Duas semanas depois...

 

-- Esses são os modelos que desfilarão na sexta. – Lívia olhou o grupo e depois para sua assistente.

-- Eles não se parecem com o que combinamos.

-- São homens com estilo mais maduro, a roupa vai realçar melhor.

-- Essas roupas são para surfistas, mergulhadores e pessoas que curtem um esporte mais radical... – voltou a olha-los. – Eles se parecem mais com executivos da bolsa. – revirou os olhos.

-- Lívia está em cima, o desfile será sexta. A agência nos enviou estes e são perfeitos. – neste momento Haidê chegou ao local onde seria o desfile e olhou para o grupo de homens que conversavam a uma determinada distância.

-- Oi amor... – beijou o rosto da morena quando ela se aproximou.

-- Farão algum tipo de reunião aqui? – Haidê perguntou enquanto avaliava o local.

-- Não. Por que achou isso? – ela apontou o grupo com a cabeça.

-- Parecem executivos. Quem são eles? – Lívia olhou para a assistente.

-- Mude a agência, ligue para o Rio de Janeiro, faça o que for preciso, não quero esses homens.

-- Sério que esses são os seus modelos para marca Fachini Surfwear? – a advogada perguntou em tom de brincadeira.

-- A agência nos mandou estes rapazes... – viu que um deles não tirava os olhos de Haidê. – Vocês já podem sair. – falou um pouco mais alta por causa da distância.

-- Não haverá ensaio? – o mesmo que olhava para Haidê se aproximou.

-- Não haverá ensaio, desfile, não haverá nada. – respondeu irritada com o jeito do moreno para cima da esposa.

-- Lívia, nós não temos mais como substitui-los.

-- Eu perdi o dia vindo até aqui. – o mesmo modelo disparou sem tirar os olhos de Haidê, mas ela não percebeu, estava prestando atenção na esposa. – Aliás, todos nós perdemos e ainda estamos com fome.

-- Jane, por favor, veja essa questão para mim. O mesmo carro pode leva-los de volta. – olhou para os rapazes. – Estão todos dispensados. Jane vai leva-los até o carro, mas antes de retornarem a São Paulo, poderão almoçar.

-- Você não quer nos acompanhar no almoço? – o modelo perguntou de forma galanteadora a Haidê que foi pega de surpresa e antes mesmo de responder viu a expressão de Lívia.

-- Obrigada, mas eu planejo almoçar com minha esposa. – esticou a mão para Lívia que recebeu e olhou para o homem com um semblante fechado.

-- Jane, por favor, os acompanhe e podemos deixar essa questão do desfile para a tarde.

-- O quanto antes Lívia. – pediu a assistente e saiu.

-- Seus pais passaram mel em você, só pode. – declarou emburrada e Haidê a puxou.

-- Nem prestei atenção nele.

-- Tem que ficar mais esperta, esse povo tem mania de querer o que já tem dono. – cruzou os braços irritada e Haidê a abraçou mesmo assim.

-- Eu te amo bobinha. – sorriu. – Vamos almoçar que estou faminta.

-- Amor, eu não sei se consigo ir até nossa casa, pensei em comer um sanduiche aqui mesmo.

-- De jeito nenhum. – soltaram-se. – Vamos comer comida saudável e não vai demorar, não precisa ser na nossa casa. – Haidê escolheu um restaurante próximo especializado em frutos do mar. Ela mesma fez os pedidos, enquanto Lívia permanecia pensativa. – O que está pensando esse meu anjinho? – perguntou com uma expressão brincalhona, Lívia sorriu e bebeu um pouco de água.

-- Eu sei o que você vai responder, mas quero que pense com carinho no que conversamos antes de nos casar. – Haidê fez uma cara de quem não entendia e ela explicou. – Quero ter um filho seu.

-- Como esse assunto entrou em pauta e não percebi? – levou em tom de brincadeira.

-- Haidê, eu não estou brincando. – revirou os olhos. – Esse assunto sempre esteve em pauta, só que você abafa.

-- Lívia sabe que...

-- Eu sei que essa responsabilidade vai tomar nosso tempo e somos, praticamente, recém-casadas.

-- Praticamente? Lívia, nós somos recém-casadas. Agora que vamos para seis meses. – olhou de um lado a outro procurando argumentos e a olhou. – Esse projeto deve ser pensado direito. Agora, nós podemos aproveitar para viajar e nos curtir por mais tempo, só nós duas.

-- Projeto? Eu não estou falando de uma coisa qualquer... – baixou a cabeça e depois fitou a morena - Eu quero ter um pedaço de você crescendo aqui dentro. – falou emocionada e colocou as mãos sobre a barriga. – Ter um bebê com esses olhos lindos da cor do céu, esse cabelo preto como a escuridão da noite... Meu Deus Haidê, eu a amo tanto que quero apenas lhe sentir aqui dentro, um pedacinho seu crescendo dentro de mim. – a advogada pareceu ser vencida nos argumentos, também estava emocionada. O garçom se aproximou e serviu o almoço das duas. Ficaram em um silêncio que durou minutos e foi a morena a primeira a falar.

-- Para que filhos agora? Amor, eu posso lhe dar o mundo.

-- Só quero você e o fruto do nosso amor. – respondeu de imediato.

-- E se eu não quiser? – falou em um tom mais baixo.

-- Eu... – colocou os talheres sobre o prato. – Acho que perdi o apetite. – Haidê a olhou e pegou em sua mão.

-- Lívia, por favor, coma um pouco. – ela fez menção em se levantar, mas a advogada a segurou. – Podemos voltar nesse assunto outra hora. – sugeriu.

-- Eu não quero que responda agora, só peço que pense e não fuja do assunto.

-- Vamos conversar depois do desfile? Eu prometo que não irei fugir e assim poderemos falar com mais calma.

-- Promete?

-- Sim. – esfregou a mão menor. – Agora coma um pouco, ultimamente não tem se alimentado direito. – Lívia sorriu e voltou a comer, mas o entusiasmo de antes havia sumido.

 

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-- Lívia, eu conversei com a agência e não tem outros modelos para sexta. – viu que a loira iria falar algo. – Antes que me peça, eu já liguei para o Rio de Janeiro e eles podem confirmar para próxima semana. Resumo do capítulo? Vamos permanecer com os homens com cérebro. – falou de forma preconceituosa.

-- Acha que modelos no estilo surfista não possuem cérebro?

-- Nem todos, mas aqueles que vivem na praia.

-- Interessante, eu era assim. – forçou o sorriso. – Jane, eu não quero intelectuais. Quero aproximar a realidade do que somos.

-- Desinteressantes. A maioria do público é feminino, vamos fazer muito mais sucesso se as mulheres se empolgarem. – Lívia olhou para a assistente e depois para Haidê.

-- Isso é sério? – andou de um lado a outro com a mão na cabeça. A advogada entendia o ponto de vista da esposa, apesar de achar a discussão desnecessária.

-- Eu tenho uma ideia. – as duas olharam para Haidê. – Podemos falar com os rapazes da academia. Até o próprio Júnior poderá desfilar.

-- Era só o que faltava! – Jane bufou indignada. – Este é um desfile sério, de uma marca de esportes que quer se consolidar de vez no cenário nacional. – explicou em tom desafiador para Haidê. – E não uma brincadeira de garotos, ratos de academia.

-- Pois saiba que estes garotos, ratos de academia, como você fala, são uma grande parte do público que utiliza a marca Fachini. Melhor trazer a realidade do que um bando de executivos metidos para representa-los.

-- Olha Lívia, está com você. – Jane pressionou a loirinha. – Eu não vou acatar com essa ideia, se você optar, tô fora.

-- Acha que eles conseguem desfilar? – perguntou a Haidê.

-- Aquele animal não consegue nem falar, quem dirá desfilar. – Jane interrompeu.

-- Eu gosto do Júnior, sou amiga dele e da metade dos ratos de praia... – forçou o sorriso. - Por isso lhe aconselho a respeita-los e sugiro que policie o tipo de palavra que usará. – falou com seu tom ameaçador. A mulher sustentou o olhar.

-- Se você acatar com isso...

-- Então aproveita e leva os intelectuais que você conseguiu. – Lívia respondeu e puxou Haidê para falarem sobre os garotos da academia. – Será que eles irão aceitar? – Jane jogou a prancheta no chão e saiu bufando. Lívia olhou para trás e riu. – Quando você será menos intimidadora?

-- Prefere minha versão pacata? – juntou as mãos, piscou os olhos várias vezes em uma pose angelical. Lívia sorriu e puxou para um beijo.

-- Consegue mesmo os rapazes? – perguntou ainda abraçada.

-- Claro que sim, só falar que vai ter um monte de mulher bonita que eles entram animados... – sorriu. – E ainda sem custos.

-- Posso usar isso para convencer Fernando quando ele tentar me matar por ter demitido Jane.

-- Você não a demitiu, ela fez isso. – voltou a beija-la.

-- Amor...

-- Hum...

-- Essa semana o circuito do campeonato será aqui... – avaliou a expressão da morena. – O pessoal me convidou a participar dos três dias e ainda do luau de abertura. Então eu sugeri que o luau fosse lá à frente de casa, vou patrocina-lo.

-- E?

-- Você se incomoda de recebermos algumas pessoas no outro dia?

-- Lívia, não tem problema... – sorriu. – Eu sei que sente falta de tudo isso. – a beijou. – Pode curtir esse momento. – sorriu.

-- Então... – Haidê ergueu uma sobrancelha aguardando o resto.

-- Posso fazer outra festa na nossa casa depois da premiação? – Haidê achou lindo o jeito dela.

-- Tudo bem amor.

-- Você vai gostar e...

-- Anjo, eu tenho aquele julgamento essa semana, aproveite.

-- Havia esquecido. – pensou um pouco. – Eu deveria estar ao seu lado, ele será importante para sociedade e ainda para sua carreira. – ela se referia ao julgamento de um homem que matou toda a família da mulher com quem havia se casado para herdar o dinheiro. – Eu sei que você ficou mexida com essa história.

-- Fiquei sim, lembra muito que passamos. – sorriu sem graça. – Esse julgamento é no final do mês.

-- Então não me lembro de... – parou um momento a fitando nos olhos. – Você vai para São Paulo, sozinha com aquela vaca?

-- Lívia...

-- Desmarque e deixe para depois do desfile.

-- Eu não posso meu anjo. Essas coisas são decididas pelo juiz. – cruzou os braços, irritada.

-- Mande Mariana.

-- Amor... – aproximou-se e Lívia se afastou. – Lívia, o que é isso?

-- Isso é aquela vaca que babou por você. – olhou de um lado a outro. – Quer viajar com ela? Não serei eu a impedir.

-- Está falando sério?

-- Você que sabe sobre seu trabalho. Faça sua escolha, mas pense bem no que quer, porque cada escolha tem uma consequência e deverá arcar com ela. – saiu deixando-a sozinha. Haidê passou as mãos pelo cabelo.

 

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Haidê andou de um lado a outro da sua sala, estava pensando no que Lívia havia falado.

-- Merda! – praguejou no mesmo momento que Mariana entrou.

-- Haidê falando um palavrão? Ui! O que está acontecendo?

-- Eu preciso de um advogado para me defender depois de matar Ulisses.

-- Entendi. – cruzou os braços e sorriu. – Lívia conheceu Vera?

-- Conheceu naquele dia... – gesticulava enquanto andava de um lado a outro. - E agora tem esse campeonato e depois o desfile... Merda! Lívia está irredutível e não tiro a razão dela.

-- Razão? Aconteceu alguma coisa? – Haidê explicou tudo à sócia que ouvia atentamente.

-- E agora Lívia está irritada e eu não aguento olhar para aquela mulher.

-- Precisa de ajuda para matar seu irmão? – olharam-se e começaram a rir. – Verdade que ela insinuou “coisinhas” com a foto de Lívia? – Haidê balançou a cabeça. – Tem certeza que ainda vai defendê-la? Deveria ficar com pena, mas não estou.

-- O que faço? – sentou e respirou fundo. – Podemos jogar o corpo com vários pesos no mar. – Mariana revirou os olhos.

-- Bem melhor a tortura lenta e prazerosa. Amarrado com o corpo cheio de mel e próximo ao formigueiro.

-- Poderíamos nos sentar e apreciar o sofrimento. – Haidê sentou e colocou as mãos na cabeça.

-- Ele indicou porque queria a melhor advogada para essa vaca... – falou pensativa. – Ulisses tem alguma coisa nessa história.

-- Não delira mais, já temos Lívia assim.

-- Enquanto é delírio está tudo bem, mas se eu descobrir que tem algo a mais... Ah ele estará muito encrencado.

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-- Lívia, essa festa não era depois do campeonato?

-- Faremos outra depois. Essa é uma comemoração antecipada.

-- E quantas pessoas serão? – ela parou e pensou.

-- Não sei. – Bá revirou os olhos.

-- Haidê concordou com isso?                                      

-- Essa casa também é minha. – Bá a avaliou.

-- Lívia, vocês estão casadas, isso não a faz aceitar tudo que empurra.

-- Quer saber dona Dirce? Sua querida e amada Haidê tem um julgamento em São Paulo.

-- O que tem isso? – perguntou com voz de enfado.

-- O que tem isso? A mulher que ela vai defender é uma escrota do caralh*! – passou a mão pelo rosto irritada. – Pronto, falei!

-- Sua boca está suja. – recriminou. – Nunca falou assim comigo.

-- Desculpa Bá. – bufou. – Estou muito irritada. Eu quero fazer dá certo, mas ela arruma essa cliente em São Paulo e a mulher cai de quatro em cima dela... Não consigo engolir isso quieta.

-- Haidê provou várias vezes que lhe ama, não sei o motivo dessa insegurança desnecessária.

-- Ela pode me amar, mas deu espaço para aquela vaca. Bá elas ficarão em São Paulo durante o julgamento, está entendendo a situação?

-- Ela vai como advogada, com toda certeza depois vai ficar no hotel e descansar. Não compare Haidê às meninas com quem ficou ela é diferente.

-- Diferente ou não eu dei chance de escolha.

-- Que escolha menina? Isso é o trabalho dela, não pode faltar e deixar a outra sem defesa. Por pior que seja, Haidê tem que fazer o trabalho dela, ela tem responsabilidades.

-- Ela terá de escolher em ficar aqui ou ir. – Bá revirou os olhos.

-- Se ela for?

-- Vai arcar com as consequências.

-- Lívia, você tem um coração bom, mas é mimada. – a loira a olhou surpresa. – E quer saber? Seu pai e seu tio nunca lhe deram umas boas palmadas na hora certa.

-- Bá...

-- Não venha com essa história de Bá. – exigiu com o dedo em riste. – E tem mais, se fizer algo que vá se arrepender depois, não venha chorar perto de mim, porque eu darei as boas palmadas que faltaram na sua adolescência. – saiu sem tempo para resposta.

 

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O som da casa estava alto, várias pessoas circulavam pela varanda e na área da piscina. Nos sofás da sala vários casais se abraçavam e beijavam, se Júnior estivesse ali diria que era o “espaço do amasso”. Haidê chegou e deu de cara com este cenário, olhou em volta e não viu a esposa. Ela foi até o escritório e jogou suas coisas, depois fechou a porta com chave e foi atrás de Lívia.

-- Haidê...

-- Oi Bá... – olhou em volta. – Esse som alto, até parece que Bob Marley está fazendo um show ao vivo. – Bá revirou os olhos, estava cansada e intuía que Lívia iria se arrepender daquela birra. - Você viu Lívia?

-- Na verdade, também estou procurando. – mentiu, ela estava ali para evitar que Haidê se aborrecesse. – Venha, vou servir seu jantar.

-- Estou sem fome agora. – sorriu. – Vamos procurar aquela loirinha. – puxou a velha senhora e saíram em direção à piscina. Não demorou e Haidê encontrou Lívia. Um homem a abraçava por trás, enquanto ela dançava com uma mulher. Bá sentiu o corpo da advogada imóvel, a olhou e depois seguiu seu olhar.

-- Estão apenas dançando.

-- Estou vendo. – os três estavam sorrindo abraçados. Haidê se virou e voltou para dentro da casa.

-- Vou chama-la e vocês conversam.

-- Não Bá. – parou para falar. – Lívia me mandou fazer uma escolha ou teria que arcar com as consequências... – forçou um sorriso amargo. – Está aí a consequência. – entrou e foi direto para o escritório.

-- Pense direito minha filha, vocês estão com a cabeça quente. – a morena pegou as coisas que havia deixado no escritório e depois subiu para seu quarto, pegou a mala e procurou por algumas roupas.

-- O que está fazendo? – perguntou preocupada.

-- Antecipando minha viagem. – Radar latiu, parecia inquieto. Haidê o chamou. – Vem cá garotão... – beijou o cachorro. – Esse barulho é ruim não é? – ele a lambeu no rosto. – Ele vai comigo. Não vou deixa-lo no meio deste barulho ensurdecedor.

-- Não faça isso, deixe-me chamar Lívia e vocês conversam. – ela não deu bola, continuou brincando com o cachorro. – Vai para casa da sua avó, lá tem o gato e eles irão brigar.

-- Eu não vou para casa de vovó. – respondeu com calma.

-- Conversem...

-- Bá, essa festa não era hoje, não sei por que antecipou... – pegou mais algumas roupas e jogou na mala. – E outra, o momento de conversar já passou. – deu um beijo na testa da velha senhora e chamou o cachorro. – Bora lá garoto. – olhou para Bá. – Cuide-se! – ela desceu as escadas sem ser vista por Lívia que vinha em direção a casa, estava arrependida da forma como havia agido com a esposa mais cedo. Ela foi em direção à cozinha, estava procurando Bá, não a encontrou e voltou até a sala, viu quando a senhora que lhe tinha como neta descia as escadas.

-- Estava procurando você. – sorriu após colocar as mãos nos bolsos da calça jeans. – Acho que estava certa, fui uma idiota com Haidê mais cedo. – olhou em volta. – Vou espera-la no quarto e me desculpar.

-- Ela não está lá. – Lívia sorriu.

-- Eu sei, quero que me encontre longe dessa bagunça quando chegar.

-- Ela já chegou e viu você abraçada com uma moça e um rapaz lhe abraçando por trás.

-- Ela o que? Bá, aquilo era uma brincadeira. – respondeu aflita.

-- O que você falou mais cedo para ela? Depois antecipou essa festa, ela chega e se depara com essa cena. O que você iria interpretar.

-- Quando ela voltar...

-- Ela saiu com uma mala e levou Radar.

-- Ela fez o que?

 

Fim do capítulo