Já se passava das 16:00 horas e Sófia estava sentada no sofá sorrindo a todo instante. Estava trocando mensagens com Raquel e isso a animava. Era tão bom estar bem com a mulher que ela amava.

— Vejo que vocês se acertaram? – Geraldo chegou a sala e notou o quanto Sófia estava radiante.

— Sim, pai, eu conversei com ela – Colocou o celular ao seu lado para que assim pudesse dar mais atenção ao seu pai.

— E quando foi isso, filha? – Geraldo se sentou e sentiu um rostinho conhecido pousando em suas pernas a procura de carinho – Nina, você parece sua mãe. Vivia grudando em minhas pernas a procura de carinho – Riram.

— Por incrível que pareça, eu a encontrei na festa com uma conhecida dela – Ao falar isso, Sófia se lembrou de Laura. Por que será que ela tinha lhe ajudado? Sendo que ela demonstrava ter interesse também em Raquel.

— Filha, eu não estou entendendo mais nada. Você saiu para a festa acompanhada por Ricardo.

— Pois é... nem me fale dele. Eu me decepcionei muito com ele – Disse ao se lembrar de como o ex se comportou no carro quando estavam indo para a festa – Pai, como uma pessoa pode mudar tanto assim em tão pouco tempo?

— Filha, acredito que ele sempre tenha sido assim, mas você nunca tenha percebido ou talvez, sejam as circunstâncias, ele está perdendo a mulher que ama e está a todo custo tentando recuperá-la.

— Pai, como alguém pode recuperar alguém que não sente o mesmo que ele? – disse ao se lembrar de que havia deixado claro que não era mais possível uma volta.

— Filha, vem cá! – fez Nina se distanciar de seu colo e chamou a loira. Ao sentir os cabelos loiros de Sófia pousando em suas pernas, o senhor começou a acaricia-los – Vamos esquecer tudo o que houve com o Ricardo e me fale sobre a Raquel – Geraldo sentiu o seu coração se alegrar ao notar o quanto os olhos de sua filha brilharam ao ouvir o nome de Raquel — Quando pretende se ver novamente?

— Ela sugeriu hoje à noite – Disse e um lindo sorriso surgiu em seus lábios.

— Isso é um bom sinal. Quer dizer que ela está com saudade.

— Eu também estou sentindo muita falta dela – Sófia falou e ouviu um latido de Nina.

— Acho que Nina está querendo saber quando voltará a ver o seu amado – Geraldo riu ao notar o quanto Nina entendia das coisas.

— Bom... isso ainda não sei, Nina – Sófia olhou para Nina e notou o quanto seu olhar ficou triste – Mas pretendo resolver isso logo, minha menina.

Quando Nina ouviu isso começou a abanar o seu rabo sem parar.

— Acredito que você fazendo as pazes com Raquel não faça bem somente a você – Geraldo comentou ao notar o comportamento da cachorra.

— Eu sei que não – Sófia se acomodou melhor no sofá – Quando estivemos separadas, Nina sentiu falta de Nino da mesma forma que senti de Raquel.

— É, filha, esse relacionamento envolve muitas pessoas e cachorros.

— Eu sei que sim, pai – Sófia disse pensativa.

_*_

Estava se aproximando do anoitecer quando Tadeu ouviu o som da campainha tocar. Chateou-se ao notar que alguém iria atrapalhar o seu momento com as duas beldades que havia conseguido em sua festa de aniversário.

— Meninas, vou ver quem está nos importunando — Levantou-se da cama e ao olha-la, irritou-se, pois as mulheres sobre os seus lençóis de seda eram lindíssimas.

— Você vai voltar, né? – Uma mulher morena, usando somente uma lingerie vermelha, se levantou aproximando—se dele.

— Ah... Claro, minha querida – A envolveu com seus braços – Logo, logo poderemos voltar para as nossas brincadeiras – Sorriu com malícia.

Tadeu era um amigo antigo de Ricardo. Mesmo sendo um pouco mulherengo, era uma boa pessoa. Melhor do que Ricardo era.

A passos apressados, Tadeu desceu as escadas de sua casa. Estava cansado de ouvir a campainha tocando. Parecia que a pessoa atrás da porta estava sem nenhuma paciência.

— Ricardo, não acredito que é você quem está me atrapalhando com minhas meninas – Abriu a porta e se deparou com Ricardo com um semblante sério.

— Eu preciso das imagens de ontem... de suas câmeras – passou por Tadeu ignorando totalmente suas queixas.

— Que loucura é essa? – Tadeu fechou a porta de sua casa desconfiado.

— Loucura nenhuma – Ricardo começou a demonstrar sua irritação – Só que mais uma vez a Raquel está comendo uma namorada minha.

— Ricardo, você tem certeza disso? – Tadeu perguntou surpreso. Nunca passara por sua cabeça que Sófia pudesse gostar de mulheres.

— Não está acreditando em mim? – Por não estar pensando em seus atos, Ricardo foi até Tadeu segurando a gola da camisa dele com suas mãos, fazendo com que os seus pés não tocassem o chão– Eu vi tudo! – Disse e notou o quanto Tadeu ficou apressivo.

— Eu acredito em você, mas, por favor, me solte – Tadeu pediu já sentindo lhe faltar o ar.

— Está bem! – Ricardo soltou o seu amigo e viu quando ele passou a mão onde antes estavam as suas.

— Eu te levo até as imagens – Tadeu deixou Ricardo passar em sua frente, pois não queria mais correr o risco de ser atacado por seu amigo – O que houve com o Ricardo? Ele não era assim – perguntou-se, pois Ricardo parecia ter mudado radicalmente. Havia se transformado em um homem violento. Constatando isso, Tadeu passou a temer o que pudesse acontecer com Sófia e Raquel – Ricardo, o que você pretende fazer com isso? – Tadeu perguntou após Ricardo terminar de baixar as imagens no computador.

Ricardo por um momento ignorou a pergunta de seu amigo. Agora, naquele pen drive, que deslizava por entre seus dedos, estava a prova do quanto a sua irmã não prestava – Ela vai se arrepender amargamente por mais uma vez destruir a minha vida – Pensou.

— Ricardo! – Tadeu chamou apreensivo. Ele estava com medo de estar ajudando Ricardo a fazer mal a alguém – Eu não quero você prejudique ninguém com isso – Avisou, pois temia Ricardo acabar fazendo uma burrada e lhe metendo no meio da confusão.

— Eu só vou fazer Raquel voltar para onde ela nunca deveria ter saído – Ricardo disse com uma expressão diferente de todas que Tadeu havia visto.

_*_

            Já se passava das 19:00 horas quando Raquel se posicionou em frente ao espelho e começou a encarar o seu reflexo. Estava quase pronta para a noite que logo mais passaria com Sófia. Pensar nisso fez ela sorrir. Estava muito feliz, nem parecia que dias antes estava naquele quarto sofrendo de amor pela mulher que atravessaria a porta de sua casa.

Nino que estava ao seu lado lhe olhava com os olhinhos brilhando. Talvez estivesse achando Raquel linda e ela realmente estava. Seus cabelos estavam um pouco bagunçados dando um charme a mais para o estilo um pouco despojado que a engenheira tinha. Usava uma camiseta num tom marrom claro e uma calça que realçava suas pernas.

O som da campainha começou a tomar conta do ambiente e Nino logo se animou, pois sabia quem era que estava na porta.

Antes de atender a porta, Raquel passou o seu perfume e andou de forma apressada até a sala. Nino a seguiu, pois queria rever a sua futura mãe e sogra.

— Será que me atrasei? – Sófia perguntou sorridente enquanto deixava Raquel totalmente sem fala com sua beleza.

Sófia usava um vestido florido que batia quase em seus joelhos. Seu cabelo estava um pouco molhado demonstrando que acabara de sair do banho.

— Você está linda! – Raquel não conseguiu dizer outra frase que não fosse essa naquele momento.

— Obrigada! – Sófia disse ao encarar os lindos olhos verdes de Raquel que brilhavam de forma intensa.

— Ah... entre – Raquel encostou-se na porta e deu passagem para que Sófia passasse.

Enquanto Sófia passava, Raquel sentia seu corpo todo estremecer. Estar perto daquela mulher mexia muito com ela.

— Você falou que eu estava linda, mas quem está linda aqui é você – Sófia levou uma mexa de cabelo para atrás da orelha. Estava com muita vontade de beijar Raquel que se encostou na porta.

Raquel estava se sentindo da mesma forma, por isso resolveu agir, já que naquele momento, ela podia ter a mulher que amava.

A passos lentos, Raquel se aproximou de Sófia lhe abraçando a cintura – Estava com saudade – sua voz saiu em um tom rouco causando arrepios em Sófia.

— Também estava com muita saudade de você – elas se olharam nos olhos e começaram a encarar a boca da outra.

Como estava com vontade de sentir aqueles lábios rosados tocando os seus, Sófia mordeu os seus levemente a fim de provocar a engenheira, pois sabia que sua boca estava sendo observada.

Sem dizer nenhuma palavra, Raquel pousou uma de suas mãos na nuca de Sófia e a puxou para um beijo lento. Parecia que queria sentir cada pedacinho da boca da outra mulher. Havia beijado Sófia na noite anterior, mas já estava com saudade e agora seria tudo diferente, não teria que se preocupar com nada.

Querendo ser mais ousada, pressionou a cintura de Sófia com mais força juntando ainda mais os seus corpos.

— Eu quero te sentir... estou com saudade de você– Raquel disse ao deslizar sua boca pela orelha de Sófia e inspirar o cheiro gostoso que o corpo da loira exalava.

— Raquel – Sófia sentiu todo seu corpo estremecer naqueles braços.

Com um pouco de dificuldade, as duas começaram a andar em direção ao quarto da engenheira.

Nino que estava na sala observando tudo, colocou sua patinha sobre seus olhos. Isso causou uma crise de risos nas duas mulheres.

De um jeito um pouco atrapalhado, as duas chegaram ao quarto de Raquel. Ansiavam muito por aquele momento em que poderiam se amar sem receios.

Sófia pousou o seu corpo sobre os lençóis macios da cama e passou a observar Raquel que lhe olhava parecendo não acreditar no que estava acontecendo.

Sob os olhares atentos de Sófia, Raquel tirou sua camiseta e jogou para um canto qualquer do quarto. A sua pele parecia queimar só por notar aquele olhar intenso de Sófia sobre ela.

Depois começou a descer o zíper da calça fazendo o coração de Sófia bater totalmente fora do compasso.

Vendo aquele corpo tão perfeito a sua frente ficando nu, a loira começou a sentir um desejo tomando conta de seu íntimo.

— Deixa que eu tiro – Sófia se sentou na ponta da cama e Raquel se posicionou na sua frente começando a sentir a mão macia de Sófia tocando sua barriga.

Antes de tirar aquela peça de roupa, Sófia ficou um bom tempo a encarando a pele branca da barriga de Raquel, não acreditava no que estava acontecendo. Parecia ser um sonho, estava com a mulher que ela amava.

Deslizou as suas mãos pelas coxas de Raquel e sentiu a sua respiração ficar ainda mais pesada, era muito bom sentir aquele corpo e ver o quanto os seus toques mexiam com a morena.

Mantendo os seus olhares conectados, Sófia abaixou um pouco a calça de Raquel e aproximou os seus lábios quentes naquela barriga tão convidativa.

Sentindo a boca de Sófia deslizando em direção ao fino tecido que cobria o seu íntimo, Raquel suspirou e com uma de suas mãos pressionou a cabeça de Sófia contra aquela região.

Notando o que estava causando, junto a calça de Raquel, Sófia começou a tirar a fina calcinha branca.

— Sófia – Raquel abriu mais suas pernas ao sentir a língua quente de sua amada tocando o seu íntimo. Fechou seus olhos... suspirou... não queria mais perder o contato da boca da loira com sua pele.

A língua de Sófia tocava o íntimo de Raquel devagar, não tinha pressa para senti-lo e isso para a engenheira estava sendo quase torturante.

De repente, Raquel sentiu o dedo de sua amada lhe invadindo isso fez com que ela segurasse em Sófia para poder apoiar o seu corpo que parecia querer perder o equilíbrio com aquele vai e vem lento.

Querendo deixar o seu caminho livre, Sófia abaixou ainda mais as peças de roupa de Raquel.

Enquanto sentia o seu dedo entrar livremente, Sófia amou a cena que viu. Raquel mantinha os seus olhos fechados... sua boca estava entreaberta... e gemia baixinho. O que fazia Sófia ficar ainda mais sentindo sua intimidade molhar.

— Amor... eu quero mais – Ao Raquel proferir essas palavras, Sófia começou a sentir algo se aquecer ainda mais dentro dela. Seria possível passar a amar ainda mais aquela mulher?

Após Sófia introduzir um segundo dedo, Raquel passou a gem*r alto de uma forma descontrolada e passou a mover o seu quadril de acordo com o ritmo das estocadas dentro de si.

Os dedos de Sófia entravam livremente e Raquel gemia, não conseguia se controlar. O seu corpo reagia aos toques daquela mulher... ela era totalmente de Sófia.

Não não demorou muito para a loira ver Raquel abrindo mais as suas pernas e sentir algo quente escorrendo por seus dedos.

— Acho que as coisas estão um pouco mudadas por aqui – Raquel comentou já deitada sobre a cama e vendo Sófia só com peças íntimas sobre seu corpo.

— Estou com muita vontade de te amar... Não sabe o quanto estava desejando isso, Raquel – Deslizou a boca na de Raquel e mordiscou levemente.

— Muita?

— Sim, muita – Sófia desceu os seus lábios para de encontro aos seios de Raquel. Ao encontra-los ainda cobertos pelo pequeno tecido branco, ela os beijou causando uma onda de arrepios na morena.

Aquela peça logo não fez mais parte do corpo da engenheira, Sófia a tirou e a jogou para um canto qualquer do quarto.

Enquanto sentia a língua de Sófia rodeando a auréola de um de seus seios, Raquel elevou um pouco o seu quadril e voltou a sentir os dedos de sua amada massageando o seu íntimo.

Raquel não sabia exatamente o que havia acontecido com Sófia naquela noite, mas estava amando ser tocada por aquela mulher.

De repente, o seu corpo foi virado na cama e ela começou a sentir a boca quente de Sófia percorrendo suas costas lhe causando tantos arrepios que naquele momento eram incontáveis.

Suas pernas foram afastadas com a coxa de Sófia e logo sentiu os seios tentadores da loira tocando suas costas.

— Eu te amo – Sófia disse enquanto mordiscava um dos ombros de Raquel.

A morena estava com sua respiração pesada e suspirava a cada toque que recebia.

Sentir o corpo de sua amada sobre o seu, fez Raquel estremecer.

A respiração quente de Sófia tocava sua pele e as unhas deslizavam arranhando-a levemente.

A boca de Sófia parecia querer desvendar cada parte de seu corpo. E quanto mais se aproximava de sua bunda, mais Raquel se via desejando Sófia dentro de si.

 A língua quente de Sófia se encaixou entre as pernas de Raquel, fazendo-a gem*r alto.

Enquanto sentia as mãos macias de Sófia afastando suas pernas, Raquel apertou o travesseiro a sua frente com força e não demorou muito para se sentir penetrada pelos dedos longos e finos de sua amada.

Enquanto o vai e vem se tornava cada vez mais forte dentro de si, Raquel elevou seu corpo para que os dedos pudessem entrar mais livremente.

Raquel começou a gem*r alto e Sófia passou a beijar as partes de trás de seu corpo, fazendo sua amada sentir todo o seu corpo estremecer e um liquido quente escorrer por entre suas pernas.

— Te amo, Sófia— Raquel disse ao ver Sófia se deitar ao seu lado com um sorriso radiante.

— Também te amo, meu amor — Acariciou os cabelos bagunçados de Raquel e sentiu o seu coração se aquecer ainda mais quando os braços de Raquel lhe envolveram desejando um abraço.

— É aqui que eu quero ficar para sempre — Falou se sentindo totalmente em paz.

Fim do capítulo