Capitulo 27 - Atino
Claire a puxava pelos cabelos com força enquanto movimentava os quadris numa clara demonstração do que queria. Seu corpo implorava para ser tocado com mais profundidade.
Os seios fartos se movimentava para cima e para baixo, mostrando o quanto ela estava descontrolada. Charlie se inclinou para a cama e foi depositando a morena com cuidado sob o colchão, mas a bailarina não a deixou se afastar, assim que sentiu a macieis da sua própria cama, ela puxou Charlotte pela camisa.
Um sorriso malicioso tomou os lábios da Sanders, era uma dança que ela já sabia dançar, e Claire trazia uma nuvem de sexual que nunca havia encontrado nas noitadas de nova iorque. Em um gesto rápido, a mais nova surpreendeu Charlie invertendo os seus lugares. Agora era ela quem estava por cima, e isso combinava mais com sua personalidade. Claire era uma leoa.
A Sanders se inclinou para frente, analisando cada parte do busto de Claire. A pele morena era exibida enquanto ela levantava a própria camisa, deixando a vista a lingerie rendada e vermelha. Os seios fartos ainda estavam encobertos pela peça, mas isso não impediu a forasteira de explorar toda aquela área entre beijos e mordidas, fazendo a morena arfar e morder os lábios.
As mãos subiram pelas costas macias e desprenderam o sutiã com rapidez, Claire sorriu e encontrou o olhar excitado da Sanders, os olhos verdes brilhavam como se estivessem olhando para ouro. A morena amava a forma como Charlie a admirava, era uma mistura de desejo e euforia que lhe davam cócegas no estômago.
E no meio de todo aquele furacão de desejo, ela sabia que não era o momento de ser entregar para a forasteira. Se perguntou se poderia haver algum momento certo pra isso, já que cada célula do seu corpo a obrigava a continuar naquela aventura, mas sua cabeça sabia que não devia.
Haviam coisas que Charlie estava escondendo, e toda aquela áurea de mistério que a envolvia, apesar de ser muito sexy, também era perigosa. A mulher ainda permanecia sendo a principal suspeita de um assassinato, e tinha mostrando mais cedo um comportamento novo ao agredir o Bob.
E se ela estivesse errada sobre Charlotte Sanders? E se estivesse prestes a se deitar com uma assassina? Aqueles pensamentos lhe trouxeram calafrios e empalideceram o seu rosto. As grandes esmeraldas lhe observavam com curiosidade, notando toda a mudança em seus movimentos.
Ela tampou os seios com as mãos deixando a mais velha com uma expressão de sofrimento no rosto. E existiu um prazer em ver aquela cena.
Bom, ao menos você vai pagar por ter me deixado plantada no Joe’s, Charlotte ‘mistério’ Sanders.
Ela mordeu o lábio inferior para conter o riso. Charlie voltou a se aproximar, mas foi impedida por um dos pés da morena que a interrompeu sendo apoiados no seu peitoral.
- Nem mais um passo, Sanders.
Claire estava incrivelmente sexy, os cabelos revoltos soltos cobrindo um pouco da pele morena e as duas mãos cobrindo o busto nu, tampando a visão dos seios fartos e bem modelados da bailarina.
Charlie começou a beijar o pequeno pé, causando cócegas na bailarina. Ela ria e se encolhia tentando se proteger daquele contato. A mais velha aproveitou a deixa para ficar por cima novamente.
- Isso foi golpe baixo! - ela tentava dizer entre risos e algumas lágrimas.
- Eu nunca disse que jogo limpo. - respondeu confiante.
Ficaram por um tempo se olhando nos olhos. E Claire buscava por verdades encobertas naquelas orbes verdes, e ela encontrava. Mas até onde era realidade e até onde era seu corpo querendo lhe enganar?
- Você é linda. - a Sanders disse despertando a outra dos seus próprios pensamentos.
Claire corou e desviou o olhar.
- E você precisa ir embora.
- Eu não quero ir.
Charlotte se inclinou por cima da morena e aspirou o seu perfume leve e adocicado. Os pelinhos da Claire responderam imediatamente em um arrepio intenso quando sua pele foi tomada pelos lábios quente e macios de Charlie.
Seu corpo voltou a se agitar, estava excitada e desejava cada parte de Charlie. Toda vez que sentia os seus lábios passeando pela sua pele, uma onda tomava o seu interior fazendo sua calcinha molhar de vontade de ser tocada por Charlotte.
Estava fodidamente perdida pela forasteira, mas sua cabeça recusava-se a se entregar. E lhe convenceu, entre os beijos da Sanders no seu pescoço o quanto aquilo era errado e poderia lhe machucar.
- Mas você tem que ir! - Claire empurrou uma Charlie confusa.
A mais velha a observou por alguns minutos, não sabia o que dizer porque estava excitada demais para soltar qualquer palavra que não fosse insana. E após alguns momentos recobrando sua sanidade, ela passou as mãos pelos cabelos e resolveu respeitar a vontade da morena.
- Tudo bem, Claire. - Disse simplesmente, levantando da cama.
A outra nada disse, apenas buscou a própria camisa e se recompôs rapidamente. Charlie aguardava observando cada gesto da Claire, e só se mexeu quando ela levantou da cama e se começou a andar pelo corredor.
- Antes de você ir, eu queria te perguntar uma coisa importante… - afirmou a bailarina enquanto prendia os cabeços em um rabo de cavalo alto.
A Sanders observava cada movimento, ainda estava excitada e ver Claire levantando os braços para mexer no cabelo deixando a mostra uma parte da barriga morena e os seios livres, sem sutiã, roçando no tecido a fizeram perder o fio da meada.
- Charlie?
- Hã? - ela sacudiu a cabeça. - O que houve?
- Eu preciso te perguntar algumas coisas. Você teria tempo?
- Oh, sim, claro! - respondeu sem jeito enquanto colocava as mãos no bolso.
A morena pigarreou e se sentou no sofá fazendo um gesto para outra também sentar.
- Pode perguntar, o que houve? - Charlie disse atenciosa.
- Eu quero saber se você conhece uma tal pessoa.
Charlotte olhou curiosa para a mulher a sua frente, ela tinha os pés em cima do sofá e estava a uma distancia segura.
- E essa pessoa seria?
- Denise.
Um silêncio se fez no ambiente e a Sanders observava intrigada. Ela inclinou a cabeça um pouco e franziu as sobrancelhas.
- O que tem a Denise?
- Então, você conhece uma Denise?
Charlotte reclinou no sofá e observou atentamente o rosto da morena.
- Sim, a melhor amiga da Taylor se chamava Denise. - respondeu com tranquilidade.
- E como era a sua relação com a Denise?
- Desde quando você brinca de detetive? - Charlie arqueou uma sobrancelha.
- Se não for responder, você pode ir embora! - Claire afirmou fazendo uma carranca.
Charlotte revirou os olhos.
- A Denise não gostava muito de mim.
A morena mudou de posição ficando mais confortável no sofá como quem esperasse por uma história completa. Mas não veio, então ela teve que perguntar.
- Por quê?
Os olhos verdes ficaram distantes e a morena percebeu que ela estava relembrando de algum momento. Charlie respirou fundo e soltou o ar fazendo um barulho.
- A Denise era muito apegada a Taylor… Eram quase uma simbiose. - constatou. - Eu acho que em determinado momento, a Denise começou a fantasiar achando que eu roubaria a Taylor dela ou algo parecido.
- Ela te dizia isso?
- Quem?
- A Denise.
Claire jogou o cabelo pro lado e foi acompanhada pelas orbes verdes.
Claire a distraia.
- Não… - ela deu de ombros. - A Denise só falava o necessário comigo.
- E como você chegou a essa conclusão?
Charlie riu, como se aquela pergunta não fosse necessária.
- Eu sou muito observadora, Claire. E sabe… - seus olhos se fixaram em uns livros que estavam em cima da mesinha de centro. - Por um momento eu até cheguei a pensar que a Denise era apaixonada pela Taylor.
Claire arqueou as sobrancelhas visivelmente surpresa. Ela entreabriu a boca e fez Charlie recordar dos últimos acontecimento.
Deus, como eu quero beijá-la novamente!
Sanders não parava de pensar.
- E o que te fez mudar de ideia?
Charlie encurtou o espaço que as separavam no sofá causando inquietação na bailarina. Ela levou os dedos pelo rosto da Claire em um leve acariciar. Os olhos da morena fecharam com aquela sensação e então a mais velha continuou.
- Quando estamos apaixonados, tudo muda… - ela falava mais baixo que o normal. - Nosso corpo reage de formas diferentes, nossas mãos ficam suadas e o coração dispara só de ver aquela pessoa.
Claire abriu os olhos e se deparou com Charlie a observando atentamente.
- E quando estamos apaixonados, não temos olhos para mais ninguém. É como uma hipnose profunda e sem volta.
Os dedos tracejaram as linhas dos lábios da Griffin levemente.
- E a Taylor não tinha isso… Ela estava hipnotizada por outra pessoa.
Claire respirou fundo, e sentiu o cheio cítrico da Sanders invadir suas narinas, seu coração disparou e ela tentou se controlar.
- E-e como você pode ter certeza disso? - falou com certa dificuldade que fez a outra sorrir.
Ponto pra mim, Claire.
- Eu via a forma como ela olhava para o Mike Collins. - respondeu normalmente.
As sobrancelhas de Claire se juntaram em um símbolo claro de confusão e sua mente fora invadida pela conversa com a senhora Parker.
- Eu descobri que a minha menina estava apaixonada. A minha pequena Denise havia finalmente crescido!
- Mas se apaixonar é uma coisa boa, senhora Parker.
- Costumava ser, minha querida. Denise estava apaixonada por alguém que não a amava e aquilo estava destruindo o jovem coração da minha neta.
As lembranças explodiam na sua cabeça e tentavam formar um quebra-cabeça confuso.
- Mas o rapaz estava obcecado por sua melhor amiga, a Taylor.
As únicas coisas que Claire repetia em sua cabeça era que não era possível.
O Mike apaixonado pela Taylor Collins? Pela sua própria irmã?!
Isso é doentio e impossível!
Charlie só pode estar mentindo!
- O Mike até chegou a ir ao baile com a Denise, mas ela saiu de lá chorando. - Charlie continuava alheia aos pensamento da Claire. - Ele estava definitivamente em outra e ela sofreu bastante.
A morena levantou impaciente do sofá e começou a rodar de um lado para o outro pela sala. A Sanders percebendo a sua inquietação, a capturou pelos ombros e fez com que ela parece de andar.
Quando olhou em seus olhos viu uma mistura de medo e espanto, algo se passava na cabeça da bailarina e ela não queria compartilhar.
- O que houve, Claire? - indagou segurando-a nos braços.
A mulher estava pálida e com um olhar distante.
- E… E se a morte da Taylor envolver mais coisas do que podemos lidar? - Claire perguntou visivelmente atormentada.
Charlie respirou fundo. Era bem provável que sim. Claire não tinha dimensão de que a polícia estava caçando um monstro psicopata. Mas a Sanders sabia do que se travava aquele homicídio. Ela viu as fotos.
- Shh… - A Sanders a puxou para um abraço. - Vai ficar tudo bem.
- Você seria capaz de matar alguém, Charlie?
A mulher a puxou rapidamente para olhar nos seus olhos.
- Nunca, Claire! Nunca!
A Griffin viu a verdade por trás daquelas palavras e o seu peito se aquietou. Ela abraçou a Sanders e recostou a cabeça em seu peito que arfava.
- E o Mike? Você acha que ele seria capaz de matar a própria irmã?
As sobrancelhas de Charlie se juntaram em um misto de susto e confusão.
Mike Collins? Ele seria capaz de matar a própria irmã? E uma martelada forte lhe empalideceu ao lembrar da verdade que escondeu de todos durante todos esses anos.
Eles não eram irmãos.
***
* Atino: Perspicácia, discernimento, tino.
Fim do capítulo
Comentar este capítulo:
alemarina
Em: 24/04/2020
Querida autora, sofro de abstinência pois estou viciada na sua história. Já coloquei como favorita pois a cada 5 minutos atualizava a página na esperança de um novo capítulo. Espero que hoje você poste um capítulo. Até mais....
Resposta do autor:
Oi Ale! Obrigada pelo carinho!
Ontem não teve capítulo, mas hoje teve!
Amanhã tem de novo! Um grande abraço!
Brescia
Em: 22/04/2020
Oi de novo.
Por essa eu não esperava, o Mike não era irmão da Taylor, aí temos mais um suspeito , essa lista só aumenta e parece que esses amigos têm muito a esconder.
P.S: a mocinha está me saindo a ótima escritora!!
Bravissima piccola.
Resposta do autor:
Obrigada! Eu adoro seus comentários! Sempre envolvida nas tramas!
Grande abraço!
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