Capitulo 10

 

 

 

 

-Posso entrar? Marilia não disse nada, apenas se afastou da porta dando passagem pra morena.

 

-Posso saber o que você quer aqui? Achei que você estava trabalhando. Marilia quebrou o silêncio depois que a morena entrou e encarou a ruiva.

 

-Sim, era o que eu deveria estar fazendo. fez silêncio novamente. Mari, a gente precisa conversar.

 

-Sobre? Mari perguntou seca.

 

-Sobre nós.

 

-Não, não precisamos conversar sobre nós. Você disse que “nós” não existe. E se esse era o único assunto que você tinha pra tratar comigo... Marilia foi até a porta e a abriu. – Já pode ir embora. Camila se voltou em direção a porta, mas não foi para ir embora. Camila chegou bem perto da ruiva e a encarou.

 

-Uma parte de mim fala pra eu ir embora, mas outra diz que eu não devo ir. Camila fazia carinho no rosto da ruiva. Que fechou os olhos apreciando o carinho que recebia.

 

-Até nisso estamos em sintonia. Marilia baixou a guarda. - Uma parte diz pra eu mandar você embora, a outra quer que eu te peça pra ficar. Marilia estava com as mãos na cintura da morena e com a testa encostada na testa de Camila. As duas sentiam a respiração uma da outra.

 

-Acho que a razão perdeu. Camila deu um sorriso e beijou Mari. O beijo era bem diferente dos muitos outros que elas trocaram antes... era um beijo calmo, sem pressa alguma. Nem podia rotular aquilo como um beijo, mas como uma caricia. Elas podiam jurar que estavam ouvindo uma música que começou com solos de violão... dedilhados perfeitos e um arranjo simples, mas que casavam perfeitamente com a voz doce da cantora.

 

 

Me deixa ser sua mulher
Me deixa arrumar o teu lar
Me ensina a viver como quer
Me toma, me torna, me tem

Me deixa passar teu café
Me deixa sorrir pra chorar
Me pega, me enche, me vê
Me mostra o que tem pra me dar

Só pra eu aceitar, essa luta vã
De te perdoar, todas as manhãs
Só pr'eu me calar, ao ouvir teu riso
E me sujeitar ao teu egoísmo
E ainda sim, ser tão feliz

Me deixa ser sua mulher
Me deixa morar em você
Mostrar o que é bom você tem
E já não precisa correr

Me deixa cair aos teus pés
Ser sua devota e pagã
Me…

 

 

-Camila, eu te quero. Foi o que Mari conseguiu falar.

 

-Eu também te quero. Camila voltou a encostar a testa na de Mari. -Mas e depois?

 

-Vamos deixar pra pensar nele depois! Sorriu, um sorriso lindo que Camila não suportou ver aquele sorriso e a beijou. As duas sabiam que a área em que estavam entrando, já não era mais só a carnal... elas estavam entrando na área sentimental e isso traria inúmeros problemas para ambas.

 

Camila pegou na mão da ruiva e foi em direção ao quarto. Parou no meio do quarto, se afastou da ruiva e diante dos olhos azuis, começou a tirar a roupa, ficando só de calcinha. Se virou e foi em direção ao banheiro. Marilia ficou de boca aberta com toda a sensualidade com que a morena tirou cada peça do corpo.

 

Estática, viu a morena sumir pela porta. “Que corpo! Que mulher”! pensou e presa aos seus pensamentos, nem viu quando a morena voltou com os cabelos soltos, molhada e agora sem calcinha... completamente nua.

 

-Você vem ou vai ficar aí com cara de adolescente que nunca viu uma mulher nua? Falou provocante.

 

-Vou, vou sim! Marilia abriu o roupão e de forma bem sedutora e se encaminhou em direção a morena que esqueceu de respirar diante da visão que tinha. Camila sentiu o sex* se contrair e pulsar diante da visão da ruiva nua. Camila ainda não tinha aprendido que não deveria mexer com a garota. Aquela garota sabia ser terrível quando queria. Podia ter um rostinho angelical, mas sabia ser uma diabinha quando queria. – Respira, morena. Mari falou, provocando Camila ao passar por ela e entrar no chuveiro.

 

 

Camila não perdeu tempo e foi atrás da ruiva. Encostou ela na parede gelada e a beijou, o beijo era não mais aquele beijo do início... quando elas pareciam querer mostrar quem mandava mais, quem dominava mais o beijo, quando elas ainda não sabiam que estavam se amando. Era beijo de casal apaixonado. As línguas estavam em bela sincronia uma com a outra. Os lábios roçavam um no outro... aquilo era amor e elas sabiam que estavam fazendo amor.

 

-Vamos pro quarto? Camila chamou. Queria amar a ruiva.

 

As duas se enxugaram e saíram do banheiro envoltas em toalhas. Ficaram uma de frente pra outra. Camila tomou a iniciativa e beijou a ruiva. O beijo foi ficando mais intenso, as línguas já estavam querendo cada vez mais espaço. Camila se afastou.

 

-O que foi? Perguntou Mari sem entender.

 

-Deita na cama. Mari obedeceu e Camila deitou por cima dela. Os lábios voltaram a se encontrar e parecia que tinha ima neles, não conseguiam se desgrudar. Os corpos nus, faziam com que os seios delas roçassem um no outro... aquela carícia gostosa. Camila queria explorar aquele corpo e ela o iria fazer.

 

-Ahhh... a ruiva gem*u um pouco mais alto quando sentiu os lábios quente da morena em seu seio. Camila ch*pou, lambeu, fez círculo com a língua em um dos seios da ruiva, e a mão acariciava o outro. Marilia estava com sua fonte de prazer quase entrando em erupção e Camila sabia disso.

 

-Você tem assessórios sexuais? Marilia de tão concentrada que estava em seu prazer, precisou se reconectar com o ambiente para entender o que a morena perguntou.

 

-Você está falando de quê exatamente? Olhou confusa.

 

-Dildo, cinta, p*nis de borracha... ou você não usa?

 

-Tenho sim. Marilia se levantou e foi ao closet pegar os “brinquedinhos”. Voltou com uma caixa nas mãos e colocou na cama. Camila escolheu uma cinta com p*nis acoplado. Mari higienizou o “brinquedo” e já ia colocando, quando Camila a impediu.

 

-Não. Você não. Fez sinal com as mãos e pediu a cinta. Marilia entregou a cinta pra morena e a ajudou colocar. Camila deitou na cama e pediu que a ruiva sentasse sobre ela, especificamente sobre o p*nis. Marilia sentindo o objeto penetrando seu sex*, deu um gemido/gritinho. Camila ao ver a ruiva jogar a cabeça pra trás, sentiu seu sex* doer.

 

 

A cena que via, era incrível: aquela pele branquinha, com os cabelos vermelhos, mordendo os lábios para não gritar e com o rosto todo avermelhado. Marilia cavalgava em cima da morena, que não estava mais aguentando tanto tesão e intensificou os movimentos de vai e vem entrando em perfeita sincronia com a ruiva, que por sua vez, não fazia questão nenhuma de controlar seu gemido mais.

 

-Ca-milaaa... eu vo-u gooo-zar! Ahhh... Camila não resistiu e gozou junto.

 

-Ahhhhhh!!! Huuum... as duas não esperaram a respiração se normalizar e continuaram. Camila queria explorar aquele corpo que passou a morar dentro de si, dentro da sua mente, havia um bom tempo. Fica de quatro pra mim. Camila pediu e Mari obedeceu.

 

Marilia virou a cabeça pra trás ao sentir Camila segurando seu cabelo e puxando firme, mas sem machucar, para que pudessem se beijar. Camila beijou nuca... foi beijando as costas que estavam vermelhas, e agora estava admirando aquele bumbum perfeito. A vontade era morder, mas se contentou dando uns apertões. Beijou, mordiscou, apertou.

 

--Aonde tem creme hidratante. Perguntou.

 

--No closet tem. Mari respondeu sentindo um frio na barriga quando percebeu o porque da morena querer o creme. Marilia endireitou o corpo, ficando de joelhos, assim como Camila, olhou pra morena que já estava com o creme nas mãos. -Camila, tem certeza que sabe o que está fazendo? perguntou apreensiva.

 

-Sim, sei. As duas que estavam com o corpo colado e pela posição que estavam, possibilitou Camila acariciar os seios de Mari, enquanto a outra mão foi para o sex* da ruiva que escorriam, tamanha a excitação da ruiva. Camila beijou a nuca, o pescoço e a boca de Marilia e completou: -Eu quero explorar todo o seu corpo. Quero te fazer gem*r de todos os jeitos possíveis. Ouvir cada gemido e cada forma do gemido seu. Ahhh... você me enlouquece. Ai caralh*! Você não faz ideia do quando me deixa doida. Camila gemia e sussurrava pra ruiva, enquanto acariciava o sex* da ruiva.

 

-AHhh... Mari rebol*va sentido todos aqueles estímulos. Camila a empurrou de forma carinhosa a deixando de quatro. Lubrificou o orifício anal da ruiva e começou a penetrar o objeto, ficando enlouquecida por ver a ruiva empinar o bumbum e dar umas gemidinhas manhosa. Ainnn... ahhhh... enquanto rebol*va bem gostoso pra morena. Camila ao ver a ruiva quase goz*ndo, intensificou as estocadas e começou uma masturbação frenética no sex* dela.

 

-Go-za pra... mim... vai! Aiii ca-raaaa-lho! Ahhhh! Camila estava enlouquecida. Ouvir a ruiva gem*r daquele jeito, a estava deixando em estase. Camila pegou nos fios vermelhos e puxou firme, não pra machucar, mas segurou firme. -Goz* comigo! Aquilo não foi um pedido, o que prontamente a ruiva, que já parecia estar esgotada, porque não saberia nem dizer quantas vezes ela já havia goz*do, obedeceu.

 

-Me fode mais forte então. Ahhhh... gritou de prazer ao sentir a morena a penetrando com mais força. As duas, mesmo sentindo as forças acabando, não queriam deixar o cansaço atrapalhar aquele momento. Camila queria conhecer cada detalhe daquele corpo, cada gemido, cada ponto daquele corpo. Camila queria desvendar aquela menina/ mulher.

 

-Você me enlouquece! Falou Camila depois do ultimo gozo daquela noite/madrugada/manhã. É... era manhã já. Ainda conseguiram tomar um banho com direito a muito carinho embaixo do chuveiro e foram dormir.

 

 

-Bom dia! Camila estava se espreguiçando quando ouviu aquela voz doce. Mordeu os lábios ao lembrar da noite que passou.

 

-Bom dia! Não foi um sonho? Me diz que isso não foi um sonho. Abriu os olhos e olhou nos olhos azuis que estavam brilhando naquele momento.

 

-Bem, se você quiser, podemos repetir pra você ter certeza que não foi. Sugeriu rindo.

 

-Bem, não é uma má ideia. Riu e puxou Marilia pra um beijo. O beijo foi ficando cada vez mais intenso, mas o estomago da morena fez um barulho chamando a atenção delas.

 

-Eu acho que você precisa comer alguma coisa primeiro. Riu.

 

-É, também acho que preciso comer alguma coisa. Camila deu um selinho na ruiva e antes de levantar, falou: - Depois eu como você. Piscou e foi para o banheiro deixando uma Marilia engolindo ar seco. Marilia se levantou e foi ver se o bolo estava assado. Ela havia acordado mais cedo, tomou banho e foi fazer o café pra elas.

 

 

Camila tomou banho e foi em busca da ruiva. A encontrou na cozinha colocando a mesa. Abraçou Marilia por trás e deu um beijo no seu pescoço.

 

-Hummm... gostei disso! Mari sorriu pra morena. – senta, vamos tomar café. Enquanto tomavam café num clima bem descontraído e romântico. Eles ouviram um barulho de porta se abrindo e uma mulher entrando e aparecendo onde as duas estavam tomando café.

 

 

 

 -Bom dia. Desculpa, nem sabia que você estava aqui. Falou Regina olhando pra ruiva.

 

-Ei, Regina, bom dia. Mudanças de planos. Sorriu.

 

-Tá explicado. Regina riu também ao ver Camila.

 

-Então... Camila, esta é Regina. Regina, Camila.

 

-Prazer! As duas disseram juntas.

 

-A Regina me ajuda na organização da casa. Falou a ruiva pra morena.

 

-Não vou atrapalhar vocês. Regina vou me trocar.

 

-Ela te ajuda a manter a casa arrumada?

 

-Sim. Desde que passei a morar sozinha que ela está me ajudando.

 

-E isso tem tempo?

 

-Sim. Moro sozinha desde os dezenove.

 

-Hummm... você é independente desde nova. Muito bem! Camila fez carinho no rosto da ruiva. As duas estavam com as cadeiras bem próximas e uma das pernas de Mari estava sobre as de Camila. -Uma coisa me chamou a atenção: ela não ficou surpresa com minha presença... por quê? Semicerrou os olhos, encarando a ruiva.

 

-Ah, não sei! Riu

 

-Não sabe, né?

 

-Ah, é sério. Não sei. Tá bom, então pergunta pra ela. nisso Regina estava chegando onde elas estavam.

 

-Eu não sei de nada. Já se defendeu.

 

-Meu Deus! Já é combinado, né? Camila fez cara de indignação. Enquanto Marilia gargalhava.

 

-Tá, o que é combinado que eu não estou sabendo?

 

-Re, a Camila quer saber o porque de você não ficar surpresa com a presença dela...

 

-É óbvio que você trás muitas mulheres aqui, por isso ela nem fica surpresa. Marilia gargalhava diante do ciúme da morena.

 

-Aí! Camila beliscou a costela da ruiva. Regina riu.

 

-Bem, eu não queria falar nada não, mas já que ela já sabe né?

 

-Eu não acredito que estou vendo isso! Mari reclamou.

 

-Eu disse que tinha coisa, né? Aiai...

 

-Regina! Agora é um complô contra mim?

 

-Ué, ela já sabe mesmo. E saiu da beira das duas rindo.

 

-Você fica tão bonitinha com essa carinha emburrada. Camila falou.

 

O clima entre as duas estava bem gostoso. Eram dez e meia e as duas estavam se curtindo olhando a vista.  Camila teve que ir embora e Marilia foi dormir.

 

 

 

-Bia, posso falar com você?

Fim do capítulo