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Inconstante por LaiM

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Palavras: 3461
Acessos: 1670   |  Postado em: 21/05/2020

Capitulo 31 O castigo

 

Emme tinha acabado de se arrumar, olhou-se no espelho e via a felicidade, era linda, tinha uma namorada mais velha e logo viajaria para outro país a procura de novas experiências.  

Pegou o telefone e ligou para Bernadete, a mulher rapidamente atendeu. 

_Vem que horas?  

_Oi Emme, desculpa, vamos ter que remarcar e tua mãe está ai hoje não é? 

Emme sentia-se dependente da mais velha, estava louca por ela como nunca esteve antes por alguém.  

_E desde quando tem medo da dona Fernanda?  

_Ela é delegada, pode me prender. – Sorriu.  

_O que aconteceu? Raul? – Quis saber, a felicidade que tinha estampado agora dava o ar de tristeza.  

_Não, estou na fazenda, um cavalo se assustou e bateu a cabeça, está aqui morto, estou esperando virem buscar.  

_Poxa B. 

_Eu era muito apegada.  

_Eu sinto muito.  

Apesar de ela está contando a história não sentiu muita tristeza de sua parte ao falar do animal.  

_Eu viajo amanhã à noite, queria poder te ver hoje, estou ansiosa, é a minha primeira viagem e eu vou passar um bom tempo fora. 

_E eu fico feliz por você Emme – não estava, ficaria um tempo sem seus beijos _fica em casa, amanhã eu dou um jeito de ver você. Promete que vai ficar em casa? Não quero que você conheça nenhum marmanjo.  

A menina sorriu, boba, apaixonada, mas não era obediente.  

_Tá bom.  

Desligaram. Emme tirou a blusa e fez pose para uma foto, enviou imediatamente para ela.  

“Queria você hoje, poderia te confortar a morte do teu animal. ” 

Quando Bernadete viu aquela lingerie branca ficou acesa, como resposta enviou um emoji triste e reforçou o pedido para ela ficar em casa. 

Emme foi até a sala e encontrou sua mãe, beijou seu rosto e disse que não demoraria.  

_Onde vai Emme?  

_No shopping, vontade de tomar um milk-shake, quer ir comigo? 

_Trás um para mim? Estou lotada aqui.  – Lamentou, mostrando uns papeis que estavam sobre a mesa.

Emme foi ao shopping sozinha, seguiu para a praça de alimentação a procura de sua bebida, ao encontrar sentou e abriu o notebook. Alguns rapazes que passavam lhe olhavam, achava graça. Olhou para um rapaz que quando lhe avistou não a tirou de vista, poucos minutos depois ele fizera o mesmo percurso a olhando, Emme o olhou também e sorriu para ele que entendeu que poderia se sentar ao seu lado.

_Oi. – Ele disse meio tímido. Coçou a pequena barba e sorriu. _Tudo bem?  

_Sim.  

_Eu passei e te olhei, meu sorvete caiu sabia?  

_Eu vi, olhe para frente da próxima vez.  

_Me chamo Renan, e você?  

_Emme. – Todo cavalheiro se aproximou mais e deu um beijo em seu rosto. Ela era cheirosa, chamou sua atenção mesmo sentada

_Desculpa te incomodar, é que eu te achei linda. – Emme sorriu mais uma vez. 

_Obrigada.  

_É comprometida?  

Ela pensou, Bernadete era sua amante, casada, com filhos, netos...  

_Não, mas enrolada.  

Ele ficou puxando assunto até conseguir seu número de telefone, Emme achou-o engraçado, mas não atraente, nada que pudesse passar de uma amizade. Mostrou para ele alguns vídeos em seu notebook e ele parecendo ter tempo livre sorriu de alguns achando mesmo interessante, Emme olhou rapidamente a sua frente quando viu uma família sentar-se poucos metros de distância a sua mesa, ficou séria. Raul logo acenou, sorridente.  Se levantou e foi até ela lhe cumprimentar.

_Emme, tudo bem?  

Bernadete lhe olhou enfurecida, estava com os filhos e os netos.  

_Oi Raul... Bernadete. – Se levantou e os cumprimentou, acenou para os para os pequenos.

_Estamos aproveitando a noite de sexta, vejo que está aproveitando também. – Olhou para o rapaz que se levantou e os cumprimentou. 

_Ele é um amigo, Renan.  

_De onde conhece esse rapaz? – Bernadete quis saber, uma pergunta um tanto pessoal para a menina que apenas trabalhava em sua agência.  

Emme sorriu sem graça, não iria responder. Ficou sem clima naquele espaço. 

_Uma moça bonita não pode andar sozinha.  – Raul disse brincalhão, tinha se afeiçoado a menina quando a viu no supermercado, ele não era de se enganar, Emme lhe daria um bom dinheiro. 

Bernadete ficou sem chão por ser pega na mentira, olhou para Emme, não tinha gostado de vê-la com aquele rapaz, Emme era só sua, somente sua e infelizmente ela não era obediente quando a mandavam fazer algo. 

_Não vai comer besteiras demais, amanhã encontramos você na agência.  

Se despediram com um abraço, logo depois se despediu de Renan, ele disse que lhe ligaria para marcarem um cinema. 

Emme saiu do shopping depois de estourar o limite do cartão da mais velha, estava com raiva de não por vê-la com a família, era pela mentira. Detestava quando alguém fazia isso. 

Em sua casa entregou a bebida para sua mãe e depois foi ao quarto e recebeu inúmeras mensagens da mais velha, algum tempo depois Bernadete estava a sua porta, esperando no carro.  

_Eu não vou.  

_Vem Emme, por favor...  

Com mais alguns apelos ela foi, saiu devagarzinho para não ser percebida, ao entrar no carro estapeou a mulher de todo jeito, principalmente no braço deixando vermelho.  

_Eu fiquei com medo de te magoar, por isso não te contei, me perdoa? Eu nunca mais vou fazer isso Emme e quem era aquele rapaz?  

_Nunca confiei nas pessoas, meu pai dizia todo dia que amava minha mãe e olha o que aconteceu com eles.  

_Mas eu te amo, verdadeiramente, consegue me entender? – Tentou um beijo, ela virou o rosto. _Emme...  

Foram horas no carro fazendo a outra lhe perdoar, quando viu Emme rendida olhou para suas pernas, ela vestia uma saia, invadiu-a colocando um dedo.  

_Foi fácil de entrar, está dando para aquele menino? Não te quero conversando com nenhum homem.  

_Eu ainda sou virgem Bernadete, estou excitada. Aquele rapaz eu nunca vi na vida, eu sou tua.  

_Só minha?  

_Sim.  

_Deixa eu ver tua lingerie então, sabe que minha cor favorita é branca não é? E branco combina tão bem contigo. Vamos para o motel?  

_Não, motel é coisa de puta. 

_Quem disse isso? – Segurou sua nunca e a beijou como estava desejando.  

_Eu não sou tua puta. 

_Você é minha razão Emme. Eu te amo loucamente. – E apesar de sentir amor em tão pouco tempo pela mulher, Emme não se sentia à vontade de dizer que a amava também.

_Mas não minta mais para mim, mesma que eu me magoe, mas não minta. – Lhe deu outra tapa, muito forte, depois voltou aos beijos. 

Não foram para o motel, Bernadete ligou para Raul contando outra mentira, depois reservou um quarto de hotel, só que pediu para Emme ir de escada para não serem vistas.  

_Eu vou de elevador, você tá precisando perder uns quilinhos. – Emme disse.  

_São cinco andares Emme, estou sem pique.  

_Se vira, você quem quer assim.  

E seguiu para o elevador com a chave do quarto.  

Quando chegou tirou a roupa ficando de lingerie, Bernadete em seguida chegou, sentiu o peso do corpo de Emme em seu colo. 

_Quanta energia. – Segurou sua cintura a levando para a cama. 

_Estou com muita raiva ainda, você não tem nem ideia, mas quero você. – Tirou a roupa da mais velha.  

_Espera ai... – Pegou sua bolsa, dentro tinha uma algema, queria prende-la e castiga-la por ver ela com o rapaz mais novo.

A modelo vendo aquilo tomou o controle das algemas. 

_Emme eu não gosto disso – disse séria quando viu uma mão presa, depois ela prendeu a outra _Emme...  

E como resposta a mais nova lhe deu um tapa na cara, sorrindo, safada.  

_Aceito tudo, menos que minta para mim Bernadete.  – Ainda sentia-se brava, e sabia que sua raiva não ia passar tão cedo.

Emme sentou em seu colo dançando, B queria lhe tocar, mas só podia contemplar aquele mulherão.  

_Que mulher linda. Me castiga vai, ou você não sabe? – A provocou. _Eu te ensino. Sabe o que eu ia fazer com você?  - Viu os olhos de Emme brilhar.

_O quê?  Me conta, quero aprender.

_Dentro da minha bolsa tem uma vela, pega ela e acende.  

 

Xxxxxxxxxxx 

 

O vôlei não deu certo, Cacau estava arrasada, não sabia mais o que dizer para sua namorada não ir embora. Tinha contado uma coisa, mas para Emme não tinha encaixe de nada o que ela falava.  

Odete que não via a filha a horas resolveu saber o que se passava, já era noite e elas não saiam do quarto, tentavam discutir baixinho, mas as vezes ouvia uns barulhos.  

Achou Emme temperamental.  

_Tá tudo bem?  

_Tá mãe, só nos deixem a sós, por favor.  

_O jantar está servido, vamos? 

_Já estamos descendo. 

Odete saiu sem ver a situação do quarto, uma bagunça. 

_Me dá a chave do quarto Cacau. 

_Para quê?  

_Estou com fome. – Disse sem lhe olhar.  

_A gente desce e volta para o quarto, ok? Lava o rosto, passa uma maquiagem. 

_Não me manda fazer nada, vou sair do jeito que eu quiser.  

Cacau ajeitou-se e viu ela se ajeitar também, saíram do quarto como quem não tivessem brigado, iriam somente jantar, Emme não a deixaria dormir tão cedo até saber a verdade.  

_Tá tudo bem mamãe? Sumiu a tarde toda. 

_Está sim meu amor, ajeitou suas coisas? Maurílio logo vem te pegar.  

_Já sim.  

O jantar foi divertido, a família toda reunida, Emme interagiu com todos, menos com a namorada, não se olhavam. Depois do jantar Laura se despediu, passaria uns dias com o pai. Fizeram sala como de costume, mas logo o coração doeu ao saber que ficaria a sós com Emme, a menina não abria mão de saber a verdade.  

Viu Emme subir e em um gesto a convidou, Emme era fria quando estava zangada, aquele seu lado desconhecia.  A menina dos olhos claros trancou a porta e tirou as roupas indo para o banho, ao sair deixou a toalha cair propositalmente para ela ver. Cacau a desejou. Não acendeu o cigarro pois sabia que ela não gostava, viu Emme se curvar-se a procura de calcinha, quando encontrou bem devagar a vestiu. A morena se aproximou e num ato pensado a abraçou pedindo perdão por todas as mentiras que tinha contado. Virou-a e a beijou.  

_Você precisa também de um banho, eu te espero aqui, vai. 

Enquanto ela banhava Emme pegou duas velas e acendeu colocando na cabeceira da cama, sentia que Cacau tinha coisas a contar e se ela não fizesse isso relacionamento nenhum teriam. Pegou as algemas também. Quando a mulher saiu enrolada na toalha se aproximou para um beijo demorado, cheio de desejo, empurrando-a para a cama e jogando a toalha ao chão.

_Sabe que não minto por mau não é? Me perdoou? 

Emme sorriu, tinha colocado a lingerie preta, a preferida da mulher.

_Eu odeio pessoas que mentem. Se não quer falar a verdade pelo menos não deixa subentendido, uma boa mentira Cacau é quando só você sabe e você não é uma boa mentirosa. 

_Eu prometo que um dia eu te conto a verdade.  

Um dia... Se Cacau não contasse nem um dia a mais ficaria com ela.  

Emme a prendeu. 

_E essas velas são para quê? – Sentia medo da mais nova. Ela não respondeu, e lançando um olhar lindo percorreu todo seu corpo com a língua. _Você faz amor tão bem Emme.  

Fechou os olhos ao sentir a língua na bucet*, quando estava por goz*r Emme parava. Ela já reconhecia todos os seus gemidos, principalmente aquele de quem estava chegando ao ápice.  

_Continua, por favor. Me solta, quero te tocar.

Emme sentou um pouco abaixo de suas pernas, esticou o corpo para pegar a vela e quando fez olhou para a morena, zangada.  

_Vai me contar agora?

_Me solta Emme, não estou gostando dessa brincadeira.  

Emme respingou a vela de longe, caindo cera em sua barriga.  

_Não vai sentir dor quando é de longe. Só uma ardência, bem prazerosa, mas o quanto mais eu aproximar essa cera e eu respingar, mais dor irá sentir. – Respingou outro. Emme parecia outra pessoa, não ousou a perguntar se ela estava a usar seus medicamentos. 

_Quanta tortura Emme. – Sentiu a mão invadir entre as pernas, de fato era prazeroso, nunca tinha feito aquilo. Mas Emme aproximou mais a vela. _Você é uma maluca.  

A menina dos olhos claros deixou a vela um pouco de lado, para ela se recompor, voltou a beijar sua boca, Cacau permitiu o beijo. Era gostoso e dolorido ao mesmo tempo.  No beijo sorria, que sensações novas e boas estava sentindo com aquele castigo.

_Eu odeio quando mentem para mim Cacau. – Lhe deu dois tapas na cara sorrindo. Para Emme, na cama valia tudo.

_E eu odeio por não conhecer esse teu lado Emme. – Emme pegou novamente a vela, a morena fechou o olho. _Vai doer mais um pouco, mas você vai gostar.  

_Você é sádica. Ah meu Deus...  

_Me conta de novo, anda, por que Juliana está brava contigo?  

_Ela ficou zangada porque eu joguei na cara que tinha ajudado a mãe dela, ela acordou triste porque está sentindo falta da mulher.  

_E você pediu desculpas e mesmo assim ela cortou amizade? 

_Sim.  

_Mas isso não faz sentido. – E voltou a respingar.

_Ai Emme... eu, onde aprendeu a maltratar assim? – Emme aproximou mais a vela, Cacau passou a sentir mais dor, e não aguentando mais aquele castigo pediu arrego, Emme parou. _Vamos fazer assim, não estou mais aguentando isso, vou te contar tudo o que você quiser saber e eu prometo que a partir de agora não vou mais mentir, você está certa, eu estou mentindo, mas tudo o que eu fiz foi para você não me ver com outros olhos, e quando eu te contar se você quiser ir embora eu mesma compro tua passagem e a gente nunca mais se ver, combinado? – Já tinha se cansado por tentar goz*r e Emme sempre parar na melhor parte, ela sabia castigar e não abriria mão de saber, viu que ela passaria a noite naquela tortura até descobrir algo. A modelo tirou as algemas, e Emme cruzou as pernas vendo-a se levantar e ir para o banho. No banho reformulou tudo o que iria dizer, se ela queria a verdade, ela teria, chorou, Emme estava certa de lhe pressionar, relacionamentos só davam certo se tivessem confiança.  

Com a promessa de ouvir finalmente a verdade, Emme foi para o banho também, molhou o cabelo, molhou a garganta e se vestiu. Ficaram uma de frente para a outra sentadas na cama. 

_Quando eu era mais nova eu descobrir que Maurílio me traía com uma colega de faculdade. Eu era boa esposa, dedicada, fazia de tudo para satisfazer e estar presente. 

_Certo. – Ouvia tudo, de coração aberto para finalmente dormir tranquila.  

_Na época eu fazia também faculdade, estudava pela manhã, ia para a casa, a tarde ia para a fábrica, isso antes de eu conseguir ser mentora na faculdade à noite... – O olho estava cheio de lágrima. Era a terceira pessoa a saber, o segundo era seu irmão, mas já tinha se resolvido com o rapaz. 

Continuou... 

_Da faculdade pra casa, da casa pro trabalho e do trabalho retornando para a faculdade, não tinha me divorciado ainda, mas o casamento já tinha acabado. Em uma noite eu... – E começou a chorar. _Desculpa Emme, eu não consigo. 

Cacau calou-se por alguns instantes. 

_Você quer mesmo saber? Para quê?

_Não quero me decepcionar no futuro contigo Cacau.

_Em uma noite eu fui beber com uns amigos, e sair do bar um pouco tonta, eu tinha brigado também com Maurílio, a gente não se entendia mais, tinha a Laura que ainda era pequena e ele queria me tirar a guarda, eu estava ao ponto de explodir, foi quando eu parei em um sinal, a rua movimentada, vidros levantados, quando me assusto vejo um rapaz... – Cacau olhou sua feição, Emme estava atenta, parecia que finalmente a conversa estava tomando um novo rumo e que fazia sentido _faltavam cinco minutos para ele fazer dezoito anos... – Continuou a chorar.  

Emme levantou-se, já tinha entendido o rumo da conversa.

O julgamento que Juliana tinha dito era aquele, a morena estava com medo de ser julgada pelo seu passado e por suas relações, por isso que sempre dizia que o passado ninguém mexia, não se podia voltar, mas queria saber com quem a morena tinha se envolvido. Não sabia ao certo como digerir todas as informações. 

_Foi uma fase difícil. 

_Difícil? – Emme evitou sorrir.  

_A cada rapaz que eu encontrava a Vitória me mostrava mais e mais garotos de programas, Emme a pessoa fica viciada, tudo o que você precisa ter é o dinheiro para ter o sex*. 

_Quem é Vitória? Agora tá explicado a forma como me tratou, me oferecendo algo em troca do amor que eu te dei.  

_Eu sinto muito, no mesmo instante me arrependi.  

_Quem é Vitória?  

_A cafetina.  

_Já conhecia Juliana nessa tua fase difícil?  

_Não, ela não é garota de programa, ela trabalhava na espelunca que eu nunca tive vontade de entrar, só depois de três anos que a Vitória me ofereceu um drink enquanto eu aguardava um rapaz. Emme, isso é passado.  

_Então, você se envolveu com quantos rapazes?  

_Eu não sei. Eu nunca parei para contar.

_Algum rapaz se fez presente em tua vida?  

_Só um Emme, mas isso faz muito tempo, eu não quero dar nomes, pode ao menos respeitar o meu silencio por nomes? Eu não sou perfeita, foi uma fase que se eu pudesse voltar atrás eu voltaria.  

_Então você ficava com garotos de programas? Mas tem algo que ainda não está se encaixando, por que começou a ficar com mulheres já que teu negócio era menino?  

_Porque eu conheci uma mulher dois anos depois de está visitando o centro toda semana e por ela me apaixonei completamente, ela não era garota de programa, mas antes fosse.  

_Samya?  

_Não...

_É por isso que juliana está brava contigo?

_Eu disse para ela que o nome dela era Alexia, mas Emme eu juro que não fiz por mau, simplesmente era passado já, Juliana nunca a conheceu e não tinha nem cabimento de eu falar o verdadeiro nome dela.

_Qual o verdadeiro nome dela?

_Paula.  

_Sobrenome?  

_Eu não sei Emme.  

_Então está mentindo de novo.  

_Fonseca. Paula Fonseca.

_O que ela faz da vida?  

_Antes? Era estudante de direito, ela sumiu, não tenho mais nada dela, graças a Deus.  

_Era da tua idade?  

_Cinco anos mais velha, ela me controlava, me chantageava, tinha ciúmes excessivos, me seguia a cada passo que eu dava. – Lembrou-se da mulher chorando, doía toda vez que se lembrava de seu rosto. _Eu a odeio com todas as minhas forças, quando a gente ama alguém a gente não prende essa pessoa, a gente deixa livre.  Ela me ameaçava, dizia que ia contar tudo o que eu fazia para minha família, que eu ia perder a guarda de Laura. Ai Emme, ela me agredia, pegava a chave do meu carro e escondia, já rasgou documentos meus...

Emme olhou a feição da mulher, alguns traços do que a morena falava enxergava Bernadete, sua pele arrepiou, Cacau soluçava feito criança, aquelas recordações eram dolorosas.

_E juliana no caso não sabe dessa mulher?

_Já te disse – Segurou seu rosto _na época, a mãe dela estava com câncer e veio a falecer, Juliana não merecia saber dessa história, você é a primeira pessoa que estou contando, mas eu vou contar para ela, juliana sabe quando estou mentindo, e dessa vez estou sendo franca com você e serei com ela.  

_Essa mulher pode reaparecer na tua vida?

_NÃO. Deus me livre, ela não tem mais nada contra mim. – Baixou o tom de voz.

_Tem algo a mais que eu precise saber Cacau sobre teu passado?  

_Isto é tudo, eu mudei Emme, desde quando me relacionei com Juliana até te encontrar nunca mais fui no centro atrás de nenhum rapaz, até mesmo porque eles não me satisfazem como você acabou de fazer agora.  

_Gosta de masoquismo é? – Disse lhe dando um tapa no rosto sorrindo.  

_Eu gosto de tudo que você faz Emme. Eu sou louca por ti.  

Emme se aproximou e lhe deu um beijo.  

_Desculpa pelas velas tá? Está doendo? Eu fico puta quando não sei a verdade, agora que eu sei eu entendo você, mas que bom que você melhorou, eu te aceito como você é Cacau, eu sei que as pessoas mudam e você mudou, nunca vi você olhar para nenhum menino novo na agencia com outros olhos, você é trabalhadora, você é humilde mesmo tendo muito, você é respeitada e finalmente está começando a se abrir comigo. Obrigada por me contar tudo isso, mesmo que eu tenha praticamente te obrigado. – Fez carinho em seu rosto, agora sentia-se pronta para amar novamente a morena.

_Eu quero muitos beijos onde você jogou cada cera. Eu quero meu sobrenome no teu nome, o que eu sinto por você nunca sentir por mulher nenhuma, meu corpo está ardendo de amor por você Emme.  

_Quem sabe um dia quando você estiver mais madura para relacionamentos eu mudo meu sobrenome para Emme Rolim. Aproveita que estou sendo boazinha e me fale logo toda verdade.  

_Estou falando. Passei três anos no centro, conheci Juliana e me aquietei de vez, se não fosse por ela que na época me deu todo o seu amor talvez eu estaria ainda hoje lá, hoje ela é minha amiga Emme, e eu tenho uma grande admiração por ela ter conseguido me tirar de lá, eu devo muita coisa a ela e eu não quero perdê-la. Pode deixar de sentir ciúmes e tentar ser amiga dela, por mim? Eu a amo como amiga. – Segurou sua mão e lhe olhou. _Já você, eu amo com minha mulher, a pessoa pela qual vou lutar todo dia para darmos certo. Eu te amo Emme.  

Era estranho dizer aquilo novamente, mas era bom. Completavam dez dias de namoro e Cacau sentia-se extasiada por cada atitude de Emme. Ela tinha suas loucuras, mas a fazia se sentir viva, se sentir amada, se sentir alegre e apesar das brigas e dos maus estar queria está com Emme a todo momento. Estava entregue a menina dos olhos claros, agora mais do que nunca.

 

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