Inconstante por LaiM
Capitulo 10 - Nascer do Sol
Ter passado algumas horas com Bruna tinha lhe feito bem, só que depois que a moça foi embora Emme foi para o banheiro e sentiu-e vazia. Bruna era do tipo grudenta. Não a queria mais na cama. Era difícil senti-se preenchida, era difícil amar outro alguém. Ela teve uma semana de descanso como queria, mais voltou a trabalhar. Já tinha feito casting há algum tempo em um trabalho para fotos de casamento e foi chamada, logo ela precisaria de dinheiro para a viagem da grife Carson. Mesmo recebendo a pensão do pai e sua mãe que às vezes lhe ajudava ela era um pouco consumista e aproveitaria a viagem para comprar roupas.
Maquiou-se, vestiu os vestidos de casamento que era mandado e pousou para as fotos. Estava dentro de um lindo vestido florido branco com pedrarias, se casar nunca passou por sua cabeça, ainda se achava nova para pensar naquilo, mais o vestido ficou ajustável em seu corpo.
_Obrigada Emme. – Disse a dona da loja que acompanhava todas as fotos _As fotos vão tá no nosso site, vamos também te mandar algumas, e muito obrigada pela paciência.
Apesar de ser um trabalho pago às vezes era difícil aguentar alguns clientes e ainda sim ter que sorrir.
_Tudo bem, obrigada vocês. Quando precisar estou a disposição.
Ela então foi embora indo ao consultório da doutora Ivy. Pensou em cacau naquela tarde, no dia seguinte já a veria na agencia.
Algumas horas com Ivy lhe deixavam mais calma, mesmo diante de todos os problemas Ivy parecia colocar sempre uma luz.
_Tem uma mulher, ela é mais velha, vive me cantando. – Emme sorriu. _O único problema é que ela é minha chefe. – E sorriu mais alto ainda.
Sentiu vontade de falar de Cacau. Queria vê-la. Ansiava logo por isso. Ter aqueles pensamentos do sex* que teria com ela lhe despertou algo novo. Cacau parecia fazer como Emme gostava, além do fato de ela ser linda. Ao sair do consultório, voltou a sua casa. Parecia que sua vida estava se ajustando novamente.
Ao acordar foi para a academia e lá mesmo se banhou e foi ao salão, em seguida foi á agencia, abraçou Dina, a agencia estava com alguns modelos.
_Modelos novos Dina?
_Cacau mandou anunciar que estávamos precisando e ai estão.
_Hum... Onde ela tá?
_Na sala, com a Larissa. O Eduardo quer ter ver.
Agora tinha Larissa que parecia um urubu.
_Larissa tá todo dia aqui?
_Todo dia. Anda, Eduardo te espera. – Emme então foi primeiro a sala do chefe.
_Não vamos mais perder dinheiro, vamos trabalhar minha querida. Semana do desfile, nem ouse a perder o voo. – Eduardo entregou as passagens, viajaria em três dias. _Voo direto. Lá já sabe o que fazer. – E entregou o mapa mostrando para onde ela deveria ir e vir. _Eu e Cacau vamos sempre está aqui com telefone ligado para alguma emergência, e, por favor, não adoeça mais.
_Tá ok, pode deixar. – Emme colocou tudo dentro da bolsa. Ao sair deu um abraço em Eduardo, até que sentia falta do homem.
_Gosto de te ver assim, linda, cabelo sedoso, pele hidratada, unhas bem feitas. Sempre no ponto para qualquer coisa. – Abriu a gaveta e entregou um envelope a ela. _Aqui o dinheiro das fotos dos vestidos de noivas.
Emme recebeu, abriu e conferiu.
_Trabalho chato esse, o povo lá parecia que nunca tinha contratado modelo para tirar fotos, se não fosse minha paciência tinha largado o trabalho lá mesmo.
_A loja é nova, abriram agora.
_Imaginei. Vou ali na Cacau, tem mais alguma coisa?
_Tem outro trabalho de catalogo para você, amanhã pela manhã. Vai ser seu ultimo trabalho antes de você viajar.
_E é sobre o que?
_Só a nova coleção da loja On shop.
_Jura? Só roupa linda. Ah quero pelo menos duas peças da loja.
_E eles vão dar de brinde. – Emme logo se animou, mas viu o horário, seria antes do nascer do sol. _E por que tão cedo?
_Eles querem pegar o nascer do sol! Vai ter que está lá quatro da manhã minha querida. – E desanimou-se, mais iria.
Saiu da sala de Eduardo e deu duas batidas á porta da sala de Cacau, ouviu um “entre” vindo de dentro, ao abrir Cacau estava em pé, parecia que já lhe esperava com um pequeno urso de pelúcia marrom coberto por um plástico fino devido sua rinite.
_Ei... – Emme ficou sem reação ao ver o bichinho. _ Para mim? – surpresa pegou o urso antes de lhe abraçar.
_Claro que é pra você, tava guardado aqui só te esperando. O urso, o urso tava te esperando.
Emme então lhe abraçou com todo carinho e sinceridade.
_Você sempre me surpreende viu. – Disse e beijou sua bochecha. Não esperava aquilo. Cacau segurou seu rosto e também lhe deu um beijo demorado deixando sua marca de batom vermelho.
_Só não vou abrir por causa da sua rinite, mas vou tratar ela com carinho ta? Já sei até o nome.
_E qual é o nome dela? – Cacau perguntou voltando a se sentar, estava feliz por ver que ela tinha gostado. Emme também se sentou.
_vou chamar de Cacau. – E piscou o olho. _Vou te cheirar muito viu seu ursinho lindo. _Não me esqueci do nosso cinema, vamos hoje à noite?
Emme chamou-a. Gostava de sua presença e precisava comprar um presente para ela urgente.
_Hoje eu não posso. – Se lamentou, tinha ficado seria. Anotou alguma coisa no papel e em seguida guardou.
_O que houve?
_Já tenho outro compromisso, pode ser amanhã. Que tal?
_Ok, amanhã está ótimo. Obrigada pela rosa, comi o chocolate no mesmo instante, muito bom.
_É meu bombom favorito, ao leite da Cacau show. – E sorriu, ironia seu nome ser da mesma marca.
_Por que tua mãe colocou Cacau?
_Já perguntei isso pra ela quando era mais nova, só que todos os meus irmãos tem nome estranho. Enfim, parei de questionar, nunca encontrou nenhum argumento bom. Pelo menos não é Mirra.
_Mirra? Bem incomum.
_Nome da minha irmã mais velha.
_Nunca provei Cacau, é bom? – Emme disse lhe olhando seria, Cacau sorriu.
_É muito bom, gostoso na verdade.
_Quero um dia comer... A fruta!
_Quem sabe algum dia eu não trago para você. Na minha cidade é difícil de encontrar, mais tem.
Ficaram se olhando. Cacau estava doida para ver Emme. A menina dos olhos cheios de vida estava ali a sua frente, com marca de seu batom no rosto e a convidando para um cinema, mas Larissa já havia lhe convidado e aceitou depois de sua insistência.
_Sem querer deixei meu batom aí no teu rosto. – Pegou um lenço e se aproximou passando devagar por sua pele. _E então, como você realmente ta? – Perguntou enquanto passava. Emme havia ficado sem reação, Cacau era cuidadosa demais e sem querer olhou para seu decote.
_Bem... Não estava doente, mais precisava me dar um tempo. Desculpa ter mentido.
Foi sincera.
_Não precisa se desculpar. – E jogou o lenço no lixo, voltou a se sentar. _Quer me contar?
_Prefiro não dizer, mais queria que soubesse que não estive doente.
_Obrigada por confiar, sabe que se precisar de algo vou ta sempre aqui.
E como estavam falando a verdade, Cacau resolveu dizer com quem sairia.
_Com a Larissa, por quê?
As mãos que estavam calmas pousaram sobre a mesa fazendo com que os dedos fizessem barulhos chatos. O que Cacau queria na verdade? Ora lhe cantava e depois estava saindo com uma pessoa totalmente diferente de si.
_Desde a semana passada ela me chama e hoje é o aniversário dela.
_E ela não tem amigos para comemorar com ela? – Disse um tanto frustrada, queria que Cacau lhe acompanhasse ao cinema.
_Eu sou amiga dela. – Emme então se levantou e abriu a porta.
_Boa festa então! – E sorriu nada satisfeita. Cacau agradeceu e viu sua amada saindo.
Emme quando saiu viu Larissa conversando com Dina, ela se aproximou das duas. Larissa disse somente um oi seco e olhou para seu pescoço.
_Que colar lindo Emme!
Era um colar de ouro que tinha ganhado de Bernadete há muito tempo, Emme gostava daquele colar, uma das poucas coisas que tinha de presente da mulher mais velha, apesar de discreto Larissa prestou bem atenção.
_Ah obrigada. E feliz aniversário. – Disse e lhe abraçou.
_ Obrigada Emme, vou fazer uma comemoração hoje para poucas pessoas. – E saiu do abraço. _Posso ver a numeração do colar? Com licença. – Larissa tocou no colar de Emme, não era um colar qualquer. _Já trabalhei em uma joalheria fora do Brasil, número zero dois. Uma história linda e triste ao mesmo tempo, quer ouvir Dina?
Dina que observava as duas ficou curiosa, para ela que não entendia de joias era um colar normal, com uma pedrinha verde delicada. Então Larissa passou a contar a história do colar e à medida que foi contando Emme voltou um pouco no tempo.
Estava ela no quarto de hotel, tinha acabado de chegar de um desfile quando ouviu batida na porta, estranhou, estava á trabalho sozinha e conhecia somente os modelos. Quando abriu era Bernadete, chegou de surpresa, Emme se jogou em seus braços e fechou a porta.
_Bernadete você é uma louca.
_Eu disse que vinha minha querida. Dê mais crédito a mim da próxima vez. – E tomou seus lábios morrendo de saudades. _Vamos passear?
_Passear? Quero é você, mas eu preciso de um banho, acabei de chegar, vem comigo?
Emme saiu fazendo charme e jogando suas roupas. Foram para o banho, lá abriu suas pernas se rendendo para a outra. _Eu te amo, Bernadete.- Bernadete a levou para cama tomando o corpo pequeno dela que sempre tentava colocar a boca toda em seus seios médios. _Assim você me machuca. Só ch*pa até onde dar, que diabo de fome é essa?
_Fome de todo teu corpo, te amo loucamente. – E virou-a mordendo toda suas costas. _Gostosa... Linda... Maravilhosa, é só minha não é? – Segurou firme em seu cabelo longo e aproximou seus lábios ao ouvido de Emme _Diz que é só minha Emme...
_Sou só tua B, te amo muito, come vai! Isso. – A outra colocou os dedos dentro dela.
Depois que saiu daquele sex*, Bernadete a chamou para sair, Emme sempre se queixava que as duas não iam muito a locais públicos, sempre iam ao cinema, mas quando acabava o filme iam para lados diferentes para B não ser pega com uma menina bem mais nova, as pessoas iria perguntar e quando perguntavam queriam respostas.
_Quero te presentear com o que você quiser. – Bernadete disse já se ajeitando, tinha vontade também de passear com Emme de mãos dadas e ali era perfeito, lugar distante, dificilmente alguém conhecido. Sabia que nem seu marido e nem seus filhos estavam ali.
_Eu não quero presentes teus, eu quero você B. – Falou com a voz mimada. B amava mima-la.
_Por isso que quero te dar o mundo, porque você é assim, sem interesse no meu dinheiro. – Beijou-lhe a boca. _Vamos?
As duas saíram rumo ao shopping, estavam passeando de mãos dadas sem se importar com os olhares alheios. B passou em frente a uma joalheria, viu exposto um único colar, fino, com uma pedra verde, olhou o valor era absurdo.
_Boa noite! – Disse a atendente.
_Boa noite minha querida, e esse colar lindo?
_É a nova coleção Justino, vocês aceitam uma água ou um café?
_Café, por favor! – Emme falou. Bernadete deu mais uma volta na joalheria, mas não encontrou nada de tão bonito quanto aquele colar.
_Por que esse valor? – Bernadete queria saber, como algo tão frágil tinha um imenso valor? A moça então pediu para que as duas se sentassem e começou a contar.
_Justino estava com a família em uma viagem, dirigia o carro enquanto brincava com os filhos, ao todos quatro criança e sua mulher.
_Ah triste história, ouvir falar, perdeu a esposa e os quatros filhos no acidente.
_Na viagem deu problema nos faróis, quando ele ia parar não viram um animal na estrada, o carro capotou e infelizmente teve uma grande tragédia. Por isso o valor do colar, ele fez cinco, um para cada amor da vida dele. Este acabou de chegar, colocamos tem dez minutos é o número zero dois dos cincos. Se alguém algum dia chegar a roubar a venda dele será imediatamente portada ao dono verdadeiro, pela numeração é impossível falsificar.
_Então só há cinco colares desses? Onde estão os outros?
_No mundo todo. Ele colocou um em cada joalheria. Com sua assinatura autenticada.
_Que triste história. – Emme disse. _Perder uma família assim, ele deve ta sofrendo demais.
_E é na dor minha querida que surge grandes joias, deixa eu dar uma olhada querida. – A moça tirou o colar e fez menção de colocar em Bernadete, B pegou de sua mão _Vai ficar tão lindo em você meu amor. – B então se levantou e colocou a joia no pescoço de Emme. De fato ficara lindo em seu pescoço.
_Bernadete, é muito caro. – Emme tinha ficado envergonhada, era algo muito valioso.
_Mulher minha não anda com qualquer colar, se só há cinco disponível, raramente você vai ver outro desses, vou levar. – E tirou o colar dando para a mulher realizar a compra. A vendedora havia ficado boquiaberta ao ver que as duas eram namoradas.
_Só vou precisar de seus dados.
_Coloca tudo no nome dela, vou somente pagar.
Emme então deu seus dados, assinou alguns papéis e B passou no cartão. Saíram de lá felizes, algo valioso que valia muito a pena.
_Viu a cara da mulher quando você disse mulher minha não anda com qualquer colar? – Elas sorriram.
_Aposto como elas queriam uma B na vida delas. Venha, vamos entrar em outra loja.
_O homem morreu ano passado, aquelas cinco joias foram às últimas que ele lançou. – Larissa disse tirando Emme daquele pensamento.
_Infelizmente ele faleceu. – Emme concluiu. Aquela joia estava valendo o dobro de quando foi comprada.
_Estava com um bom dinheiro e bastante sorte de encontrar uma, assim que Justino disponibilizou, o primeiro que olhasse queria logo comprar. Só uma que demorou a vender, foi a de número zero quatro, levou duas horas.
_Entende mesmo de joias né Larissa? – Emme estava surpresa, não sentiu coisa boa vindo dela. _Esse daqui quando eu tiro coloco dentro de um cofre, sei o quanto é valiosa e rara.
_Ah meu Deus que história linda. – Disse Dina, estava arrepiada.
_Bom tenho que ir, até mais. – Larissa saiu.
Emme deu atenção a Dina que voltou a mexer no computador. Fez a mesma coisa que havia feito com os dedos sobre a mesa de Cacau fazendo um barulho baixo mais chato.
_Vai ficar o dia todo com esses dedos ai? Pergunta logo.
_Sabe que não sou intrometida Dina, mas essa Larissa não me desse de jeito nenhum.
_O que quer saber? Também não vou com a cara dela. – Disse baixinho.
_Onde vai ser esse aniversário?
_Numa boate chamada Zen, algo assim, ela não me convidou, chamou somente o Eduardo e a Cacau.
Emme conhecia a boate, era muito boa, mas não frequentava tanto. Achou estranho Larissa convidar somente seus chefes e nenhum outro modelo, sentia cheiro de interesse no ar. Estava decidida a ir para a festa mesmo sem ter sido convidada, iria atrás de Cacau.
Agradeceu a Dina por ter lhe falado e disse que levaria um bolo de chocolate para ela assim que pudesse e foi para sua casa, precisava de alguém para ir com ela, ligou para Leonardo.
_Está me chamado para ir a uma boate? É boate gay? Se for estou fora.
O rapaz evitava esses lugares por causa de Eduardo.
_Boate vai todo tipo de gente homem, o que importa se é gay ou não?
_Minha imagem em dois anos vai valer milhões.
_Deixa de ser abusado, venha comigo, me faz esse favor. Se quer se esconder eu te dou um boné da minha mãe.
_É unissex? Prefiro não ser reconhecido.
_É unissex. Boto gasolina no carro, passa aqui onze horas.
Emme tinha se esquecido de que trabalharia logo cedo. Não achava Larissa boa companhia, ela olhou seu colar desejando ele. Ao chegar tirou-o e colocou no quarto de sua mãe, lá tinha um mini cofre que só as duas sabiam a senha.
_Que Deus tire todo esse mau olhado, amém.
E logo guardou. Se arrumou, colocou uma blusa cropped, uma saia longa e uma sandália baixa, o cabelo sempre solto, nos olhos um lápis de olho para destacar-se mais e assim que terminou de passar o batom Bruna lhe ligou, queria saber para onde ela iria.
_Bruna eu vou ali, já falei.
_E esse ali não tem nome?
Bruna começava a pegar no pé de Emme de um jeito que ela não gostava.
_Vou ficar em casa e dormir.
_Que custa me dizer a verdade Emme?
Então suspirou.
_Bruna, a gente só ficou eu te falei pra não se envolver.
_Mas Emme...
_Tenha uma boa noite Bruna. – E desligou antes que a outra falasse mais alguma coisa.
Léo buzinou, Emme entrou toda produzida e levava o boné para o rapaz.
_Só tem esse?
_Ainda tá achando ruim? Anda, já está ficando tarde.
_Mas o que deu em você para ir nessa boate?
_Vou fazer uma surpresa para uma pessoa. – pegou o celular ligando a câmera e tirou foto dos dois. _Preciso postar uma foto nossa já que fingimos que namoramos.
_Tá estranho isso... até que ficou bonito o boné, me dar ele?
_Emprestado, é da mãe. E onde ta o Eduardo? – Emme queria saber se a relação dos dois estava boa.
_Foi para o aniversário da Larissa, ele me chamou, mas sei lá, não gosto muito dela, por que?
_Por que não gosta dela?
_Acho exibida, enfim... Pra qual boate estamos indo?
_Zen... – Os dois se olharam. _Não fui convidada, tô indo de penetra.
_Ah Emme eu não vou. – E parou o carro. Tinha dito para Eduardo que ficaria a noite toda em casa.
_Diz que foi fazer uma surpresa. Hoje é o dia da surpresa Léo, vamos, deixa de ser chato.
_Ai ta bom! – E voltou a ligar o carro. Os dois estavam na entrada e logo descobriram que a festa estava acontecendo na área vip, onde só entrava quem estava de convite.
_Liga pro Eduardo e pede pra ele vim aqui fora, ele coloca a gente dentro.
O rapaz fez o que Emme pediu, logo depois Eduardo saiu e foi de encontro ao rapaz, o abraçou.
_Amor que surpresa. – E tocou em seu rosto demonstrando um pouco de afeto, mas logo se saiu. _Vamos entrar, venham. – Disse segurando nas mãos dos dois. Emme comemorou, depois que foram para a área vip seus olhos procurou Cacau e quando a avistou sorriu. Ela estava sentada, não conversava com ninguém e bebia um drink, Dry martini, e Emme foi ao bar e pediu um mojito, a noite era de drinks. Eduardo levou-os a mesa onde estava acomodado junto a sua prima, Cacau apenas sorriu, não esperava Emme está ali em sua frente toda linda. Ela sentou-se ficando próximo a sua chefe.
_Cacau, achei que ia no aniversário da Larissa.
_O aniversário dela é aqui. – E lhe abraçou. _O que faz aqui?
_Léo me convidou para uma boate e já que namoramos tive que aceitar. Enfim, não esperava você aqui, eu nem sabia que era o aniversário de Larissa. – E logo lhe olhou, Estava linda.
Léo havia ficado surpreso com a ousadia de Emme de mentir tão facilmente, agia com naturalidade, como se de fato ele estivesse levado ela para a festa.
_Oi Léo! – Cacau disse.
O garçom entregou o mojito para Emme.
_O que tá bebendo Cacau?
_Um dry martini, gosta?
_Amo gim com vermute seco, mais to com vontade mesmo de sentir uma hortelã na boca. – E assim sorveu um pouco da bebida. O que queria era tirar Cacau dali para que pudessem ficar sozinhas.
Cacau ficou a beber também, quando avistou Larissa afastou-se um pouco dando lugar para ela se sentar.
_Dou uma saidinha e quando volto encontro duas pessoas de trabalho. Oi Léo e Emme. – Ela disse nada feliz, o que os dois faziam ali em sua festa?
_Feliz aniversário! Eduardo chamou Léo e Léo me chamou, se eu soubesse que era sua festa eu nem teria vindo amiga, nem fui convidada, acho que devo me retirar. – E lhe abraçou.
_Não, fica. – Cacau rapidamente disse. Para ela a festa não estava boa.
_Pois eu fico. – E sorriu para Cacau.
_Você está afim da Cacau? – Léo perguntou baixinho para Emme. Emme balançou a cabeça positivamente.
A festa estava animada, mas ela queria conversar com Cacau, finalmente poder lhe dar uns beijos e quem sabe ir para a cama com ela ainda aquela noite. Começou a bater com as pontas dos dedos sobre a mesa ao ver que Larissa falava algo em seu ouvido, logo depois ela se levantou, dizendo que iria ao banheiro.
_Eu volto logo. – Larissa segurou em sua mão e cacau soltou.
Logo outro grupo se aproximou de Larissa e foi a chance que Emme teve de ir ao seu encontro.
_Eu vou pra casa com a Cacau, obrigada amigo. – E beijou Léo no rosto e foi atrás dela.
_Tenho a sensação que hoje você tá me perseguindo, ou é impressão minha? – Cacau perguntou quando a viu na porta do banheiro.
_Impressão tua, mas eu não gosto muito de boate.
_Eu também não. – Disse com sinceridade.
_Vamos para um lugar mais tranquilo? Um barzinho que não seja tão movimentado do que aqui?
Cacau se aproximou de Emme, segurou em sua mão e lhe olhou.
_Quer mesmo sair daqui? Acabou de chegar.
_Quero! Aqui tá muito barulho.
_Pois vou fazer as coisas do jeito certo, vou dizer a Lari que tenho que sair, tudo bem?
_Eu não quero te atrapalhar...
_Eu já ia embora mesmo, aguarde aí um momento.
Cacau saiu e logo depois voltou, segurou a mão de Emme e saíram dali.
_Aonde você quer ir? – Perguntou quando saia pelas ruas procurando um lugar calmo para poder beber mais um pouco. _Eu vi um bar aqui perto, posso te levar lá, o que acha?
_Sim, vamos! – Era um bar gay, Ambiente mais tranquilo. _Mas você sabe que é um bar gay não é?
_Sério? Eu não sabia, você quer entrar mesmo assim? Eu não tenho problema nenhum.
_Quero, vamos. – Cacau parou o carro e as duas saíram, ao entrar pegaram uma mesa mais distante da música ao vivo que tocava. Cacau pediu o Dry Martini e Emme um mojito e um petisco para comerem.
_Já veio aqui Emme? – Cacau observava as pessoas que estavam ao seu redor, eram de fatos homem com homem e mulher com mulher, viu também grupos de amigos.
_Só uma vez. – E aproximou-se dela. _Aqui é um ambiente muito bom.
A bebida chegou para as duas.
_Só tem uma coisa que eu não entendo.
_Que coisa Emme?
_Como que alguém que trabalhou em joalheria pode bancar uma festa vip como aquela? Você mesma viu que eles só estavam servindo drink, e um drink desses não é barato.
_A Larissa? Não sabia que ela trabalhou em joalheria.
_Pois eu sei, e entende muito de joias. O que quer com ela? – Perguntou um tanto curiosa.
__Ela me convidou e eu vim, não tenho nenhum interesse. – Disse sincera. _Tenho interesse em você. – E sorriu tímida.
_É? – Emme também sorriu, só que um sorriso safado e naquele instante tocou a perna maliciosamente da mulher mais velhas.
_Sim. – Cacau tirou a mão. Apesar de desejá-la não queria apressar as coisas.
_ Você só morde e assopra. – Emme concluiu. Seu telefone passou a tocar insistentemente, era Bruna. Ela não atendeu, preferindo desligar o aparelho. _Não gosto de gente grudenta.
_Nã gosta?
_Não. – E Emme se aproximou para beija-la.
_Emme se acalma. – Disse virando o rosto e abriu os braços para a outra se aconchegar e Emme fez isso lhe abraçando. _Acho que você não está precisando de um beijo e sim de amor e carinho. – E deu um beijo em sua bochecha sentindo seu perfume _Nossa como você é cheirosa, por mim ficaria aqui a noite toda com você, mas agora me diz por que não gosta de pessoas grudentas?
_Simplesmente porque eu prefiro ser a pessoa grudenta da relação. – Olhou novamente para Cacau lhe atiçando para tentar um novo beijo. Cacau não aceitou.
_É tão bom ficar aqui com você Emme. – E segurou em sua mão ao mesmo tempo em que seu braço ficava em volta do pescoço dela.
_Também gosto! – E recebeu os mimos da outra. Cacau era muito carinhosa, Emme gostava daquilo.
_Eu gosto de te mimar sabia? – Ela dizia enquanto via Emme lhe abraçar mais.
_Vou ficar mal acostumada desse jeito Cacau. – E voltou a beijar seu rosto sentindo seu cheiro.
Ficaram ali conversando sempre uma perto da outra, comendo e bebendo sem perceberem a hora passar, Emme falava do anseio pela próxima viagem e Cacau também lhe comunicou que logo iria ter que viajar.
_Assim que a casa estiver pronta, mandei pintar o quarto da Laura de lilás, cor preferida dela. Qual a tua cor preferida?
_Vermelha e a tua?
_Acho que gosto de preto.
_Ah imaginei... – Cacau usava muitas cores escuras.
_E qual é teu signo?
_Segredo Cacau.
_Qual teu mês de aniversário? Você sabe que é só eu olhar na tua ficha da agência que eu vou saber.
_Sou do comecinho de junho, já já chega meu aniversário.
Cacau fez um cálculo rápido em sua cabeça, acreditava bastante em astrologia.
_Geminiana então.
_Infelizmente... – E sorriu, seu signo condizia com sua personalidade. _Tá e qual teu signo?
_Sou sagitariana.
_Signo quente. Adoro. – E voltou a beijar seu rosto. _Acho então que combinamos. O fogo depende do ar.
Cacau fechou os olhos para sentir os beijos que Emme lhe dava no pescoço, estava difícil se controlar e controlar ela. A menina mulher sabia exatamente os pontos que eram crucias.
_Emme, me diz o porquê mudou de ideia e agora quer ficar comigo. – abriu os olhos tentando se recompor e afastou Emme de si e sorriu ao ver o estado que a outra tinha ficado.
_Bom, você é mulher madura e eu gosto.
_Você me fez parecer que eu não fazia teu tipo.
_Mas faz... – Emme então se ajeitou bebendo o terceiro drink da madrugada. _Esses dias eu olhei a flor que você me deu – Colocou o cabelo atrás da orelha _Eu tive uma sensação de que na cama nós duas iríamos nos dar muito bem.
_Você olhou a rosa e do nada teve essa sensação?
E Emme lembrou-se de Bruna, não havia ficado cem por cento satisfeita com a ação da outra na cama.
_Bom, você é experiente e eu gosto de pessoas experientes.
_E se eu não for experiente como você pensa? Emme, eu só tive duas relações sérias com mulheres, acho que você se enganou. – Lhe disse a verdade. Então Emme queria só sex*?
_Bom, eu não sou de me apaixonar fácil, mas se quiser algo aberto eu tô disponível, a gente pode tentar...
_E você acha que sou mulher de ter relacionamento aberto? – Cacau havia se alterado um pouco. _Sabe o que eu acho?
_O quê você acha?
_Que você já está é se apegando a mim sem saber. – Brincou fazendo a outra sorrir. _Pois lhe digo uma coisa, se for pra ficar contigo não quero nada aberto. A pessoa tem que ser só minha e acabou.
Emme então lhe olhou, preferiu não acreditar em suas palavras. Todas mentiam, Cacau não seria diferente. Ela voltou a se aconchegar em seus braços, foi quando olhou atrás de sua nuca e viu uma pequena tatuagem, o cabelo que era curto a cobria mesmo assim.
_Que tatuagem é essa?
_É a letra inicial do nome da Laura e um batimento cardíaco. Laura é o meu amor.
_É linda, e muito bem discreta. Tem mais?
_Tenho. Uma no pé, a sandália também esconde, na aborrecência, fase essa que fazemos as coisas impulsivamente escrevi o nome do Maurílio e uma frase amor eterno.
_Serio? Ah meu Deus... – Emme sorriu.
_Pois é, mas eu cobrir a frase e fiz umas flores e um coelhinho bem pequeno. Acho que não dar pra ver. – E tirou a sandália mostrando para ela.
_Acho que ficou melhor, tá muito bem feita.
_Doeu horrores, mais fiz. Tenho uma debaixo do braço também.
_Nunca que eu tinha reparado. – Emme estava surpresa.
_São tudo pequena e discreta, menos a das costas. – E sorriu.
_E qual é o símbolo das costas?
Cacau primeiro mostrou o braço, era uma cruz e o nome fé.
_Bom, é segredo, quem sabe um dia eu não te mostro quando estivermos a sós. – E beijou seu pescoço, a vontade era grande de tomar sua boca e provar dos seus beijos, mais queria que Emme ficasse com mais desejo.
_Eu agora tô muito curiosa. Vai, me conta o que é a tatuagem, por favor. – Disse melosa.
_Não senhora.
Cacau se espreguiçou. O garçom se aproximou das duas.
_Nós já vamos fechar o bar, desejam mais alguma coisa?
_Mais ainda ta cedo.
As duas olharam em volta não tinha mais ninguém no ambiente. Cacau olhou as horas, já era três da manhã e Emme aproveitou e ligou seu celular.
_A mãe está de plantão hoje. – E finalmente recordou de que teria trabalho às quatro da manhã. _Ah meu Deus... – Disse ela se saindo dos braços da outra. _Eu preciso descansar amanhã... Amanhã não, hoje eu preciso trabalhar quatro da manhã.
_ você tem trabalho agora de madrugada?
_Caraca, eu esqueci geral. Ai tem algum caldo? – Perguntou para o garçom. _Trás algum caldo, por favor, e a conta. Cacau eu to com cara de cansada. – olhou para o celular.
_Vai aguentar trabalhar desse jeito?
_Tenho que aguentar, liguei confirmando que eu iria e eu não gosto de deixar ninguém na mão. Só preciso tomar um caldo pro efeito da bebida passar um pouco.
_Tá bom, pois eu te levo.
_Não precisa se preocupar só me deixa em casa que eu pego meu carro.
_Faço questão, se você aguenta então vai dar tudo certo.
Esperou que o garçom trouxesse os caldos, depois de comerem saíram dali.
_Se quer ir comigo vamos, mais eu preciso mesmo ir no meu carro. Você deixa o seu lá na garagem de casa, tudo bem?
_Tudo bem.
Ao chegar a casa, ela abriu o portão no automático. Emme foi até seu quarto pegou outra bolsa e a chave do carro.
_Carrinho lindo, desculpa por passar esses dias sem andar contigo, mas, por favor, pega de boa só hoje, eu te amo vermelhinho. – Emme disse para o carro depois da segunda tentativa de fazer o automóvel pegar _Prometo que não te troco mais por nenhum Taxi, anda. – E como se o carro estivesse ouvido ele pegou.
_Emme você tá bem? – Cacau dizia entre os risos, ver ela ali acariciando o carro não era algo que esperava.
_Você não fala com teu carro? O vermelhinho às vezes me deixa na mão. Você pode dirigir? Acho que estou um pouco tonta.
_Dirijo.
Depois de trocarem de lugar Emme lhe direcionou até onde seria seu trabalho. Estava fria a madrugada. Cacau ligou o som enquanto via a outra se ajeitar ali mesmo. Ao ver o porta luva aberto surpreendeu com tanta maquiagem dentro.
_Bichinho é pequeno mais cabe coisa viu.
_Aqui tem tudo que eu preciso. – Pegou um colírio e colocou nos olhos. _Pra tirar o vermelho, eu não sou irresponsável sabe? Se eu tivesse me lembrado de que teria esse trabalho provavelmente não estava aqui com você. – E passou a tirar a pouca maquiagem que estava sobre a pele e passou outra. Depois tirou o cropped exibindo uma lingerie preta, da mesma cor do cropped. Cacau lhe olhou, impossível não olhar. Depois Emme tirou a saia ficando de calcinha da mesma cor da parte de cima.
_Usei em especial para hoje, só que nem beijo eu conseguir. – colocou a mão no banco de trás pegando outra roupa.
_Agradeço o gosto, é um conjunto lindo. – Disse ficando tímida, Emme era tão solta. _Prometo que não vai se decepcionar com meu beijo, talvez não vá ser perfeito, mais vou dar o meu melhor.
_Assim espero. – E trocou a sandália em seguida jogou um perfume e logo ouviu um espirro de Cacau. _Desculpa, eu tô nervosa. Quando fico nervosa exagero até nas palavras e atitudes.
_Chegamos.
_Três e cinquenta, chegamos pontual.
O local para as fotos estava praticamente montado. As câmeras focavam onde o sol nasceria e os modelos sendo instruído como deviam fazer.
Emme tinha saído para se trocar e deixou Cacau sentada. Ali passava uma moça entregando café e salgadinhos para quem quisesse e Cacau aproveitou para alimentar-se um pouco. Ficou ali esperando Emme fazer seu trabalho, quando a viu estava usando um vestido florido, adereços e salto. O sol começara a nascer e era a hora de ver o quão qualificada Emme era para aquele trabalho, havia nascido pra pousar e desfilar. Junto a ela estava mais cinco modelos, sempre correndo para trocar-se rapidamente e não perder aquele sol que estava brilhante.
_Cabeça erguida! Coloca seu braço em volta dele. – Dizia à mulher que conduzia o trabalho.
Foram algumas horas de trabalho, enquanto Emme se trocava Cacau se aproximou e lhe ajudou.
_Vista maravilhosa não é? – Emme perguntou admirando o por do sol.
_Tão lindo quanto você Emme. Estou maravilhada com tanto empenho seu.
_Quando a gente passa a trabalhar muito já pega todas as manhas. Já sei onde colocar a mão, os pés, o corpo todo. A pousar para a câmera sabe? – Cacau virou-a para si e tocou seu cabelo tirando de seu rosto, estavam a sós naquele momento, aproximou a boca de seu pescoço e beijou-o indo de encontro a sua boca para finalmente lhe beijar, mas Emme virou o rosto e lhe abraçou carinhosamente.
_Vamos com calma Cacau. – As duas sorriram, tinha sido o que Cacau havia falado para ela quando tentou lhe beijar a primeira vez. _Agora estou trabalhando, mais você pode dormir comigo agarradinha, a mãe não se importa.
E Emme lhe olhou. O jeito como Cacau lhe olhava era diferente. Seu coração começou a acelerar mais do que o normal olhando aquela mulher a sua frente, ver o sorriso dela, a atenção que ela lhe dava, a forma como falava de amor e suas palavras a sempre lhe elogiar fez com que ela começasse a sentir algo que só havia sentindo uma vez, e não queria sentir mais. Saiu de perto dela sorrindo e ao mesmo tempo com medo daquela sensação que sentiu há cinco anos, só que dessa vez bem mais forte. Virou-se para a câmera e voltou a trabalhar.
O relógio já marcava nove da manhã, foi quando terminaram as filmagens, o que restava de Emme era só cansaço.
_Vi a relação dos modelos para a grife Carson, você vai? – Perguntou um modelo para Emme. _Muito prazer, Daniel!
_Prazer, Emme! Sim eu fui chamada, você vai?
_Sim, estou ansioso. Vou ficar por cinco dias seguidos e você?
_Cinco também.
_Ah, pois nos vemos lá. – O rapaz lhe beijou no rosto e saiu. Daniel era um homem magro, alto e negro. Muito bonito.
Ao entrar no carro Cacau já lhe esperava, Emme relaxou o corpo no banco e fechou o olho. _Vamos para a casa, por favor.
Cacau dirigiu, também estava cansada mais não tanto quanto Emme que trocou de roupa inúmeras vezes naquela manhã, ao chegar o carro de Fernanda já estava na garagem, fizeram silêncio para não incomodar e foram para o quarto.
_Quer ar ou ventilador? – Emme perguntou antes de deitar-se e se entregar ao sono.
_Ar.
Cacau tirou as sandálias e se deitou, Emme deitou-se também se aconchegando em seus braços.
_Teu cheiro é bom Cacau e teu colo também.
Cacau lhe abraçou.
_Eu gosto de você Emme. – Disse com medo da resposta da outra.
_Eu também gosto. – E lhe deu um selinho demorado. Depois fecharam os olhos e dormiram.
Fim do capítulo
Espero que gostem e comentem <3
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