra a filha de Ares, entretanto suas pernas cederam no mesmo instante, aquele ataque teria de ser o suficiente, pois ela não teria condições físicas para um segundo daquele porte. O cão estava cego de um olho, o sangue embebia os pelos negros, mas ele parecia disposto a infligir danos a semideusa próximo a ele, Clarisse ainda se encontrava naquele maldito estado de hipnose, ou seja lá o que fosse, mas normal ela não estava para não revidar.

 

Apoiou-se com a lança, suas pernas ainda tremiam, porém fizera uma promessa a Annabeth e desde então não mais deixaria que lágrimas fossem derramadas de seus belos olhos. Forçou suas pernas a obedecerem e assim correu até La Rue, erguendo o Aégis na visão já comprometida do cão infernal quando o mesmo notou sua presença, rogou aos deuses que aquela loucura desse certo de algum modo... Imediatamente ela escutou o som de uma trompa de caça, estava exausta e havia rogado aos deuses, mas ela conhecia aquele som e sabia o que significava, contudo se dividia em agradecer ou estreitar os olhos já sendo tomada por um sentimento bem conhecido.

 

Uma carruagem de prata aproximava-se rápido dos territórios do acampamento meio-sangue, com cerca de uma dúzia de garotas, a mesma era puxada por quatro corsas também prateadas de pesados cascos.

 

-Lady Ártemis, permissão para abater o alvo? - disse uma das garotas já com sua flecha apontada.

 

-Permissão concedida tenente. - autorizou a deusa já deixando o transporte e se deslocando rapidamente para o segundo cão após se transformar em um tigre.

 

A chuva já não caía tão violenta e podia-se ver flechas de prata como um raio de luar cruzando o céu noturno ao serem atiradas contra o monstro, atingindo-o em pontos vitais com uma precisão que nem mesmo os filhos de Apolo conseguiriam com tamanha maestria.

 

Duas lobas cinza gelo romperam pela mata densa e se posicionaram de forma protetora a frente da Thalia e Clarisse. Rosnavam de forma feroz, prontas para atacar a qualquer momento.

 

-Leve a prole de Ares em segurança, assumimos daqui. - a voz era fria e séria.

 

Thalia levantou o olhar, mas sua expressão não era amigável, a sua frente havia uma garota muito bonita na faixa de quinze anos, era alta e graciosa como uma princesa persa, pele cor de cobre, longos cabelos negros assim como seus olhos que lembravam rochas vulcânicas; havia um diadema prata em sua cabeça que indicava sua posição dentro do grupo de caçadoras... Era Zoe Nightshade, a tenente de Ártemis.

 

-Estais desprovida de sua audição, filha de Zeus? - insistiu a caçadora ainda em tom duro e levemente provocativo. 

 

A garota de olhos azuis teve que abusar de seu autocontrole para não rosnar como uma das lobas que estavam ali de guarda. Era óbvio que ela escutara da primeira vez, mas nunca fora boa em receber ordens e com certeza nunca seria, mas ela tinha plena noção do estado de Clarisse.

 

Um dos filhos de Ares correu ao seu encontro assim que a deusa da caça se aproximou para poder ajudar o grupo ao qual pertencia.

 

-Ela está ferida? - perguntou um dos garotos checando a pulsação de Clarisse.

 

-Não sabemos exatamente. - respondeu Thalia retirando o elmo da morena e apanhando sua lança que ficara no chão lamacento. - melhor retirarmos ela daqui, a situação já está sob controle.

 

O rapaz apenas fez um sinal positivo com a cabeça e sem tanto esforço colocou o corpo inerte da irmã sobre seu ombro após verificar se não havia algum osso quebrado ou dano mais sério, segurando-a firme para que não caísse ou escorregasse enquanto isso a filha de Zeus protegeria a retaguarda para não serem pegos em qualquer outra armadilha surpresa.

 

~***~

 

Sentia-se exausta como nunca antes, tentava abrir os olhos, mas o peso sobre eles era grande, deixou-se cair em sono profundo novamente, mesmo não distinguindo sentia que havia pessoas por ali, mas nem isso lhe fez recobrar a consciência. Pela primeira vez em muito tempo teve um sono tranquilo, sem sonhos indecifráveis, sem pesadelos que lhe atormentavam de diversas formas.

 

Quando finalmente recobrou a consciência piscou algumas vezes até ter certeza de onde se encontrava, não estava mais na colina meio-sangue e tampouco se encontrava naquele belo campo florido. Tentou se levantar, mas mesmo tendo repousado seu corpo parecia ainda sofrer com as consequências de seus atos. Foi quando sentiu o toque firme, porém confortador em seu ombro, focou os olhos no rosto da pessoa. Intensos olhos castanhos, sobrancelhas espessas e barba desalinhada, era Quíron, o diretor de atividades do acampamento.

 

-Meus irmãos... - sussurrou baixo enquanto forçava-se a sentar. Se estava na enfermaria era porque algo dera muito errado, e Clarisse não era do tipo que perdoava os próprios erros com facilidade. - Heitor.

 

-Acalme-se criança. - o centauro lhe olhava daquela forma bondosa de sempre, lhe ajudou a sentar-se já que dificilmente a filha de Ares ficaria por muito tempo deitada. - os outros membros da patrulha estão bem, incluindo o seu irmão Heitor. Sorte ou não Ártemis e suas caçadoras chegaram a tempo de socorrer o seu grupo, já que dentro do acampamento tínhamos um considerável número de semideuses feridos.

 

Clarisse meneou a cabeça brevemente fazendo notas mentais daquilo que lhe era repassado pelo mais velho enquanto tentava se lembrar do ocorrido sem sentir tanta dor de cabeça. Pode notar que mais ao fundo da sala havia mais alguém a observar a conversa dos dois e logo tratou de arrumar sua postura um tanto desleixada.

 

-Você cresceu filha de Ares... - comentou a terceira pessoa ali presente com uma voz séria que não combinada com a aparência jovial.

 

Na parede a sua frente havia uma garota que aparentava seus treze anos de idade no máximo, cabelos castanho-avermelhados e olhos amarelo prateados, sabia quem era apesar de tê-la encontrado apenas uma vez na vida e justamente nesse primeiro encontro a deusa e suas caçadoras haviam lhe ajudado a chegar ao acampamento em segurança.

 

A porta do quarto é aberta sem muita cerimônia, por ela adentram Annabeth e Mark, a filha do deus da guerra desvia os olhos para os recém-chegados, apesar das roupas sujas e levemente rasgadas os dois semideuses pareciam bem, isso trouxe certa sensação confortadora para a líder do chalé 5.

 

-Você está bem? - a voz da loira era levemente falha pelo cansaço. Quando Thalia finalmente retornara a segurança do acampamento repassou o estado em que a filha de Ares se encontrava, precisava verificar com os próprios olhos que estava bem e assim conter a sua inquietação. - temi por sua segurança quando essa loucura começou. - confessou com a voz baixa enquanto a mão trêmula afastava os fios escuros que caíam sobre o rosto da mais velha.

 

Clarisse fecha os olhos com o toque e se deixa envolver pelo mesmo, era confortador e lhe deixava em paz de uma forma que dificilmente se sentira com outra pessoa, porém da mesma forma que sentia aquela terna sensação de calma algo parecia se abalar em seu ser, as memórias vívidas daquela outra pessoa... Ela teve aquela mesma sensação quando Annabeth foi ferida pelo manticore. Trouxe a garota para perto, a filha de Athena não repeliu o seu toque, também não parecia tão tensa com a proximidade.

 

-E Você... Está bem? - perguntou enquanto lhe abraçava e descansava a testa sobre o ombro da loira.

 

A conselheira do chalé 6 confirmou fazendo um pequeno gesto com a cabeça, aquela proximidade repentina, as pessoas ali no quarto, tudo o que haviam passado até então; ela não era do tipo afetiva, mas teve medo como nunca antes. Descansou o rosto nos cabelos escuros e deixou ser abraçada, precisava daquele contato, mesmo que não verbaliza-se sua necessidade, mesmo que soubesse que não poderia ceder daquela forma.

 

-Se está bem então nada mais importa. - a voz da morena era aliviada apesar do dedo indicador correr delicadamente pela pequena cicatriz avermelhada na bochecha. 

 

Afastaram-se devagar ao escutar um leve pigarro, agora Chase tinha certeza que seu rosto estava em brasa, encostou-se na maca ao lado de Clarisse enquanto três pares de olhos as analisavam. Mark tinha aquele sorrisinho típico dos filhos de Ares, Quíron parecia curioso, mas conseguia distinguir um pequeno sorriso enquanto ele alisava a barba desalinhada e a terceira lhe deixou levemente paralisada. Apesar da aparência delicada, o porte, o olhar sério e aquela aura denotava que estavam em frente a um dos Olimpianos, para ser mais exata Ártemis, deusa da caça e irmã gêmea de Apolo.

 

-Devido às adversidades apresentadas acha que estás em condições para o ritual? - perguntou a deusa dirigindo o olhar para a sobrinha e se aproximando alguns passos.

 

Mark fez menção de tomar a dianteira do assunto, pois ainda era o tutor da morena, mas Clarisse lhe olhou daquela forma que apenas um irmão de seu próprio chalé conseguia, Annabeth respirou pesadamente e olhou para um ponto fixo qualquer do cubículo, sabia que de alguma forma aquele assunto viria à tona já que a deusa e suas caçadoras se encontravam no acampamento.

 

-Agradeço a preocupação, minha senhora, mas estou pronta. - disse fazendo esforço para se manter de pé em frente a divindade.. - sei de suas obrigações como deusa e não quero importuná-la com tão pouco.

 

Uma curva quase que imperceptível se formou nos lábios da deusa, sabia que a campista não estava em seu melhor estado e ela esperaria de bom grado sua recuperação total se fosse preciso, mesmo assim queria demonstrar o contrário, de fato não negava que era filha de Ares.

 

-Creio que seu tutor já tenha lhe repassado todos os procedimentos. - tanto Clarisse como Mark fizeram um breve sinal positivo com a cabeça após se entreolharem. - acompanharei do começo ao final, minha tenente se encarregará do ritual e seu irmão lhe acompanhará.

 

Mark cruzou os braços e tentou não rolar os olhos, se dependesse dele seria um ritual de passagem feito completamente pelo chalé de Ares. Não suportava aquela garota de nariz empinado e olhar arrogante, contudo qualquer guerreiro que se prezasse devia respeito à deusa da caça... Não seria prudente contrariar qualquer uma de suas objeções.

 

-Se me permitem, irei alocar minhas caçadoras. - sua expressão parecia ligeiramente mais amena. - durma bem filha de Ares, será um dia importante pra você amanhã.

 

Os presentes lhe retribuíram com uma mensura e assim Ártemis se retirou do recinto sem mais palavras. Seu irmão mais velho saiu logo em seguida, sua expressão parecia séria demais e bem, Mark era conhecido por muitas coisas, mas seriedade não era exatamente algo da sua natureza.

 

-Annabeth, querida, se importaria se eu conversasse um pouco com a Srta. La Rue?

 

A voz mansa de Quíron tirou a filha de Athena de seus pensamentos, queria poder passar um pouco mais de tempo com a campista, possuía um mar de questões rondando sua cabeça, mas isso teria que esperar.

 

-Você vai? - perguntou antes que a loira também se retirasse assim como os outros.

 

-Por mais que eu não concorde com tamanha sandice eu assistirei a cerimônia. - confirmou lhe lançando um olhar encorajador. - nos vemos amanhã.

 

Trocaram um singelo sorriso antes da loira deixar os dois sozinhos no pequeno aposento. Quíron tinha aquela expressão compenetrada e analisava a morena daquela forma curiosa de sempre, Clarisse por sua vez relaxou um pouco mais a postura, ainda se sentia cansada, mas antes de seguir os conselhos da deusa sobre "descansar o suficiente para o grande dia" ela teria que conversar com o centauro.

 

~***~

 

Annabeth sentia-se exausta, sua roupa estava suja e aos farrapos assim como a maioria dos campistas. Passou pela enfermaria novamente para checar as baixas e fez uma breve prece a sua mãe pela proteção aos semideuses de seu chalé, seus irmãos tinham pequenas escoriações apenas.

 

Quando finalmente deixou a Casa Grande pode ver que a amiga ainda lhe aguardava como prometera, mesmo que também não estivesse em seu melhor estado. Caminhou até Thalia e lhe afagou delicadamente os fios negros curtos e bagunçados.

 

-Como ela está? - perguntou relaxando com o toque e fechando os olhos.

 

-Está melhor agora, obrigada. - disse recebendo um meio abraço e um breve afago nos cabelos.

 

As duas se dirigiram pelo caminho que levava aos banheiros de forma silenciosa. Thalia ainda tinha aquela expressão emburrada e Annabeth não queria lhe incomodar, sabia do que se tratava aquele mal humor. A filha de Zeus não era das maiores fãs das caçadoras e isso se elevava em um grau ainda maior quando se tratava de Zoe Nightshade. A tenente de Ártemis tentara recrutar a garota de visual punk quando a mesma estava vagando pelas ruas com Luke e Annabeth e ambas discutiram quando a mesma recusou a oferta. Zoe lhe dissera que ela ainda se arrependeria de sua decisão já que caso aceitasse se juntar a caçada teria que abrir mão de companhias masculinas, ou seja, ela teria que abandonar o filho de Hermes.

 

Encontraram-se novamente na saída dos banheiros quando ambas já estavam limpas e de roupas trocadas. Apesar da confusão com os cães infernais o tumulto já não estava tão intenso.

 

-Vai voltar ao chalé comigo? - perguntou Thalia de forma distraída. Queria conversar com Chase sobre o que havia acontecido, mas ambas estavam esgotadas.

 

-Preciso voltar ao chalé 6. - Annabeth também parecia imersa em seus próprios pensamentos. - meus irmãos precisam de mim.

 

Thalia já esperava por essa decisão vinda da filha de Athena, acompanhou-a até a entrada de seu chalé e depois disso seguiria para o seu próprio. Se encontrariam no dia seguinte para a cerimônia onde Clarisse faria o ritual de passagem se provando uma verdadeira filha de Ares.

 

Ali bem próximo ela pode ver a tenente da deusa da caça escorada em um dos pilares da entrada. O chalé 8 pela manhã era uma construção regular como qualquer outra, contudo, a noite, sua estrutura prateada brilhava como se refletisse os raios de luar.

 

Os olhares se cruzaram, porém as provocações sempre afiadas não foram proferidas desta vez, não era preciso. Aquele olhar negro, duro e penetrante já era o suficiente, já carregava o questionamento de anos atrás... Na verdade não seria mais um questionamento e sim uma certeza. Thalia deu as costas e Zoe sorriu minimamente ao vê-la dirigir-se ao isolado chalé 1. 

 

~***~

 

-Em condições para repassar o relatório da patrulha? - perguntou o mais velho de forma calma.

 

-Sim, senhor. - afirmou novamente arrumando sua postura como um soldado bem treinado.

 

Clarisse falava apenas o que achava essencial e isso implicava em ocultar pequenos detalhes que provavelmente teriam alguma relevância, ou levantaria desconfiança, deixou a inquietação de sua lança de lado, assim como o clima maluco, já que o centauro deveria ter tirado suas próprias conclusões sobre isso. Falou sobre o barulho vindo do acampamento, o ataque surpresa, Heitor gravemente ferido e teve muito cuidado ao comentar sobre alguém estranho que estava distraindo o segundo cão e que provavelmente desmaiara quando investiu contra o monstro.

 

-Você viu o rosto de quem lhe ajudou? - perguntou o diretor de atividades enquanto alisava a barba aleatoriamente, os pensamentos já vagando por possibilidades.

 

Clarisse desviou os olhos negando com a cabeça, não gostava de mentiras e principalmente não gostava de mentir para as pessoas que gostava e isso incluía o importante treinador de heróis à sua frente e nunca foi boa com isso como qualquer um dos filhos de Hermes.

 

-Foi ela quem lhe entregou esse pingente? - perguntou aproximando-se da garota curiosamente e lhe tocando o pingente que apenas La Rue parecia não ter notado.

 

A campista levou a mão até o pescoço com uma expressão um tanto confusa, de fato, junto ao seu colar de contas do acampamento havia outro em couro com apenas uma conta, as cores pareciam transitar entre laranja, vermelho como se fosse lava... Sentiu uma pequena dor na cabeça, lembrava-se com exatidão o momento que recebera não somente o colar, mas também uma faca.

 

-Provavelmente... - Quíron já devia saber que escondia algo então tentaria não piorar ainda mais aquela confusão, sabia que poderia confiar nele.

 

-Seu irmão está preocupado com você, ele me contou que tem tido pesadelos estranhos. - confessou tocando o ombro da guerreira como se lhe encoraja-se a falar. - é perigoso dar vazão a isso sem buscar por orientação.

 

La Rue baixou a cabeça se sentindo culpada, mas também sentia uma pontada de raiva de Mark, aquele deveria ser o motivo para o mesmo se retirar sem trocar qualquer palavra com ela.

 

-Thalia também mencionou que você estava em um estado de torpor quando a mesma foi até a colina meio-sangue, se não fosse por ela e as caçadoras talvez você e o resto da patrulha não estivessem a salvo agora.

 

A morena crispou os lábios, já não bastasse estar levando uma dura do centauro agora ela devia favores à filha de Zeus, se fosse até mesmo o Jackson ela relevaria, mas justo a "toda poderosa"? Respirou fundo tentando reorganizar os pensamentos outra vez, não deveria perder a cabeça com coisas tão pequenas.

 

-Clarisse, eu realmente preciso de mais detalhes. - Quíron lhe ergueu o queixo e lançou um olhar compreensivo. - há muito tempo, quando os deuses ainda viviam sua era de ouro, eu conheci alguém, a primeira e única a portar esse mesmo colar que agora está usando. - os olhos da menina estavam presos aos seus, La Rue não era exatamente a campista conhecida por sua curiosidade, mas havia lhe fisgado de alguma forma. - só poderei lhe ajudar em algo se me contar exatamente o que vem acontecendo e quando tudo começou.

 

Lembrou-se das palavras de Annabeth quando mais cedo estavam com Phobos, havia pessoas ao seu lado, ela não era mais alguém sem amigos ou sem uma "família" - por mais disfuncional que fosse - o centauro estava ali lhe estendendo a mão, como muitas vezes já o fizera, queria lhe ajudar e ela sabia que não conseguiria sem a sua ajuda.

 

Fim do capítulo