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E se... por Nadine Helgenberger

Ver comentários: 11

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Palavras: 7456
Acessos: 3979   |  Postado em: 19/07/2020

Capitulo 12

 

Capitulo 12 - E se...

 

Elena abriu os olhos devagar e teve a sensação que seu corpo todo doía. Respirou profundamente e pensou em esticar os braços para cima como sempre fazia. Não conseguiu e foi nesse momento que percebeu que não estava sozinha. A primeira coisa que lhe passou pela cabeça foi uma vontade quase incontrolável de rir às gargalhadas. De repente, sentia-se uma adolescente de 15 anos e que dormia pela primeira vez com amigas num camping. A sensação de liberdade era idêntica. Liberdade, sim, essa era uma sensação que experimentara com Joy desde o primeiro encontro. Liberdade de ser o que quisesse, fazer qualquer coisa e não se julgar e nem se importar com o julgamento de terceiros. Sem se importar com julgamentos e principalmente sem se autossabotar, beijou a cabeça de Joy. Ela estava parcialmente enrolada e prendia um dos braços de Elena com o próprio corpo. A perna machucada estava sobre algumas almofadas e parecia estável. Claro que Elena acordara algumas vezes na madrugada para certificar-se que ela estava bem.

Respirou mais uma vez e sorriu. Precisava sair dali, afinal teria uma segunda intensa no trabalho e ainda precisava passar em casa para se arrumar. Olhou para Joy e teve vontade de acordá-la com beijos, mas rapidamente abortou esse pensamento. Na cabeça martelava a frase "não a conheces tão bem assim, nada de exageros". E o exagero nem era apenas por não conhecê-la tão bem assim, era exagero querer fazer aquilo. Era mesmo? Suspirou e sorrindo, saiu debaixo de Joy sem acordá-la. De pé, esticou-se o máximo que pôde. Estava toda torta, já que o sofá não comportava toda a compleição do seu corpo. Era mais alta do que Joy e ficou claro quando o sofá a acolheu perfeitamente, e a ela nem por isso.

Sorriu ao constatar que não se importaria de passar mais uma noite ali, não obstante o desconforto.

            --Doida! Ah, Elena...

Entrou na sala de Joy e sentiu-se meio perdida. Não sabia onde ficava o banheiro e precisava lavar o rosto para encarar o dia lá fora. Andou na ponta dos pés pelo apartamento e de repente estava a rir até segurar a barriga. Sentia-se uma intrusa e a sensação era estimulante. Claramente uma doida sem juízo.

Passou por um corredor que cheirava a incenso e tinha uma luz perfeita. Entrou numa porta com extremo cuidado, como se estivesse com medo de acordar alguém. Excesso de prudência, mas essa parte ela já conhecia bem e nem ligava mais. Arregalou os olhos e levou a mão à boca. O quarto era lindo. O quarto era perfeito. Pasmou na janela imensa que ficava exatamente na mesma altura da cama baixa. A vista era maravilhosa. Acordar ali deveria ser uma sensação perfeita. Não controlou uma risada, porque aquela cama no chão e a janela altíssima, faziam parte do seu ideal de quarto. Apertou os olhos e voltou a abri-los, na certeza que a imagem seria outra. Não, era a mesma. Joy tinha sim o gosto muito parecido ao dela, e melhor, estava materializado.

            --Será que essa coisa de alma existe mesmo? As loucuras da Milanka que nem ela mesma acredita...

Mais um sorriso, enquanto olhava para os detalhes. Perfeito. Era a única palavra que lhe ocorria. Queria dormir ali. Queria acordar ali com os raios de sol entrando e banhando o seu corpo. Queria ver a chuva caindo lá fora, enquanto escrevia...

            --Doida! A casa não é tua...

Mais uma risada, enquanto levantava a coberta e deixava tudo perfeito, para que Joy pudesse ter mais algumas boas horas de sono.

Olhou para tudo e decidiu fechar as cortinas. O dia lá fora estava um bocado nublado, mas ainda assim havia claridade. Joy descansaria melhor na penumbra.

Entrou numa porta que só poderia ser o banheiro e mais uma vez observou tudo com atenção. Era tudo de bom gosto. Não se demorou muito ali, porque já estava atrasada. Lavou o rosto, passou água na nuca, enxaguou a boca e arrumou o cabelo.

            --Agora estou parecida com uma mulher séria.

Riu de si mesma.

Na varanda, teve pena de acordar Joy que dormia profundamente. De repente, Zayco apareceu e começou a lamber os pés de Joy. Elena sorriu e agradeceu. Melhor ser o cão a tirá-la daquele sono.

            --Hmmm, para Zayco. - Ela esbravejou ainda de olhos fechados.

Elena agachou-se e sorrindo, acariciou-lhe o cabelo.

            --Acorda senhorita!

            --Hmmm, para quê?

            --Para dormires com algum conforto, afinal estás com uma perna machucada.

Joy abriu os olhos.

Elena agradeceu por estar agachada, porque experimentou algo estranho, que com certeza lhe roubaria o equilíbrio caso estivesse de pé.

Joy acordava mais linda do que o normal. Aquela mulher era quase um pecado...

            --Oi?

            --Hã?

            --Onde estás?

            --Aqui!

Risos.

            --Perguntei-te que horas são?

            --Hmmm, hora de sair daqui.

            --Não...

            --Sim! Tenho uma editora à minha espera e as segundas são sempre intensas e de muito stress.

            --Dormimos juntas no sofá?

            --Hmmm, eu diria que dormiste...

            --Pequeno demais para nós duas, desculpa...

Elena teve vontade de beijá-la até não aguentar mais, mas apenas riu alto.

De repente, alguma coisa no olhar da inglesa, provocou uma espécie de magia ou algo parecido, e ela inclinou-se sobre ela.  No instante seguinte, trocavam um beijo carregado de carinho.

            --Eu adorei a experiência e como podes constatar, estou inteira.

Risos com beijos.

            --Da próxima vez, dormes na minha cama.

Elena sorriu e imediatamente sentiu a face arder. Sentiu raiva da reação. Parecia uma adolescente.

            --Não precisas ficar vermelha.

Risos.

Elena levou uma mão à face e teve a outra beijada com carinho.

            --Calma, não foi com essa intenção, afinal já dormimos comportadíssimas na tua cama.

Risos. 

            --Não pensei em nada. Ah, já vi o teu quarto...é lindo.

Joy sorriu de forma intrigante.

            --Não...não fui bisbilhotar, apenas quis deixar tudo perfeito para o teu descanso.

Joy riu às gargalhadas.

            --Livre trânsito, Grega. Livre trânsito.

            --Hmmm...vamos para cama?

            --Vamos! Agora!

            --Ah para! Preciso trabalhar...

Risos.

Elena conseguiu tirar Joy do sofá e arrastou-a para dentro do apartamento.

            --Não podes sair sem tomar café...

            --Não inventes oh senhora fotógrafa, estou atrasada... - Elena tentava desvencilhar-se do abraço afetuoso. Mas na realidade queria perder-se ali...

No quarto:

            --Cama! Já! - Elena apontou o dedo para a cama.

Joy riu.

            --Mandona!

Risos.

            --Não sou, mas tu precisas de alguma ordem...

            --Preciso?

O olhar de provocação quase deixou Elena sem ar e sem saber ao certo o que fazer.

            --Perigosa...cama, mulher, cama. Quero chegar aqui e encontrar-te bem recuperada, e para isso, precisas descansar.

            --Vais voltar? - Mais um olhar indecifrável.

            --Ah, mas que tristeza...-Elena fez teatro.

            --O que foi?

            --Eu me esforço tanto para mostrar que sou um ser de alma linda e tu não entendeste nada?

Gargalhadas altas.

            --Achas mesmo que vou deixar-te à tua própria sorte?

Foi a vez de Joy não resistir ao olhar doce de Elena. Abraçou-a com o corpo e a alma completamente entregue.

Por instantes, deixaram-se ficar. O momento era de silêncio. O momento era perfeito.

            --Quero muito que voltes...preciso que voltes... - Joy disse com a boca colada no ouvido de Elena.      

            --Vou voltar! Cuidar de ti com muito prazer e ter a certeza que ficas bem.

            --Já estou...

Elena beijou Joy devagar. Ela desfaleceu e foi conduzida à cama.

            --Bandida!

Risos.

            --Tenho minhas técnicas para convencer moças teimosas...

            --Quero conhecer todas...e não fiques vermelha ou não me responsabilizo...

            --Tchau! Sua doida...quase bruxa essa mulher...

Gargalhadas altas.

            --Faça o favor de manter esse telefone ligado.

            --Sempre!

            --Descansa, Joy!

            --Sim, Elena.

Risos.

Elena piscou-lhe o olho e saiu quase correndo na tentativa de fugir daquele estado de torpor.

 

*****

            --Troia, ainda não entendi esse teu quase desespero. Não estavas doida para que esse autor viesse para a editora? Não é ele que escreve coisas lindas que te inspiram?

            --Sim, Milanka! É ele mesmo e eu estou feliz com essa viagem...por um lado. - Elena suspirou e rodou a caneta nos dedos como sempre fazia quando estava impaciente.

            --Ok, e qual é o outro lado?

            --A Joy está com a perna machucada e gostaria de cuidar dela...

            --Só ficas fora um dia...

            --Quase três.

            --Eu posso ajudar?

            --Não vou tirar-te da tua rotina para cuidar de alguém que nem conheces.

            --Alguém que não conheço, mas que é importante para ti. Eu ajudo sem problema.

Elena sorriu e teve vontade de beijar a amiga. Milanka era assim mesmo, sempre disposta a ajudar.

            --Mereço essa mulher?

            --A Joy?

            --Ah, vá...

Gargalhadas.

            --Se a Joy quiser, posso ir lá sem problema algum.

            --Eu vou perguntar. Nem vou ter tempo para ficar com ela hoje à noite.

            --Pois, viajam logo cedo. Eu nunca entendo os horários dessa mulher...

            --Não temos que entender, ela manda.

Risos.

            --Eu não sei ser passiva com a senhorita.

            --Eu não sou passiva, apenas não desperdiço a minha energia em vão.

            --Ela é madura.

Gargalhadas altas.

            --Mas, Troia...

            --O que é Milanka?

Risos.

            --Já passamos de fase?

            --Quem?

Risos.

            --Pateta!

            --Não sei...

            --Se já cuidas dela... 

            --Quantas vezes cuidei de ti nessa vida?

            --Mas eu nunca ganhei beijo na boca.

Gargalhadas altas.

            --Ambiente de trabalho, pelo amor de Deus!

            --Isso vale para ti também.

Risos.

            --Eu estou a gostar dessa dinâmica...

            --Hum-hum...

            --Ela é engraçada, doida e...linda.

Risos.

            --E tem uma característica que é a melhor de todas.

            --Hmmm?

            --Ela permite que fluas...

            --Não entendi...

            --Um dia entendes.

Risos.

            --Então já não te vejo mais hoje?

            --Provavelmente não, meu bem. Vou sair daqui bem tarde, porque essa nossa chefe deixa tudo em cima de mim, e ainda vou ter que trabalhar uma proposta para a reunião em Atlanta.

            --Não te esqueças da inglesa que está machucada.

Risos.

            --Se bem que a probabilidade de esqueceres a...

            --Milanka, preciso trabalhar.

Gargalhadas.

            --Eu sou completamente dispensável. - Milanka fez um ar de drama arrancando risadas de Elena.

            --Carência nunca fez parte do teu portfolio.

Risos.

            --Estou feliz por ti, Troia. Acho que nem imaginas o quanto...

            --Eu sei...mas não crie muitas expectativas...

            --Ah não, para!

Risos.

            --É sério, Milla. Eu não conheço nada da Joy...

            --Ela te faz bem. O teu foco terá de ser esse. Esquece a racionalidade, esquece aquela Elena chata e metódica.

            --Meu Deus, eu não sei como é que ainda sou tua amiga!

Gargalhadas.

            --Porque me amas e sabes que eu morro por ti.

            --Viva por mim.

Risos.

            --Sempre! E quero ver-te cada dia mais viva...imagina quando passares para o próximo capitulo...

            --Que seria?

            --Quem não te conhece, acredita mesmo que és essa menina inocente.

Risos altos.

            --Tudo a seu tempo...

            --Até porque sem todos os movimentos...

            --Sai daqui!

Gargalhadas altas.

 

 

 

 

*****

 

Joy olhou as horas e sorriu. Elena acabara de sair e o relógio já marcava mais de meia noite. Ela chegara depois das 9 da noite e com a notícia que viajaria nas primeiras horas da manhã do dia seguinte. Mais uma viagem relâmpago a trabalho.

A Joy de outrora, usaria da educação ou autossuficiência característica, e dispensaria a visita. Mas a Joy que a grega despertava, quase implorou para que ela ficasse mais, quase sugeriu que ela dormisse ali, ainda que não fizesse qualquer sentido em termos logísticos. Talvez não fizesse sentido a todos os níveis.

Não conseguia pensar com lógica. Talvez a lógica antiga não fizesse sentido. A sensação que muitas vezes tinha, era que estava sob novos comandos e que simplesmente tudo que fizera até então, tinha sido bloqueado em algum lugar.

Assustador? Talvez sim, mas também poderia ser libertador.

Liberdade. Sim, era essa a sensação. Liberdade crua, liberdade real. Não a falsa liberdade que conhecera até então. A liberdade financeira nada tinha a ver com a liberdade de alma.

Sorriu, enquanto deixava-se embalar pela melodia de Young Blood de Noah Kahan.

Estava num universo paralelo. O universo Nova York era perfeito. Conhecer aquela grega no parque Astoria, revelara-se o culminar daquele sonho...

Sonhos...sonhos...

Suspirou e notou que Zayco a observava atentamente.

            --Tu fazes parte do sonho...- Afagou seu cão que imediatamente estendeu-se ao seu lado.

Zayco continuou com seu olhar fixo em Joy, que quis entender o que ele queria. Já se conheciam...      

            --O que foi? Estás com saudades dela? Eu também!

Ela riu e Zayco ganiu.

Mais um olhar...

            --Eu sei, Zayco. Eu sei que não deveria, mas nada esteve sob meu controle. Nada. Fomos atropelados, lembras? Na madrugada chuvosa. Surreal. Não estava nos planos...

Zayco levantou uma orelha.

            --Lembra do que ela pediu. Tens de cuidar de mim e mais, tens de controlar a minha teimosia.

Ela riu muito.

            --Ela é engraçada, Zayco. Ela é...

Mais uma risada feliz.

            --Talvez eu esteja...ah, sei lá. Sem precipitações...acho que estou a prestar atenção a coisas que antes passavam ao lado. Sim, Zayco, eu também estou com saudades dela.

Riu alto e abraçou o travesseiro.

 

*****

 

Milanka ainda tentava se recompor do impacto da ligação que acabara de receber, quando ouviu a voz inconfundível de Ethan à entrada da sua sala. Não era loucura.

Respirou fundo e fingiu estar muito concentrada no que fazia.

            --Olá meu bem!

Ela olhou para cima e lá estava ele. A cena era inédita. Ninguém jamais a visitara no trabalho. Seus namoros ou breves relacionamentos sempre tinham sido relâmpagos e sem consequências. A relação de maior impacto tinha sido com uma mulher completamente insana e egocêntrica. Obviamente ela jamais aparecera no seu trabalho. Agora Ethan estava ali, com seu melhor sorriso e toda a leveza que o caracterizava.

Na cabeça de Milanka, dúvidas. Todas.

            --Ethan...

Caminhou até ele e beijou-lhe a face despretensiosamente. Ele a beijou na boca.

            --Já que não me atendeste o telefone, resolvi aparecer por aqui.

            --Desculpa. Hoje estamos na velocidade máxima aqui...

            --Tens tempo para jantar comigo?

            --Claro! - Ela percebeu naquele instante que estava feliz. - Mas ainda é cedo...

Ele riu com a desenvoltura que a encantava.

            --Não precisa ser agora. Só queria ter a certeza que não fugirias...

            --Não...

            --Tudo bem. Já entendi que tens muito trabalho...mas acredito que há espaço para uma boa refeição.

Risos.

            --Claro que sim!  A que horas?

            --Estarei livre a partir das 19:30.

            --Às 20:30?

            --Perfeito! E a tua amiga Grega? Ela também é misteriosa como a Sul Africana?

Risos.

Milanka bateu a cabeça e sentiu a face arder.

            --A Elena não está cá hoje. Ela também quer muito conhecer-te.

            --Eu também. Falas tanto nela que já me considero íntimo.

Risos.

            --Um dia desses promovo um jantar a três.

            --Combinado! Mas hoje, será a dois e mal posso esperar.

Mais uma vez ele beijou-lhe a boca e mais, enlaçou-a pela cintura. Intimidade.

Ele foi embora e Milanka experimentou um turbilhão na altura do estômago.

            --Ah, grega que falta me fazes.

Afundou-se num dos puffs da sua sala de trabalho e pendeu a cabeça para trás. Sentiu-se confusa. Não queria deixar Ethan ir embora, mas não sabia como lidar com uma pessoa como ele. Ethan não era nada parecido com as pessoas com quem se envolvera até então. As outras eram todas, ou quase todas, iguais a ela. Queriam todas a mesma coisa e basicamente era nenhum comprometimento. Fora assim com Ethan nas primeiras vezes, pelo menos ela encarara tudo nessa perspectiva. Mas houve evolução e ela se perdera pelo caminho. Agora não sabia para onde seguir, mas ao mesmo tempo, não queria ficar sem ele...

As frases de Elena ecoavam pela sua mente.

Jantar às 20:30...claro!

 

*****

            --E essa alegria na voz?

            --Ah Milanka, tu estás completamente doida.

Risos.

            --Já sei. Porque voltas amanhã e vais poder matar as saudades da tua vizinha de portas.

Risos.

            --Eu fiquei possessa com esse atraso. Uma viagem de um dia e meio, transformou-se em 3 dias inteiros longe da minha vida...

            --Novos tempos, hoje em dia ela tem vida.

Gargalhadas.

            --Milanka, eu tenho muito trabalho na editora. A Brigitte é muito doida...

            --E tem uma inglesa com a perna machucada e sem cuidados de uma amiga carregada de boas intenções.

Gargalhadas.

            --Ela está bem.

            --Claro que está. Olha que essa pessoa a quem chamas de sem coração e outras tantas coisas, fez o papel da boa samaritana.

Risos.

            --Ela me disse que tens ligado sempre. Tu és tão...

            --Maravilhosa! Eu sei!

Risos.

            --Agora diga lá, Maravilhosa.

            --O quê?

            --Milanka...

            --Ah, é o Ethan...

            --O que aconteceu?

            --Eu não sei muito bem o que ele quer...

            --E sabes o que tu queres?

            --Como assim?

            --Milanka, o que tu queres com o Ethan?

Silêncio.

            --Milanka?

            --Não sei...

            --Estás bem com ele?

            --Sim!

            --Foste bastante enfática. Isso para mim é uma resposta clara.

            --De quê?

            --Milanka, tens medo de quê? Vá com calma, não precisas despejar tudo o que consideras pesado de uma única vez...

Suspiro.

            --Ele veio aqui...

            --Onde? Na tua casa?

            --Não...aqui, editora...

            --Hmmm...

            --O que achas?

            --Eu não sei...mas desde que te conheço, nunca vi ninguém na editora...

            --Não. Não costumo misturar as coisas e tudo é sempre tão passageiro...

            --Ele sabia onde trabalhavas...

            --Sim. Tive que contar quando ele me mostrou tudo do seu trabalho. Não achei que fosse nada demais...

            --E não é. Talvez a relação seja diferente...

            --Pois, e é isso que me trava...

            --O que ele queria?

            --Convidou-me para jantar. Tenho andado um pouco...

            --Eu sei...e já falamos sobre isso. Sabes o que penso sobre a tua atitude, ainda mais que acho que gostas dele...

            --Gosto e tenho medo.

            --Nosso medo de todos os dias.

Risos.

            --Tu não tens medo. A inglesa é a prova viva.

            --Ah minha amiga...tantos medos, mas desisti de pensar...

            --A sensata foi de férias.

Risos.

            --Ainda bem. Aceitaste jantar com ele?

            --Hum-hum. Aliás, preciso correr. Vou para casa tomar um banho e tirar essa aura de gráfica.

Risos.

            --Hoje foste à gráfica?

            --Morei lá.

Risos.

            --Amanhã chego depois do almoço, mas já não vou trabalhar.

            --Aleluia. E eu só vejo-te lá para sábado...é isso?

Risos.

            --Tu vais ver-me no mesmo dia...

            --Hum-hum...

Risos.

            --Claro que vou ver a Joy, mas...

            --Lambuze-se nessa Joy. Troia, cá entre nós e só corro esse risco, porque estás a milhas daqui...que mulher com uma voz fatal.

Gargalhadas.

            --Meu Deus, ela fala e parece que entra dentro dos ouvidos e vai invadindo tudo como um sussurro. O sotaque perfeito e a doçura na voz grave...

            --Milanka...

Risos.

            --Era apenas um lembrete.

Gargalhadas.

            --Voe logo para a inglesa.

            --Corra para o Astoria e fique mais linda para o jantar e sem medo.

            --Adoro-te!

            --Não mais do que eu.

 

*****

O jantar com Ethan corria às mil maravilhas como era habitual. Milanka sorria, ria e admirava aquele homem, que aos poucos ocupava lugares que até então não se via disposta a permitir que fossem ocupados. Ethan era leve e ao mesmo tempo parecia convicto do que queria na vida. Bem diferente dela que tinha a nítida sensação que corria das coisas, corria de compromissos. Tinha verdeiro pânico do fracasso, medo de sofrimento, pavor de não ter a quem pedir apoio. Era tão fácil ser superficial, era perfeito que ninguém soubesse muito da sua vida. Era muito bom quando as coisas não evoluíam além de algumas noites de bom sex*, jantares, risadas e conversas sem pé nem cabeça.

Agora estava ali e à frente tinha um homem que era o oposto de tudo que já vivera. O sensato seria correr dali, voltar ao que sabia fazer. Mas, tinha alguma coisa naquele homem que a cativava a ponto de querer ficar. Medo? Claro que sim. Mas havia algo além do medo, mais forte do que a vontade de sair correndo.

            --Eu já disse que estás deslumbrante?

            --Já, mas podes repetir as vezes que achares necessárias.

Risos.

Ethan serviu mais vinho nas taças. De repente ele pareceu sério e ainda mais atraente.

            --Milanka, eu sei que já é tarde, mas eu não sou pessoa de fazer muitos rodeios...

Milanka engoliu em seco. Conhecia aquele olhar, ele tinha algo sério a dizer. Talvez fosse terminar a relação. A cabeça tremeu violentamente, a boca parecia lacrada. Naquele instante percebeu que não era aquilo que queria. Mas como não? Não seria o mais coerente com a pessoa que era?

            --Hum-hum... - Olhou dentro dos olhos dele e viu tanta verdade que sentiu-se ainda mais perturbada.

            --O que significa isso tudo para ti?

Milanka percebeu que as pálpebras tremiam.

            --A quê te referes? - Precisava ganhar tempo para não meter os pés pelas mãos.

            --Já deves ter percebido que gosto do que temos...

            --Sim...- Atropelou o raciocínio dele com medo do que estava por vir. Tinha a certeza de que ele já não queria mais nada. O desconforto era não saber se aquilo era bom ou não.

            --Milanka, eu já não tenho idade e nem disposição para brincadeiras. Já deves ter percebido que sou muito focado no que quero para a minha vida, e isso é válido para todas as áreas. Eu estou aqui para vencer e preciso ter ao meu lado alguém que esteja disposta a me acompanhar. Alguém que esteja disposta a colaborar, que seja meu suporte nos momentos de dúvida e tensão. Preciso de uma mulher...

Milanka respirou fundo. Estava com medo, muito medo. Mas era medo de não ser suficientemente boa para ele. Que loucura. Até outro dia uma conversa assim a faria correr para longe...

            --Não quero mais perder meu tempo com casos sem importância, preciso de uma companheira para a vida.

Milanka sentiu as pernas tremerem e agradeceu por estar sentada. Olhou nos olhos dele, só viu verdades. Por segundos pensou na irmã, mas o pensamento mais forte foi um eco das palavras de Elena.

            --O que queres dizer com isso? - Sorriu tentando imprimir uma calma que estava muito longe de ser real.

            --Eu gosto de ti, tens todas as características que prezo numa mulher, mas não sei se queres a mesma coisa e eu não tenho tempo a perder. Relações sem comprometimento já não cabem na minha vida.

Ele estava sério, ela em pânico.

Silêncio.

            --Eu não estou a pedir que cases comigo...

Milanka riu alto. Nervosismo puro.

Ele também riu e bebeu mais vinho.

            --Muito cedo... - Brincou.

            --Sim, ainda preciso conhecer-te melhor e precisas conhecer meus defeitos...não são poucos.

            --Obstinado com trabalho...seria o mais grave?

Gargalhadas.

            --Eu gosto do que faço e quero fazer meu nome aqui em Nova York. Quando se vem do interior do Wyoming, essa meta é bem plausível.

            --É a meta de todos nós que abraçamos Nova York.

            --O bom é que ela nos abrace também.

Risos.

            --Tu já és bem-sucedido.

            --Sim, não posso me queixar. Mas já estou aqui há bastante tempo...

            --Sim, estudaste aqui e desde então fixaste a residência nessa cidade incrível.

            --Exatamente! Moro aqui há mais de 10 anos e com certeza os tempos de faculdade foram incríveis.

Quando Milanka achava que o assunto tinha mudado de foco, ele fez um retorno de quem sabia muito bem o que queria da vida.

            --Queres a mesma coisa que eu, ou estás numa frequência diferente? -A seriedade no olhar dele mesclada a uma certa ternura e insegurança, deixaram Milanka desarmada.

            --Eu...

Milanka suspirou e teve a mão afagada. Queria correr, mas para onde? Ethan lhe provocava tantas coisas boas...

            --Não queres nada disso...

            --Eu...eu gosto de ti Ethan...eu gosto muito de ti...

            --Mas...

Risos nervosos.

            --Não sei se sou a pessoa certa...

            --Até agora tens sido perfeita.

Risos.

            --Eu não sou tão séria nas minhas coisas...

            --Isso para me dizeres que vives uma relação aberta?

            --Não entendi.

            --Não sou o único homem com quem sais?

            --Claro que és. Confesso que nunca fui muito monogâmica, mas a verdade é que gosto de ti e isso me basta...

Risos.

            --Gosto de ti, Milanka. Não tenho tempo para jogos, sex* para mim só é bom quando há cumplicidade, ou seja, eu sou monogâmico.

            --Venho de relações vazias, e sei que eu não me envolvi...talvez não quisesse...minha última relação mais duradoura foi com uma mulher tóxica...

            --Mas eu sou homem.

Gargalhadas.

            --Sim, és homem e eu já sofri com homens também.

            --Já equacionaste a tua parcela de culpa no fracasso das relações?

            --Claro que sim. Tu não deverias ter passado de dois jantares, algumas visitas a galerias e uma noite de sex*.

Gargalhadas.

            --Pelas minhas contas...

            --Pois...quebraste todas as barreiras...

            --Nem todas.

            --Como assim?

            --Tu ainda não estás por inteira na história. Desapareces, teimas em querer que eu desista, mas, tenho que confessar-te uma coisa...

Risos com uma intensa troca de olhares.

            --Eu sei...

            --Exatamente isso. Não tenho por habito desistir de nada. Quero conhecer-te melhor, quero uma relação inteira.

            --Eu também quero a mesma coisa. Não sei onde estou com a cabeça, mas quero a mesma coisa. Resolvi esquecer os medos e mergulhar...

Ethan sorriu e Milanka admitiu a si mesma que gostava dele. Gostava de tudo nele.

            --Montanhas no fim de semana?

            --Sim! Não poderia pensar em nada melhor...

Sorrisos.

            --O que queres fazer agora? - Ethan perguntou com aquele olhar que deixava Milanka com vontade de mergulhar.

            --Já é tarde...melhor ficar por Manhattan...

Ethan riu.

            --Achas?

            --Adoro a vista para o Central Park do teu apartamento.

Gargalhadas.

            --E eu estou começando a achar que vou fazer-te mudar de ideias quanto a ter uma relação mais séria.

Milanka sorriu e sentiu-se acolhida. Ainda precisava partilhar muitas coisas, mas com o tempo talvez ganhasse coragem. Agora, tudo o queria era ficar com ele, desfrutar de todo o festival de boas sensações que aquele homem provocava.

 

 

*****

            --Joy, não acredito que estás com a perna luxada. Meu Deus, tu que sempre és tão independente.

            --Que drama é esse Thomas? Ainda não estou completamente inválida.

Risos.

            --Não consigo imaginar-te a depender dos outros. Sempre foste o suporte...

            --Paloma, acalme o teu namorado, por favor.

Risos altos.

            --E a visita às terras do sul??

            --Ah, Joy, a América do Sul é um encanto. Estou apaixonado.

            --Ah, e meus familiares tratam esse mimado como um rei.

Gargalhadas.

            --Ah, mas já imaginava. Ele adora ser o centro das atenções.

Risos.

            --Estamos com saudades tuas, meu amor.

            --Então o que estão á espera para virem para cá?

            --Ah, mas iremos, como estrelas de um festival em Nova York.

            --Wow!

            --Joy, não pules. Mas, para uma senhora que detesta ficar inerte e dependendo dos outros, estou quase a concluir que tens um sorriso luminoso nesse rosto.

Gargalhadas altas.

            --Hmmm, será?

            --Ah, mas a Paloma concordou comigo e ela é extremamente observadora.

Joy sorriu e bateu a cabeça.

            --Estás bem, Joy?

            --Estou muito bem, Thomas.

            --E essa perna? Como tens feito as tuas coisas? Comida?

            --Eu é que sou a irmã mais velha.

Risos.

            --E o amor da minha vida, por isso fico preocupado...ainda mais que eu te conheço.

Risos.

            --Ele não para de falar em ti. Tudo que fazemos, ele sempre diz, a Joy precisa viver essa experiência.

Risos.

            --Sim, porque como sabemos a senhora não é dada a experiências que extrapolem aquele ambiente empresarial e altamente exigente.

            --Paloma, esse menino esqueceu que agora sou fotógrafa?

Risos altos.

            --Ele sempre diz que não acredita que vás resistir por muito tempo...

            --Como assim?

            --Joy, tu és formatada para dirigir empresas, criar necessidades nas pessoas que nem elas sabem que precisam...

            --Mas ela também é uma excelente fotógrafa.

            --Ainda bem que minha cunhada acredita em mim.

Gargalhadas.

            --Eu também acredito e confesso que essa versão é mais compatível com irmão doido por rock, mas...

            --Estou feliz e é isso que quero.

            --Estou mais feliz ainda. Mas, continuo preocupado.

            --Thomas...

            --Joy, estás sozinha em Nova York. Pelo menos, até outro dia estavas sozinha. Recebeste alguma visita?

            --Não, nenhuma visita. Mas não estou sozinha...

            --Não?

            --Não! Tenho uma amiga que deve estar quase a chegar e ela vai fazer jantar para nós.

            --Amiga? Paloma, a minha irmã é muito esquisita...

            --Não é exagero dele. Eu sou sim um bocado viciada em trabalho e isso acaba por me absorver por completo. Mas, estou aprendendo coisas novas...

            --Sim, uma amiga que vai fazer-te o jantar. Estou curioso para conhecê-la.

Joy riu ao imaginar o leque de perguntas que o irmão faria a Elena.

            --Quando vais poder locomover normalmente?

            --Daqui a mais ou menos 3 dias. E preciso estar bem, porque vou fazer um trabalho grande e para uma revista de prestigio.

            --Vejo que estás feliz, Joy.

            --Muito! Muita coisa fazendo sentido...

            --Entendo...ah, daqui a poucos dias sai o resultado do concurso que a Paloma te inscreveu.

            --Ah, e ela vai ganhar.

Paloma gritou algures fora do alcance da tela do tablet.

Joy riu muito, já não se lembrava mais do concurso.

            --Preciso desligar Thommy. Ainda vou ver o que tem nessa casa, que possa servir de ingrediente para um jantar.

            --Ah, mas com certeza tem tudo. Ela nem é metódica.

Gargalhadas altas.

            --Tchau!

            --Tchau e juízo com essa perna...

Risos.

 

*****

            --Então? - O olhar de Elena deixava Joy tão nas nuvens que nem conseguia abrir a boca.

            --Joy?

            --Hmmm...uma delicia.

            --Ah, pelo amor de Deus, seja crítica.

            --Tu és muito chata, sabias?

Risos.

            --Sei, sempre fui. Nunca cozinhei para outra pessoa, e quero saber se está bom. É legítimo, não achas?

            --Eu adorei!

            --Mas parecias faminta...

Gargalhadas.

            --Apesar de estar com muita fome, teu spaguetti com abobrinha estava divino.

            --Segui à risca o que a mulher dizia...

Risos.

            --Tenho a certeza que ficou bem melhor do que o prato do YouTube.

Risos.

            --Meu primeiro jantar. Olha as coisas que provocas em mim...

            --Hmmm, provoco?

            --Ah, provocas. Cheguei cansada de um voo maluco para variar, a doida da minha chefe inventou de passarmos no escritório para não sei o quê...bom, digamos que ela estava certa na pressa para resolver algumas coisas, mas eu estou um caco. O normal seria, chegar em casa, tomar um banho, pedir alguma coisa para comer e cair na cama. Afinal, amanhã trabalho normalmente...

            --Mas...

Risos.

            --Tem uma certa inglesa que...

Joy interrompeu-a com um beijo na boca.

Elena esqueceu de tudo. A única certeza naquele momento era que estava no lugar certo.

            --Joy...a perna...

            --Eu beijo com a boca...

Risos.

            --E com as mãos...

Elena suspirou alto. Joy beijava com o corpo todo e a sensação que provocava era enlouquecedora.

            --Foste uma boa menina?

            --A Milanka não te contou?

Risos.

            --Amanhã já fico livre desse aparato. Minha perna está ótima e sim, ficarei mais atenta a pisos lisos...

            --Doida!

            --Hum-hum...

            --Tive saudades tuas...

            --Eu não parei de pensar em ti...fazes falta...

Gargalhadas.

            --Zayco, ela portou-se bem?

Joy riu muito ao ver que Zayco pasmava nelas.

            --Esse cachorro...

Zayco pulou nas pernas de Elena, que passou a brincar com ele com muito entusiasmo.

            --Esse cachorro adora tudo que me faz feliz...

Joy falou embalada por uma sensação de plenitude. Poderia ter se arrependido, mas o olhar que Elena pousou sobre si...

            --Preciso mostrar-te uma coisa...

            --Joy, preciso voltar para casa...

            --Ah, isso é uma verdadeira chatice.

Risos.

            --Podes dormir aqui, tem escova de dentes...minha cama é enorme...

            --Joy...

Risos com beijos e um abraço afetuoso.

            --Não é um convite para...

            --Não é nada disso e acho que sabes que quero muitas outras coisas, mas se eu dormir aqui, a probabilidade de me atrasar para o trabalho é de 90% e não posso.

            --Fui inventar uma crush séria e focada...

Gargalhadas altas com beijos.

            --Maluca! Posso passar o fim de semana aqui...

            --Aqui? Dormir comigo? Todos os dias?

            --Hum-hum...se quiseres...

            --Se eu quiser? Aaaaah...

Ela gritou e rodopiou Elena nos braços.

            --JOY! A perna.

Risos altos com mais beijos.

            --O que queres me mostrar? Que seja algo sério...

Risos.

            --Por quem me tomas? Eu não sou nenhuma tarada que só pensa em...

Gargalhadas.

            --Não pensei nada disso e claro que não pensas nessas coisas...

            --Não, claro que não.

Gargalhadas.

            --Eu tenho pretensão de me tornar uma escritora...

            --E?

            --Minha mente é muito fértil e minha imaginação não tem limites...

Gargalhadas altas.

            --Eu adoro-te. A sério, eu estou doida por ti.

Elena sorriu e olhou para baixo. Joy ergueu-lhe o queixo e beijou-lhe devagar. Elena gem*u. O beijo dela era uma caricia que extrapolava o físico.

            --Doida por ti. Nunca estive tão doida e tão lúcida...não faz sentido, mas é a minha verdade.

E beijou-a mais uma vez. Elena apenas correspondia, já que sua mente não conseguia formular nada.

            --Preciso tomar banho.

            --Hmm?

Risos.

            --Preciso de um banho. Calor...

            --Não ias mostrar-me uma coisa?

            --Vou! Mas antes vou tomar banho.

            --E eu vou arrumar a cozinha.

Gargalhadas.

            --Já estava à espera de ouvir essa frase e nem vou argumentar, porque já aprendi que é em vão.

Risos.

            --Vou tomar banho, porque depois que fores embora eu já sei que não terei forças para nada...

            --Exagerada!

            --Asseguro-te que não é exagero.

Risos.

            --Estás convicta de que não dormes comigo?

            --Ahhhh Joy...

            --Ok!

Risos.

            --Volto em minutos. Quero que vejas uma coisa...

            --Ok. Não vou fugir...

Risos.

Joy já entrava no corredor que levava aos quartos, quando regressou à cozinha e ficou parada olhando Elena movimentar-se ali dentro. Tê-la ali era tão natural e afinal nem a conhecia tão bem assim. Não conseguia pensar com clareza, não racionalizava nada e não era por falta de tentativa. Apenas não conseguia. Queria mais daquilo, era a única certeza que tinha. A conexão com aquela mulher era algo que dispensava qualquer lógica.

Queria dizer tanta coisa, mas ainda resguardava-se em certa medida. Melhor, resguardava Elena. Bateu a cabeça para afastar pensamentos que nada tinham a ver com o estado da sua alma naquele momento.

            --Ah, mas o que fazes aqui?

            --Apreciando a vista...

            --Idiota!

Elena caminhou até ela e puxou-a pela blusa. Perderam-se num beijo apaixonado. O beijo ficava cada vez mais ousado e elas não se tolhiam. Riam, sorriam, sussurravam loucuras e se davam...

Era simples. Era intenso. Era poderoso. Era delas.

            --Vá embora daqui. Agora!

            --Ela é mandona e eu adoro.

            --Eu não sou madona, apenas precisas de ordem...e já ouviste a mesma frase da minha boca.

            --Ainda vou ver-te sem controle algum...

            --Sai daqui...porr*...sai daqui.

Elena empurrou-a com carinho.

A gargalhada ecoou pela sala.

 

*****

 

            --A amiga que salvou a minha vida é essa aqui.

Elena sobressaltou-se ao perceber Joy atrás dela e com o tablet ligado. Estava claramente numa chamada de vídeo.

Ela viu um rapaz e uma moça sorridentes e ele falava com o mesmo sotaque da Joy.

            --Olá amiga da melhor irmã, muito prazer eu sou o Thomas.

            --E eu sou a Paloma, namorada do Thomas.

Risos.

            --Obrigada por cuidar dessa doida e garantir que ela não morre de fome.

Risos.

            --Olá...eu sou a Elena, aquela que mata a fome da Joy.

Risos.

 Joy apertou as nádegas de Elena que sobressaltou-se. Mas isso não foi captado pela camera.

            --Ela tem-se portado bem?

            --Muito bem. É teimosa, mas sou implacável.

Risos.

            --E deves ter outros tantos predicados maravilhosos, porque essa senhora não é dada a demonstração de vulnerabilidade...

            --Oh Thomas, só queria mostrar-te a Elena, cala essa boca.

Risos.

            --Elena, vamos para Nova York e será um prazer conhecer-te ao vivo. Tu és um verdadeiro milagre na vida dessa senhora.

            --Senhora é...

Gargalhadas.

            --Vou voltar para o quarto e me vestir. Tchau, Thomas. E deixa de ser curioso e intrometido, não te ensinei nada disso.

Risos.

Joy terminou a ligação.

            --Ele ligou movido pela curiosidade. Acho que não tinha acreditado em mim, quando disse há bocado que uma amiga vinha fazer um jantar em minha casa. Meu próprio irmão...

Ela sorriu e voltou para o quarto.

Elena entrou numa espécie de transe. Começou a rir sozinha e sentiu-se feliz. Conhecera o irmão de Joy de quem ela já falara algumas vezes, mas nunca com muitos detalhes. Já tivera a sensação. que ela não queria falar da família e agora o que vira era exatamente o contrário. Dois irmãos que se adoravam e que faziam piada de tudo. Uma relação saudável e linda.

Ainda em estado de graça, e sem que Joy tivesse regressado, ela viu que o telefone dela brilhava sobre o balcão da cozinha. Chamou por ela, mas não obteve resposta. Pegou o aparelho nas mãos e viu que estava em modo silencioso. Havia muitas ligações não atendidas. Uma em particular chamou mais a sua atenção. Era de um tal de William e ele já ligara inúmeras vezes sem que Joy tivesse atendido.

            --Essa mulher deixa o telefone no silêncio e se forem chamadas de trabalho? Ah, mas ela estava machucada, faz sentido...

Riu das suas conjecturas.

            --Elenaaaaa. - Joy gritou de algum lugar do apartamento.

Elena riu alto.

            --Onde é o fogo?

            --No final do corredor. Venha depressa.

Elena correu naquela direção sem pensar em nada. Joy movia forças dentro dela que já desistira de entender.

Entrou e deslumbrou-se. Era uma espécie de sala de revelação onde havia uma impressora enorme e outras parafernálias e uma tela gigante onde fotos perfeitas eram exibidas.

Elena levou a mão à boca. Era tudo lindo. Perfeito.

            --É o trabalho que fiz em Rhode Island...antes de cair. Gostas?

Elena bateu a cabeça e sorriu. Estava deslumbrada. Joy era uma excelente fotógrafa.

            --Se eu gosto? Meu Deus...dá uma vontade de comer e ao mesmo tempo de ficar apenas admirando a beleza.

            --Quem me contratou quer exatamente isso.

Risos.

            --Então ele está satisfeitíssimo com o resultado.

            --Ainda não enviei...queria que visses primeiro...

De repente ela parecia hesitante, tímida, ou quem sabe insegura.

Atitude sem qualquer fundamento. Ela era genial. Maravilhosamente genial.

            --Estou apaixonada! Tu és muito boa nisso...perfeita.

Risos felizes.

Elena admirava as fotos completamente embevecida.

            --Não deixes nunca de fazer isso. Qualquer que tenha sido a tua profissão, lá na outra vida que pareces não gostar assim tanto, qualquer coisa que tenhas feito, eu tenho a certeza que não chega aos pés do teu talento nessa arte...

Joy teve vontade de chorar. Elena captara integralmente a sua paixão.

            --É isso que faço com amor, nem chega a ser trabalho.

            --Joy, meu sonho na vida é esse, trabalhar em algo que de tão prazeroso, deixa de ser considerado como trabalho. Entendes?

            --Claro que sim. E quando pensas mostrar-me o que escreves?

            --Ah não...tenho vergonha...

Elena escondeu-se nos braços de Joy que a acolheu com carinho.

            --Ok, mas saiba que no dia que quiseres, que te sentires confiante, eu vou ler com olhos amorosos.

            --E críticos também, pelo amor de Deus.

Gargalhadas altas.

            --Tu és muito doida, criatura.

            --Ah, quem é mais doida? Eu que tenho medo de cair do cavalo, ou tu que estás a iniciar uma carreira e deixas o telefone no silencioso, podendo perder mil trabalhos.

Joy riu tanto e beijou Elena em todos os cantos da face, dos cabelos, colo...

            --Deixe o telefone para lá...

            --Ele está lá...

            --E nós aqui...

Elena olhou a tela enorme com a exibição do ensaio e depois olhou para Joy. Os olhos dela brilhavam, irradiavam felicidade. Sentiu-se nas nuvens, num céu carregado de estrelas...sentiu-se fora do chão...

Joy olhou-a de uma forma intensa. Os olhares cruzaram-se e uma espécie de encanto materializou-se. Solidificou-se. Era algo real, intensamente real.

            --Porque me olhas assim?

            --Como?

            --Não sei explicar...mas não consigo desviar o olhar...

            --E querias?

            --Não, mas...

            --Esquece o medo...

            --Tu não tens medo?

            --Não quando estamos assim...nunca quando estamos abraçadas...

            --Joy...ah Joy...

Elena pendeu a cabeça para trás e sentiu que seu corpo rodopiava.

            --Preciso ir embora...

            --Precisas de outras coisas também...

            --Joy...

Risos com beijos carregados de desejo.

            --Obrigada...eu adorei cada segundo...eu adoro todos os segundos desde o dia em que me atropelaste.

Elena riu sentindo que a cara ficava vermelha e foi beijada até perder o fôlego.

            --Lembras que prometeste passar o fim de semana aqui...

            --Não me esqueci...

            --Vou fotografar-te...

            --Vais?

            --Hum-hum...adoro fotografias espontâneas e já deves concluir que vou andar com uma de minhas cameras por todos os lados...

Risos.

            --Então minha concorrente será uma câmera?

Gargalhadas.

            --Jamais...mas quero fotografar-te...muito...

            --Vais fotografar-me.

            --Amanhã vens por dois dias inteiros...

            --Sou cumpridora das minhas promessas.

Risos.

            --Amanhã vou tirar essa coisa da perna e vou fazer um jantar para ti...

            --Ah meu Deus, lá vou eu morrer de vergonha do meu spaguetti de canal de YouTube.

Gargalhadas altas.

            --Adorei! Mas acho que já sabes que até um copo de água na tua companhia é um acontecimento...

Gargalhadas altas.

            --Tu sabes muito bem o que fazes...

            --Como assim?

            --Vou me apaixonar...perdidamente...

Joy puxou-a para si e beijou-a intensamente.

 

*****

Joy olhava para a janela sem saber se via a rua ou uma imensa tela cinza. As mãos tremiam incessantemente e a boca estava seca. Mas nada se comparava ao barulho na cabeça. Ah, sim, sempre havia algo mais intenso e no caso, era o vazio na alma.

Andou até a cozinha, as pernas pareciam pregadas ao soalho, mas insistiu. Com algum esforço, chegou à cozinha. Olhou para tudo que havia preparado com o melhor dos sentimentos e teve vontade de gritar. Não podia fazer aquilo, não podia...

Olhou para o telefone em cima de uma cadeira e controlou-se para não atirá-lo contra a parede.

Tinha passado o dia todo alegre. A perna já estava livre de talas e podia movimentar-se sem restrições. Estava boa. Tinha conversado com Elena algumas vezes ao longo do dia e ela estava tão feliz com o fim de semana que passariam juntas. Estavam felizes. Ela não estava apenas feliz, era algo maior, uma sensação de tranquilidade que paradoxalmente vinha acompanhada de um turbilhão na altura do estômago. Sonhava acordada. Estava inspirada.

A inspiração evaporou no momento que atendeu ao telefone, sem nem se ater ao nome que estava na tela. Fora atirada para a realidade. Aquela realidade que riscara há algum tempo. Em partes...agora sabia que tinha feito o corte apenas de forma parcial e nem tinha como ser diferente.

A Joyanne estava de volta. Respirou fundo e percebeu que entrara mais uma vez naquele comando.

O sonho acabara? O universo paralelo se esvanecera?

Não conseguia definir que sentimento exercia maior força sobre si.

Precisava de ar. Precisava de alento. Precisava ouvir alguma coisa que a fizesse voltar a lutar pelos seus sonhos.

            --Thomas...

Sua boca tremia. O corpo todo tremia e a cabeça não obedecia a nenhuma lógica.

Fechou os olhos. Apertou-os com força. Levou a mão ao peito e buscou ar quase em desespero. Sentiu o cheiro de Elena, ouviu a risada dela, o gosto do beijo...Elena...Elena...

Ligou para o irmão. Não queria enlouquecer sozinha.

            --Atende Thomas, pelo amor de Deus, atende.

Gritou apertando o aparelho contra o ouvido.

 

Fim do capítulo


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Comentários para 12 - Capitulo 12:
Sione
Sione

Em: 21/01/2024

Será que vem tempestades por aí?

Espero que Joy consiga manter o foco em tudo que já consegui conquistar longe daquela outra vida que  tanto a deixa abalada.

Torcendo por bons ventos aqui.


Nadine Helgenberger

Nadine Helgenberger Em: 23/01/2024 Autora da história
Será?
Bjs


Responder

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rhina
rhina

Em: 22/11/2020

 

Boa noite.

O que será que houve?

 Rhina

Responder

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Andys
Andys

Em: 25/07/2020

 

Olá autora!

Nossa faz muito tempo que não comento nas historias, mas ver novamente uma historia sua é muito gratificante!

Então Sob o Sol  de Naya foi  uma das minhas favoritas e pensei que ias demorar para aparecer outra mas não é que vc se supera?

Sinto por você estar  passando por esses problemas de tendinite é um horror  ficar sem poder escrever  ´´e terrivel! Meus votos para que melhores e consiga fazer um tratamento adequado.

Voltando a história vc me inspirou a escrever novamente pensei que tinha ficado bloqueada para as letras mesmo um simples comentário como esse.

Querida autora amei a Elena e suas inseguranças... confesso que temi que ela estivesse num espécie de sonho mesmo. Mas a Joy existe e fiquei mais tranquila, embora já pressinto tempos dificieis para esse encontro dos sonhos...Enfim  tudo que é bom dura pouco ..queria que as relações entre pessoas fosse o mais sincera possivel mas isso é dificil ate entre amigos que dira entre apaixonadas. Por isso tua escrita nos remete a essa auréa de sonhos possivéis e impossiveis. Quando mandamos a sensatez as favas e decidimos ir além mesmo que isso signifique  sair da zona de conforto onde não podemos ser feridos. Que bom que personagens como Elena e Joy nos permitem  entrar nesse ambiente de sonho. Tua escrita continua magnifica espero sinceramente que você consiga nos presentear com ela por muito tempo!

Fique bem querida autora!

Ps: Nova Yorque como cenário foi uma escolha incrivel a descrição está perfeita... so queria pedir... se possivel... quem sabe um passeio pela Ponte do Brooklin a vista dela é incrivel e descrita com o teu dom seria incrivel!!


Resposta do autor:

Rsrsrsr deveria demorar, mas eu aguento? Por essas e outras vem tendinite e etç

Eu também espero escrever pelo resto da minha vida rsrsrs

Anotado o passeio pela ponte de Brroklin rsrsrs, vou ver o que posso fazer. 

Muito obrigada. 

Bj

Responder

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Mille
Mille

Em: 25/07/2020

Oi Nadine

"As letras que viram palavras, que viram frases, que viram histórias, que tocam nossos corações."

Muita inspirações para continuar sempre nos presenteando com suas histórias. Feliz dia do escritor

Bjus


Resposta do autor:

Mille querida, muito obrigada :) <3

Bjs

Responder

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Mille
Mille

Em: 20/07/2020

E que final de capítulo, Joy e Joyanne??

Elena quando chegar vai colocar essa outra personalidade para correr ou cair de amores pela grega. 

Estava tudo tão lindas juntas enamoradas e felizes.

Bjus e até o próximo capítulo 


Resposta do autor:

Rsrsrsrs quem sabe esse redemoinho sirva para atiçar ainda mais o que já se previa...quem sabe?

Bjs e muito obrigada por comentar.

Responder

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patty-321
patty-321

Em: 20/07/2020

Mistérios da vida da Joy. Lá vem pedreira. 


Resposta do autor:

Rsrsrsrs provavelmente estás certa.

Muito obrigada por comentar.

Bjs

Responder

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alineyung
alineyung

Em: 20/07/2020

Olá Nadine, que saudades eu estava das suas histórias
Adora a Joy e Elena, elas são apaixonantes

Desculpa mas não gosto desse romance sem sal da Milanka com esse Ethan...tão sem graça, as vezes eu pulo a parte deles.

Nossa que final foi esse??? Wow o que a Joy esconde?? Ansiosa aqui para o próximo capítulo
Beijos
Resposta do autor:

Olá Aline,


Rsrsrs pule o que nao te interessar. Gosto é relativo e ainda bem que assim é. Minha irmã, por exemplo, adora a história da Milanke e do Ethan e provavelmente nao se interessa tanto pela relaçao da Elena e Joy. Gostos, nao se discutem.

Muito obrigada por comentar.

Bj

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brunafinzicontini
brunafinzicontini

Em: 19/07/2020

No entusiasmo do momento, até esqueci da "história dentro da história". De volta para comentar ainda: belo o episódio de Milanka com o namorado. Acho interessante como você consegue entrelaçar vários enredos dentro de uma mesma história, tornando todos os personagens interessantes e atiçando-nos a curiosidade por todos. Parabéns, Nadine.

Beijos,

Bruna


Resposta do autor:

Rsrsrs esse enredo dentro do enredo ainda dará muito o que falar rsrsrs.

Bjs, Bruna.

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brunafinzicontini
brunafinzicontini

Em: 19/07/2020

Depois de momentos deliciosos, tão cheios de ternura, você nos atira uma bomba, querida autora? O que significa isso? Quer nos matar do coração?

Elena e Joy continuam ternamente "se descobrindo", com todo cuidado, com todo carinho, numa relação que vai se fortificando aos poucos. Em passos bem medidos, descobrem cada vez maior afinidade, uma sintonia fina unindo as duas almas. Bonita essa exploração entre as duas - ao mesmo tempo em que nos deixa aflitas, ansiosas por um movimento mais ousado, uma entrega maior... Uma vez já disse isso e repito: você, querida Nadine, sabe cozinhar em fogo brando, mas já nos deixou em ponto de ebulição! Ai, que vontade...

Esse final foi terrível - realmente de arrasar! O que terá perturbado tanto a nossa inglesa? Como isso afetará a história com a grega? Medo... Medo dessa Joyanne que foi invocada de repente do passado. Medo do que tenha provocado essa volta...

PS: Como está você, Nadine? Saiba que continuamos todas na maior torcida para que tudo esteja caminhando da melhor forma possível em sua vida - na saúde, no trabalho, na família... Que você tenha paz e condições para desenvolver aquilo que representa seu maior dom: escrever.

Grande abraço,

Bruna


Resposta do autor:

Olá Bruna querida,


Kkkkkk nao quero matar ninguem, mas temos que ter alguns dramas nao é mesmo? Afinal é um romance e se na vida já lidamos com dramas quase que diariamente, imagina num romance rsrsrs

Estou bem...melhorando e me cuidando :) Obrigada pelo carinho Bruna.

Muito obrigada por estar sempre aqui nos comentários.

Bj

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KaoriTsuyoshi
KaoriTsuyoshi

Em: 19/07/2020

Capítulo cheio de emoções e acontecimentos... Louca pelos próximos.

Sou apaixonada pelas suas histórias. 


Resposta do autor:

Muito obrigada Kaori. Já tem outro disponível.

Obirgada por comentar :)

Bj

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Marta Andrade dos Santos
Marta Andrade dos Santos

Em: 19/07/2020

Tenso!


Resposta do autor:

E como rsrsrs

Bjs e muito obrigada por comentar.

 

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