Capitulo 7
Megan
Entramos no carro num silêncio absoluto , eu nem sabia ao certo como tinha ido parar alí. Minhas lagrimas desciam sem parar, eu já não tinha controle sobre elas. A única coisa que passava em minha cabeça era que não poderia perder meu pequeno Bem.
Assim que paramos em frente ao hospital tentei descer do carro mas Caterine me impediu segurando minha mão e dizendo de um jeito tranquilo, quase doce.
- Melhor você respirar e se recompor, vai assustar o pequeno se encontrar ele assim com essa carinha de choro. Vou pegar uma agua pra você,ok?
Caterine me olhava nos olhos e eu me perdi naquele olhar, em nada ela parecia com aquela doida armada da noite e anterior. Aceitei a agua que ela buscou, respirei alguns minutos e me dirigi para a entrada do hospital sem ao menos agradecer a gentileza de Catarine .
Minha tia estava falando com medico quando me aproximei, ele me explicou que os rins de Bem estavam com apenas 40% da capacidade de funcionamento e por isso ele apresentava inchaço e algumas dores. O quadro dele era grave e o sistema publico de saúde raramente tinha as medicações para esse tratamento.
Comecei a me desesperar e a chorar compulsivamente, quando ouvi uma voz séria ao meu lado.
- Bom dia doutor, pode por favor me por a parda situação do Ben?
Era Catarine com seu jeito imponente e objetivo. O medico vacilou em responder e em seguida perguntou desconfiado.
- O que a senhora é da família?
Ela me olhou com uma cara confusa como se esperando uma resposta minha, mas diante da minha confusão olhou com uma forma firme novamente para o medico e respondeu.
- Sou uma amiga intima da família.
Minha tia que até aquele momento estava inerte com as novidades sobre o Bem caiu em sí abraçando Catarine e agradecendo por ela estar ali. Então o medico vendo aquela relação aparentemente familiar começou a explicar a historia do pequeno Ben.
Catarine ouviu tudo com muita atenção, seu rosto era inexpressivo, sério , frio. Assimilava cada palavra que o medico dizia com maior atenção.
Bem havia desenvolvido uma doença renal grave em que estava aos poucos perdendo as funções, se o tratamento correto não surtisse efeito a única saída seria um transplante renal
Assim que o medico saiu para ver se Bem já poderia receber visitas Caterine me puxou para um canto de uma forma meio grosseira perguntando:
- Você vai trabalhar para mim ?
Arregalei os olhos com muita raiva respondendo
- Você é maluca ? estou num hospital com meu filho acamado e você me fala de emprego ? que tipo de pessoa sem coração você é ? você é um monstro!!!
Caterine fez uma cara de assustada e ficou pálida ,comecei a me afastar e ela imediatamente me segurou com força pelo braço dizendo.
- Não é nada disso Megan, mas se você assinar o contrato que está na sua bolsa agora, eu posso levar ele até a empresa e tentar liberar o seu convenio pela empresa imediatamente. Amanhã o Ben pode estar num hospital particular tendo a atenção que precisa.
Eu levei as mãos a boca e arregalei os olhos como se tivesse levado um susto. Meu Deus eu tinha acabado de chamar aquela mulher de monstro. Eu estava envergonhada, em choque, não conseguia responder. Da minha boca saiu apenas um “OK”.
Fim do capítulo
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