Capitulo 41 - Prelúdio
Capítulo 41 – Prelúdio
Pov Lia
O coração de Lia bateu tão acelerado quanto a sua respiração naquele momento. Não acreditava que ela finalmente havia dito aquelas três palavras em alto e bom som. Em menos de três segundos os seus olhos encheram-se de lágrimas e mesmo estando ainda desnorteada pela proposta inesperada dela, não pôde deixar de se emocionar.
Sem pensar mais nada, apenas atirou-se no colo da namorada e beijou-a sofregamente, abraçando-a e sentindo o corpo nu e ardente dela contra o seu. Lia pôde sentir a essência dela no beijo que trocaram. Estar ali com Liz era a única coisa que importava em sua vida.
Afastou-se de seus lábios o suficiente para encará-la e viu algumas poucas lágrimas mancharem sua linda e bronzeada face. Secou-as com seus lábios, espalhando beijinho ali. Apesar disso, conseguiu ver um lindo e delicado sorriso se formar em sua face. Ela era linda, perfeita e maravilhosa.
— Eu também te amo muito — respondeu com a voz embargada, olhando-a nos olhos vívidos quase negros.
A rockeira lhe abraçou apertado pela cintura, colando ainda mais os corpos e sem conseguir se conter, empurrou-a contra o colchão, ficando por cima. As duas se devoraram pela boca em um beijo apaixonado e cheio de significados.
Liz inverteu a posição, ficando sobre si e cruzou os dedos com os seus, prendendo suas mãos contra o colchão. Lá estava ela com aquela expressão sapeca e cheia de expectativa.
— Isso é um sim ao meu pedido? — falou sobre seus lábios lhe observando carinhosamente.
Lia ficou imóvel por alguns segundos sem saber como agir ou o que dizer. Precisava ter bastante calma naquele momento delicado, pois, poderia magoar a rockeira com a sua honestidade. Então, tentando amenizar o impacto de sua resposta, a presenteou com um singelo sorriso e acariciou sua face com ambas as mãos.
— Não posso mentir que você me deixou muito surpresa com essa proposta — respondeu primeiramente e a puxou para mais um selinho.
— Eu sei, mas era essa a intenção. Te fazer uma surpresa.
Liz enxugou suas lágrimas e lhe sorriu lindamente. O coração de Lia ainda pulava feito um louco dentro do peito. Abraçou-a pelo pescoço e fez com que ela colasse a testa na sua.
— Não sabe o quanto eu esperava ouvir isso.
— Eu sei, minha linda e desculpe ter demorado tanto!
— Diz de novo, por favor! — pediu fazendo manha.
Liz respirou fundo e disse mais uma vez:
— Eu amo você, Lia!
Era inexplicável ouvir aquela frase saindo de sua linda boca, não poderia estar mais feliz com isso. Beijou-a mais uma vez e abraçou-a apertado. Elas ficaram em silêncio no abraço e depois de algum tempo, Liz declarou:
— Você está enrolando para responder, Lia.
As duas se afastaram aos poucos e a irritadinha, sentou-se na cama. As duas ficaram sérias aos poucos.
— Eu estou muito emocionada com o seu pedido, amor — Lia começou. — Não sabe como eu fiquei duplamente feliz com as coisas que me disse agora. É só que...
— O quê? — Liz perguntou atenciosa e aproximou-se de si cuidadosamente.
— Eu não sei o que responder agora — disse com sinceridade, pois realmente não sabia.
Pôde ver que a namorada tinha desapontamento na face e ela baixou o olhar, parecendo constrangida, coisa que era muito rara de acontecer.
— Hey! — chamou a atenção dela e pegou de leve em seu queixo, olhando-a. — Olha para mim...
— Eu achei que você ia ficar super feliz com isso. Quer dizer... por que você não sabe a resposta? Não quer ficar comigo da mesma forma que eu quero ficar com você?
Aquele olhar partido e o tom de voz incerto quebraram o coração de Lia. Era jogo sujo ela falar aquilo. Mesmo com o desespero, a irritadinha pensou em uma boa resposta. Podia sentir que aquilo seria um motivo de discussão e mal-estar entre as duas e não queria essa tensão.
— Não é isso, Liz. Não pensa assim, por favor! É claro que eu quero você da mesma forma, não tenha dúvidas disso...
— Então apenas diz que sim. O apartamento é perfeito, eu sei que você vai amar. É perto do condomínio da minha tia e no caminho para a empresa — Liz falava emocionada em uma clara tentativa de obter uma resposta positiva. — Tem uma vista linda, é próximo a um parque natural da cidade e logo a gente chega na praia também. É espaçoso e tem até uma piscina na varanda...
— Liz, eu não duvido que seja um apê incrível, eu confio muito no seu gosto. Tenho certeza que vou adorar, mas...
— Mas o quê? — insistiu ansiosa.
Estava incomodada com aquela pressão toda, mas tentou manter a calma, sabia que Liz merecia o melhor de si.
— Eu posso pensar primeiro?
A rockeira a olhou por alguns segundos e deu de ombros. Depois balançou a cabeça concordando e levantou-se da cama lentamente. Ela ainda estava nua e Lia observou-a ir até a janela, olhando vagamente para a rua lá fora.
Sem saber como agir, foi até lá, abraçou-a por trás, colando o corpo ao dela e beijou seu pescoço.
— Liz, por favor, não fica assim! — pediu, sussurrando em seu ouvido, mas ela nada respondeu. — Não quero brigar por causa disso!
— Eu passei a semana toda esperando por esse momento — Ela virou-se e Lia viu como estava frustrada. — Eu não esperava por essa reação.
— Tenta me entender. É muita coisa para processar...
— Não tem nada demais. Na cidade a gente se virava bem. Éramos donas das nossas vidas. Dormíamos juntas todas as noites, fazíamos amor quando queríamos. Era simples e ainda pode ser simples. Não tem nada complicado.
— Liz! — ralhou aborrecida. Já começava a ficar aborrecida com a falta de compreensão dela. — Você só está vendo a sua perspectiva. Eu sou bancada pelo dinheiro dos meus pais, na cidade eu só tenho um objetivo, que é estudar. Sou apenas uma estudante dependente dos pais, nada mais além disso.
— Justamente! — Liz abraçou-a com firmeza, levando as mãos até o seu bumbum. — Você não vai mais ser dependente deles.
— Ah não? — disse de forma sarcástica. — Vou ser dependente de você, então?
Liz abriu a boca e voltou a fechá-la sem saber o que dizer.
— Não vai ser bem assim...
— Vai sim, Liz. E os meus estudos? Como vai ser se formos morar em outra cidade?
— Mas seria temporário. Eu vou ficar na empresa até tia Luísa se recuperar e com certeza essa greve na universidade vai longe. Assim que as aulas voltarem a gente termina o semestre aqui e pede transferência para a federal de lá...
— Fala sério, e o que eu vou fazer lá?
— Se o problema é o meu dinheiro você pode arranjar um emprego e ter suas próprias coisas.
Lia não conseguia pensar nem em metade das coisas que a namorada falava. De todas as situações que já havia imaginado com Liz, aquela não era uma delas. Não que nunca tivesse imaginado aquele futuro para as duas, mas em suas fantasias tudo acontecia de uma forma completamente diferente.
— Você parece que pensou em tudo mesmo.
— Pensei em tudo isso por nós duas, minha linda! — Liz beijou-a ternamente.
Lia apenas calou-se. Não pretendia travar uma batalha com a namorada naquele momento. Claro que sentia vontade de ter mais liberdade com ela para morarem juntas, mas sentia que estaria pulando etapas se aceitasse a proposta.
Sabia que não estava preparada para isso ainda, embora fosse muito tentador, mas só de pensar em ser sustentada por ela, seu âmago já abalava-se em desgosto e de uma coisa tinha certeza: Não nascera para ser sustentada por “seu ninguém”! Lia não queria ser dura com sua rockeira, sabia que ela havia feito aquilo com a melhor das intenções.
— Deixa eu pensar, ‘tá bom? — tocou a face dela lentamente com sua mão e abraçou-a depois. Ouviu quando ela soltou um suspiro fundo.
— Eu não vou te forçar a nada — declarou em seu ouvido. Embora Liz estivesse com um tom ameno, podia ouvir a frustração ao fundo. — Vou ficar à espera de uma resposta, leve o tempo que precisar.
— Obrigada!
Foi inevitável o clima meio tenso que se instaurou sobre as duas depois disso e assim que a noite chegou, decidiram voltar para a casa de seus pais que esperavam os quatro para que jantassem juntos no deck.
Por sorte Liz era sempre boa em disfarçar seus incômodos e raivas em frente aos outros, bem diferente de Lia e mesmo assim, o clima entre elas estava esquisito, mas dmirava demais aquele jeito dela e decidiu naquele momento que tentaria controlar mais o seu gênio ruim em situações de estresse.
No domingo Lia, Liz, Pedro e Vivi ajudaram os pais nos preparativos para o almoço que fariam em comemoração. Sr. Horácio estava ansioso e contente em receber alguns amigos e colegas de trabalho naquela tarde. Também compareceriam alguns amigos mais chegados de Pedro e os familiares.
Liz não estava muito falante para o seu lado, mas tentou entender e dar a distância necessária. Sabia que ela deveria estar decepcionada e tentou relevar, o mais importante naquele dia era o bom entrosamento dela com os demais, principalmente com seus pais.
Era a primeira vez que faria uma apresentação formal de Liz como a sua namorada para todos e percebeu ainda um leve incômodo do pai em relação a isso, principalmente quando um dos seus colegas do banco reconheceu Liz pelo sobrenome e uma certa comoção formou-se ao redor dela. Contudo, tirando isso, o resto correu da melhor forma possível.
O almoço estendeu-se por toda a tarde. Foi uma bela comemoração. Assim que tudo terminou, todos ajudaram a colocar a casa em ordem. Lia ia voltando para cozinha depois de juntar todas as garrafas vazias no deck e viu uma linda cena de Liz ajudando a mãe a lavar a louça. Foi tão pega de surpresa que ficou até parada na porta, admirando as duas. Elas conversavam algo e riam uma para a outra, ainda era surreal ver aquilo.
Naquela noite, Lia “desafiou” um pouco as ordens dos pais e decidiu que iria passar a noite com Liz na pousada. Nem era preciso dizer o quanto a rockeira ficou surpresa com a sua atitude. Percebeu que isso quebrou um pouco o gelo entre as duas.
Queria que tivessem um momento a sós com e fazer um agrado já que voltariam a ficar distantes por mais algumas semanas. Ela teria que terminar o processo da autoescola e teria aulas durante toda a semana.
Tomaram um banho e deitaram na cama, abraçadas. Ambas estavam cansadas e ficaram apenas ali, relaxando e conversando.
— Não sei se vou poder vir no próximo fim de semana, linda — Liz declarou.
— Por quê?
— A empresa vai fazer um evento beneficente voltado para algumas instituições filantrópicas e tia Luísa pediu que eu comparecesse lá em seu nome. Agora que estou envolvida no negócio não ficaria bem se eu não fosse.
— É uma coisa linda o que vocês vão fazer — elogiou com sinceridade. Achava importante empresas grandes passarem essa mensagem à sociedade capitalista em que viviam. — Tudo bem, eu entendo!
— Será que você não poderia me acompanhar? — Liz perguntou meio sem jeito e sem olhá-la diretamente.
— Eu tenho aula até sexta e preciso estudar para a prova de legislação que já vai ser na terça-feira que vem.
— O evento é no sábado à noite — A rockeira lhe deu um olhar esperançoso e pidão, naquele momento se viu incapaz de recusar mais uma coisa a ela, que ainda parecia um pouco distante. — E dá tempo para você estudar no domingo.
— Tudo bem, eu vou sim — concordou e aconchegou-se ainda mais a ela. — O que você me pede com esse jeitinho que eu não faço, hein?
— Morar comigo! — retrucou chateada.
— Não faz assim, Liz. Eu prometi que ia pensar sobre o assunto, não disse?
— Eu sei, eu sei — A rockeira lhe roubou um selinho e sorriu delicadamente. — Pensa com carinho, tá? Não só nos contras.
— Não é como se a ideia nunca tivesse passado na minha mente antes. Tudo o que quero é mais tempo com você, mas eu pensava em isso acontecer quando eu já estivesse formada e com um emprego, entende?
— Eu entendo sim, linda. É só que... eu queria mesmo isso.
— Hey! — chamou-a e segurou o rosto dela com as mãos quando viu sem semblante triste. — Eu amo você, ok?
— Eu sei, não duvido!
Juntas, combinaram tudo sobre a viagem e apenas conversaram até pegarem no sono nos braços uma da outra, aquela sempre era a melhor forma de dormir.
***
Pov Liz
A semana foi uma correria para Liz. Na empresa, ela facilmente conseguiu se adaptar em trabalhar com uma equipe de projetos formada quase que apenas por homens. Sentia que eles a tratavam com diferencial por ser uma das donas, mas sabia que isso seria inevitável. Pelo menos não era nada que afetasse seus planos.
Ainda insistindo na ideia do apartamento, comprou uma cama e mais alguns poucos móveis, preparando o ambiente para quando a namorada chegasse no fim de semana. Queria que ela visse o local e de quebra evitariam ficar no condomínio, correndo o risco de esbarrarem com Cíntia de novo. Sem falar que ainda iria aproveitar que estariam sozinhas no local para se aproveitarem de forma mais íntima. Liz estava com muitas saudades de aprontar uma boa sacanagem com sua linda e gostosa namorada.
Por insistência de Artur, ela também participou de todas as importantes reuniões que aconteceram. A cada dia que se passava, aprendia ainda mais sobre o grupo e sua dinâmica, e não podia mentir que estava gostando de verdade.
Todo dia sentava-se com a tia e lhe passava um relatório fiel de tudo o que estava aprendendo e do que estava “rolando” na empresa. Também aproveitava para tirar dúvidas e pedir conselhos. Sentia que Luísa estava adorando ver seu engajamento. Liz estava tão empolgada que nem mesmo Flávio estragou isso.
Naquela semana, pela primeira vez, ele foi até Luísa visitá-la. O tio comportou-se bem e viu como ele parecia novamente aquele homem mais humilde que havia conhecido algumas semanas atrás, oferecendo qualquer assistência e simpatia. Queria acreditar que havia mesmo algo bom nele, mas assim como Luísa havia lhe orientado, não baixou a guarda.
Assim que ele foi embora, deixando-as a sós, Liz percebeu como a tia estava tensa. Mais uma vez aquilo a incomodou. Na verdade, reparou como ela parecia estar fingindo simpatia assim que ele havia aparecido naquela noite.
— Tia, o que está rolando com o Flávio? — perguntou diretamente. Havia passado a semana inteira cercando aos poucos para tentar descobrir algo, mas nada. — Não mente para mim, ok? Não sou cega.
Luísa pareceu surpresa com sua perspicácia e sinceridade. No entanto, apenas suspirou e deu de ombros.
— Eu ainda não tenho certeza, por isso não posso falar nada — respondeu acariciando a face da sobrinha. — Não quero te envolver nisso ou te deixar preocupada à toa.
O coração de Liz apertou ao ouvir aquelas palavras. Com certeza algo muito sério estava se passando para Luísa estar apreensiva daquela forma. Será que estava acontecendo algo de estranho na empresa que não sabia? Era o mais óbvio.
— Tia — pegou na mão dela com firmeza. — Eu estou aqui para ajudar, sabe que pode contar comigo!
— Eu sei, minha menina rebelde. Eu realmente não quero falar sobre isso sem ter certeza, mas eu apenas repito o que disse antes. Não confie no Flávio!
Outra vez a alerta! Aquilo só a fez ficar ainda mais ansiosa e preocupada. Flávio sempre estava a causar dor de cabeça, era inacreditável. Naquela noite, quase não conseguiu pegar no sono, pensando e conspirando sobre o que poderia ser, mas somente uma coisa passava em sua mente e isso era doloroso de acreditar.
Será que ele havia causado o acidente da tia propositalmente? Só de pensar nessa possibilidade já sentia ânsia. Não poderia ser isso. Não poderia! Tentou afastar aqueles pensamentos, era demais para ser verdade.
Nunca havia desejado tanto ter Lia ao seu lado, lhe confortando e acalmando-a. Ao pensar nela, automaticamente lembrou-se da proposta de morarem juntas e da sua pronta recusa. Só de pensar que havia passado a semana toda procurando entusiasmada por esse apartamento, não podia evitar de se sentir uma idiota. No fundo entendi o lado da namorada, era demais mesmo para processar, mas não podia evitar de se sentir chateada ou de esperar que ela mudasse de ideia.
No sábado, aproveitou o dia de folga e dormiu até mais tarde para descansar da semana corrida. Ficou feliz ao ver a tia usando a hidromassagem junto dos filhos, e relaxando ao som de suas músicas italianas.
Ela ainda estava recuperando os movimentos aos poucos e sentia dor nas pernas e em algumas partes do corpo. Haviam contratado também uma enfermeira para cuidar dela e lhe dar assistência sempre que precisasse.
— Bom dia — saudou-os pretensiosamente. — Estou gostando de ver, dona Luísa.
Os três a cumprimentaram de volta e apenas ficou por ali com eles, jogando conversa fora e tomando seu café-da-manhã. Lia lhe mandou uma mensagem dizendo que já estava pegando o voo. Ela chegaria em, no máximo, umas quatro horas.
Pela tarde a tia a ajudou a achar alguma roupa para que pudesse ir ao evento à noite. Ela precisaria usar roupas ainda mais chiques e formais, mas vestido estava fora de cogitação. Em apenas uma ligação a tia resolveu o seu problema e uma vendedora de roupas de marca apareceu no condomínio com várias peças de terno feminino para que experimentasse, o que foi perfeito.
Liz também havia marcado mais tarde para que uma profissional da beleza viesse atender a ela e Lia antes do evento, que estava marcado para nove da noite. Precisariam fazer maquiagem e cabelo.
Exatamente às três da tarde foi até o aeroporto buscá-la. Ela estava linda como sempre, usando suas roupas tão características. Amava o estilo dela, aliás, amava tudo em Lia. As duas se abraçaram com carinho.
— Oi, linda — sussurrou em seu ouvido e beijou-a lentamente.
— Oi, minha rockeira.
Lia lhe deu um lindo sorriso e mais um abraço. Sorrindo, cruzaram os dedos e saíram de mãos dadas do aeroporto.
Já no carro, Liz deu a partida e saíram dirigindo e escutando música como sempre faziam. Lia sempre comandava o seu rádio. Qualquer momento ao lado dela era perfeito.
Passaram em uma lanchonete e depois foram para o condomínio. Liz decidiu que só a levaria para o apartamento depois da festa para lhe fazer uma surpresa. Quando chegaram ao condomínio, a namorada foi muito bem recebida pelos seus primos e fez questão de ir falar com Luísa. Amava ver o quanto as duas se davam bem.
Assim que entraram no quarto dela, viu que a tia e Artur conversavam. Eles pareciam preocupados e ansiosos e cessaram a conversa imediatamente assim que as viu. As duas trocaram olhares de entendimento. Algo estranho estava rolando ali e era bem sério.
— Lia — Artur prontamente foi até ela e lhe ofereceu um educado aperto de mão. — É muito bom revê-la.
— Olá, Artur.
Liz sabia que eles estavam tentando disfarçar algo sobre o que a tia lhe dissera na outra noite sobre Flávio. O estômago de Liz revirou em pensar naquela possibilidade horrenda. Não queria acreditar que o tio poderia ser baixo a esse nível. Estava ficando apreensiva com isso. Decidiu que iria descobrir o que estava acontecendo.
— Luísa, como a senhora está? — Lia foi até a tia e lhe deu um abraço de leve.
— Olá, querida! Eu estou ótima para falar a verdade. Ainda com algumas dores, mas estou finalmente conseguindo recuperar os movimentos aos poucos.
— Fico feliz em saber disso. Meus pais perguntaram por notícias suas e ficaram aliviados quando contei que tinha saído dessa.
— Ah, mas é muito amável da parte deles — Luísa disse sorridente. — Sabe de uma coisa. Já está na hora de nós nos conhecermos, não acham?
Liz ficou surpresa ao ouvir aquilo. É claro que isso aconteceria eventualmente, mas ainda não havia pensado nessa possibilidade.
— Assim que a senhora estiver melhor podemos marcar isso – Liz disse.
Artur apenas escutava tudo e as observava com um leve sorriso.
— Bem, se vocês quiserem mesmo, vamos marcar sim esse encontro — Lia respondeu sorridente.
— Eu faço questão disso. Quero conhecer bem eles.
Eles ficaram conversando por mais algum tempo até que resolveram ir para o quarto, descasarem um pouco, pois a maquiadora chegaria às seis.
— Viu como eles ficaram quando a gente entrou? — Lia foi a primeira a tocar no assunto.
— Vi sim. É alguma coisa sobre o Flávio, mas eles não me contam o que é.
— Nem tem ideia do que pode ser?
Claro que tinha ideia do que poderia ser, mas não queria falar sobre isso. Era demais para poder processar no momento.
— Algo na empresa, como sempre, mas parece ser mais sério dessa vez.
— Vocês precisam ter cuidado com esse homem — Lia foi até ela e abraçou-a. — Principalmente agora que voltou à empresa. Espero que ele não tente fazer nada contra você.
Liz deu de ombros. Imagina se ela desconfiasse mesmo do que poderia ter acontecido. Teve medo só em pensar no que Flávio poderia fazer para atingi-la. Abraçou Lia com força e tentou disfarçar os pensamentos. Talvez só estivesse ficando paranoica.
Depois de um bom cochilo, acordaram e fizeram um lanche rápido. Logo a moça com quem haviam marcado hora, chegou. Elas foram para o quarto de Liz para a noite de beleza.
Liz passou uma leve maquiagem e apenas alisou ainda mais o cabelo. Lia também não fez nenhuma maquiagem forte e apenas cacheou um pouco mais os cabelos. Ela ficava ainda mais perfeita toda produzida daquele jeito.
Já passava das oito e assim que pagou a mulher, foram se vestir logo. O olhar faminto e surpreso que a namorada lhe lançou ao vê-la de terninho foi a melhor coisa de todo o seu dia.
— Gostou? — desfilou um pouco para que ela lhe apreciasse.
— Ainda acho estranho te ver com essas roupas, mas eu amei esse terninho. Ficou sexy para caralh*!
— Que bom que aprovou — Liz sorriu cinicamente e afastou-se indo até o banheiro.
Estava com vontade de enlouquecer Lia naquela noite e quando voltou ao quarto, viu que ela havia comprado um lindo vestido preto e um salto alto. Liz se sentiu sedenta ao vê-la daquele jeito, ainda mais feminina. Seu sex* pulsou de tesão. Mal podia esperar para despi-la toda a noite, quando estivessem sozinhas no apartamento.
— Uau! — aproximou-se dela, secando-a sem disfarçar. — Você está ainda mais gostosa nesse vestido.
— Gostou? — dessa vez Lia que perguntou em tom provocativo.
— Se eu gostei? O que acha? — perguntou retoricamente.
Lia lhe deu um sorrisinho safado e subiu o vestido até a cintura, virando-se. Ela estava usando uma daquelas calcinhas de renda, o que lhe deixou ainda mais louca.
— Puta que pariu, Lia! — sussurrou com a voz rouca no ouvido dela e puxou-a para si, fazendo seu bumbum gostoso roçar em si.
Sem conseguir se conter, investiu seu quadril contra ela, que apenas gem*u baixinho. Mordeu de leve a nuca de sua irritadinha e suas mãos se movimentaram até a parte da frente de calcinha dela. Seus dedos, invadiram sedentos o sex* da namorada. Liz estava tão excitada que facilmente as preocupações sumiram de sua cabeça. A única coisa que queria e pensava agora era em sacanagem.
— Aaaahh, Liz — Lia gem*u e tentou tirar as mãos delas de si. — Não faz assim!
— Eu quero te comer! — declarou ofegante e virou-a para si.
Elas ficaram abraçadas e com os rostos colados, se encarando. Ambas tinham o olhar cheio de tesão uma para a outra. Queria beijá-la ferozmente, mas se controlou, ainda não era a hora de se borrar toda naquele batom.
— Você ‘tá me deixando louca, sabia? – Lia continuou a provocá-la e apertou seu bumbum.
— Vamos logo para essa festa antes que eu perca o controle.
— Negando fogo? — A irritadinha lhe provocou.
Liz semicerrou os olhos em sua direção, entrelaçou os dedos em seu cabelo e lhe deu um daqueles seus puxões seguros.
— Mais tarde depois da festa você vai ver o que é fogo!
Lia abriu a boca em antecipação e ofegou. Liz adorava o fato dela ser tão safada, sempre aceitando coisas novas e fazendo suas vontades. Iria pegá-la de jeito naquela noite, estava completamente louca por isso.
Liz foi o caminho todo com a mão sobre a coxa dela, apenas para provocá-la. Lia era tão sapeca que ainda subiu o vestido, deixando o caminho livre. Assim que pararam em frente ao hotel, um manobrista logo foi até o carro e de mãos dadas, passaram pelas portas de vidro do grande e luxuoso prédio.
Quando estavam à espera do elevador, Lia perguntou afobada:
— Até que horas precisamos ficar aqui?
Liz lhe ofereceu seu sorriso torto e mordeu os lábios.
— Às dez eu vou ler o discurso da tia Luísa e depois disso, acho que podemos ir.
— Tudo isso?! — disse frustrada.
— Adoro quando você fica assim, sabia?
— Assim como?
— Cheia de tesão!
Ouviram o som do elevador chegando. Algumas pessoas saíram de dentro e elas entraram. Quando as portas se fecharam, a namorada colou nela e abraçou-a.
— A gente bem que poderia ir para um motel hoje — Lia pegou-a de supetão com a proposta.
Só naquele momento Liz se deu conta de que as duas nunca tinham ido até um motel juntas. Se já não tivesse preparado algo no apartamento, com certeza aceitaria a ideia, ainda precisavam viver aquela experiência. Claro que já havia ido em incontáveis motéis antes, mas nunca com sua irritadinha.
— Hoje não, mas eu gostei muito da ideia.
Lia franziu o cenho e olhou-a desconfiada.
— Eu quero fazer barulho hoje, não vou ficar à vontade na casa da sua tia.
Liz até salivou com a declaração e seu sex* pulsou só de imaginar ouvir aqueles gemidos gostosos dela. A namorada estava jogando sujo naquela noite. Por sorte elas estavam naquela mesma vibe de safadeza, era muita sintonia o que havia entre as duas, só perfeição.
— Você vai ter uma surpresa quando a gente sair daqui.
— Hum... Gostei de ouvir isso!
O elevador parou a cada andar e foi enchendo, assim elas precisaram parar de falar sacanagens. Finalmente chegaram até o andar do imenso salão de festas e foram até a recepção. Liz retirou uma identificação da bolsa, mostrando-a a recepcionista e aos seguranças, que logo deram passe livre para sua entrada.
Várias mesas estavam dispostas no salão chique e requintado. No pequeno palco, ao fundo do cômodo, Lia viu um imenso telão exibir a logo da empresa.
— Me disseram que já recebemos várias doações. Tia Luísa sabe mesmo com levantar uma grana desses avarentos.
— É muito nobre isso que ela faz — Lia enlaçou-a pelo braço. — Estou até feliz de estar aqui, mesmo que com medo.
— Medo? — perguntou sem entender.
— Sei lá. Apreensiva por estar no meio de tanta gente assim.
— Ah, qual é! — olhou bem para a namorada e lhe sorriu. — Você tem bem mais classe do que muitos por aqui.
— Obrigada!
Não tardou para que fosse reconhecida e abordada por alguns convidados. Era incrível como as pessoas conseguiam puxar tanta consigo. Lia apenas lhe dava privacidade para que pudesse falar com todos, a namorada era, como sempre, discreta. Ao longe, viu Artur junto de Flávio, eles conversavam com um grupo de homens mais velhos.
Liz arrepiou-se ao ver o tio e uma ânsia misturada a ansiedade tomou conta de si. O pior de ficar no escuro assim, eram as inúmeras as coisas que se passavam em sua mente. Precisava descobrir de uma vez por todas o que estava acontecendo.
De mansinho, esquivou-se e puxou Lia consigo até lá. Assim que se aproximaram, viu que eles tentavam conversar da melhor maneira possível com os senhores, que falavam em inglês entre si. A namorada os olhava com interesse, na certa entendendo tudo o que falavam. O inglês de Liz era péssimo, tinha que admitir.
— Senhoritas! — Artur cumprimentou-a alegremente. — Venham aqui, por favor!
Falando um inglês um pouco enrolado ele as apresentou aos senhores, que logo lhe estenderam a mão.
— Liz, eles são donos de uma grande construtora nos Estados Unidos e estão interessados em nosso trabalho. Souberam desse evento hoje e vieram aqui nos prestigiar. — Flávio disse em seu ouvido. — Podem ser possíveis investidores.
— Ah sim! — Liz respondeu e sentiu um incômodo terrível com a proximidade dele.
Os homens a olharam à espera de que falasse algo, mas as palavras simplesmente fugiram. Procurou os olhos de Lia ao seu lado e pediu ajuda.
— Por favor, pode dizer a eles que é um prazer conhecê-los!
— Claro! — A namorada nem pestanejou.
Era raro ouvir Lia falando inglês. Às vezes quando estavam sozinhas ela falava uma coisa ou outra apenas para encher seu saco, já que não entendia muita coisa. Tinha que admitir que era lindo ouvi-la se expressar tão bem com o idioma.
Artur e Flávio pareceram surpresos com as habilidades de sua namorada e ficou com ainda mais orgulho dela. Por alguns minutos, eles conversaram com Lia traduzindo tudo até mesmo para os outros dois, o inglês dela era melhor.
Quando precisaram ir conversar com os outros convidados, Artur e Flávio a elogiaram bastante.
— Foi incrível o que você fez agora, Liana. Olha que cada vez mais nós temos que nos comunicar com americanos. Seria ótimo ter mais pessoas como você trabalhando para a empresa. Estamos precisando de profissionais de confiança nisso — Flávio ponderou e sorriu simpático.
Por aquela Liz não esperava e pensou consigo mesma que jamais iria querer o envolvimento de Lia com ele. Viu como a namorada pareceu um pouco sem graça ao seu lado com elogio.
— Ah, foi um prazer ajudar. Não foi nada. Ainda tenho muito que aprender — Lia respondeu sem jeito.
— Mas já foi bem melhor que todos nós — Flávio sorriu abertamente.
— Flávio tem razão. — Artur concordou ao seu lado. — Quem tem inglês hoje em dia consegue muita oportunidade. Você fez curso ou intercâmbio?
— Apenas um longo curso intensivo de conversação, mas intercâmbio é o meu sonho.
Liz reparou como ela ficou um pouco triste ao falar o intercâmbio e segurou sua mão, lhe passando força.
— Boa noite! — Vanda, a mulher ruiva de seu tio, cumprimentou a todos. — Liz, faz tempo que não a vejo.
— Olá, Vanda! — As duas se cumprimentaram com um beijinho de um lado e do outro. — Sim, desde o ano novo.
— É bom revê-la e você também, querida — falou sorridente se referindo a Lia e em seguida, voltou a atenção para Flávio. — Vem! Alguns convidados querem falar com você.
— Já estou indo! — Ele enlaçou a cintura da esposa, mas antes de sair disse: — Nos encontramos aqui no palco às dez, então?!
— Sim!
Ela e Artur confirmaram.
— Liz, quero te apresentar a alguns amigos da Luísa. Eles querem muito conhecer você — Artur convidou-a e ficou à sua espera.
— Ok, só um momento. Já te acompanho.
Ele saiu deixando as duas sozinhas.
— Quantas pessoas querendo te ver — Lia disse, rindo. — Está famosa.
— O que o dinheiro não faz — rebateu desgostosa. — Já descobri tantos amigos da família desde que estou trabalhando que perdi as contas. Você vem comigo?
— Eu estava pensando em atacar um pouco aquela mesa de frios — A irritadinha respondeu sapeca, fazendo Liz dar uma boa gargalhada. — Já estou com fome.
— Por que não estou surpresa?
Elas sorriram um para a outra e abraçou-a pela cintura.
— Logo vou me juntar a você, ok?
— Ok.
Antes de sair, lhe deu um beijo na boca e sorriu. Percebeu vários olhares por conta daquele simples gesto, mas não era segredo para ninguém que era lésbica.
Liz sempre achava enfadonho tantas apresentações formais. Eram sempre grandes empresários ou conhecidos da sua tia. Todos homens respeitáveis e de família. Uma das mulheres se aproximou e começou a puxar assunto apenas com ela.
— É um prazer conhecê-la, senhorita Lisandra. Me chamo, Sandra. Sou uma amiga de Luísa. Sinto falta dela, nunca mais nos vimos.
— Olá, dona Sandra. Tia Luísa queria muito estar aqui hoje, esse evento é muito importante para ela, mas felizmente preferiu ficar em casa, descansando.
— Como estou na cidade esses dias estarei indo visita-la. Pode dizer a ela?
— Sim, claro! Ela ficará feliz com a visita. Ás vezes, ela reclama que está sentindo tédio.
— Eu entendo. Luísa precisa apenas se recuperar nesse momento. É o mais importante. Então, agora você está tentando fazer parte dos negócios, é isso?
Era impressão de Liz, ou a mulher estava sendo debochada?
— Sim, estou tentando fazer parte de tudo.
Liz não soube bem o que dizer e procurou por Lia com o olhar, queria sair dali. Viu-a mais adiante, sentada em uma mesa, saboreando a comida. Como que no automático, ela olhou de volta em sua direção e sorriu com segundas intenções, mordendo os lábios. A irritadinha iria provocá-la a noite toda e estava difícil de ignorar a pulsação entre as próprias pernas.
— Namorada sua? — A mulher perguntou sorridente e pretensiosa. Por algum motivo, não gostou do tom que ela usou. As pessoas não pareciam lhe levar à sério. — É uma bela moça.
— Na verdade ela é minha noiva! — respondeu com firmeza e levantou sua mão, mostrando o anel em seu dedo. A mulher fez cara de surpresa com isso. — Inclusive, peço licença, vou ficar um pouco com ela. Até mais, Sandra.
— Até mais, querida. Foi um prazer.
— Igualmente!
Foi até a namorada, sentou-se na mesa junto dela e tentou beliscar de sua comida.
— Hey! — fingiu raiva e deu uma palmada em sua mão. — Tem muito ali, vá fazer um prato só para você.
— Você é comilona demais, sabia? — implicou propositalmente.
— Sabia sim, mas essas comidas estão muito gostosas. Vai pegar um pouco para você, é sério!
Liz sorriu e fez o que sua irritadinha sugeriu. Elas ficaram juntas na mesa por alguns minutos. Assim que devorou seu lanche, olhou para os lados a fim de ver se alguém as olhava, pôs a mão sobre a coxa de Lia e sussurrou em seu ouvido:
— Ansiosa para ir embora? — foi subindo o vestido dela até sua mão alcançar a virilha dela. Aproveitou que a toalha da mesa cobria suas pernas.
— Isso é maldade, Liz! — A irritadinha respondeu manhosa e tentou tirar sua mão dali.
— Logo você vai ver o que é maldade!
Lia ofegou com a declaração e elas ficaram se encarando até que Artur a procurou, tirando-as daquela bolha de sedução. Já era dez da noite e estava na hora de ler o discurso da tia. Eles dois subiram no palco junto de Flávio, que foi o primeiro a falar no microfone, apresentando um pouco da empresa e agradecendo a todos pela presença e pelas doações.
Em seguida ele convidou Liz e apresentou-a como parte da equipe. A rockeira saudou a todos e também agradeceu às presenças e doações. Em seguida, falou um pouco sobre a recuperação da tia e leu o discurso.
Foi recebida com vários aplausos calorosos e emocionados. Por sorte ela já era habituada a lidar com plateias, não que pudesse comparar, mas ajudava bastante a controlar o nervosismo. Viu Lia lá embaixo, sorrindo orgulhosa para ela. Mal podia esperar a hora de poder ir embora dali com ela e aproveitar o restante da noite.
Assim que desceu do palco, mais algumas pessoas vieram cumprimentar os três. Estava à procura de Lia, quando sentiu duas mãos enlaçando-a pela cintura.
— Vamos? — A irritadinha sussurrou risonha em seu ouvido.
Liz se sentiu arrepiar toda com aquilo. Sua vontade foi mesmo de sair correndo com ela dali, precisava de sex* com urgência. Mordeu os lábios de leve e suspirou.
— Seu desejo é uma ordem! — sussurrou de volta e enlaçou os dedos aos dela.
Liz se despediu de Artur e de mãos dadas, elas se retiraram do hotel. Deu a partida no carro e dirigiu o mais veloz que pôde. Estava louca para mostrar a surpresa a ela e possuir aquele corpo gostoso e cheio de curvas que era todo seu.
— Está com pressa, é? — Lia a provocava o caminho todo. Para foder ainda mais com o seu psicológico, ela subiu o vestido e retirou a calcinha.
— Lia, você vai me deixar doida assim. Eu não posso tirar os olhos da estrada.
Pôs a mão na coxa dela e foi subindo aos poucos até sentir o seu sex* quente, que já estava molhado. Passou a língua nos lábios e sorriu de forma safada. A namorada apenas abriu ainda mais as pernas, facilitando o contato.
— Hum... que saudades eu senti de você — Lia declarou desejosa. — Quero que me coma bem gostoso!
— Ah... eu vou comer sim!
Lia aproximou-se e levou a calcinha até o seu nariz. Liz ficou ainda mais louca quando sentiu aquele cheiro natural dela e sem se conter, abocanhou o tecido, sentindo o gosto salgado do líquido impregnado ali.
— Hum... que delícia! — exclamou desejosa.
Finalmente dobrou na esquina do edifício do apartamento das duas e sorriu exultante. Viu que Lia olhava para os lados tentando reconhecer aonde estavam.
— Estamos indo para o apartamento? — perguntou confusa, mas com o sorrisinho na face, já prevendo o que poderia ser.
— Sim, quero que você conheça e ainda por cima ficaremos sozinhas a noite toda.
Lia mordeu os lábios e sorriu maldosamente.
— Adorei ouvir isso!
Passaram sem maiores problemas pela portaria e Liz se dirigiu ao bloco do seu estacionamento. Já era quase onze da noite quando entraram no elevador vazio, por sorte. Sem mais se conter, prensou o corpo de Lia contra o metal frio e levou as mãos até seu rosto.
— Você ficou me provocando a noite toda.
— Eu sei que você gosta! — A irritadinha entranhou os dedos em seu cabelo, puxando-a para junto de si. E colando os corpos.
Sem mais suportar, subiu o vestido dela e depois levantou uma de suas pernas, roçando sua coxa por entre as dela. Lia lhe deu uma puxada de cabelo, fazendo aquela ardência maravilhosa se espalhar. Atacou a boca dela com a sua, já a procura de sua língua gostosa e deu uma ch*pada em seguida, arrancando um lindo gemido seu.
O elevador parou e as duas se separaram imediatamente em sum sobressalto, tentando disfarçar a situação. Um casal entrou e olhou-as e pareciam desconfiados. Lia estava super corada e Liz com os cabelos bagunçados. Viu que a namorada apenas olhava para o chão constrangida. Teve vontade rir da situação, estava de ótimo humor.
O casal foi quase até o mesmo andar que elas e só para garantir, ficaram separadas até entrarem no apartamento. Entraram abraçadas e Liz acendeu as luzes para que a namorada pudesse olhar o apartamento.
A maioria dos cômodos estavam vazios ainda e era mais do suficiente para as duas, com uma sala ampla, bem planejada e arejada, três quartos, cozinha e área de serviço. E lá fora, na grande varanda, uma piscina mediana, tudo com requinte e designe moderno.
— Uau, Liz! — A irritadinha exclamou surpresa e foi rebol*ndo lindamente, até a enorme janela da sala que tinha uma linda vista das luzes da cidade lá embaixo.
— O que achou? — perguntou presunçosa. Tinha certeza que ela iria gostar.
— É perfeito mesmo, nem sei o que dizer.
Liz aproximou-se e colou em suas costas, fazendo-a se encaixar no seu corpo e sentindo o calor dela. Abraçou-a pela cintura, afastou os cabelos dela para o lado e lambeu sua nuca. Sorriu quando ela se arrepiou, com certeza aquela era uma zona erógena. Queria fazer um tour detalhado com ela pela casa, mas precisava de sex* primeiro. E como precisava...
— Cadê o quarto? — Lia perguntou pretensiosa, virando-se no abraço e abrindo o terninho da rockeira.
— Quarto? — segurou firme nos cabelos dela, fazendo-a gem*r e prensou seu corpo contra o grosso vidro da janela. — Eu vou te comer aqui mesmo, Liana!
E lançando um sorriso torto, começou a despi-la do vestido. Aquela noite seria maravilhosa, não tinha dúvidas disso...
***
Fim do capítulo
Meninas, desculpem pela demora. Olha, esse capítulo era para ser bem mais longo e ter bem mais coisas, porém, uma amiga muito querida sofreu um acidente grave e ainda está se recuperando. Mesmo assim, isso tirou minha inspiração, nem fiquei com cabeça para tentar terminar o capítulo, então para vocês não terem que esperar mais, vou postar o que já tinha escrito anteriormente.
Beijinhos!
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Elna Vale
Em: 27/06/2020
Oi menina
Peineiro lugar,sinto muito pela sua amiga,desde já desejo melhoras p ela,d coração...
Segundo:como a senhorita finaliza este capítulo desta forma? quer nos matar do coração?muita maldade,vc não era assim rs
Sou fã do seu conto, vc já sabe disso rs
Adoro a forma como vc vem desenvolvimento a história,prendendo a nossa atenção a cada novo capítulo,estás d parabéns, sensacional!
Bjos e se cuide
Resposta do autor:
Oiee...
Desculpe a demora em responder, Elna querida!
Então, eu espero que a demora tenha valido a pena. Vocês adoram um hot, né? kkkkkkkkkk
Obrigada mesmo pelas lindas palavras, fico feliz que goste tanto da estória e das minhas meninas!
Beijinhos e se cuida também! S2 S2 S2
Anny Grazielly
Em: 22/06/2020
Uauuuuuuu.... como nao se apaixonar por Lis e Liz?!?!? Caraaaa, amo de paixão essas duas... muitooooo... e sao lindas cada vez mais...
massss, minhas suspeitas ainda existem... e espero que elas consigam viver todos os tormendos juntas ... a força vem dessa cumplicidade... ainda acho que O tio dela ta armando algo... e pode até envolver Lis nessa história... aiaiaiaiaiaia... cada dia mais louca com tudo isso... kkkkk
Resposta do autor:
Acho lindo quando vocês falam essas coisas sobre as minhas meninas, mas eu admito que as duas são bem apaixonantes mesmo, né? rsrsrs
Olha, as duas têm muita força juntas para superarem as coisas, mas agora tudo ficará mais delicado.
Por enquanto só temos a suspeita de que Flávio foi responsável pelo acidente, mas tudo é possível, não é mesmo?
Vamos ver o que a Liz vai fazer com tudo isso que está acontecendo!
Beijinhos e desculpe a demora em responder seu lindo comentário!
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