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I Want You por Leticia Petra

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Palavras: 6176
Acessos: 5115   |  Postado em: 20/05/2020

Capitulo 32 - Para sempre aqui

 

2 anos depois...

      Era a milésima vez que olhava para o relógio, como se aquele ato fosse adiantar as horas. O olhar de minha esposa denunciava a mesma agonia. Aquela reunião já havia se estendido demais e eu não via a hora de estar em casa.

- Temos mais uma pauta para discutir. - respirei fundo, colocando um sorriso na face. Helena apenas sorriu discretamente, pois viu o meu descontentamento. - E essa é uma ótima notícia. Depois de dois anos daquele trágico ano de perdas, fechamos o mês acima da meta...

Houve uma salva de palmas.

- The Future trabalha a todo vapor com cem por cento de nossos funcionários. - dessa vez o meu suspiro foi de alivio. - Tudo graças a vocês, senhoras Brinite.

- Isso foi graças a todos nós... - me coloquei de pé. - O trabalho duro e a esperança que no fim daria tudo certo, veio de cada um de vocês. Somos gratas a tudo o que se propuseram a fazer por nossa empresa...

O meu celular vibrou e passei o olhar rapidamente, tentando esconder o sorriso

"Você fica tão sexy quando fala sério. Hoje poderemos esquentar os lençóis?"

- Fazemos com muito gosto, senhorita Larissa. - uma das diretoras do RH se pós de pé. - Acho que digo por todas nós que é uma honra trabalhar na The Future.

Helena levantou.

- Acho que isso é tudo por hoje. Pelo que vejo, haverá mais sorteios este ano na festa da The Future. - ela sorriu. - Obrigada pela presença e lealdade de todos.

      A sala aos poucos foi ficando vazia e assim ficamos somente Helena e eu. Minha esposa se aproximou, me envolvendo pela cintura. Os olhos castanhos me fizeram fixar minha atenção neles.

- Você não deveria me provocar no meio de uma reunião... - ela sorriu daquela forma cafajeste que somente eu conhecia.

- Não posso resistir quando você fala daquele jeito... - ela aspirou o meu pescoço, arrepiando a minha pele.

O meu sex* reagiu no mesmo momento.

- Vamos pra casa? - tive que me controlar para não fazer nenhuma loucura quando a boca carnuda e macia encostou em minha pele.

- Vamos... Já não suporto mais ficar longe do Caleb. - ela me encarou. - E você também não...

- Tô morrendo de saudades daquele danadinho... - Helena sorriu, beijando os meus lábios.

      Era hora do almoço, então o transito estava caótico. Paramos em um semáforo e pela janela do carro, avistei um monumento ergui há pouco mais que um ano e meio, em homenagem às vítimas do Covid-19. Nele, estava gravado o nome de todos nos nossos conterrâneos e haviam também flores, ursos e fitas de Nossa Senhora de Nazaré. Todos os dias, alguém deixava algo ali.

Foi um dos momentos mais sombrios de minha existência.

- Amor? - olhei para Helena. Já estávamos próximas ao nosso apartamento.

- Oi, amor... - a morena sorriu.

Ela não fazia ideia do quanto eu amava aquele sorriso.

- Eu te amo... - era incrível que o frio em minha barriga aparecia todas as vezes em que ela dizia aquela frase.

- Eu te amo mais... - busquei sua mão, sorrindo.

      Quando chegamos em casa, estranhamos o silencio que se encontrava. Helena e eu nos olhamos, não entendo nada. Subimos para o segundo andar do duplex e ao abrimos a porta do quarto de nosso filho, ficamos sem palavras.

      Teodoro, meu sogro, dormia com o nosso pequeno na poltrona em formato de "mão do Hulk" que Caleb nos fez comprar.

- Só o seu pai pra acalmar essa ferinha... - abracei minha esposa de lado.

      Caleb cresceu em minha barriga, mas com os óvulos de Helena. Descobrimos que ela não poderia ser a geradora do nosso menino, então fizemos o procedimento em mim. Ele é uma cópia fiel da minha esposa, mas com a minha energia.

Há um ano e dois meses aquele pequeno ser entrou chegou nossas vidas.

- Se fosse o seu pai, capaz de os dois destruírem o quarto todo. - tive de cobrir a boca para não acorda-los com a minha risada.

      Meu pai quando se juntava a Caleb, voltava a ser criança. Meus pais o amavam tanto quanto Helena e eu. Possuiamos uma família linda, sem nenhuma modéstia.

Eu o amava tanto, que não saberia expressar em palavras.

- Vamos tomar banho... deixa eles dormirem. - saímos de mansinho, indo para o nosso quarto.

      Helena foi a primeira a entrar no banheiro, enquanto eu terminava de tirar a roupa. Uma foto de todos estava sobre o criado mundo. A imagem havia sido registrada dois meses depois que os novos membros haviam chego ao mundo.

Peguei o objeto, olhando de mais perto.

- Amor... Vem logo! - respirei fundo, me sentindo tão sortuda.

- Já vou, amor... - deixei o porta-retratos de volta ao lugar.

      O vidro do boxe estava embaçado, porém eu podia ver as curvas perfeitas da minha esposa. Tirei o roupão, o jogando sobre o vaso e entrei no pequeno espaço. Helena estava de costa para mim.

- Deixa que eu faço isso pra você... - peguei o sabonete de sua mão e passei por toda sua costa, escorregando para os seus seios. - Estão eriçados...

Os apertei de leve.

- Aaah... - Helena deixou o baixo gemido escapar.

      Colei em sua costa, desligando o chuveiro e explorando cada centímetro daquele corpo tão delicioso. Helena e eu fizemos amor debaixo do chuveiro e depois em nossa cama. Ela me tocava com mais paixão ainda.

Era maravilhoso estar em seus braços.

 

- Mama... Não "quelo". - Helena tentava pela decima vez dar sopa de legumes para Caleb.

- Mas, filho... Tem que comer. - ele estava todo sujo e deixou a mãe da mesma forma.

- Mama... - ele olhou para mim.

- Até parece que a sua mãe vai te salvar dessa, Caleb. - Helena gargalhou.

- Alguém precisar manter o pulso firme. Se não comemos apenas pizza e chocolate, não é dona Helena?

Meu sogro riu da expressão da filha.

- Sua esposa é linha dura, filha. - ela respirou fundo.

- Deixa ela sair... A gente come jujuba. - ergui a sobrancelha.

- Eu ouvi isso, dona Helena... - me aproximei. - Volto em breve e espero que não encontre vestígios de doces.

- Tava só brincando, amor... - ela sorriu, me beijando rapidamente os lábios. - Eu te amo...

- Eu te amo... - olhei para Caleb. Ele mostrou o dentinhos, me fazendo ficar toda boba. - Mamãe volta logo... Se comporta. Eu te amo...

- "Beso". - ele me puxou e beijou a minha bochecha.

Era demais para o meu coração.

- Sogro, não deixe esses dois fazerem nenhuma besteira... - fui até a porta.

      A vontade era de ficar em casa, porém Helena e eu havíamos programado nosso dia a dia. Na parte da manhã, trabalhávamos as duas e a tarde, nos reversávamos. Foi a forma que encontramos de sempre estarmos com o nosso pequeno.

- Pode deixar... Vocês ouviram? Estou no comando...

 

 

      A bagunça do almoço ficou toda para mim. Meu pai e Caleb foram para a sala, pois o pequeno adorava escutar histórias depois de comer. Ele é inteligente e cheio de energia. Havia muito de Larissa naquele serzinho.

Ri sozinha.

      Quando o vi a primeira vez, senti uma emoção tão grande que não fiz nada além de chorar e agradecer a Deus pela benção. Caleb era uma extensão do amor entre Larissa e eu. O nosso bem mais precioso.

- Mama? - virei-me e fiquei feliz ao ver quem estava com Caleb.

- Vim ver o meu afilhado... - Charlotte se aproximou com o pequeno em seu colo.

- Só o afilhado? - ela me abraçou.

- Sim, pois a mãe dele não aparece em minha casa tem uma semana... - ela ergueu a sobrancelha.

- Essa semana foi uma loucura. O Caleb teve febre por causa dos dentes que estão nascendo e fim de mês na empresa, você sabe como é. - fomos para a sala.

- E como sei... Luane e eu estamos trabalhando iguais loucas. - meu pai não estava na sala. Certamente havia ido descansar. - Olha...

Ela me entregou uma revista da nacionalmente distribuída.

- O que? - peguei sem entender.

- Página vinte... - ela passou a fazer cocegas em Caleb.

Abri a revista e não acreditei no que li.

- Não posso acreditar... - levei a mão a cabeça.

As risadas do meu filho preenchiam o ambiente.

- Parabéns, Helena... - a encarei. - Renata ficou louca quando viu...

- Charlotte... - ela sorriu.

The Future estava entre as cinco empresas mais influentes e produtivas do Brasil.

- Fruto do trabalho de Larissa e seu, minha amiga. - os meus olhos lagrimaram.

- A Lari precisa ver isso... Charlotte, a nossa empresa alcançou o mesmo patamar que a Allen... Isso é. - perdi a fala.

- Sabia que iria amar a notícia... - ela ficou de pé. - Preciso ir pra casa. Toma esse rapaz lindão...

- Lindona... - ele beijou a bochecha da madrinha.

- Aaah, que galante. Esse vai dar trabalho... - ela me olhou. - Nos vemos esse fim de semana. As crianças estão com saudades...

- Obrigada por tudo isso. - a abracei.

- Eu não fiz nada... Vocês são as merecedoras de todos os credito. - Charlotte beijou a minha testa. - Minha irmã. Tchau rapazinho...

- Tchau "madinha"... - Caleb e eu a acompanhamos até a porta.

Eu estava feliz pelo reconhecimento.

- Vamos comer jujuba pra comemorar?

- Ebaaa... Mama vai saber? - meu pequeno me fez olha-lo, segurando meu rosto.

- Se você não contar, eu não conto... - ele sorriu.

      Depois de ter ligado para Larissa e contado a novidade, Caleb, meu pai e eu fomos para a sacada. O dia estava quente e lá ventava bastante. O meu pequeno dormia sobre mim, pois estava exausto. Estávamos dentro de uma rede, presente da minha sogra.

O olhava, sem acreditar que realmente havia conquistado tanto em minha vida.

- Ainda teremos mais crianças correndo por esse apartamento? - Meu pai perguntou, sentado em uma poltrona.

- Lari e eu queremos dar um irmão ou irmã pro Caleb. - acariciava os fios encaracolados dele. - Só deixaremos ele crescer mais um pouco.

- Nem acredito que vivi o suficiente pra ver a minha segunda geração. - ele amava o meu filho.

- Vai viver para ver muito mais, papai... - fechei meus olhos por alguns segundos. A exaustão da semana estava batendo forte. - Tenho certeza que vai.

 

      Quando despertei, senti falta de um corpo sobre mim. Sentei, notando que já era noite e um coberto me protegia. Sorri, notando que a minha esposa estava em casa. Sai da rede, em buscar de Lari e Caleb. Pelo que parecia, meu pai não estava mais.

Certamente deveria ter voltado para sua casa.

      Entrei no nosso quarto, ouvindo as vozes de minha esposa e meu pequeno vindas do banheiro.

- Vamos ficar cheirosos pra quando a mamãe acordar... - ouvi Lari dizer.

Parei na porta, observando os dois.

- Mama... "Quelo tovete".

- Caleb, você só pode estar com verme... - abafei o riso.

- Mama... - os olhinhos castanhos fixaram em mim.

- Helena, teu filho só pensa em comer besteira... - Lari ensaboava o pequeno, que estourava as bolhas formadas.

"Quando era pra reclamar, ele era meu filho..."

- Amor, ele é criança... - me mantive distante da banheira. - Quer que eu faça o jantar?

- Não precisa, amor... Passei no restaurante da Pietra e trouxe aquela massa que você adora. - ela me olhou. - Que tal dormimos os três juntos hoje?

- Vou mimi com as mamas? - Caleb se alegrou com a ideia. Ele odiava dormir sozinho.

- Acho perfeito... Vou arrumar a mesa pra jantarmos. - fui até ela, lhe dando um beijo rápido nos lábios. - Eu te amo...

- Eu te amo mais...

      Depois do jantar, tomei um banho rapido e deitei com minha esposa e meu filho. O filme escolhido foi uma animação. Caleb amava desenhos e sempre nos fazia assistir. Eu adorava momentos como aquele.

- Ele dormiu... - Caleb ressonava.

- Vou desligar a tv e as luzes. - o acomodei.

Ela desligou tudo e depois deitou sobre meu peito. Caleb estava bem ao lado.

- Sabe, as vezes olho pra vocês dois e ainda não consigo acreditar que estou mesmo vivendo tudo isso. - olhei para os olhos verdes. - Parece um sonho... Helena, eu amo tanto vocês.

Toquei sua face.

- Também tenho a mesma impressão, meu amor. - aspirei o ar, inalando o cheiro dela. - Não acredito nessa família linda que tenho. Espero que um dia ela cresça um pouco mais...

Um sorriso lindo surgiu no rosto da ruiva.

- Uma ruivinha quem sabe? - ela brincou.

- Séria perfeito... Com esse jeitinho marrento da mãe. - beijei seus lábios sem a menor pressa.

- Obrigada... - franzi o cenho.

- Eu quem agradeço, Lari... Você sabe, antes de você aparecer, eu só tinha a Charlotte. Daí eu vi aquela ruiva linda entrando no escritório da Charlotte. Essa mulher linda mudou a minha vida...

- Você é incrível, sabia? Agradeço todos os dias por ter conhecido a Charlotte naquele beco, porque assim cheguei até você... - ela escondeu a face em meu pescoço. - Tem ideia do quanto eu te amo?

Sorri igual uma boba.

- Se chegar perto do quanto eu te amo...

 

 

      Chegava ao fim de mais um dia de trabalho e eu estava muito animada com o movimento em meu restaurante. Há um ano, resolvi abrir o meu próprio negócio e confesso, a sensação era incrível.

Fechei o restaurante, pronta para voltar para casa.

- Ei, gata? Quer uma carona? - Malu gritou de dentro do seu carro.

Era uma maluca.

- Você não deveria estar com o seu namorado? - abri a porta, me acomodando no carona.

- Ele é chato... A gente terminou. - Malu deu de ombros. - Quando vai arrumar um namorado? Ou uma namorada. Tá na hora de desencanar da sua cunhada. Não acha?

- Cala a boca... - a morena gargalhou. - Estou bem assim...

- Para, né? Ninguém gosta de solidão. - ela colocou o carro em movimento.

- Não sou solitária... Eu tenho você, a Charlotte...

- A Luane... - revirei os olhos.

- Você não facilita... Vamos pra casa e pare de me atormentar. - ela voltou a ri.

      Ao chegarmos ao edifício em que morávamos, notei um caminhão de mudanças. Pelo que parecia, teríamos novos vizinhos. Malu e eu entramos no elevador e quando as portas iriam fechar, uma mão feminina se colocou entre.

- Desculpem... Preciso aproveitar a viagem. - ela sorriu, simpática.

E como ela era linda. Com traços indígenas e cabelos incrivelmente negros.

- Você que é a nossa nova vizinha? - Malu, um poço de curiosidade, perguntou.

- Sim... Me chamo Angelina. - ela estendeu a mão.

- Me chamo Maria Luiza, mas pode me chamar de Malu. - seu olhar caiu sobre mim.

- Pietra, me chamo Pietra. - tentei sorri. - Bem-vinda a vizinhança.

- Obrigada... - ela novamente sorriu.

Não era só um daqueles sorrisos de simpatia, parecia ser mais verdadeiro.

- Caramba, como você é linda. Olha esse cabelo. - Malu sabia ser inconveniente.

- Obrigada, mas olha para você. Olha pra vocês... - finalmente chegamos ao nosso andar. - Foi um prazer... Espero que possamos nos esbarrar mais vezes...

- Também espero... Bem-vinda. - saímos do elevador. - Custava ser mais educada?

- Você é muito chata... - entramos em casa. - Vou tomar banho... Deveria ser menos curiosa.

- Você quem é uma chata... - ri da infantilidade da morena ao me mostrar a língua.

      Tomei um banho longo, relaxante depois de mais um dia de trabalho. Me vesti e fui buscar algo para comer. Malu certamente deveria estar dormindo, pois o silencio no apartamento era raro.

      O lixo acumulado da semana estava no cesto. Terminei de comer e fui leva-lo até o sistema de lixo do prédio. Ao passar pela escadaria, me assustei ao notar que a vizinha recém-chegada estava no primeiro degrau.

O que ela fazia ali a uma da manhã?

- Ei? - Ela me olhou e sorriu.

- Ei... - me aproximei.

- Você tá bem? - a menina respirou fundo. - Seu rosto...

Estava vermelho e com marcas de dedos.

- Quem fez isso? - Angelina baixou a cabeça.

- Meu pai não é exatamente uma boa pessoa... - franzi o cenho.

- Você precisa denuncia-lo... - ela me olhou.

- Não... Eu só preciso aguentar mais um pouco e sairei de casa. - respirei fundo. - Ele é policial, nada vai dar em nada. Eu já tentei...

- Angelina, isso... - passei a mão sobre a cabeça. - Quer passar essa noite em meu apartamento?

Ela me olhou como se eu fosse alguma louca. E talvez eu fosse.

- Eu não quero te dar trabalho. Mal nos conhecemos. - mordi meu lábio.

- Não dormiria em paz sabendo que podes estar correndo algum risco. - ela me encarou por longos segundos. - Só quero ajudar...

- Tudo bem... Obrigada! Eu vou aceitar.

      Entramos em meu apartamento e menina parecia sem jeito. Eu a entendia e decidi não fazer perguntas.

      Acomodei Angelina em meu quarto, mesmo ela recusando e dizendo que poderia dormir no sofá. Me sentei no móvel, aspirando o ar com força. Uma desconhecida ocupava a minha cama, porém jamais viraria as costas para tal situação.

- Por que a vizinha tá no seu quarto? - Malu apareceu na sala toda descabelada.

- Você deveria tá dormindo... - ela se jogou ao meu lado.

- Não muda de assunto. - revirei os olhos. - O que a vizinha bonitona tá fazendo em sua cama?

- Ela teve uma briga com o pai. Pelo que parece, o canalha a agredi. - Malu levou as mãos a boca. - Posso dormir com você?

- Claro que pode... - fiquei de pé e a ajudei a levantar. - Agora me diga... Admita.

- Admita o que? - Malu sorriu.

- Ela é muito gata... - a idiota riu.

- Vamos deitar e para de falar bobagem...

 

     Não dormi quase nada e levantei cedo, pois aquele dia iria visitar o meu pai. Ele me pediu para ver fotos dos meus sobrinhos e eu não poderia negar. Quando sai de casa, Malu e a nossa vizinha ainda dormiam.

- Fico feliz que tenha vindo...- meu pai parecia outra pessoa. A barba estava feita, os cabelos cortados e aparentava estar feliz.

Era bom vê-lo daquela forma.

- Trouxe o que me pediu... - lhe entreguei o envelope com as fotos.

Charlotte havia dado permissão.

- Eles são tão bonitos... - os olhos do meu pai se encheram de lágrimas.

Eu sabia o quão dificil seria Charlotte o perdoa-lo, porém desejava que ocorresse.

- Cat é muito esperta e já fala algumas coisas... - sorri ao lembrar da pequena.

Era uma cópia fiel de Charlotte.

      Jamais imaginei que poderia amar tanto dois seres tão pequenos que não haviam saído de mim. A vida havia me dado uma segunda chance e eu era grata.

- O Taylor adora pintar... Acho que temos um artista na família. - o loirinho adorava riscar tudo.

A parede do meu quarto era a prova de seu talento.

- Fico tranquilo em saber que você tem uma família, minha filha. - ele segurou minhas mãos.

- Eu também, papai... Eles me fazem bem. - sorri. - Os meninos são uns amores.

      Amava o fato dos dois serem tão apegados a mim. Alias, amava ter uma família como a que tinha. Charlotte se mostrava sempre cuidadosa e presente. Me levou para o centro de tudo e me apoiava em minhas decisões.

Tudo graças a Luane que me tirou da escuridão que me encontrava.

- Eu vejo, filha... Espero que sua irmã possa me perdoar um dia e que eu tenha a chance de conhecer meus netos.

- Também desejo isso, papai...

      Ficamos por mais alguns minutos conversando e depois tive que me despedir. Ele ficou com as fotos, pois assim se sentia perto dos meninos. Quando cheguei em casa, o apartamento estava vazio.

Malu certamente deveria ter ido à casa de Charlotte e a vizinha voltado para casa.

- Acho que buscar os meninos... - a campainha tocou.

Quando abri a porta, fiquei surpresa ao ver Angelina.

- Olá, vizinha... - o sorriso bonito e largo se fez presente.

Sim, ela é uma mulher linda.

- Olá, vizinha... Entra. - ela estava de roupas simples e despojadas.

- Vim agradecer por ontem... - notei que fiquei... Nervosa?

Só podia ser impressão.

- Não precisa... - tentei sorrir.

- Claro que precisa... Vim te convidar para sairmos um pouco. Deixa eu te pagar ao menos um café. - olhei dentro daqueles olhos castanhos e cheios de alegria.

- Tudo bem... Conheço um lugar... - a encarei por alguns segundos.

Havia algo que nela que me deixava... Alegre.

- Ótimo... - ela entrelaçou o seu braço ao meu, me conduzindo até a porta.

E eu me deixei levar.

 

 

Alguns dias depois.

- Você disse que havia arrumado o quarto, Taylor. - o loirinho mostrou os pequenos e brancos dentes.

Ele sempre usava aquela tática para me ganhar.

- Cadê a sua irmã? - ele se manteve calado.

- Amor, por que a demora? - Charlotte olhou para a bagunça no quarto. - Taylor, sua mãe não mandou arrumar tudo? Tá ainda mais bagunçado que antes.

- Desculpa, mamães... - respirei fundo.

- Filho, onde está a sua irmã? - eles jamais entregavam um ao outro.

Era bonito, porém as vezes me deixava louca.

- Amor? - Charlotte apontou para a cortina e então pude ver os pés minúsculos.

- Catarine, eu já vi você. - a pequena então mostrou a face toda pintada de canetinha.

Levei as mãos a cabeça.

- Amor... - Charlotte riu. - Eu cuido disso... Vai tomar banho, deve estar cansada.

- Tudo bem... - olhei para os dois, que baixaram a cabeça.

      Deixei o cômodo, indo para o meu quarto. Aquele dia havia sido massacrante na empresa e tudo que desejava era poder descansar. Me acomodei na banheira, fechando os meus olhos.

      Não sei quanto tempo fiquei ali, mas quando abri os olhos, notei um papel na mesinha juntos com os sais de banho.

Sorri ao ver do que tratava.

- Esses meninos... - havia um desenho colorido e bonito. Taylor e Cat haviam desenhado todos os membros da nossa família. Até mesmo meu pai que jamais conheceram.

Olhei para porta e lá estava os dois.

- Mamãe... Desculpe. - Catarine segurou a mão do irmão, se aproximando.

- Tudo bem, filha... - eles se aproximaram, beijando minha testa.

- Amo você, mãezinha... - os olhos castanhos e cheios fofura encararam os meus.

- A mamãe ama vocês... Bem grandão. - eles sorriram.

- "Gandão" assim? - Taylor abriu os braços.

- Muito maior... - ele abriu a boca. - Mamãe vai terminar e já vai pro quarto com vocês.

- Tá, mãezinha... - os dois deixaram o banheiro e Charlotte apareceu em seguida.

- Posso tomar banho com minha linda esposa? - ela fechou a porta, tirando suas roupas.

- Golpe baixo... - ela sorriu daquela forma cafajeste que só a minha poderosa sabia.

- Se funcionou, então tudo bem... - Charlotte se colocou atrás de mim, me fazendo tremer com o contato de nossas peles.

      Ela beijou minha nunca, me deixando com desejo de ser tocada além. As mãos delicadas se apossaram de meus seios, ousadas, passaram a explorar meu sex*. Mordi meu lábio, pegando fogo com o carinho em meu clit*ris.

Ela me levava a loucura.

      Mordi minha mão, para não gem*r muito alto quando senti os estímulos aumentarem. Ela esfregava seu sex* em meu bumbum, cada vez mais rápido. Fechei meus olhos, chegando ao meu ápice e Charlotte logo chegou ao seu.

Eu podia sentir seu coração bater contra a minha costa.

- Eu te amo... - ela sussurrou em meu ouvido.

- Eu te amo... - me virei para beija-la.

      Ficamos mais alguns minutos entre caricias e toques mais ousados. Não tínhamos mais tempo para fazer amor, então qualquer oportunidade, sempre aproveitávamos. Nossos pequenos estavam sempre presente, dificultando nossos momentos mais íntimos.

 

      Depois do jantar, fomos para a varanda conversar. Cristian, que tinha se revelado um verdadeiro tio coruja, brincava com os pequenos na sala. Minha mãe havia ido visitar os pais de Lari e como sempre ocorria, dona Claudia não a deixou voltar sem passar a noite lá.

- Um passarinho me contou que a Pietra anda suspirando pelos cantos... - Charlotte sorriu.

- Sério? Por que eu não fiquei sabendo de nada? - minha esposa se acomodou entre meus braços.

- Malu disse que ela anda fingindo que nada tá acontecendo. - fiquei feliz com a notícia.

      Pietra se tornou uma grande amiga e quando nossos pequenos nasceram, ela ajudou a cuidar de Charlotte e eu. Ambas havíamos feito o procedimento de um mesmo doador, ao mesmo tempo. Taylor e Cat tinham apenas dois dias de diferença.

A sensação de tê-los a primeira vez nos braços foi mágica.

      Ela amava tanto os sobrinhos, que praticamente se mudou nos quatro primeiros meses para nossa casa. Pietra sempre os levava para passar alguns dias em seu apartamento. O amor entre eles era totalmente reciproco. E isso me deixava muito feliz, porque a morena havia se tornada alguém muito importante para mim.

- E o que mais a Malu disse? - iria perguntar pessoalmente a morena sobre o assunto.

- Que a menina é uma pessoa maravilhosa. Tá sempre por lá e cuida da Pietra. Acho que estou com ciúmes... Pelo jeito alguém roubou meu posto de protetora. - os dizeres de Charlotte me fizeram ri.

- Eu amo essa conexão que vocês desenvolveram, amor... - a fiz me olhar. - Você se tornou tudo para ela.

- Eu a amo... Pietra também mudou minha vida. Quero que nossos filhos possam estar sempre com ela. Ela é uma boa influência para eles...

Olhei demoradamente para a minha esposa.

- Você mudou a minha vida... - toquei sua face. - Tive vontade de quebrar sua cara quando me fez aquela proposta... - Charlotte gargalhou. - Mas ainda bem que fez...

- E ainda bem que você aceitou. - ela sorriu. - Olha o que você trouxe pra minha vida. Uma família completa... Eu te amo tanto, mas tanto...

- Eu te amo muito mais... - beijei seus lábios. - Obrigada por ter aparecido, obrigada por nossos filhos e todo esse amor que nos dar.

Respirei fundo, me sentindo boba.

- Mamães... - olhamos para a porta da varanda.

- Eles têm um pedido. - Cris sorriu.

- Venham cá... - os chamei. - O que foi?

Os olhos azuis de Taylor se estreitaram.

- "Quelemos" mimir com vocês, mãe. - Charlotte e eu nos olhamos.

- Acho que não tem problema dessa vez... - os dois sorriram.

- Eba... - eles saíram correndo, dizendo que iriam pôr o pijama de ursinho.

- Mamãe ligou e disse que volta amanhã... - Cris rolou os olhos. - Ela sempre faz isso...

- Já deveria ter se acostumado... - disse, o fazendo respirar fundo.

- Ainda acho que ela tá namorando escondido... - sua face denunciava descontentamento. - Mas eu ainda vou descobrir...

Ele saiu resmungando.

- Acha que isso possa ser verdade? - Charlotte riu da minha cara.

- Amor, a sua mãe tem o direito de namorar... - ela ficou de pé, me puxando. - Vem, vamos deitar com os nossos pequenos.

Franzi o cenho.

- Eu conto a história hoje... - subimos abraçadas.

 

     Acordei no meio da madrugada para beber água e Charlotte dormia abraçada aos nossos filhos. Cat estava deitada sobre seu peito e Taylor em seu ombro esquerdo. O meu coração se aqueceu ao ver a cena.

Deus, como eu os amava.

      Ela era uma mãe maravilhosa. Paciente e mesmo com a loucura de nossos horários, sempre arrumava tempo para eles. Ela sempre dizia que éramos a sua prioridade. Lembro dos seus olhos marejados quando conheceu o Taylor.

Ela chorou com ambos em seus braços.

      Eu sabia a importância daquele momento para ela. Charlotte não teve amor durante uma grande parte de sua vida e agora estava cercada dele.

- Você caprichou, Deus... Obrigada!

Enxuguei as lágrimas que escorriam por minha face.

- Tá vendo daí, papai? Você me disse um dia que queria ter muitos netos... Agora tem dois.

- Amor... Volta pra cama. - Charlotte levantou o coberto e eu me coloquei embaixo dele. - Eu te amo...

- Eu te amo muito mais...

 

 

      A nossa casa estava cheia para a comemoração do dia das mães. Luane e eu havíamos recebido uma linda homenagem de nossos filhos e agora os dois corriam pelo quintal com Caleb. O cachorro que Pietra deu aos dois tinha toda a atenção dos mais novos.

- Como aconteceu? - perguntei a Pietra, que olhava fixada para onde Angelina conversava com Lua, Lari, Helena e Malu.

- Ainda não aconteceu. - ela sorriu. - Mas eu quero muito que aconteça. Quero que ela saiba o quanto mexe comigo.

- Não perde tanto tempo, minha irmã. - ela me encarou.

- Eu tenho medo... - franzi o cenho. - Medo de rejeição...

- Rejeição? Pietra, ainda não se deu conta que aquela menina estar apaixonada por você? - ela ergueu as sobrancelhas.

- Você acha? - ri de sua cara de boba.

- Eu tenho certeza. Ela te olha com veneração. - minha irmã sorriu. - Chama ela e diz o que tá sentindo...

- Mas...

- Sem mais... Chama ela. - Pietra me encarou por alguns segundos e decidida levantou.

Ela foi até Angelina e as duas se afastaram dos demais, indo para dentro de casa.

- Encorajou ela? - Luane sentou sobre minha coxa.

- Sim... - sorri. - Espero que der tudo certo.

- Vai dar... Dá pra ver que elas têm uma ligação forte. Angelina olha para Pietra com devoção. - Lua e eu nos olhamos.

- Vamos aproveitar um pouco da piscina? - a abracei pela cintura.

- Me parece uma ótima ideia te ver de biquíni... - seu sorriso sacana me deixou com desejos que não poderiam ser concretizados no momento.

- Faz isso só porque a casa está cheia... - Luane gargalhou.

- Pietra vai levar a Cat e o Taylor pra passar a noite lá... - ela mordeu o lábio e se aproximou de meu ouvido. - Parece que teremos tempo mais tarde...

Ela piscou, saindo de meu colo.

- Essa mulher ainda me mata...

 

 3 de Julho.

      Acabávamos de desembarcar nos Estados Unidos, onde passaríamos metade de nossas férias. Infelizmente, a agenda do restante da família não se encaixou com a nossa, então viemos somente os quatro. Taylor era louco pelo mundo Disney e sua ansiedade em conhecer o parque nos incentivou também.

Escolhemos um hotel simples e aconchegante.

- Mama... "Quelo" ir "po" parque. - Taylor não parava quieto no banho.

- Só amanhã, filho... - ele era um ótimo garoto. Cheio de energia, mas muito obediente. - Prometo que amanhã só poderá brincar em todos os brinquedos.

- Cadê maninha? - o enrolei na toalha.

- Tá dormindo com a mamãe. Vamos voltar pro quarto sem barulho, tudo bem? - ele colocou o pequeno dedo sobre a boca, entendendo meu pedido. - Isso aí, parceiro.

Ele me abraçou, colocando sua cabeça em meu ombro.

- Te amo, mamãezinha... - meu coração se aqueceu.

- Eu te amo, meu filho...

Sorri, sentindo meus olhos lacrimejarem.

      Luane dormia com Cat, pois a viagem foi bem cansativa. Vesti o Taylor e o acomodei do lado da irmã. Como ele estava muito cansado, dormiu rapidamente. Aproveitei e liguei para o meu pai e depois para Will e Pietra.

Eles também haviam criado laços.

      Sentei em uma poltrona, olhando para os três que dormiam profundamente. Sorri, admirando a minha família. Há alguns anos, logo depois que Daniela havia me deixado, eu tinha perdido o desejo de construir uma família. Estava tão cega e desiludida, que enterrei aquele sonho.

Mas ela apareceu em minha vida.

      Colocou no chão todos os muros que ergui e acendeu e mim sentimentos que julguei estarem mortos. Me apresentou a uma família de verdade, trouxe uma irmã, que não sabia que existia e duas crianças que são os meus bens mais preciosos.

Luane me deu sentido outra vez.

- A minha família... - sorri igual a uma boba.

 

     No dia seguinte, fizemos um tour pelo parque e o brilho nos olhos de Catarine e Taylor, me deixou em êxtase. Cresci com uma ideia errônea sobre família e quando estava no altar com Luane, jurei a mim mesma que daria o meu melhor.

Nada menos que isso.

- Amor, olha a carinha de cansados... - olhei para os dois, sentados com o sorvete derretendo em suas mãos.

- Ver o Taylor esgotado é um verdadeiro milagre. - Lua riu baixinho de meu comentário.

- Às vezes ele me lembra a Lari... - ela repousou sua cabeça em meu ombro, buscando minha mão.

Ri lembrando da ruiva.

- O Caleb ficou tão tristinho por não poder vir. - lembrei dos olhinhos chorosos.

- Uma pena ele ter pego catapora. Ele iria amar isso tudo. - Lua me olhou. - Você parece bem cansadinha, amor... Vamos pro hotel.

- Vamos, amor... De fato, estou exausta. É a idade. - peguei Taylor no colo e Lua fez o mesmo com Cat.

- Você só tem trinta e dois... - minha esposa riu. - Fala como se tivesse sessenta...

- Quando eu tiver sessenta, você ainda vai me querer? - ela ergueu as sobrancelhas.

- Vou não... Irei te trocar por uma de vinte. - cerrei o olhar e Luane caiu na gargalhada.

- Mas é tão boba, meu Deus. - ela me beijou a bochecha. - É obvio que vou te querer. Você é a única mulher que quero e serei sua até meu último suspiro.

Eu amava quando ela me dizia aquelas coisas, porque eu sabia que era verdadeiro.

- Vai me fazer chorar assim... - entramos em um táxi. - Por que demorou a aparecer em minha vida.

Luane me encarou por longos segundos.

- Acho que aparecemos na vida da outra no momento certo. - os olhos azuis brilhavam.

 

      Nossos quinze dias no exterior foram maravilhosos. Passaríamos o restante com nossas amigas e família. Caleb havia adorando todas as lembranças que tínhamos trago. E com o retorno, descobrimos que dona Regina estava mesmo namorando. O dia em que ele foi até nossa casa, me diverti com a reação de minha esposa e cunhado.

Os dois morriam de ciúmes, mas não puderam dizer nada.

      Naquele domingo de manhã, fomos todos para o memorial erguido para as vítimas da pandemia de 2020. Havia se tornado algo frequente todos os anos. As pessoas com seus nomes gravados naquele monumento jamais seriam esquecidas.

- Bom dia a todos... - uma moça chamou nossa atenção. - Esse é um momento muito emocionante para mim, pois há o nome de três pessoas que eu amo gravados nesse mármore. - segurei firme a mão de Luane.

      Taylor estava nos braços de Larissa e Cat com Pietra, que era abraçada pela namorada. Helena carregava o pequeno Caleb.

- Prometi a eles que jamais os esqueceria... E que enquanto houvesse folego em mim, viria aqui todos os anos para lembrar ao mundo que eles existiam. - ela enxugava a sua face. - Peço a todos que estão aqui e aos que estão me vendo através da internet, vamos dar ao mundo o que ele realmente merece: amor...

Luane repouso sua cabeça em meu ombro.

- Não importa a sua crença, não importa as suas diferenças... Amem agora, demonstrem agora e deem valor a cada pessoa que os querem bem. Criem suas crianças para espalhar amor e respeito. Somente buscando sermos pessoas melhores, poderemos alcançar o que se é necessário para viver em harmonia. Obrigada pela presença de todos...

      Todos aplaudimos os dizeres daquela mulher, igualmente desejosos que suas palavras se tornassem a nossa realidade.

Fiz as pessoas que eu amo se aproximarem, olhando para cada um.

- Hoje eu tenho a família mais maravilhosa que existe. Eu amo vocês...

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fim do capítulo

Notas finais:

 E chegamos ao fim...

Amei cada momento e passado o susto desses dias kkk bem mais feliz agora.

Bom, não irei me despedir porque vou voltar com outras aventuras...

obrigada pelo apoio meninas... de todo o meu coração.

amo vocês!

 

Então, o momento do casamento foi todo para o nosso casal Lari e Helena... eles mereciam.

Pietra iniciando sua jornada... (quero que fique por conta da imaginação de vocês).

Espero não ter decepcionado vocês.

um super beijo e até breve.


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Comentários para 32 - Capitulo 32 - Para sempre aqui:
AMANDA
AMANDA

Em: 28/08/2022

O amor é o cura pra esse mundo. Gente chorei e não foi pouco, mas os sorrisos e alegrias das

sensações que cada palavra me trouxe fazem e faz valer a pena a leitura desse lindo conto!

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Rosy Santos
Rosy Santos

Em: 09/07/2022

Oi autora mulher já li 3 histórias suas cada uma melhor que a outra parabéns 

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Nenete
Nenete

Em: 10/11/2020

Mais uma bela história de amor. Parabéns...

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Cacavit
Cacavit

Em: 08/11/2020

Olá autora!!!
Final perfeito!!
Gratidão por compartilhar!!!
Vlu!!!

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Andreia
Andreia

Em: 21/09/2020

Bom dia quero agradecer pela história maravilhosa que você escreveu são linda os personagem as superações e luta de cada um para passar pelos problemas do dia a dias dela que com isso foi formando umá linda família porque agora não faz uma continuação desta hist!oriá linda com os filhos de cada casal.. Meus parabéns pela história e continu3 com sua histórias são fantástico. Bjs e abraços.

Obs. Um pedido e desafio fazer uma história de vampiros. Bjsssssss

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Deise Souza
Deise Souza

Em: 02/07/2020

No Review

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Vanny
Vanny

Em: 03/06/2020

História muito boa, passei 3 três pra ler rs, Pa Ra Bé Na!

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Vanny
Vanny

Em: 28/05/2020

História muito boa, passei 3 três pra ler rs, Pa Ra Bé Na!

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patty-321
patty-321

Em: 28/05/2020

Linda estória. Lindo final. Parabéns e gratidão.

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manuca
manuca

Em: 26/05/2020

Meus parabéns,como todas as outras histórias,maravilhosa,vc foi muito esforçada pr concluir,apesar dos pesares,e como sempre com um final incrível e espetacular...

Continue nos privilegiando com suas obras tão magníficas!!!

Forte abraço!!!

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kxbristow
kxbristow

Em: 21/05/2020

No Review

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