Capitulo 30 - Ligação além da compreensão
Desde que chegamos do hospital, notei que Charlotte havia ficando bastante pensativa e diria até mesmo muito triste. Isso fez com que o meu coração também ficasse apertado. Eu estava fazendo a mulher que me amava sofrer, não é mesmo?
Respirei fundo.
Até quando tudo aquilo continuaria? Não era justo tudo o que eu estava fazendo eles passar.
- Vê? Vocês fazem um casal lindo. - Larissa me mostrava algumas fotos de Charlotte e eu. Fazíamos um lindo par, de fato. Olhei mais atentamente para a imagem, pois parecíamos tão felizes. Me peguei pensando em certos sonhos que tive com ela e com isso a minha face esquentou. - Ela te excita? - acabei me engasgando com o suco que bebia.
Os meus olhos lacrimejavam.
- Calma... Lua, pelo amor de Deus. - ela me dava tapas nas costas. - Respira!
Aspirei o ar com força.
- Esse seu plano... - tossia bastante. - De... me fazer lembrar vai acabar me matando, Lari.
- Desculpa, desculpa... - ela me abanava. - Ai, Deus...
- O que aconteceu? - Cristian entrou no quarto, afoito.
- Eu estava perguntando pra sua irmã sobre como a Charlotte a exc... - tapei a boca da ruiva.
- LARISSA!
Ela me olhou de forma engraçada por alguns segundos.
- O que foi? - franzi o cenho.
- Você falou igualzinho como antes. - ela sorriu.
- Vocês são loucas. - ele se jogou na cama entre a gente. - Achei que tinha acontecido algo.
- Não aconteceu nada. - olhei feio para a ruiva, que fez cara de paisagem. - Cadê a dona... A nossa mãe?
- Ela tá conversando com a Charlotte. - ele me encarava. - Ainda não conseguiu lembrar de nada sobre nós?
Eu sabia que não estava sendo fácil para eles lidar com a minha falta de memória. Podia ver nos olhos de cada um e isso também me machucava. Já havia causado tanto sofrimento e me sentia frustrada por não ter nenhuma nova lembrança.
- Desculpa por tudo isso... - sentei, respirando fundo. - Vocês não merecem nada disso.
- A culpa não é sua, Lua... - Cristian segurou minha mão. - Me desculpe por tá perguntando. - ele sorriu. - Só estou ansioso... Durante todos os meses que estive em tratamento, pensar que você estava viva me dava forças pra continuar. Eu queria ficar bem pra que quando você voltasse, ficasse feliz.
O meu peito apertou.
- Mesmo não lembrando, aqui dentro... Eu estou muito feliz de poder estar do lado de vocês. Estou orgulhosa de você ter pessoas tão incríveis. - o abracei.
- Eu te amo, maninha...
Alguns dias depois.
Era sábado à tarde, minha mãe e eu estávamos no supermercado. Era a primeira vez que saiamos e quando pude ter noção do que se passava no mundo, me senti devastada. Era um cenário assustador e caótico. Era bastante doloroso e impossível não sentir culpa por estar em uma mansão, cercada de cuidados e luxos, enquanto outras pessoas sofriam sem acesso o que todos deveriam ter.
- Precisamos fazer alguma coisa, mãe... - a senhora de olhar idêntico ao meu, me encarou.
- E o que pensa em fazer, filha? - pensei por alguns segundos.
- Você vai pra casa com as compras e eu vou na empresa encontrar a Charlotte e a Helena. - ela franziu o cenho. - Volto depois do almoço, está bem?
- Tudo bem, filha... Só toma cuidado e não tire essa mascara por nada. - acenei com um balançar de cabeça.
Falei com o gerente do supermercado, encomendando algumas cestas e outros itens de limpeza e higiene. Depois fui para a Allen, onde sabia que encontraria Charlotte. A morena estava se esforçando para se aproximar e talvez faltasse uma colaboração de minha parte.
Ela mexia comigo de uma forma que me assustava e como se não bastasse, estava tendo sonhos eróticos com ela quase todas as noites. Me batia uma grande vergonha pensar que eu pudesse estar fazendo barulhos estranhos durante os sonhos.
Seriam sonhos ou lembranças? A minha face esquentava só em lembrar.
- Bom dia, senhorita Oliveira. - o porteiro me olhou de forma engraçada. - É tão bom vê-la. Ficamos muito preocupados... Seja bem-vinda de volta, senhorita Luane.
Sorri com a gentileza.
- Obrigada, Guilherme. - li seu nome no crachá, pois fiquei sem jeito de dizer que não me recordava dele. - Sabe me informar se a Charlotte ainda está aqui?
- Sim, sim, senhorita... Ela está com alguns clientes. - agradeci a ele e entrei no elevador.
Seguindo as placas, segui até o escritório de Charlotte, parando no meio do corredor, pois senti a cabeça pesar e algumas lembranças, muito vagas, surgiram com uma intensidade surreal.
- Então você está viva... - virei para ver de quem se tratava.
Era a mãe de Charlotte.
- Acho que isso não te deixa muito feliz, não é? - Lari havia me mostrado sua foto e me alertado sobre o quanto a minha "sogra" me odiava.
- Você é dura na queda, querida... - sua face estava abarrotada de escárnio. - Como eu queria que estivesse morta, sua golpista. Voltou para se apossar da minha empresa.
Ergui a sobrancelha.
- Sua empresa? Golpista? - ri, fazendo a velha ficar vermelha de raiva. - Até onde sei, quem deu o golpe pra não ficar pobre foi você, senhora. Agora me deixa ir, tenho mais o que fazer.
- Quero só ver quando ela enjoar e te jogar fora. - franzi o cenho. - Filha de peixe, peixinho é. Não é assim que vocês, pobres, falam? Tchau, minha querida.
- Velha chata... - rosnei.
Me virei, indo para o escritório de Charlotte, mas parei ao ouvir uma voz feminina desconhecida. Eu sei que não deveria escutar atrás da porta, mas algo me fez ficar. Me aproximei um pouco mais.
- Não entendo o motivo de perder tempo com uma mulher que nem sabe quem é você, Cha... - ergui a sobrancelha.
- Sheron, não acredito que veio até aqui pra fazer isso. - apertei meu punho.
- Charlotte, dê uma chance pra nós. Quando eu soube que ela havia voltado, até pensei em desistir, mas quando a minha mãe disse que ela não recordava de você, entendi que era um sinal. - ela colocou as mãos sobre o rosto de Charlotte. - Eu amo você, Charlotte... Não consigo te esquecer. Deixe ela ficar com a sua irmã e fique comigo!
- Sheron...
- Por favor, meu amor...
Aquilo despertou algo poderoso em meu peito, então decidi dar meia volta e ir embora. O trajeto inteiro, a minha mente me acusava de ser fraca. Imaginar que as duas poderiam estar aos beijos agora me deixava com um ciúme mortal.
- Merda... - respirei fundo.
Cheguei em casa muito aérea, indo direto para o quarto tomar banho. Não sei por quanto tempo fiquei por lá. A minha cabeça não parava de pensar na cena que vi. Estaria aquela garota certa?
Decidi não sair do quarto aquele dia, dormindo a tarde inteira e quando levantei, já era noite. Quase dez da noite, para se mais exata.
Alguém bateu na porta.
- Pode entrar... - deixei o livro de lado.
- Trouxe pra você... - meu coração acelerou no instante que a vi. - Tá tudo bem? Faz horas que está aqui. Estávamos preocupadas, pois nem ao menos desceu pra jantar. Sua mãe veio aqui e disse que você dormia feito pedra. - ela sorriu.
O que eu deveria dizer?
- O Guilherme disse que esteve na empresa hoje. - ela colocou a bandeja sobre a cama. - Por que não foi no escritório? - franzi o cenho.
- Não queria incomodar... - a encarei. - Você estava em um momento íntimo.
- Momento íntimo? Do que falas, Luane? - sua falta de vergonha na cara me irritou.
- Ainda se faz de sonsa... - saí da cama. - Eu vi você com aquela garota...
Charlotte ergueu a sobrancelha, não se abalando com os meus dizeres.
- Você ouviu toda a conversa? - ela ficou de pé.
- Não foi preciso... Sei muito bem onde aquela conversa acabou. - a desgraçada teve a audácia de sorrir. - Ótimo, bom saber que te divirto.
- Não é nada disso... - ela tentou se aproximar, mas recuei, sentindo a porta encostar nas minhas costas.
- Talvez ela tenha razão... - eu estava nervosa. - Você deveria parar de perder seu tempo com alguém que nem se recorda de você.
Foi quando vi os olhos castanhos ganharam outro significado.
- É isso mesmo que você deseja, Luane? - Charlotte praticamente colou em mim. Senti meu corpo esquentar ao ver seus olhos fixos em meus lábios. - Quer que eu desista de você?
A minha respiração ficou ofegante, sentindo a minha boca encher-se de água.
- Me responda...
Não sei de onde saiu tamanha ousadia, mas no momento seguinte grudei minha boca a dela, sentindo como se um choque atravessasse todo meu corpo. Em questão de segundos, ela assumiu o controle do ato, me fazendo gem*r com a perícia que sugou a minha língua, enquanto suas mãos apertavam com força as minhas nadegas.
Que pegada! Que beijo!
Eu sabia que deveria parar, porém o meu corpo implorava por mais contato e quando me dei conta, Charlotte se projetava sobre mim na cama, explorando o meu pescoço, enquanto suas mãos retiravam o meu moletom.
- Espera... - segurei sua mão quando a vi segurar a barra do meu short.
Charlotte imediatamente saiu de cima, ficando sem jeito.
- Desculpe... - ela não me encarava. - Vou pro quarto... Não deveria ter feito isso.
E antes que eu pudesse dizer algo, a mulher deixou o cômodo. Me senti frustrada, pois parte de mim não queria parar. Saí da cama, indo para o banheiro na esperança da água fria acalmar aquele fogo que queimava em meu sex*.
Tentativa frustrada.
- Droga... Droga... - passei a andar pelo quarto.
Toquei meus lábios, sentido o gosto e a pressão dos dela.
- Ah, que se dane...
Sai do quarto, indo para o de hospedes, pois sabia que Pietra não estava. Ouvi sua voz me dando permissão para entrar e vi a surpresa estampada em seus olhos ao me ver ali. Tranquei a porta, mordendo o meu lábio com a visão perfeita daquela mulher apenas de um minúsculo baby-doll preto.
- Eu não consigo parar de querer você... - confessei, fazendo Charlotte ficar de pé. – Sonho com você e por mais raiva que esteja sentindo agora... Me toque...
- Luane... - ela franziu o cenho.
Desfiz o nó de meu roupão, ficando sem absolutamente nada para cobrir a minha nudez. O que vi nos olhos castanhos me encheu de ainda mais desejo e luxuria. Antes que ela se aproximasse, resolvi dar o primeiro passo. A fiz sentar na beira da cama, a montando de frente como uma amazona.
Seus olhos estavam fixos nos meus.
- Tem certeza? - as mãos femininas seguraram em minha cintura, me fazendo morder o lábio.
- Mais que qualquer coisa. - toquei sua face. - Quero senti-la, Charlotte... Da mesma forma que venho sonhando.
Seus olhos brilharam.
- Então anda sonhando comigo? – suas unhas passaram a percorrer minha costa, arrepiando minha pele.
- Sim... – envolvi seu pescoço com meus braços. – Me beija, por favor...
Ela me olhou por vários segundos, até que eu pude sentir seus lábios colarem aos meus com um cuidado e gentileza, que me fez sair de mim mesma. Guiada pelo desejo assustador que estava sentindo, tirei a camisola de Charlotte, ficando de boca aberta com a beleza que estava diante de meus olhos.
O meu sex* passou a pulsar.
Charlotte me fez deitar, colando seu corpo e me fazendo experimentar coisas que eu nem imaginava que existia. Ela me tocava com delicadeza, beijando cada parte do meu corpo como se desejasse guardar tudo.
Seus olhos fixaram nos meus, encaixando seu sex* ao meu, me fazendo gem*r.
- Você tá me torturando...
Passei a mexer meus quadris de leve, a vendo fechar os olhos. Eu sabia que não era certo, mas não conseguia parar. A mulher que eu amo estava embaixo de mim, gem*ndo com o contato de nossos sex*s.
Não dava para parar.
- Aaah... Mais forte.
Aumentei o ritmo, sentindo-a cada vez mais perto de seu ápice. Fechei meus olhos quando seus lábios tomaram posse do meus e foi daquela forma que chegamos ao nosso primeiro orgasmo.
Não consegui segurar a emoção, chorando como uma boba.
- Vem cá... - ela me abraçou pela cintura, me fazendo olha-la.
- Não me peça pra desistir de você, Luane. - minha respiração estava ofegante. - Nunca mais...
- Mas você e aquela mulher...
- Não existe nada entre ela e eu. - sentei, fazendo ela me imitar. - Nunca existiu... Nada nesse mundo vai se capaz de me fazer desistir do amor que temos.
Um nó se formou em minha garganta.
- Me desculpa... - ela me envolveu com suas pernas, abraçando o meu pescoço. - Eu não quero que você desista de mim... Não quero. Quando você está perto, é como se o dia ficasse melhor e quando você não tá, sinto uma vontade sufocante de te ver.
Sorri ao ouvi-la dizer aquelas palavras.
- Então deixa eu te reconquistar, meu amor. - a fiz me olhar.
Tomei sua boca em um beijo calmo, cheio de saudades.
Toquei seu sex*, brinquei com seu clit*ris até senti-lo inchado e a penetrei. Da mesma forma que eu, Luane fazia igual. A cada toque seu, todo o meu corpo vibrava e ansiava por mais. O ritmo foi ficando mais rápido e de nossas bocas escapavam baixos gemidos.
Chegamos ao nosso ápice e nos amamos a madrugada inteira, sem pressa alguma, entre beijos e sussurros. Eu me sentia a ponto de explodir de tanta felicidade, pois cheguei a pensar que jamais a teria novamente.Depois que ela adormeceu em meus braços, passei o resto da madrugada lhe olhando, receando que aquilo fosse apenas um sonho.
Acabei por chorar, mas foi de felicidade.
Luane dormia, enrolada nos lençóis, enquanto eu era incapaz de me mover. A loira se remexeu, até que seus olhos fixaram no meus, me fazendo sorrir. A visão que queria ver para o resto dos meus dias.
- Bom dia... - meu coração foi a boca quando aquela mulher sorriu.
- Bom dia, meu amor... - toquei seu rosto.
Podia parecer bobo, mas ouvi-la me chamar de 'meu amor' me enchia de contentamento.
- Vamos comer algo? - ela deitou sobre minhas coxas.
- Eu quero ajudar com as entregas. - Luane me encarou. - Logo as cestas chegarão a Allen.
- Cestas? - ela sorriu, pegando minha mão e beijando meus dedos como sempre fazia.
- Ontem encomendei algumas... Quero fazer parte do que você, Helena e Larissa estão fazendo. - beijei levemente seus lábios.
- Então vamos, meu amor... Mas prometa que vai tomar todos os cuidados necessários? - seus dedos passeavam por minha costa.
- Eu prometo...
Os dias se passaram e para a minha alegria, Luane e eu nos aproximamos muito. Ela, aos poucos, se mostrava mais aberta e a vontade conosco. Naquela semana, Lari e Helena irão fazer aniversario, então decidimos fazer algo leve para comemorar.
- As pizzas chegaram... - Pietra entrou no quarto. - Tem um homem na portaria.
- Um homem? - ela se jogou na cama.
- Sim... Ele disse que é pai da Helena. - parei o que estava fazendo.
- Pai da Helena? - droga!
- Deixo ele subir? - pensei por alguns instantes.
- Vamos perguntar a ela. - saí do quarto em busca de Helena.
A morena aceitou receber o pai, que quando adentrou a sala foi em direção a filha e para a minha surpresa, abraçou a morena. Luane me abraçou de lado, me fazendo olha-la. Sabíamos a importância daquele momento para ela.
Larissa estava igualmente mexida.
- Você tem razão, minha filha. Passamos por muita coisa por causa da cor de nossa pele, pra eu me entregar a preconceitos sem sentido. Jamais fui um bom pai, Helena, e por mais que seja egoísta da minha parte, quero te pedir uma chance, minha menina. - Helena parecia relutante, olhou para Larissa e depois para mim.
- Essa é a minha namorada, pai... - a morena estendeu a mão, que imediatamente foi segurada por Lari. - Ela se chama Larissa e é uma mulher formidável. Essa é a minha família... - ela se referia a dona Claudia e seu Júlio. - Essas pessoas que estão aqui agora, são a minha família... Desculpa pai, mas vai levar algum tempo pra tudo entre nós dois ser como sempre deveria ter sido.
- Eu entendo, Helena... Serei paciente e quero mostrar a você o quanto tenho orgulho da mulher que se tornou. Larissa, seja bem-vinda a nossa família e espero de todo meu coração que um dia possamos ser próximos. Me desculpem ter aparecido assim... - Teodoro deixou minha casa, totalmente emocionado.
- Você está bem? - me aproximei de Helena.
- Estou sim... Eu só. - ela respirou fundo e depois sorriu. - Só não acredito que ele realmente disse isso tudo.
- Foi um grande passo, meu amor... - Larissa lhe beijou a testa.
- Foi sim... - a morena parecia contente. - Vamos comer...
- Finalmente! - Pietra levantou, indo até a mesa.
Pietra havia se tornado uma pessoa mais leve e bem humorada.
O resto da noite foi regada a conversa divertidas e vinho. Mesmo em um momento tão difícil, procurávamos nos unir. A sensação de ter uma família era indescritível. Finalmente, eu estava plenamente feliz e dessa vez sem aquele medo de mudo se tornar ruim de uma hora para outra.
Eu pedia a Deus que tudo continuasse a melhorar.
Naquela noite, um pouco mais tarde, William havia ligado. Ele se mostrava feliz com o que estava fazendo e conversou com Luane. Parte importante da minha família estava se unindo e isso me deixava mais aliviada. Joanne continuava a mesma, porém já havia perdido as esperanças que um dia ela mudaria.
16 de junho de 2020.
- Os casos estão diminuindo e continuamos em primeiros na lista de estados com maior número de confinamento. - o governador dizia com entusiasmo.
- As campanhas atingiram cem por cento do estado, as distribuições de máscaras e produtos essenciais continuarão por mais dois meses. - um deputado conhecido dizia.
- Ainda hoje os outros matérias que foram preparados na The Future e na Allen, serão colocados em todas as emissoras. - Helena enviava os conteúdos para o e-mail da acessória do governo.
- O estádio ainda precisa de mais doações? - fazíamos uma vídeo conferencia de meu escritório.
- O que sua empresa doou será suficiente até o fim os dois meses. Estamos otimistas que nesse período tudo voltará a normalidade. - respirei fundo.
Infelizmente, os números de mortes eram altíssimos.
- Perfeito. Então, acabamos por aqui a reunião. - fiquei de pé. - Em breve, entraremos em contato.
A transmissão foi encerrada.
- Três horas de reunião... Estou exausta. - fui até a janela.
- Hoje foi bem mais satisfatória. - Helena se alongava.
Luane brincava de futebol com Larissa, Pietra, Malu e Cristian, no quintal.
- Em breve tudo isso vai acabar. - eu orava para que sim.
- Você acha que o governador está se aproveitando dessa crise pra se lançar a presidência? - franzi o cenho.
- Pensei que eu era a única que pensava assim. - o dia estava bonito.
- Não foi à toa que buscou por nós duas. Aquela história que as outras empresas lhe viraram as costas foi pura jogada. - respirei fundo.
- Ele acha que está mesmo ganhando nossa simpatia e nos tendo como aliadas políticas. Eu só quero ajudar nossa gente e depois que tudo isso acabar...
- Voltaremos as cordialidades com o governador e nada mais. - Helena completou meu raciocínio.
- Acha mesmo que o governo cai? - Luane ria, quanto chutava a bola longe do alvo.
- Com toda certeza... - Helena se aproximou. - Um homem sem empatia e respeito com a população foi eleito. Não tem como fechar os olhos pra isso.
- Nossa juventude precisa se levantar diante de todas essas barbaridades. Viramos piada internacional. - esse era o nosso cenário atual. - Precisamos de alguém que respeite a nação brasileira e não só uma minoria.
De repente, a loira foi atingida com uma bola na cabeça, indo para o chão. Sai correndo do escritório, me aproximando da loira no chão. O seu supercilio sangrava e ela estava desacordada.
- Lua? - ela nem se mexia. - Lari, liga pro hospital e pede uma ambulância...
A ruiva saiu correndo para dentro de casa.
- A culpa foi minha... Me desculpa! - Cristian se lamentava.
- Vou buscar gazes e álcool...
Saí desesperada em busca do kit de primeiros socorros.
Fim do capítulo
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