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As escolhas de Helena por escolhasdehelena

Ver comentários: 1

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Palavras: 3159
Acessos: 1435   |  Postado em: 31/01/2020

Capitulo 57 - Lei do retorno

 

Helena voltou ao apartamento sorrindo involuntariamente e sentindo algo que não sentia há um bom tempo, como seu estômago estivesse cheio de...

 

“Passarinhos?” Anna Júlia questiona, ao ver a amiga na varanda.

“Oi?” Helena se assusta ao ser interrompida.

“Está chamando passarinhos? Nunca tinha visto você assobiar dessa maneira.” Anna entrega um copo de chá de pêssego para a amiga.

“Ah não, só estava olhando para o nada, repassando uma música em  minha cabeça.

“Esse olhar apaixonado aí está revelando que você fez as pazes com quem faltava...”

“Fiz!” Helena sorri, empolgada. “Até nos beijamos novamente!” A garota suspira e olha para o céu. “Eu não sei, estar perto dela é diferente. Acho que eu costumo valorizar aquilo que não vem com facilidade.”

“Ah, minha querida, mas isso é do ser humano mesmo.” Anna ri.

“E a Érin, está dormindo?”

“Sim, como um anjo, o que me impressiona porque se ela fosse igual a mim, choraria vinte e quatro horas por dia.”

“Ainda bem que não é!” Helena dá risada enquanto as garotas saboreiam o chá.

 

 

________//________

 

 

Dante estava extremamente empolgado com o início oficial da vida a dois no novo lar, e então chamou seus pais para conhecerem a nova residência. A mãe, que aguardava o convite desde quando o garoto saiu de casa, obviamente aceitou. O pai relutou um pouco por ter que remanejar a agenda, mas na semana seguinte o casal reservou um voo para São Paulo, e de lá, alugaram um carro e partiram para o interior.

Dante os esperava com a mesa de jantar preparada, completamente ansioso. Quando o casal chegou, foi recepcionado pelo filho e pela nora, que fizeram uma tour pelo apartamento antes do jantar, o que não demorou muito tempo devido as dimensões do ambiente.

“Então, o que acharam?” Dante pergunta, enquanto puxa a cadeira para a mãe se sentar à mesa de jantar.

“Bem modesto, mas aconchegante, meu filho.” A dermatologista sorri.

“Interessante que dá para ouvir tudo o que os vizinhos conversam, não?” O pai comenta.

“Sim, mas acabamos nos acostumando.” Dante responde.

“Se quiserem, amanhã podemos dar uma volta na cidade, para o senhor e a senhora matarem saudade da cidade...” Lívia comenta, trazendo o prato principal à mesa.

“Eu adoraria!” A mãe exclama.

“É, pode ser...” O cirurgião não parece muito contente.

“Por que não estás empolgado, pai?” Dante questiona, curioso.

“Teu pai não está muito a fim de revisitar o passado, provavelmente.” A Dra. Kohler-Simmel desconversa.

“Mas poxa, o papai sempre gostou de contar sobre os tempos de faculdade e de residência. Pensei que seria o paraíso para ele voltar aqui.”

“É que não estou muito bem, meu filho, uma leve náusea, certo desconforto, às vezes quando viajo fico assim.”

“Mas tu não ficaste assim nem quando fomos para a Europa...” Dante insiste, percebendo algo errado na expressão facial do pai.

“Por isso eu disse às vezes.” Ricardo, que mal tinha tocado na comida de seu prato, levanta-se. “Eu preciso ir ao banheiro e depois vou passar em uma farmácia para comprar um antiemético.”

“Nós temos aqui!” Lívia se levanta e corre para buscar na prateleira. “Aqui, sr. Ricardo.”

“Obrigado.” Dr. Simmel toma o comprimido com um copo de água.

“Ricardo, tu sabes muito bem que isso não é gástrico, é psicogênico.” Adelheid revela.

“Eu só preciso ir para o hotel e descansar um pouco agora.” Ricardo corta o assunto rapidamente. “Filho, depois você leva sua mãe de carro? Eu estou indo agora, preciso descansar.” O pai reitera.

“Tudo bem... mas tens certeza que vais ficar bem sozinho?” Dante pergunta, meio contrariado e confuso.

“Vou sim. Necessito repouso, apenas isso.” O pai sorri e se despede.

 

________//________

 

Os jovens e a dermatologista finalizaram o jantar sem tentar tocar no assunto do pai, mas quando Dante levou a mãe para o hotel, aproveitou que estavam sozinhos para esclarecer o que mais lhe deixou ressabiado.

“Mãe, por que disseste ao papai que o problema era psicogênico? Ele está com ansiedade?”

“Não é isso, filho, só que seu pai, por não ser clínico, esquece de dar importância à causa-base. Só pensa na solução direta, bem típico de cirurgião.”

“Mas afinal qual é a causa base?!” Dante insiste.

“Filho, se quiseres, tu conversas com teu pai porque isso não é assunto meu.” A mãe se limita a uma simples afirmação.

“Do que estás falando?” Dante fica mais curioso ainda.

“Pergunta a teu pai. Amanhã tu conversas com ele.” Adelheid continua sendo vaga e Dante desiste de interrogar a própria mãe.

 

________//________

 

Retornando ao seu apartamento, Dante se deitou ao lado de sua namorada, mas não conseguia dormir de jeito nenhum.

 

“Dante, por que você está se remexendo tanto?” Lívia pergunta, ao ser acordada pelo movimento da cama.

“Meu pai estava diferente, parecia que escondia algo de mim... será que ele está doente?” Dante pergunta para a namorada, enquanto olha para o teto.

“Ele só estava passando mal, amor, não fica pilhando em cima disso.”

“Eu conheço meu pai, Liv, aquilo não era passar mal. E quando perguntei para a minha mãe, ela pediu para que eu conversasse com ele.”

“Tenho certeza que não é nada.” Lívia dá um selinho no namorado. “Agora vamos dormir porque eu tenho que adiantar meu artigo amanhã antes de passearmos com seus pais.”

 

________//________

 

No domingo à tarde, Dante aguardou os pais para o passeio, mas somente a mãe veio. Mesmo desapontado, levou as mulheres de sua vida para o shopping. Para tirar do menino esse sentimento de preocupação, a mãe tentou agradá-lo comprando roupas novas para o dito cujo e a namorada, mas de nada adiantou. Ao voltar para casa, o garoto não sossegou.

 

 

“Eu preciso ver meu pai.” Dante afirma, enquanto troca de roupa rapidamente.

“Dante, seu pai já deve estar dormindo, você vai vê-lo amanhã antes de eles irem para São Paulo para pegarem o avião!” Lívia comenta, já debaixo dos lençóis.

“Meu pai não é assim, Liv! Tu sabes muito bem, já viajastes conosco. Tem algo errado. Vou lá no hotel, volto assim que tiver respostas”.

 

________//________

 

No apartamento de Helena, Anna Júlia caminhava de um lado a outro com a bebê, balançando-a para que pegasse no sono. No meio do caminho, parou no quarto de Helena e a flagrou experimentando uma roupa de sair, com o decote comportado o suficiente para não ser adequado em uma balada, mas grande o suficiente para ser notado em um encontro.

“Está se arrumando tanto para ir aonde em pleno domingo à noite? Para a Igreja?” Anna brinca.

“Não, na verdade vou esperar Thaísa sair do culto para me encontrar com ela.”

“E por que não saíram ontem?”

“Eu queria deixar pronto um trabalho e ela tinha algumas pendências a arrumar para o culto de hoje, parece que ia organizar alguma apresentação infantil.”

“Enquanto isso eu sinto falta do trabalho, sinto falta de ler petições, discutir com meu chefe...”

“Mas quando voltar ao trabalho, vai sentir falta de passar o dia todo com a Érin...” Helena comenta enquanto se checa no espelho.

“Exatamente!” Anna ri.

“Tenho que ir agora, Thaísa disse que vai falar com o pai dela e inventar que vai tomar sorvete com uns amigos, então tenho que estar lá no horário certo.” Helena explica e então beija a testa da pequena Érin, deixando uma marca de batom.

“Saindo da Igreja e mentindo? Você está levando a garota para o mal caminho, Helena!”

“Ela vai fazer o quê? Dizer que vai para o encontro com uma garota para o pai dela fazer cena em frente à Igreja? Depois haja terapia para isso.” Helena retruca enquanto tenta limpar a marca de batom na testa da bebê.

“Deixa, não tira não, vou tirar uma foto com essa marca e depois eu passo um paninho!” Anna comenta. “Caramba, minha filha vai ter tanta foto de infância que a formatura dela vai ter que durar pelo menos dois dias!”

 

 

________//________

 

Conforme combinado, Helena aguardou por Thaísa a algumas quadras da Igreja. De lá, passaram no drive thru e pediram seus lanches.

“Quer ir lá para casa? Melhor do que comermos dentro do carro...” Helena propõe.

“Fico com um pouco de medo de ter algum conhecido lá no seu prédio, afinal meu pai acha que estou em outro lugar...”

“Então quer ir para a cidade ao lado? Podemos ir para algum hotel....”

“O tempo que vamos perder na estrada não vai dar para fazer nada daquilo que eu sei que está na sua mente, Helena.” Thaísa ri. “Mas eu conheço um lugar perfeito que ninguém vai nos ver.

 

Thaísa guiou Helena pelas ruas da cidade até chegar em um campinho completamente deserto. Com os lanches pela metade, Thaísa e Helena foram para o banco de trás do carro e começaram a se beijar com certa voracidade.

Helena curtia a pegação, mãos bobas por baixo das blusas, coxas se roçando, estava começando a sentir sua própria vulva pulsar, a troca de calor aumentando, mãos descendo sorrateiramente para encontrar o botão da calça, quando sua mente iniciou a auto sabotagem.

“Espera...” Helena retoma o fôlego após afastar Thaísa.

“Você está bem?”  Thaísa pergunta, ainda ofegante.

“Estou, é que...” Helena passa a mão sobre a própria boca tentando limpar a mistura de seu batom com o da outra garota. “Na verdade eu não estou bem.”

“Isso é por causa da limitação dos lugares que podemos ir?”

“Não, não é isso. É que... bem, aconteceu algo comigo um tempo atrás.”

“O que foi?”

Helena respira fundo. “Um cara me atacou. Mas não aconteceu nada, ainda bem que alguns amigos estavam me procurando. Mas o susto, o medo...”

“Helena! Não creio!” Thaísa fica em choque. “Por que você não me falou nada antes?! E você denunciou? Você se machucou?”

“Não e não, eu não queria me expor porque era uma figura pública de Portugal.”

“Isso foi em Portugal?”

“Sim...”

“Então por isso você tem andado diferente desde quando voltou?!”

“Bem, eu ainda estava processando isso tudo...”

“Ah, Helena, se você soubesse o quanto eu me preocupei com você sem saber o que estava acontecendo de verdade...”  Da maneira que ambas estão sentadas, uma em frente a outra, Thaísa a puxa para um abraço e vai reclinando, de modo que Helena se recosta sob o seio de Thaísa dentro do carro e fica ali, deixando o silêncio falar pelas duas.

 

 

________//________

 

Dante chegou no hotel em um misto de ansiedade, preocupação e até certa raiva. Subiu ao quarto dos pais e o cirurgião aparentava estar bem, deitado em sua cama enquanto assistia televisão.

“Pai, o que raios está acontecendo?” Dante se coloca em frente à TV.

“Filho...” Ricardo desliga a televisão e suspira. “O pai passou mal hoje, às vezes acontece.”

“Pai, eu nunca te vi assim. Se tu não querias vir para cá, não precisavas ter vindo. Teria sido melhor do que passar o dia trancado em um quarto de hotel.”

“Dante...” O pai olha para o filho e depois para a esposa. “Eu não passei o dia no hotel. Ontem eu realmente tive um breve mal-estar, mas hoje eu fui tentar resolver a causa dessa sensação ruim...”

 

________//________

 

Dante dirigiu de volta para a casa, enfrentando a chuva que acabava de começar. Parou o carro em frente ao prédio, saiu, e deixou a chuva correr sobre sua cabeça e seu corpo enquanto raciocinava. Quando caiu em si, finalmente entrou, completamente encharcado.

 

“Amor? O que aconteceu? Deu algum problema com o carro? Você está ensopado!” Lívia, que não conseguia dormir, avistou o namorado.

“Não, eu... eu vou tomar banho.” Dante, meio perdido, avisa.

“Hey!” Lívia se levanta da cama e vai ao encontro do namorado, antes de entrar no chuveiro. “Você está bem? Seu pai está bem?” Ela para em frente ao amado e coloca suas mãos sobre o peitoral molhado do rapaz.

“Está... ele está.” O garoto engole a seco. “Ele disse que eu tenho uma... irmã?”

“Uma irmã?! Como assim?!”

“Ele disse tantas coisas que eu fiquei até meio atordoado...” O garoto confessa. “Parece que ela mora aqui, é nove anos mais velha do que eu...”

“Vem, eu lhe ajudo, você precisa de um banho quente.” Lívia auxilia a tirar as roupas do amado. “Sua mãe sabia disso?”

“Sabia...” Dante tira os sapatos. “Mas ela disse que não me contou porque o papai não queria que eu soubesse, uma vez que minha irmã não queria contato com a família e isso poderia me machucar.”

“Mas era direito seu de saber!” Lívia recolhe as peças de roupa e as coloca em um balde ao lado do chuveiro. “E por que ela se nega a ter contato?”

“Ela não quis contato com meu pai porque ele nunca fez questão de aparecer... meu avô pagou pensão por um tempo e depois meu pai assumiu a responsabilidade, mas o mais importante, que era estar presente, ele não o fez. E quando ele resolveu consertar o passado indo hoje à tarde procurá-la, deu com a cara na porta.” Dante entra debaixo do chuveiro.

“Então ela nem sabe que tem um irmão por parte de pai?”

“Não sei... eu estava tão confuso com tantas informações que nem parei para perguntar. Só sei que ela se chama Ingrid, mas não sei o sobrenome porque parece que quando ela se casou, tirou o nome do meu pai e utiliza o do marido.”

“Mas seu pai lhe contou onde ela mora?” Lívia, do lado de fora do box, cruza os braços enquanto tenta captar mais informações.

“Só contou que ele demorou para encontrar a casa porque a mãe dela só tinha fornecido uma referência, que era um salão de beleza de um bairro perto do centro.”

“Espera, o salão é dela? Porque se for, tem um salão de beleza chamado Ingrid que fica perto do centro. Eu já fui lá e meu irmão também, é unissex. Será que é esse?”

“Sério?” Dante desliga o chuveiro e coloca a cabeça para fora do box. “Então tu sabes onde é?!”

“Se for onde estou pensando, sim.”

“Perfeito!” Dante se empolga. “Vamos lá amanhã depois da aula.”

“Mas você não vai se despedir dos seus pais primeiro?”

“Eles vão de manhãzinha. Passarão aqui pouco antes da nossa aula.”

“E você vai falar para eles que vai tentar conversar com sua irmã?”

“Para o meu pai me desencorajar dizendo que ela não quer ter contato? Nem pensar.”

 

 

________//________

 

Helena acordou pela manhã com duas chamadas perdidas de Pérola. Estranhando, resolveu retornar a ligação antes de começar o dia.

 

“Ainda bem que você ligou, Lena!”

“O que foi?”

“Você não vai acreditar! O Vaz está sendo indiciado por molestar uma intercambista brasileira aqui em Portugal!”

“Sério?!”

“Sim! Eles tem provas, testemunhas e tudo mais. Agora o Vaz já era.”

“Você não sabe a paz que me traz ao ouvir isso, Pérola.”

“Imaginei! Está por toda a Internet, não sei como você não leu ainda!”

“Eu acabei de acordar, na verdade. Caramba, o carma não falha mesmo. E a menina, como está?”

“Então, não sei lhe dizer direito, quem está sabendo todos os detalhes é o Martim, mas parece que a menina está se recuperando aos poucos de toda essa situação.”

“Sei bem como é. Se o Martim tiver o contato da menina, teria como vocês me passarem depois? Queria agradecê-la pela coragem que não tive.”

“Vou perguntar ao Martim e se ele tiver, passamos sim, minha querida. Mas e você, como está?”

“Estou levando. Ontem eu desabafei com alguém que deveria ter desabafado há muito tempo e me senti um pouco mais leve.” A lembrança da noite anterior fez Helena sorrir para as paredes.

 

________//________

 

Dante mal conseguiu prestar atenção na aula. Tudo que conseguia pensar era em todos os anos perdidos sem saber da existência de uma irmã mais velha. Sem saber se partilhariam o mesmo gosto musical, se teriam o mesmo paladar, se partilhariam viagens juntos, ou como teria sido a reação dela na transição do irmão mais novo. Esperançoso de que todas essas questões seriam respondidas, ao final da aula foi ao tal salão, que se encontrava fechado por ser segunda-feira. A casa ao lado também parecia estar toda trancada.

 

“Droga, por que eu não pensei nisso?” Dante suspira, frustrado. “Ainda mais depois do susto que ela deve ter levado com a aparição do meu pai, é óbvio que ela ficaria fora de casa no dia da folga.”

“Tudo bem, amor, outro dia a gente volta. Mas a propósito, como você planeja contar para ela que é o irmão mais novo?”

“Bem, eu andei pensando muito nisso. Não posso chegar de supetão e falar assim. Estava pensando em marcar um horário para cortar o cabelo e conhece-la aos poucos.” Dante explica.

“Era o que você ia fazer hoje?”

“Sim, exatamente, se o salão estivesse aberto. Ou não, na verdade eu ainda estou pensando e minha cabeça está repleta de informações, sinto-me meio perdido. Mas tudo bem, temos muito tempo ainda.”

 

 

________//________

 

Lá pelo fim da tarde, Helena conseguiu o contato da menina. Poucas mensagens depois, ela conseguiu realizar a ligação. Após partilharem suas histórias por mais de uma hora, Helena se sentiu finalmente compreendida. Mas havia ainda uma pequena porcentagem dentro de si completamente inquieta.

“Hey, trouxe seu jantar...” Anna Júlia entra no quarto da amiga com um prato de macarronada.

“Ah, obrigada!” Helena pega o prato que lhe é oferecido e o coloca sobre a escrivaninha, antes de se sentar na cama. “Anna, sabe quando você está comendo alguma coisa, e aquilo está maravilhoso, mas falta algum tempero? Digo, sem o tempero não fica ruim, mas é como se a falta daquilo é o que impede de ser perfeito... sabe a sensação?”

“Isso tem algo a ver com a macarronada? Mas você ainda nem comeu...”

“Não! Não tem nada a ver com a macarronada, desculpe a analogia...” Helena ri. “Eu só... eu acabei de falar com a outra vítima do Vaz.”

“Ah! Eu li a respeito do caso hoje na internet. Como ela está?”

“Também está processando a situação, assim como eu. Conversamos bastante, ela também é estudante de Medicina, e faz intercâmbio em Lisboa.”

“Então esse canalha perseguia um tipo específico de mulher.”

“Pois é. Mas a questão é essa, por mais que eu saiba que ele vá para a cadeia agora, tem algo me incomodando.”

“E o que você acha que é?”

Helena pausa por alguns segundos. “Eu achei que isso iria embora uma vez que o carma viesse, mas eu sinto que só vai embora quando eu mesma fizer o que tem que ser feito.” A garota se levanta e pega as chaves do carro ao lado do prato de comida.

“Onde você vai?”

“Vou à delegacia ver como posso reportar um crime que ocorreu em outro país.” Decidida, Helena abraça a amiga e sai em busca de justiça.

 

Fim do capítulo


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Comentários para 57 - Capitulo 57 - Lei do retorno:
rhina
rhina

Em: 09/09/2020

 

Helena.

Boa noite Autora

Rhina

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