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O barão e seus homens chegaram até a fronteira e ao tentar atravessar o rio imediatamente começaram a cair nas armadilhas. Seus pés acabaram enroscando em cordas, teve ainda quem acabou pendurado de ponta cabeça, ou até mesmo acabou caindo de cara nas águas geladas do rio.
Enquanto isso na muralha:
- Atenção! Vamos começar a agir, é momento de lembrarmos de tudo que a lady Dayara nos ensinou e lancemos as nossas flechas contra o inimigo. Ao meu comando, preparar, apontar, lançar! (Comandou uma jovem arqueira).
- Malditos! Protejam-se, eles possuem arqueiros e estamos sendo atacados (disse o barão).
A equipe de soldados de Dayara, Moara e Dimitri são corajosos para enfrentar qualquer batalha e muito bem treinados, diferente de seus oponentes. Além disso, são maioria, aproximadamente o quádruplo. Nem será necessário que todos lutem naquele dia, por isso, boa parte ficou próximo da muralha, formando um muro humano, com o objetivo de não permitir que nenhum inimigo se aproxime da vila.
Quando Moara e seus soldados chegaram nas proximidades do rio, teve um cessar nas flechas e ela sorriu, pois, a sua esposa tinha realizado um excelente trabalho com os arqueiros. Eles não conseguiram eliminar nenhum inimigo, devido a falta de experiência, contudo, atingiram alguns homens, machucando os mesmos, o que já pode ser considerado como um bom feito para uma primeira batalha.
Na vila, Dayara estava muito inquieta e nem mesmo conseguia se concentrar para rezar, pois, foi presa e amordaçada. Estava com receio daquela captura ter sido a mando de MacTough e estava com muito medo de reencontrar com ele. Já até imaginava que ele reclamaria do corte de seu cabelo, pois, nunca permitiu que ela cortasse, pelo contrário gostava dos mesmos cumpridos, segundo ele era mais fácil para puxá-la pelos cabelos. Só de lembrar ficou apavorada.
Anteriormente, naquela manhã ensolarada, ela estava comendo cerejas, quando ouviu o eco do corvo gritando, algo que nunca tinha escutado, por isso, achou mais seguro voltar para casa. Porém, dois homens se aproximaram dela e a capturaram.
- Me larguem (esbravejou já se debatendo).
Os dois não lhe deram atenção, a seguraram com força, ambos altos e fortes.
- Tenho certeza que a Moara virá atrás de mim. Vocês estão mexendo com a mulher que ela ama, portanto ela não vai ter nenhuma piedade. Além do Dimitri, que não vai gostar de saber que vocês estão sendo rudes com a irmã dele (alertou, mas, sem sucesso).
Ela até tentou gritar, mas, utilizaram de um pano para lhe amordaçar e a levaram até um casebre. Os dois também prenderam seus pulsos e tornozelos. Deixaram ela amarrada numa viga, junto de uma senhora de idade que parecia ser a dona da casa e tudo que ela conseguia fazer naquelas condições era chorar.
Myrina começou a ficar agitada, tanto por conta da batalha, como também por não encontrar Dayara, retornou para a frente da casa e rapidamente entrou a sua procura, perambulou por todos os cômodos.
- Menina, qual o problema? (Maria quis saber).
- Não encontro a lady em lugar algum. Moara disse que ela estava no pomar, mas, por lá só encontrei seu xale.
- Ela pode estar em perigo.
- Vou até a muralha, talvez ela tenha decidido se juntar aos arqueiros.
Mas, nada dela por lá e ninguém a tinha visto naquela data.Decidiu apanhar um cavalo para continuar a procura.
- Pai, a lady sumiu, não a encontro em lugar algum.
- Será que ela foi capturada?
- Espero que não, fiquem de olho e se ela aparecer, mande alguém me avisar.
- Filha, tenha cuidado!
Myrina começou a cavalgar pela propriedade.
Enquanto isso na baixada se dava a batalha.
- Moara o barão é todo seu, creio que com toda a sua habilidade não vai precisar de ajuda, mas, saiba que estarei ao seu lado.
- Agradeço e que a Deusa da guerra interceda a nosso favor. Avante!
Em seguida Moara deu um grito raivoso e partiu para o combate.
MacTough ficou agoniado quando viu o numeroso exército vindo em sua direção, sabia que tratava-se de um grupo muito bem treinado, contando com os melhores guerreiros, tinha conhecimento da fama de Moara, valente amazona, que nunca perdeu nenhuma guerra e também reconhecia que o lord Dimitri possui uma excelente técnica ao utilizar uma espada. Tinha consciência que estava em desvantagem com a união dos dois, mas, era orgulhoso e preferia morrer, ao invés de perder a esposa para outra mulher. Já tinha perdido suas terras e posses. Recordava muito sobre a queda que sofrerá e apostava que era obra do rei, que provavelmente já tinha descoberto que ele queria liderar um motim, para derruba-lo do seu posto. No dia da queda, ele tinha bebido mais que o habitual num bordel qualquer e na hora de ir embora demorou para perceber que a sua montaria tinha sido trocada, com isso, foi lançado de um penhasco.
Somente no dia seguinte foi encontrado por um grupo de trabalhadores. Demorou muito para se recuperar, ficando por um bom tempo desacordado, teve até ossos quebrados e como na corte nem era bem visto por todos, devido, aos seus desafetos, foi rapidamente dado como morto.
Ele tinha contas para acertar com a esposa, que nem mesmo se deu ao trabalho de mandar homens a sua procura e se ele estivesse mesmo morto, ela deveria ter se importado em realizar um sepultamento digno ao posto que ele ocupa. Tinha quase certeza que ela na realidade gostou do seu desaparecimento e ela seria castigada.
O que ele não sabia é que entre as duas mulheres surgiu amor, cumplicidade e companheirismo.
Logo, Moara não iria permitir que ele se aproximasse de Dayara novamente.
MacTough estranhou quando um soldado inimigo passou direto por ele, sem nem mesmo se importar com a sua presença, preferiu pensar que aquele simples homem não se achava digno para duelar com um barão. Ledo engano, todos os soldados já tinham sido notificados que Moara é quem lutaria com ele.
- Vim buscar a minha mulher (vociferou ao notar que a amazona desmontou e dispensou seu cavalo).
- Ela não é sua e nunca mais terá o desgosto de olhar para está sua cara feia.
- Pare de dizer blasfêmia. Se não quiser conhecer a minha fúria entregue a Dayara agora. Vou levá-la, ela é minha por direito e soube por dois dos seus homens que ela vai me dar um herdeiro.
- Não temo as suas ameaças.
- Já que não concorda em me entregá-la por bem, o farei a força, levarei Dayara comigo, ela vai precisar ser purificada, pois, você deve ter a deixado impura, espancarei todo o mal para fora dela, sou superior a você, depois que ela for punida nem mais lembrará da tua existência e voltará a ocupar seu papel de esposa submissa, como eu prezo.
- Você é ignorante demais para ter o privilégio de conviver com ela e já a machucou demais. Saiba que comigo ela é feliz.
- Duvido (desdenhou).
- Barão morra sabendo que ela me ama, sentimento este que você um tolo nojento e patético, nunca recebeu de ninguém e já chega de falar da minha mulher. Lutemos!
- Ah, você irá pagar por todos os seus pecados sua herege.
Moara nem se deu ao trabalho de responder, ergueu a sua espada e começou a duelar com o algoz da sua amada.
Fim do capítulo
Eis a batalha, façam as suas apostas e vou postar o próximo capítulo na sexta. Beijos e abraços, May.
Comentar este capítulo:

Marta Andrade dos Santos
Em: 10/06/2020
Eita quem foi que pegou Dayara? Esse Barão vai apanhar muito kkkk.
Resposta do autor:
Quem será? Ele merece né hahaha
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