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I Want You por Leticia Petra

Ver comentários: 3

Ver lista de capítulos

Palavras: 4418
Acessos: 5290   |  Postado em: 18/05/2020

Capitulo 31 - Família

      O sol batia forte em meus olhos, me obrigando a fecha-los outra vez. Com a ajuda de Cristian, me sentei, sentindo a cabeça zonza. Ele tentava se desculpar de todas as formas, me fazendo ri da situação. 

Franzi o cenho, notando que havia algo errado.

- O que aconteceu? - dona Regina se aproximou, tocando o meu supercilio. - Deixei vocês a sós por alguns instantes e olha o que aprontam.

- Luane? Tá sangrando muito... - Charlotte segurava meu rosto, me olhando com preocupação. - Ainda bem que você acordou.

- Fiquei desacordada? Ai... - quanto exagero. - Isso arde.

- O Cris te acertou forte. - Pietra falou. - Tá com dor? Quantos dedos têm aqui?

- Vai precisar de pontos. - Charlotte limpava tudo.

- Tá tudo bem, amor... - sorri. - Isso não é nada... O Cristian já me acertou uma vez com uma bola de tênis quando brincávamos de taco na rua, lembra maninho? Mamãe bateu em nós dois.

Todos me encararam com surpresa, me fazendo estranhar o ato.

- O que houve? - vi os olhos da minha mãe se encherem de lágrimas. - Vocês estão me assustando. Será que a pancada foi tão forte assim? 

- Você lembrou... - Larissa me fez cair na real.

"Meu Deus... Eu conseguia lembrar de tudo."

- Eu... - passei a ri igual uma retardada. - Caramba... Mas como isso é...

Não pude terminar a frase, pois Larissa se jogou em meus braços.

- Graças a Deus, Lua... - olhei para a minha Charlotte, que sorria. Ela parecia aliviada. - Você voltou... Ai, não posso acreditar.

- Amor, você tá machucando a Lua. - Helena me olhou com carinho.

 - Filha... - minha mãe buscou minha mão. 

- Então a minha bolada resolveu a falta de memória? - Cristian franziu o cenho.

      A ambulância chegou e eu fui examinada por vários minutos. Um médico, o mesmo que havia me avaliado da primeira vez, também fez alguns pequenos testes. Eu estava ansiosa por uma explicação.

- Doutor, como isso é possível? - Charlotte não largava a minha mão.

- Isso é um verdadeiro milagre, querida. - ele guardava seus acessórios. - Nos meus quarenta anos de profissão, é a primeira vez que vejo algo assim.

- Então está tudo bem comigo, doutor? - ele sorriu. 

- Em meio a todo esse caos que vivemos, você recebeu um presente divino. - ele tocou minha cabeça. - Você está muito bem, Luane. 

Respirei fundo.

- Graças a Deus... - senti meus olhos cheios de água. - Obrigada, doutor.

- Fico feliz que você possa ter sua vida de volta. - Charlotte me encarou. - Acho que já posso ir...

- Eu o acompanho, doutor. - ela ficou de pé, saindo do cômodo.

      Levantei, indo para frente do espelho e pela primeira vez, depois de meses, não havia mais um borrão. Era tão bom ter todas a minhas memorias de volta, mesmo as ruins. Nem acreditava que estava viva depois de tudo que aconteceu no dia da formatura.

- Bem-vinda de volta, suburbana... - Pietra surgiu em meu campo de visão.

- Cabeça de vento... - me virei para encara-la. - Vem aqui...

A abracei.

- Não sabe o quanto fico feliz de ter você totalmente de volta... - Pietra estava diferente. 

- É bom estar de volta... - sorri. 

- Podemos nos juntar a esse abraço? - Helena, Lari e Malu entraram no cômodo. 

- Claro que podem... Venham aqui!

      Ficamos naquele abraço por vários segundos, até que Larissa quebrou o clima com uma das suas adoráveis perolas. Nos juntamos aos outros, que me aguardavam no primeiro andar. Posso dizer que finalmente a alegria era completa. Sentia como se um mundo houvesse saído de minha costa.

Era maravilhoso ter minhas memórias outra vez.

- Se eu soubesse que uma bolada resolveria tudo, já tinha feito antes. - Cris nos fez ri. 

- Nem pense nisso, seu Cristian. - minha mãe advertiu.

- É só brincadeira, mãe. - ele se jogou ao lado de Pietra.

Os dois haviam desenvolvido uma amizade. 

- Você se sente bem, Lua? - Helena me entregou um copo com água.

- Me sinto incrível. - olhei para a minha Charlotte. 

Estava sentada sobre suas coxas.

- Não sabe a felicidade que estou sentindo, minha filha. - sim, eu sabia.

- Charlotte... Você está tão calada. - Lari a cutucou.

- Só estou absorvendo tudo isso. - ela me abraçou pela cintura. - É tão bom ter tudo como antes. Nem ao menos consigo dizer o quanto é bom... O quanto. - ela soltou o ar com força.

      A encarei, sentindo meu coração acelerar somente com aquela troca de olhar. Não importava quantas a olhasse, era sempre como a primeira vez.

- Só posso ser grata a Deus...

 

      A noite chegou e com ela um momento a sós com a mulher da minha vida. Charlotte estava no banho, enquanto eu a aguardava no quarto. No dia seguinte seria o seu aniversário e então pude lembrar de algo que havia comprado um pouco antes do dia em que sumi.

      Peguei a pequena caixa e coloquei aberta em cima da cama com algumas pétalas de rosas brancas que fiz Larissa encomendar para o dia seguinte. Eu estava nervosa, pois sabia que seria um passo muito importante.

Respirei fundo.

- Amor, eu estava pensando... - Charlotte parou na porta. - O que é isso?

- Era pra ter acontecido há mais de cinco meses... - mordi meu lábio. - Seria um pedido de namoro mais elaborado, porém quero mudar o pedido. 

Segurei sua mão, a trazendo para mais perto da cama.

- Lua... Não me diga quê... - me coloquei atrás dela.

- Passamos por tantas coisas, meu amor. - olhei para o relógio em meu pulso e era meia noite em ponto. - Hoje, eu queria te dar um presente, mas acho que quem vai ganha-lo será eu.

Minha voz embargou, mas eu precisava prosseguir.

- Charlotte Mitchell Allen... - a fiz virar e me encarar. - Mesmo sendo pouco tempo... Eu sei que você é a mulher da minha vida. Não quero passar mais nenhum dia longe de você, meu amor... Você... Aceita ser a minha esposa?

Os olhos castanhos ficaram inundados, me fazendo ir as lágrimas também. 

- Era eu quem iria fazer esse pedido... - ela sorriu, segurando minha face. - É claro que eu aceito... Eu quero passar todos os dias da minha vida com você, meu amor. - Charlotte grudou seus lábios aos meus e nosso beijo tinha gosto de lágrimas de felicidade. 

      Peguei a delicada peça, que havia comprado com tanto carinho e a coloquei no delicado dedo.

- Eu te amo, minha vida. - toquei sua face. - Me perdoa por tudo que te fiz passar. 

- Não... Não... - ela me encheu de selinhos. - Não peça perdão, meu amor. Você está aqui... Com a sua família, comigo. Não há mais nada que eu possa pedir a Deus. Eu te amo... Amo muito.

 

Alguns meses depois.

10 de outubro de 2020.

      Terminava de me vestir, enquanto admirava a linda mulher que caminhava pelo quarto com uma expressão séria. Ela falava ao celular, concentrada em tudo que era dito. A cada dia, o amor que eu sentia por Charlotte só aumentava.

Olhei para a aliança em meu dedo. Faltava apenas mais dois meses para o nosso dia. 

- Tudo bem! Obrigada! - ela desligou e finalmente me olhou. - Uau... 

Charlotte se aproximou.

- Luane, você está linda. - sorri, baixando meu olhar. - Será que podemos nos atrasar um pouquinho? - ri de sua pergunta.

- Claro que não... - ela me abraçou pela cintura. - Somos as madrinhas do casamento.

- É verdade... - ela respirou fundo. - Você é tão linda.

- Acho que não tem se olhado no espelho ultimamente... - sorri. - Você está uma delícia com esse vestido de madrinha.

- Não fala essas coisas. Sabe que me deixa louca...

- Vocês duas... - Pietra entrou no quarto. - Vamos!

- Tudo bem... Vamos. - beijei levemente os lábios de Charlotte.

      O trajeto até o local da cerimônia foi feito em pouco minutos. Ao chegar, fiquei fascinada com todos os detalhes da decoração. Larissa iria amar cada pedacinho daquele lugar.

Lagrimei de emoção.

- Parece até mesmo um casamento de novela. - Charlotte olhava tudo com a mesma admiração.

O túnel cheio de luzes brancas e flores, dava um charme incrível.

- Você quem deu a ideia... - a encarei. Os olhos castanhos ganharam um brilho a mais por conta da iluminação. 

Mal podia esperar para ser a nossa vez.

- Ficou maravilhoso... - Charlotte tocou minha face.

- Já disse que te amo hoje? - meu coração se derreteu. - Eu te amo.

- Eu te amo... - ela me deixava boba.

 

      Não lembrava de ter ficado tão nervosa em toda a minha vida, como estava agora. Ao lado da mulher da minha vida, prestes a dar um passo tão importante. Algumas pessoas nos chamaram de loucas, pois não havia completado um ano que estávamos juntas e já iriamos subir ao altar.

Eles não compreendiam o laço forte que nos unia.

      Jamais o entenderiam, até que pudessem sentir algo parecido. Quando vi Helena pela primeira vez, foi como se tudo na minha vida fizesse sentido. Não havia reparado o quanto tudo era preto e branco antes de vê-la a primeira vez.

Ainda lembrava do quanto meu coração batia forte. Exatamente como agora.

- Não canso de dizer... Você está tão linda. – ela me olhava como se eu fosse algum ser de outro mundo.

Ela sim é um ser de outro mundo.

- Acho que sou a pessoa mais sortuda que existe. – toquei sua face. – Helena, eu não encontro palavras o suficiente para dizer o quanto você está maravilhosa...

Ela sorriu e por Deus... Essa mulher não tem noção do que faz comigo?

- Então acho que estamos do mesmo jeito, meu amor. – ela beijou minha mão. – A partir de hoje você será a minha esposa. Mal posso acreditar.

O carro parou.

- Eu te amo, Helena. 

- Eu te amo, Larissa.

      Saímos do carro e os nossos pais estavam na entrada nos esperando. Dois fotógrafos contratados registravam aquele momento tão especial em nossas vidas. Meu sogro, por quem havia adquiro uma grande simpatia, entrelaçou seu braço ao de minha noiva e o meu pai fez o mesmo comigo.

      Havia um túnel cheio de flores e luzes. Meus olhos se encheram de lágrimas ao ver a decoração tão linda e delicada. Lembrava de ter comentado algo com Charlotte e certamente aquele detalhe foi colocado por ela.

Indescritível!

- Vamos, meus amores... – meu pai beijou a minha face.

- Vamos...

      Segurei forte na mão de Helena e passamos a caminhar pelo túnel e no fim dele, pudemos ver todos dos convidados para aquele momento. Malu, Pietra, Charlotte e Luane estavam no pequeno altar, sorrindo e compartilhando a felicidade do momento.

Elas estavam lindas.

Minha mãe e dona Regina estavam sentadas nas primeiras cadeiras, igualmente chorosas. 

- Esse é o momento de vocês, filhas. – meu pai beijou minha mão e em seguida a de Helena. – Sejam muito felizes.

- Obrigada, pai... – o abracei e minha noiva fez o mesmo.

- Obrigada por terem me dado essa honra. – meu sogro estava emocionado. Ele foi o único da família de Helena a ficar do nosso lado. – Sei que serão muito felizes.

- Obrigada, pai. É muito importante para nós que esteja aqui. – Helena e o pai haviam se aproximado e aos poucos, deixavam o passado para trás.

- Te amo, filha. Aproveita a sua noite. – ele beijou sua testa e saiu.

Helena e eu nos escaramos.

- Boa noite a todos... – o mestre de cerimônia iniciou. – É com um imenso prazer que estou aqui essa noite. Hoje, duas mulheres que se amam irão se unir em matrimonio, selando esse sentimento tão bonito que vemos transbordar pelos olhos de ambas.

Minhas mãos tremiam.

- Hoje, duas almas que se encontraram estão dando o passo mais lindo que um casal pode dar. Sei o quão difícil é a jornada de um casal do mesmo sex*, mas nem as dificuldades foram capazes de tirar de vocês a certeza de dividirem para sempre o mesmo caminho. Sempre costumo saber um pouco sobre os casais que uno e de vocês só ouvi coisas incríveis. Duas mulheres incríveis, fortes e de grande coração. Me sinto honrado em estar aqui...

A ficha caia aos poucos.

- Helena? Você tem algo a dizer a essa linda mulher a sua frente? – ela me olhou com um grande sorriso.

Aquele sorriso que sempre salvava os meus dias mais difíceis.

- Eu tenho muitas coisas para te dizer, meu amor... – não conseguia tirar meus olhos dela. – Quando te vi entrar no escritório da Charlotte, foi como se eu estivesse vendo o nascer do sol pela primeira vez...

Mordi meu lábio.

- Lembro que o meu coração batia tão depressa, como nunca havia acontecido em minha vida. – eu me senti igual. – Ainda acontece todas as vezes que te vejo, Larissa...

Helena me desmontava inteira quando me chamava pelo nome.

 

- Eu tenho sorte por, entre sete bilhões de pessoas, ter te conhecido meu amor... - a minha garganta estava seca e as minhas pernas tremiam. Esperei ansiosamente por aquele momento e estava mesmo acontecendo. - Desculpem, eu estou um pouco nervosa...

Algumas pessoas riram.

- Eu te amo tanto e só peço a Deus que possa te fazer feliz... - Larissa estava perto da perfeição.

O meu coração não parava quieto.

- Larissa, você tem algo a dizer a essa moça? - ela beijou o dorso da minha mão.

- Tinha que ser você, Helena... - os olhos verdes estavam inundados igualmente os meus. - Eu sinto que não posso mais viver sem o som da sua voz, pela manhã, me chamando para tomar café. É o que quero pra toda vida, meu amor... Quero poder ver uma versão minúscula sua correndo pela casa...

O meu rosto já estava banhado por lágrimas a essa altura.

- Quero ver os seus primeiros cabelos brancos e comemorar cem anos de casadas... - o riso veio em coro. - Eu te amo, meu amor... Amo com tudo que há em mim. Obrigada por escolher dividir essa jornada comigo.

- Assim vocês vão me fazer desidratar... - mestre de cerimonias nos fez ri outra vez. - Larissa Mendonça Peres, você aceita Helena Castro Brinite como sua legitima esposa?

- Aceito, aceito... 

- Helena Brinite? Você aceita Larissa Peres como sua legitima esposa? - respirei fundo.

- Eu aceito... Aceito!

- Eu as declaro esposa e esposa... 

      Os nossos lábios se encontraram em um beijo calmo, selando aquele momento tão importante. Eu estava casada com a mulher da minha vida. Não sabe expressar o quão feliz estava.

Mas transbordava em meus olhos.

- Eu te amo, Lari... 

- Eu te amo, minha esposa.

      A festa estava agitada, as pessoas dançavam e se divertiam. Lari e eu dançávamos a quinta música seguida. Havíamos trocado os vestidos por roupas mais confortáveis. Luane e Charlotte não se desgrudavam.

As minhas amigas estavam ainda mais apaixonadas.

- É bom vê-las assim... - Lari envolveu meu pescoço. 

- Luane irradia felicidade... - a ruiva pousou a cabeça em meu ombro. - Assim como eu agora. Senhorita Larissa Peres Brinite...

Sorri.

- Isso me soa maravilhosamente bem... - fechei meus olhos. A música passou de agitada para lenta. - Senhora Brinite.

- Ah, Helena... - ela respirou fundo. - Obrigada por existir... Eu te amo tanto, mas tanto.

- Ei? - a fiz me olhar. - Eu te amo... Mais que tudo.

E lá estava o sorrido que me deixava louca de amor. 

- Vamos nos juntar com elas... - Charlotte nos abordou e apontou para a mesa onde estavam minha sogra e dona Regina. 

- Vamos sim... Depois quero ver esse monte de mulheres lutarem pelo buque.

      Nos juntamos a mesa e as conversas foram as mais diversas. Até mesmo meu pai estava compartilhando daquele momento. Ele havia deixado todo e qualquer orgulho de lado. Eu não podia pedir mais nada a Deus.

       Com a ajuda de Charlotte e Luane, saímos sem sermos percebidas. Lari e eu voamos para a nossa lua de mel. O lugar escolhido foi Fernando de Noronha, presente do meu pai e um sonho antigo da minha ruiva. 

Era cinco da manhã e o sol logo daria as caras.

- É lindo... - acabávamos de chegar.

- É o que você esperava? - os olhos verdes me encararam.

- Muito mais do que eu esperava... - ela tocou minha face. - Quero fazer amor com a minha esposa até o sol se por...

      Larissa levantou os braços, em um pedido mudo que tirasse sua blusa e eu o fiz. Os nossos corpos se encontraram, quentes e desejosos de ainda mais contato. A minha boca buscou pela dela e os sex*s se encaixaram.

- Aaah... - nada mais naquele momento importava. - Mais... Helena, me ame mais...

      Os nossos quadris se moviam com rapidez, enquanto nos beijávamos com toda paixão que sentíamos. O quarto com vista para o extenso mar estava com o cheiro de amor e gemidos baixos.

Quando chegamos ao nosso ápice, juntas.

- Minha esposa... - sorria igual uma boba. Larissa deitou sobre meu peito.

- Eu amo seu cheiro... - nossos olhos se encontraram.

- E eu amo você...

 

 

3 dias depois.

      A vida ao redor do mundo ainda voltava ao normal e a economia se reestabelecia. Nosso estado foi severamente afetado e muitas pessoas haviam perdido suas vidas. Naquele dia o governador decretou um feriado estadual e uma homenagem estava sendo feita no estádio local, mas sem a presença da população

Éramos sobreviventes de um dos momentos mais sombrios vividos por nossa geração.

- Infelizmente, perdemos muitas pessoas... - o governador iniciava o seu discurso. - Histórias foram interrompidas e de todo o coração, sinto por cada vida que se foi. - Luane segurava em minha mão. Acompanhávamos tudo pela televisão. - Como sobreviventes desse momento tão obscuro de nossas histórias, temos como dever honrar os que nos deixaram...

      O discurso durou por mais vinte minutos e ao final, milhares de balões brancos foram soltos no estádio. 

- É tão triste tudo isso... - dona Regina enxugava o rosto. - Que Deus possa nos dar alento.

A campainha tocou e Cristian foi atender.

- Lua... - a menina correu em direção a loira.

- Tainara... Vocês vieram. - ela ficou feliz ao ver dona Ana e a família.

Ela me olhou rapidamente.

      Fazia um pouco mais de um mês que havíamos ido visita-los e eu sabia o quanto ela sentia saudades deles. Eu tinha uma dívida eterna com aquela família que havia salvo a mulher da minha vida.

 

24 de dezembro de 2020.

      Havíamos completado um ano de namoro e em alguns dias seria o nosso casamento. Era o nosso primeiro natal juntas e eu não poderia estar mais feliz. A casa estava movimentada como de costume e todas as mulheres da família se reuniram na cozinha.

A nossa ceia seria totalmente caseira, diferente dos anos anteriores.

- Fugindo das suas tarefas? - Helena me encontrou no escritório.

- Helena... - levei a mão ao peito. - Que susto...

A morena gargalhou.

- Só não queria atrapalhar, então decidi adiantar alguns trabalhos. - ela fechou a porta e sentou a minha frente. 

- Charlotte, a gente vai retomar o ritmo. - ela pegou os documentos. - A Allen vai ter todos os seus funcionários de volta. 

Respirei fundo.

- Espero que o mais breve, Helena. - olhei para a sua aliança. - Como tá a vida de mulher casada? 

O rosto de minha amiga ganhou um sorriso enorme.

- Você precisa experimentar, Charlotte. Acordar todos os dias e ver aquela mulher dormindo com as pernas entrelaçadas a minha... - ela estava radiante. 

- Sei bem do que falas... - mordi meu lábio. - Lua e eu já vivemos uma vida de casadas, mas eu só irei ficar sossegada quando o meu sobrenome constar na identidade dela...

Helena riu alto, me fazendo imita-la.

- Só por garantia... Que ela não me escute dizendo nada disso.

- Dizendo o que, dona Charlotte? - a loira abriu a porta, me encarando com uma sobrancelha erguida.

Limpei a garganta, ficando de pé.

- Nada, meu amor...

- Estão se escondendo do trabalho na cozinha... - Lari estava em sua companhia. 

- Já estávamos indo. - Helena ficou séria, me fazendo ri.

- Parece que sabemos quem manda na relação. - não resisti e falei.

- É? Na sua também ficou bem claro. - a morena ergueu a sobrancelha.

A loira cruzou os braços.

- Vamos pra cozinha... - me aproximei.

- Quero saber direitinho dessa história mais tarde. - Luane cochichou em meu ouvido. - Vamos, ainda tem muita coisa a ser feita. 

 

      O quintal estava cheio e barulhento, do jeito que eu havia me acostumado. Todas as pessoas que eu amava reunidas e celebrando aquela data tão especial. Olhei para Luane, que estava deitada sobre a minha coxa. 

Estávamos no gramado.

- Como foi ano passado? -  ela me olhava nos olhos. 

Respirei fundo.

- Bem diferente de agora. - toquei sua face. - Não houve comemorações.

Ainda doía lembrar.

- Sinto tanto, meu amor. - Luane sentou e acolheu minhas mãos entre as suas. - Eu...

- Shhhh... - encostei minha testa a dela. - O importante é que você está aqui agora. 

- E não vou sair daqui nunca mais... - seus lábios cobriram os meus. - Eu juro, meu amor...

- Filha? – dona Regina se aproximou ao lado de meu pai.

James era um bom homem. 

- Vamos jantar? – Lua e eu ficamos de pé. 

- Obrigada por estar aqui, pai... – ele arregalou os olhos. Fazia muito tempo que não o chamava por aquele nome.

- Fico feliz que tenha me convidado, filha. – ele sorriu, me abraçando e eu me permiti o gesto.

 Na verdade, eu necessitava dele para expulsar de vez todos os fantasmas do passado.

      O relógio marcava meia noite e então os fogos puderam ser ouvidos. O vizinho do lado nos presenteou com um espetáculo colorido. Ali, cercada por toda aquela gente, me senti na verdadeira paz. 

Pietra me abraçou de lado.

- Ainda bem que você apareceu na minha vida, Charlotte. – a olhei e a morena estava com os olhos rasos. – Eu amo você. Obrigada por essa família incrível que você me deu.

- Eu também te amo, Pietra... Vou sempre estar aqui pra você, minha irmã. - ela me abraçou forte. - Sua chorona.

- Você também é... - rimos. - Se um dia você contar isso para os meus filhos, eu vou negar.

Ri ainda mais.

- São duas bobonas mesmo... - Luane implicou com nós.

- Olha quem fala, não é desmemoriada? - a loira socou o ombro de Pietra.

- Au... 

- Isso é pra você parar de me chamar dessa forma. - não pude fazer mais nada, a não ser ri das duas.

Eram as mulheres da minha vida e eu as amava mais que a minha vida.

- Feliz natal, minha gente! - Malu gritou animada. - Vamos comer...

 

8 de janeiro de 2021.

      O salão de beleza estava movimentado, com Helena e Pietra andando feito loucas pelo espaço. Eu estava ficando louca com tantas pessoas mexendo em meu cabelo e unhas. O grande dia finalmente havia chego e eu estava muito nervosa. 

Na sala ao lado, Luane, Larissa e Malu faziam os mesmos procedimentos.

- Falta só duas horas... - Helena era maquiada. 

- Estou tão nervosa, Helena. - ela me olhou através do espelho.

- Infelizmente, não tenho nada o que dizer pra te acalmar. - rolei os olhos.

- Pietra, para de balançar o pé. Parece até que é você quem vai casar. - minha irmã me olhou com agonia.

- Desculpa, mas eu estou nervosa também. Por que vai me fazer dizer um discurso na frente de quinhentas pessoas? - ela estava apavorada.

- Não sabia que era tímida. - ela aspirou o ar com força. - E a ideia foi toda sua.

- Nem eu mesma sabia.... Estou apavorada. - Eu sei que foi... Fiquei empolgada ontem.

- Alias... Quase fui expulsa de casa por causa da despedida de solteira. - Helena olhou feio para nós. - De quem foi a ideia de contratar dançarinas?

- Nem olhem pra mim... - Pietra levantou as mãos. - A culpa foi da Malu...

A morena entrava nesse momento.

- Desculpem meninas... Eu confundi as dançarinas. - ela deu de ombros. - Era pra ter sido outra coisa, mas só vim avisar que estamos quase prontas. Nos vemos no casamento...

Pela mesma porta que entrou, Malu sumiu.

- Nem acredito que vou mesmo casar... - olhei para o vestido tomara que caia no manequim. 

Dona Regina havia me ajudado na escolha junto com as minhas madrinhas.

      Parecia um sonho que eu não desejava despertar. Poucas horas me separavam do grande momento da minha vida. Sabia o quão sortuda era por estar prestes a me casar com uma mulher que amava tanto e que me amava igualmente de volta.

Sim, eu era uma privilegiada.

- Só não tenha um infarto antes, Charlotte....

- Obrigada pelo aviso, Helena. Isso me acalma muito.

Ambas riram.

- Obrigada por estarem aqui, nesse momento tão importante. - busquei as mãos de ambas. 

- Não há outro lugar que deveríamos estar, minha irmã...

- Você será ainda mais feliz, Charlotte... Vai formar a sua família, minha amiga.

- Eu já formei... Parte dela estão bem aqui.

Olhei para cada uma.

- Eu amo vocês...

Fim do capítulo

Notas finais:

aaaaaaaaaaaaaaaaaaaah deu tudo certo.

feliz agora.

 


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Comentários para 31 - Capitulo 31 - Família:
Andreia
Andreia

Em: 19/01/2021

Perfeito parabéns está linda história vai ter bis continuação desta linda e fascinante história.

Bjs


Resposta do autor:

oi, meu bem...

fico muito feliz que esteja acompanhando. hahaha entrei agora e fiquei de coração quentinho ao ler seus coments. Tô longe, pois estou sem notebbok, mas espero que possar retornar logo.

beijos e obrigada... de todo coração.

ganhei minha noite.

Responder

[Faça o login para poder comentar]

rhina
rhina

Em: 19/06/2020

 

Show

Vc é demais Autora.

Rhina

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Anny Grazielly
Anny Grazielly

Em: 18/05/2020

Leeeee... relaxa... fica bem... o que importa eh a maravilhosa história que vc ta escrevendo... achei estranho quando vi a reportagem sem os comentários... mas o que importa eh que vc sabe que a história eh perfeita... beijos!


Resposta do autor:

hoje tá sendo um dia que.... caramba.

fui apagar um cap e não vi que era a história inteira 

aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaah que dia.

obrigada pela força, meu bem...

só rindo pra não chorar.

iiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiinferno

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