Capitulo 18
J Balvin - Amarillo - https://www.youtube.com/watch?v=KHAgoT4FZbc
- Quantos dedos você quer? – Elis perguntou.
- Quantos você quiser, gata.
Ela riu.
- Para, eu tô falando sério.
- Três.
Elis enchia de café minha xícara do Batman e sua xícara do Groot. O sol entrava pela janela da sacada. A chuva tinha ido embora e estava um pouco mais quente naquela manhã do que nos últimos dias. Salem estava esparramado no sofá, que ainda estava encostado na parede, com as coisas dela em cima. Tocava uma música animada do J Balvin da playlist de Elis.
Ela terminou de me servir e começou então a cantar o refrão, dançando na minha frente. Estava só com uma calcinha branca boxer e um moletom cinza meu da Adidas. Parecia que ela estava adorando usar minhas roupas. E eu não me importava nem um pouco. Ela era muito gostosa. Sua delicadeza, a forma como seu cabelo caia em seu rosto, a forma como o moletom ficava largo, escondendo seu corpo delicioso por baixo, suas coxas, seu sorriso, sua bunda, a forma como seu corpo se movia.
- Y yo no me complico, cómo te explico, que a mí me gusta pasarla rico?
Ela cantava, solta, girava com os braços pra cima. Tinha algo diferente nos olhos. Eu não conhecia ainda esse lado dela. Eu acho que não conhecia muitas coisas sobre ela.
- E essa cara? – Ela perguntou sorrindo.
Mordi os lábios.
- Nada. Continua. – Disse baixo.
- Para, eu fico sem graça assim. - Ela se aproximou.
Eu a fiz se sentar no meu colo.
- Não vou conseguir tomar café nenhum... – Sussurrei em seu ouvido, beijando seu pescoço. Ela riu.
- Ah é? Por que?
- Fico toda molhada com você dançando desse jeito...
Eu busquei seus lábios, mas ela enfiou uma uva na minha boca e riu. Eu comi a uva olhando para ela que se levantou novamente. Sentou-se agora de frente pra mim, encaixando-se no meu colo. Eu a trouxe mais perto, segurando-a pela bunda. Ela beijou meus lábios, enfiando sua língua quente na minha boca. Minhas mãos passeavam pelas suas coxas, ela rebol*va em meu colo, gem*ndo na minha boca.
Eu olhei para a mesa enquanto ela beijava meu pescoço. Estava com muitas coisas em cima. Olhei para bancada da cozinha. Estava relativamente vazia. Num impulso, eu a peguei pelas coxas, levantando da cadeira com ela ainda em meu colo. Ela gritou com medo, segurando-se em meu pescoço, rindo.
- Eu vou cair.
- Não vai.
Coloquei-a em cima da bancada num movimento rápido, afastando com o braço para o canto as coisas que estavam em cima dela. Ela ainda me beijava. Eu me afastei arrancando sua calcinha num movimento rápido. Sem cerimônias comecei a ch*pá-la. Ela gem*u alto ao sentir o contato de minha boca, de minha língua, percorrendo-a. Estava apoiada pelos cotovelos, me olhando. Eu a queria muito. Seu gosto era delicioso. Meti dois dedos, olhando em seus olhos. Ela se aproximou de mim, puxando minha cabeça pra perto dela, buscou minha boca, minha língua, depois me empurrou pra baixo novamente, com certa urgência.
- Continua... - Ela pediu segurando meus cabelos, me olhando. Seus olhos pegavam fogo.
Ela estava dura, molhada, quente. Conforme mais a comia, mais molhava. Gemia gostoso, olhando em meus olhos. Sem que eu estivesse esperando por aquilo, ela veio. E quando veio me puxou novamente pra perto.
- Continua comendo... – Ela gem*u entre beijos, sentindo seu gosto em minha língua, em minha boca. E eu continuei até perceber que tinha cessado. Ela me envolveu com seus braços, suas pernas, toda grudada a mim. Ficamos abraçadas até ela buscar meus lábios novamente. Ela riu, escondeu o rosto no meu ombro.
- Vem, vamos tomar café. – Eu disse. Me abaixei, peguei sua calcinha e encaixei em suas pernas, beijando sua boca. Ela terminou de vestir e ajudei a descê-la. Suas pernas bambearam, eu a segurei rindo. Fomos até a mesa. – Senta. – Ela se sentou aonde eu estava.
Eu tomei um gole do café que ela tinha servido, tinha esfriado. Eu fui até a pia, jogando fora. Ela estava com as pernas cruzadas me olhando, seus olhos estavam pesados. Servi mais café para nós e me sentei. Ela entrelaçou nossos dedos por cima da mesa.
- Você gosta daqui de onde você mora? – Ela perguntou.
- Da região?
- É. Do apartamento, do centro. Já pensou em se mudar?
- Já, claro. Mas aqui é onde posso pagar no momento.
- Mas você sairia daqui?
- Sim, não tenho nada que me prenda aqui.
Lembrei-me de Carla. Ela era a única coisa que me prendia. Como será que ela estava no momento?
- Por que essa pergunta?
Ela passava o polegar na minha mão.
- Eu vou procurar outro advogado. Algum que esteja trabalhando na quarentena.
Eu afastei nossas mãos, olhei para minha xícara e tomei um gole.
- Não acho que fazer um inventário seja um serviço essencial... Não sei se vai conseguir resolver isso.
- Não custa tentar. - Ela respondeu.
Eu abaixei os olhos. Se ela resolvesse isso logo, iria embora logo. Será que pra ela eu estava sendo apenas um passa tempo? Mas ela tinha dito que também tinha sentimentos por mim. Mas e se os sentimentos por Andres forem maiores?
- Eu vou tomar um banho. – Disse tomando o café todo e me levantando.
- Não demora.
Eu fui até o banheiro. Olhei em meus olhos no espelho. E ai, Leah? O que você vai fazer? Tirei minha camiseta olhando meus seios, me virei, olhando minhas costas. O hematoma. Olhei para minha mão direita. Já tinha cicatrizado, mas ainda doía ao me lembrar de Carla, embora não tivesse me arrependido por ter ficado com Elis.
Abri o chuveiro, tirei o restante das minhas roupas e entrei de baixo da água quente, molhando meu cabelo. Apoiei minha cabeça em meu antebraço, que estava na parede. De olhos fechados deixei a água cair. O que eu podia fazer para convencê-la a não ir embora? Será que ela deixaria a vida segura dela com o noivo, que devia ser super bem de vida, pra ficar com uma pessoa fodida como eu? O que eu tinha pra oferecer pra ela, perante a tudo que ela devia ter com aquele cara? Como ela tinha dito uma vez, eu era só uma menina de 25 anos. Pra piorar tudo, tinha essa pandemia. Pra ela seria muito mais seguro voltar pro Uruguai do que ficar comigo no meio do caos de São Paulo.
As lágrimas, como nunca antes, agora brotavam facilmente. Eu nunca fui uma pessoa emotiva. Pelo contrário, sempre fui aquela que criticava pessoas emotivas.
Senti dois braços me envolverem por trás e me assustei. Não estava esperando por aquilo. Elis estava nua de baixo do chuveiro comigo. Sentia seus seios grudados nas minhas costas, seu sex* grudado na minha bunda.
- Ei... - Ela beijou meus ombros. - Espero que não se importe... - Beijou meu pescoço. A água quente caia em nossos corpos. Sentia suas mãos percorrendo meu corpo, meus seios, dando lugar a um novo sentimento dentro de mim. Ela entreabriu minhas pernas e por trás correu os dedos para o meu meio.
- Nossa... – Ela gem*u, talvez percebendo o quanto eu estava molhada por tê-la comido daquele jeito na bancada há pouco. Apoiou a cabeça em meu ombro, mordiscando-o. Eu empurrei meu quadril em direção a sua mão, gem*ndo. – Você quer assim? – Ela sussurrou em meu ouvido. Abaixei a cabeça, nem conseguindo responder. Senti seus dedos me invadindo, eu gemi. Sentia seu corpo inteiro em contato comigo, seus seios roçando nas minhas costas, seu sex* roçando na minha bunda, sua voz em meu ouvido.
- Mais forte... – Eu gemi. Ela buscou minha boca, meus lábios. – Se eu goz*r assim, eu não sei se minhas pernas aguentam ficar em pé...
- Eu te seguro... – Ela disse, beijando meu pescoço, minha nuca. – Gem* gotoso pra mim... – Ela sussurrou em meu ouvido. Eu senti sua outra mão me tocando na frente e fiquei louca.
- Ai Elis...
E eu vim, ela me abraçou, minhas pernas falharam, eu tentei me segurar na janela. Pensei que ia cair, mas não cai. Prendeu-me contra a parede. Ela saiu de dentro de mim e senti seus dedos passando por outro lugar, atrás... Eu gemi, sentindo o tesão crescendo novamente, mal tendo me recuperado ainda.
- Gosta? – Ela sussurrou.
Eu adorava, mas ri envergonhada. Virei-me pra ela, me livrando de suas mãos que me tentavam.
- A senhorita está se saindo muito mais safada do que eu imaginava. – Eu respondi beijando sua boca passei as mãos por seus ombros. - Estava toda insegura...
- Já tinha feito amor contigo por pensamento... – Ela disse baixinho. – Diversas vezes.... – Me beijou. – Imaginava como seria... Se você ia tomar a iniciativa...
- Eu não poderia. – Respondi.
Ela beijou minha boca novamente e se afastou. Pegou meu shampoo, abriu a tampa, cheirou. Colocou um pouco em suas mãos e depois sem que eu esperasse espalhou na minha cabeça. Eu fechei os olhos com seu toque. Ela lavou os meus cabelos. Me enfiou de baixo da água, tirando a espuma. Beijou meus lábios novamente. Passou condicionador, fez o mesmo.
Eu senti vontade de fazer o mesmo com ela e fiz. Lavei seus cabelos da mesma forma como ela tinha feito comigo. Já tinha tomado banho com outras mulheres, mas nunca tinha lavado o cabelo de ninguém. Ela começou a me ensaboar com o sabonete e depois entregou pra mim para que eu terminasse. Fiz o mesmo com ela. Isso também era novo pra mim. Parecia que por mais já tivesse me envolvido com outras mulheres, era a primeira vez que estava me envolvendo de verdade com uma.
Nós terminamos o banho e fomos para o quarto de toalha. Eu já tinha me vestido quando ouvi seu celular começar a tocar da sala, pausando o reggaeton que ainda tocava. Ela me olhou. Eu sabia quem era, antes que ela atendesse. Ela foi até a sala, eu permaneci no quarto. Sentei-me na cama.
- Hola Andres. – Ela atendeu, eu conseguia ouvi-la. Fez uma pausa – Estaba duchándome. - Outra pausa – No quiero tu dinero. No quiero que deposite nada en mi cuenta. – Fez outra pausa. - No lo se, Andres. Mucho está pasando. – Ouvi a porta da sacada de abrir e se fechar e não consegui mais ouvir ela dizendo nada.
Eu abri meu notebook, checando meus e-mails tentando não pensar que ela estava falando com o noivo. Ainda bem que as aulas continuavam via EAD. Tinha um trabalho novo de Análise e Desenvolvimento de Sistemas para fazer. Esse mesmo rapaz já tinha pedido um no outro semestre pra mim. Dentro de pouco tempo ela voltou, sentou-se na cama ao meu lado.
- Quer fazer uma pizza hoje à noite? – Ela perguntou.
- Fazer?
- É, a gente faz a massa.
- Você sabe fazer?
- Sei.
- Não recuso pizza por nada, você sabe.
Ela ficou em silêncio e leu o e-mail que eu estava respondendo.
- Vou adorar ver você fazendo esse trabalho. – Ela disse.
- Você sente falta dele? – Perguntei.
Senti seu corpo ficando tenso.
- Eu não quero falar sobre ele, Leah.
Eu fechei o notebook.
- Eu preciso falar sobre isso. Eu... isso... isso tá me sufocando... Eu não consigo fingir que ele não existe.
- O que quer que eu faça? É complicado. – Ela abaixou a cabeça.
- Fica comigo. - Eu sussurrei.
- Eu estou aqui contigo.
Olhei em seus olhos.
- Quando tudo isso de inventário acabar, fica comigo.
- O que quer dizer?
- Eu quero você, Elis. Quero ficar com você. Fica no Brasil comigo. Termina esse noivado e mora aqui comigo.
Ela ficou pensativa me olhando. Parecia nervosa.
- Você tá falando sério?
- Eu nunca falei tão sério em toda a minha vida.
Fim do capítulo
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Lea
Em: 18/04/2023
Adoro o "fogo" dessas duas. O que foi essa cena na cozinha.MISERICÓRDIA!!
Esses pequenos detalhes como,essa cena do banheiro deixa a sapatão pensando que já é quase um casamento. ( Hoje sei que é pura emoção de sapatão)
Espero que elas fiquem juntas.(na saúde e na doença,na riqueza e na pobreza, até que o fim da COVID as separem. )
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Vanderly
Em: 10/05/2020
Olá thays-, tudo bem?
Ai, gostei a Leah esta tomando atitude. Mas não sei se a Elis vai ficar, deixar esse noivo.
Lendo essa estória, lembrei de fatos da minha vida real. Eu aprendi uma coisa, mulher hétero não é confiável, ela até fica com a gente, mas sempre acaba nos traindo com algum homem.
Espero que a Leah tenha mais sorte. Risos.
Beijos! â¤ï¸!
Resposta do autor:
Já tive uma hetero na minha vida também e foi uma experiência meio traumática haha
Talvez a Elis esteja se descobrindo agora, quem sabe? Veremos o que irá acontecer.
Obrigada por estar acompanhando!
Beijão!
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thays_ Em: 19/04/2023 Autora da história
Essas duas quando se juntam é um incêndio só!