- Ou seja, nada Nanda - finalizou Léo de cabeça baixa depois de um longa período mostrando dados para Fernanda em uma sala de um pequeno escritório da empresa de segurança, que ambos trabalhavam, no Centro do Rio - Nada no computador do Thayson e nada no da Bianca.

- Ainda não temos o do Thiago - ressaltou Fernanda.

- Continuamos monitorando ele, nada de suspeito e o mesmo está de viagem marcada pra Europa, vai passar 8 meses trabalhando em uma gravadora de lá.

- Inferno - disse irritada - Voltamos ao zero - passou a mão no rosto e se levantou em direção a janela - Como pode Léo? Acho que a gente nunca ficou tão as cegas como dessa vez, simplesmente estamos deixando passar algo ou subestimando alguém - pensou em silêncio por algum segundo - Quero uma nova pesquisa dos amigos da Lara, TODOS eles... certo?

- Certo -  o jovem homem se levantou e os dois seguiram para saída, posteriormente para o elevador - Vai para mansão comigo?

- Hoje não, preciso trabalhar!

- E...?

- Trabalho melhor em casa...

- Hum... sem distrações - Viu a morena olhar para ele de olhos semicerrado, se encolheu e se calou.

 

 

 

A investigadora seguiu para casa, a cabeça explodia. Não tinha mais como negar, Fernanda estava completamente desestabilizada, seu emocional, sua cabeça, seu coração. A mulher que sempre guardava as coisas para si não suportava mais aquela enxurrada de emoções. Se sentia culpada por não conseguir controlar seus sentimentos, feliz por tudo que havia acontecido na viagem, frustrada por ter voltado a estaca zero e principalmente com medo, com muito medo do futuro. A cabeça rodou e a visão embaçou, a morena teve que parar a moto pouco antes de chegar em casa e  tirar o capacete com pressa para vomitar, enquanto fazia uma prece silenciosa  em seus pensamentos "Por favor de novo não". Sabia o que aquilo indicava, estava tendo, depois de meses, uma crise nervosa. Respirou fundo e ficou ali parada o tempo necessário até sentir o corpo voltando ao normal, e seguiu de pressa para encontro da única mulher que sempre conseguia fazê-la se sentir melhor, a primeira e mais importante de todas.

 

- Mãe?! - ficou parada na quina da porta e chamou baixinho pela atenção da senhora que terminava de cozinhar.

- Oi filha - disse sem olhar pra ela ainda - Achei que ia trabalhar, mas acho que a comida vai dar pra você também - olhou e o sorriso se desfez - Nanda? Oh minha filha, vem cá - abriu os braços que logo foram preenchidos por uma mulher que mais parecia uma menina assustada de muitos anos atrás.

 

Pouco depois as duas conversavam na sala cercadas por alguns bichinhos curiosos, porém quietos como se entendesse o momento.

 

Dona Marta escutava a filha, enquanto fazia carinho em sua cabeça. Escuto tudo calada, escuto novamente coisas que já sabia, o que se passava agora, como a filha se sentia e toda aquela angustia que estava acontecendo.

 

- Nanda, se eu pudesse teria te proibido de aceita esse trabalho - falou calma - Já imaginava... você se faz de forte mas eu sinto que ainda não tá bem, por tudo que passou nesses últimos anos, você tá revivendo algo tão antigo logo depois de um grande sofrimento... não tinha como dar certo meu bem, ninguém é tão forte assim - sentia as lágrimas da filha molharem a barra do vestido e não teve como não sorrir - Sinto como se você tivesse voltado a ter 16 anos.

- Para mãe - riu entre o choro - Só a senhora mesmo pra me fazer rir...

- Querida, agora sério... sei que seu coração não vai lhe deixar se afastar do caso, mas tenta frear um pouco tudo isso que vocês duas estão vivendo. Tem que focar na cabeça ou no coração, se não você vai viver nessa agonia de novo.

- Vou tentar... obrigada por me escutar - se levantou e abraçou a senhora mais velha.

- Eu sempre vou te escutar, até mesmo quando não estiver mais aqui.

- Para mãe, você sabe que odeio quando fala essas coisas.

- Mas não deixa de ser verdade - sorriu - Agora vamos comer, porque tenho certeza que quando entrar naquele quarto não vai sair mais.

 

E foi exatamente o que aconteceu, depois do almoço a morena subiu para o quarto e lá passou o dia inteiro trabalhando, focou em JJ, Houdini e Alana. Em sua primeira pesquisa sobre os 3 a falta de capacidade deles havia feito a morena exclui-los como suspeitos, mas devido ao rumo que o caso estava tomando, tudo era possível.

 

Alana, mais uma vez, ainda naquele dia foi excluída. Fernanda parou um pouco ao escutar os sons vindo do celular que usava para trabalho e apenas Lara, Vargas, Léo, Sandra e Erick tinham o número.

 

- Pronto.

- Oi ... é... tá ocupada? - perguntou Lara do outro lado da linha

- Não mais, algum problema?

- Não, eu que deveria perguntar por isso - riu - Achei que viria hoje... Léo não soube me dizer porque não veio... ai resolvi ligar... tá tudo bem? Aconteceu alguma coisa em casa? Descobriu algo e não quer me contar?

- Tá tudo bem, apenas estou trabalhando...

- Que é algo que você costuma fazer aqui...

- Preciso de foco - suspirou já cansada daquela conversa.

- Hum... Tudo bem - a produtora percebeu o desconforto e se deu por convencida - Volta antes de sexta? A premiação é sábado e eu queria conversar com você antes dela acontecer...

- Pode falar.

- Pessoalmente Fernanda - bufou - Pessoalmente.

- Ok, estarei ai na quinta.

- Boa noite.

- Boa noite.

 

De um lado uma morena suspirava frustrada, pensava em quantas vezes já havia prometido resolver toda essa bagunça e quantas vezes já tinha fracassado, voltando novamente à estaca zero. Como conseguiria encarar Lara sem ter a certeza que podia realmente protegê-la?

 

Do outro uma loira, amedrontada. Mas um medo que não vinha da sua falta de segurança física ou com algo relacionado as ameaças que vinha sofrendo. Seu medo tinha nome, sobrenome e a personalidade mais complicada que já havia conhecido, a produtora não sabia ao certo como a investigadora a trataria agora. Como conseguiria encarar Fernanda se ela voltasse a tratá-la como cliente?

 

 

O jeito era pagar para ver. Quinta chegou, porém Fernanda não. Um mal humor tomava conta da produtora a cada hora que se passava, apenas melhorando com a distração de duas amigas, Alana e Margo, que marcaram de ir em sua casa de última hora. Programa típico de meninas, comida, fofocas, álcool e netflix, apenas trocado pelo de gênero por causa de um pequeno menino que conseguiu convencer as 3 mulheres grandes a escolher Procurando Nemo em vez de Homecoming.

 

- E ai Larinha... animada pro Prêmio Brasil - perguntou Margo enquanto as 3 bebiam vinho com pizza, depois de Bernardo ter ido dormir.

- Se bem conheço a figura tá louca é pela festa - brincou Alana.

- 100% certa minha cara amiga - tomou mais um gole - Esse ano nem concorro, só vou pra apresentar uma categoria mesmo e ver as performances que são sempre boas... agora a festa minhas amigas vai BOMBAR - riu.

- Vai ser tipo seu de férias com ex, tá sabendo né? - Alana comentou zoando.

- Como assim viada? - pergunto meio confusa.

- Ih o Dani me mandou mensagem hoje, ela conseguiu ingresso pra festa, dois na verdade... ai me chamou, mas viajo amanhã com o Gabriel. O Dani tá doido pra te ver - riu - pena que você não parece estar tão interessada no meu priminho... queria tanto você na minha Family - fez bico.

- No time for this shit - brinco - Sério... essa confusão que anda minha vida não dá pra me amarrar em ninguém ... mas não entendi o porque do de férias com ex?

- Me poupe né Lara - gargalhou Margo - Você já catou uns 3 cantores, fora a Lívia Andrade que vai apresentar categoria também e dou minha cara a tapa que ela não vai aparecer na festa.

- Ai ai, ainda bem que sou um amor e me dou bem com todos meus exs - colocou a mão embaixo do queixo e piscou os olhos se fazendo de meiga.

- Aham, sei - Alana riu.

- Tô fora de problema gente, já tenho o suficiente.

- Mas miga... se for ter um revival com algum deles que seja com o Dani... apostei uma caixa de Grey Gosse com os meninos, quebra essa pra mim - gargalhou.

- Como vocês são ridículos - riu incrédula - Em quem eles apostaram?

- JJ no Jorge Lancelotti e Houdini na Lívia... Hum alias o JJ vai.

- Imagino o porque - balançou a cabeça negativamente - Ele não toma jeito, já tem as boates dele e ainda fica se colocando em risco pra vender essas merd*s.

- Você sabe que assim é mais fácil dele conseguir o que ele quer - a modelo deu de ombros - Graças a Deus o Houldini parou até de usar, e o JJ não é do tipo que fica oferecendo pra amigo e tal... enfim...

- Posso apostar também? - Margo voltou ao assunto - Acho que ela pega uns 3 exs.

- Sai fora - Lara gargalhou - Pois eu digo que entrei na disputa, não vou ficar com ninguém e quero 4 caixas de vodka na porta da minha casa até segunda-feira.

- Fechado - falaram as duas ao mesmo tempo.

 

As 3 mulheres passaram o resto da noite e início da madrugada conversando, rindo e relembrando histórias passadas, garrafas de vinho foram sendo abertas até as duas visitas irem embora de Uber e a loirinha se entregar ao cansaço no primeiro lugar que viu.

 

 

 

O humor de Fernanda não poderia ser pior. Já faziam 4 dias que havia chegado de viagem e não pisava na mansão, decidiu se afastar da produtora e focar no trabalho depois da conversa que teve com Léo e posteriormente com Dona Marta, mas todo seu tempo gasto só lhe trouxe frustração e dores de cabeça. Era madrugada quando fechou o notebook e partiu. Por volta das 3 da manhã finalmente apertou o botão que abria a portão da mansão e a levava para a garagem, depois de estacionar passou pelo primeiro andar, seguiu para o segundo em direção ao seu quarto quando a claridade vinda da escada lhe chamou atenção. Subiu e percebeu a televisão ligada em um canal de filme qualquer, pipocas pelo chão fazendo companhia a garrafas de vinho vazias e uma loirinha apagada no sofá. Sorriu enquanto pensava "Não tem jeito". Arrumou a bagunça como podia e depois fez algo que havia se tornado uma agradável rotina naqueles últimos 3 meses, pegou a mulher pequena e de pele alva no colo.

 

- Está atrasada - a produtora resmungou em meio a pensamentos embriagados e sonolentos - Já é sexta.

- Desculpa - riu.

- Senti sua falta - se aconchegou ainda mais no pescoço moreno enquanto desciam as escadas e se aproximavam do quarto - Sonhei... com você... todas noites.

- É mesmo?! - riu, da voz quase que infantil da outra, enquanto se aproximava de sua cama. Deitou-a e ficou por ali alguns segundos apenas observando a face serena da produtora que parecia ter se entregado profundamente ao sono - Não tem ideia de quanto tenho me esforçado pra te ver assim sempre, tranquila - suspirou e beijo a testa da outra - Boa noite menina.

 

 

 

Pela manhã a investigadora, assim que colocou os pés no corredor, sentiu um forte cheiro de queimado e se pôs a andar de pressa para o andar de cima com a cabeça cheia de pensamentos negativos, porém todos eles se foram ao se deparar com as gargalhadas de Bernardo e Lara. A loira abria as grandes portas de correr para entrar ar e o pequeno cutucava algo preto em um prato enquanto ria, até perceber a chegada da morena.

 

- Tia Naaaanda - correu até ela se jogando em seus braços.

- Ei moleque - pegou-o no colo sorrindo.

- Minion eu amei conca num tá e mor fez isso - disse apresado deixando Fernanda sem entender nada e com cara de quem pedia para Lara traduzir.

- Acho que ele quis dizer que amou o boneco que você deu, que a Conca viajou, que eu tentei cozinhar e saiu aquele troço preto ali - sorriu.

- Lara não era pra ter dado - disse chateada.

- Olha nem tenta colocar a culpa em mim, porque o mini csi ai que achou sozinho... entrou no seu quarto, achou e não desgrudou mais dele.

- Ok... o importante que gostou.  Gosto do minion Bê?

- Sim, quer ver? - pediu para ir ao chão e já se aprontava para correr atrás do bendito boneco.

- Bernando Johansson Matazzi nem pense nisso, pode sentando aqui para comer.

- Mooor... num queru comer isso - disse triste.

- Ô meu amor - teve que rir do pensamento do menino - É claro que mor não vai te dar isso, tem pão, queijo, cereal, fruta... não precisa comer omelete queimado - sorriu.

- Não sou uma expert em cozinha, mas queimar omelete... complicado em Lara - zoou.

- Cala boca trouxa - riu - Só deixei queimar porque tava temperando o frango pro almoço - mostrou a língua.

- Sei... e cadê Conca?

- Aniversário de um ano do neto dela que mora em Minas, dei a semana de folga pra ela viajar e ficar com a família... ai tô tento que me virar na cozinha - deu de ombros.

- Gostaria de oferecer ajuda mais sou uma negação, mas deixa que limpo as coisas.

- Pode ser... ajudante - sorriram.

- Então - disse depois de alguns segundos perdidas naquele momento - O que queria falar comigo da premiação?

- Ah... pode ser depois que o Bê for pra escola?

- Uhum...

 

 

Pela tarde, no escritório, a produtora tentava explicar com calma a situação da premiação para a investigadora.

 

- Então... o que queria te falar sobre a premiação é que... bom eu só consegui um convite extra - se encolheu um pouco no sofá, enquanto via a morena descruzar os braços com rapidez e andar pelo cômodo.

- Ah ótimo, ainda mais essa agora - disse já irritada - Você precisa ir mesmo?

- Jura Fernanda? - agora quem estava de pé e braços cruzados era a loira.

- É porque... droga... vai ter tantos suspeitos lá Lara, imagino que não vou poder ficar ao seu lado - vi a outra fazer que sim com a cabeça - Logo precisaria de Vargas e Léo comigo...

- Olha - respirou fundo - Eu sei que não entendo nada dessas coisas, mas ninguém é louco de tentar algo em um grande evento... seria dar um tiro no pé, né? - a outra se manteve em silêncio e se escorou na borda da mesa onde ficava o computador - Não fica chateada, eu juro que tentei mas Fê não sou tão famosa assim pra conseguir vários convites, já foi difícil conseguir o seu... - se aproximou da mulher de cara emburrada e passou os braços em seu pescoço, quase que se pendurando por ai - Pra festa eu consegui 3 extras, dá pra desfazer esse bico gigante? - brincou.

- Hum... você deveria estar mais interessada na sua segurança, do que em brincadeiras Lara - tentou sair daquela posição, mas a mulher menor que ela fez toda força possível para continuar pressionando ela contra a mesa e permanecerem daquele jeito.

- Não me preocupo pois não vejo motivos para, não durante a premiação... - aproximou sua boca perto do pescoço moreno e prosseguiu - Além do mais confio em você - beijava toda aquela extensão até o ouvido falando devagar - Ple... na... men... te.

- Lara... para.

- Você precisa relaxa Fernanda...

 

E a sessão de "relaxamento" durou alguns bons minutos e terminou com uma morena suada no tapete persa do escritório, respirando fundo enquanto a loira completamente vestida, ria a observavando e passando os dedos sobre o corpo quente.

 

- Sabe Fê... você foi muito má comigo, me teve tantas e tantas vezes... até finalmente me deixar te tocar - apertava de leve o bico do seio esquerdo fazendo a morena voltar a suspirar - Acho que cometeu um grande erro - se ajeitou de forma que seu braço direito ficasse por debaixo do pescoço da outra enquanto sua mão esquerda deslizava em direção a área mais quente daquele corpo - Eu quero te ter todas vezes - enfiou dois dedos na vagin* ainda lubrificada do último orgasmo e sentindo as unhas de Fernanda gravarem em seu pulso, parou por um estante e logo iniciou os movimentos, lentos - Tão apertada Fê... abre mais as pernas pra mim - logo foi atendida e colocou mais um dedo como recompensa fazendo a morena choramingar  desnorteada.

- Ma... mais rápido Lara - implorou em um sussurro fraco.

- Não... - continuava a penetração lenta e estimulante - Você precisa relaxar e curtir, vai goz*r bem devagar na minha mão - dizia com a boca grudada no ouvido da outra.

 

A produtora massageava o clit*ris com o polegar enquanto a penetrada lentamente com 3 dedos. Se perderam no tempo, nos sussurros e beijos, até Fernanda desgrudar as bocas, fechar os olhos com forças e dar sinais que não mais aguentaria. A loira colocou um pouco mais de força nas estocadas e, poderia jurar que, viu o orgasmo mais lindo de sua vida, o quadril da morena se levantava do chão enquanto as mãos afobadas não sabiam onde ficar. Gozou, molhando completamente a mão alva, fazendo seu corpo inteiro treme e seu pulmão procurar por ar em desespero. Lara sentido a quantidade expelida e terminou desce rapidamente para beber do que havia restado, quando olhou de volta para cima, ficou surpresa... e assustada.

 

- Fê? - chamou enquanto subia em direção ao rosto molhado de lágrimas - Fê que que aconteceu? Eu te machuquei?

Não teve resposta, só escutava choro e a morena tentando cobrir o rosto com a mão, enquanto seu corpo ainda tinha espasmos.

- Fernanda fala comigo, por favor... eu te machuquei? - dessa vez teve resposta com a cabeça fazendo que não - Então o que aconteceu... hem?

- Nada... - disse tentando controlar o choro.

 

Depois de algum tempo a investigadora fez pressão para Lara sair de cima dela e ainda fraca se levantou, limpando as lágrimas do rosto, colocando seu blusão social com pressa enquanto catava o resto de suas roupas no chão e seguia para a saída do escritório.

 

- Ei... ei - Lara se levantou apressada e seguiu atrás dela no corredor - Fê... pelo amor de Deus... que tá acontecendo cara? - perguntava aflita durante do caminho até o quarto da outra.

- Nada Lara... só me deixa quieta - parou na porta e se virou para ela - Por favor - disse antes de entrar e deixar uma loirinha completamente confusa do lado de fora.

 

 

Aquela tarde a produtora perdeu as contas de quantos cigarros fumou na varanda de seu quarto. Havia pensada em milhões de possibilidades do porquê de aquilo ter aconteciam, de Fernanda ter lembrado de alguém, de ter machucado ela, de a morena estar confusa ou apaixonada. Todas as possibilidades enchiam a loira de dúvidas e medo, a única certeza que tinha era que não havia gostado de ver a morena chorar. Definitivamente não havia gostado disso.

 

Fim do capítulo