Coincidências por Rafa e
Capitulo 34
Lívia colocou as mãos sobre o estômago e caiu sentada no degrau da escada.
-- O que ela fez Bá?
-- Ela não fez nada Lívia Fachini. – usou um tom mais alto, repreendendo-a. – Você quis isso.
-- Eu quis isso? Eu quis que a minha esposa saísse de casa? – olhou sem entender para Bá.
-- Sim. Ela trabalha Lívia. – explicou irritada, a surfista nunca a tinha visto assim. - Ela sai cedo e tem dias que chega tarde após essas audiências intermináveis e você ainda exige que ela faça escolhas? Onde está com a cabeça? Esse povo que está aí fora não liga para você. Coloque em sua cabeça: a primeira queda que sofrer, esse povo vai lhe ignorar, mas sua esposa não. Ela tentou negociar com um sequestrador para leva-la, só para lhe poupar. – Lívia estava chorando, baixou a cabeça e colocou as mãos sobre ela. – Haidê sempre esteve ao seu lado, isso é um casamento.
-- O que eu fiz Bá? – quase gritou a pergunta.
-- Lívia, vamos dançar. – o mesmo rapaz de antes a chamou, mas desta vez a surfista o olhou e subiu para seu quarto correndo, sem lhe responder. – O que deu nela? – perguntou a Bá.
-- Um minuto de sanidade e uma porção de arrependimento. – olhou em volta e continuou. – A festa acabou.
Lívia entrou no seu quarto e foi até o closet, percebeu que faltavam algumas roupas da morena e isso a deixou aflita. Ela pegou o telefone e ligou para Haidê, chamou até cair em caixa postal.
-- Eu vou atrás de você. – pegou as chaves do carro e desceu correndo a tempo de assistir uma pequena discussão entre alguns surfistas e Bá que havia encerrado a festa.
-- Lívia! – ouviu alguém chamar e saiu sem responder. Em menos de cinco minutos chegou à casa de Helena. O porteiro já a conhecia, esperou o elevador e subiu, tocou a campainha do apartamento, não demorou e Júnior apareceu.
-- Onde está ela? – entrou empurrando o rapaz. Helena saiu assustada para saber o que estava acontecendo.
-- Quem? – Júnior perguntou.
-- O que aconteceu? – Lívia parou e a olhou.
-- Haidê não está aqui?
-- Não. – Helena respondeu assustada. – Aconteceu alguma coisa?
-- A senhora não sabe?
-- Se soubesse não perguntaria.
-- Não pode colocar as cartas para saber onde Haidê está?
-- Meu tarô não é GPS. – respondeu um pouco irritada e viu como a loira estava nervosa. – O que aconteceu?
-- Nós brigamos e Haidê saiu. – Ulisses chegou e viu a loirinha conversando com Helena.
-- Oi gente. – falou com todos e se aproximou da avó da irmã. – Como vai à senhora? – a beijou, depois olhou para cunhada. – Haidê não quer falar com você. – comunicou com uma expressão indecifrável.
-- Você falou com ela? Onde está?
-- Olha Lívia, saber eu não sei, mas se ela tivesse me dito eu não falaria. – Lívia não teve tempo de se irritar, partiu para outras perguntas.
-- O que você falou com ela? O que ela disse?
-- Estava nervosa e conversamos. – olhou para Helena e explicou. – Ela vai a São Paulo a trabalho, não vai pegar mulher, até porque só pensa e fala em você, não tinha motivo para ficar com outros.
-- Você ficou com outros? – Helena perguntou surpresa.
-- Não! – negou chorando. – Ela entendeu tudo errado.
-- E por que brigaram?
-- Por que ela não queria que Haidê fosse a São Paulo para uma audiência com uma amiga minha. – Helena não entendeu nada, mas percebeu que Ulisses estava tomando as dores da irmã e procurou ser imparcial.
-- Calma Ulisses. – se aproximou de Lívia. – Vamos conversar. - a levou até o quarto. – O que aconteceu? – Lívia contou tudo desde o início até a festa, Heleno ouviu com atenção. – Sabe que errou, não é? Eu sou avó de Haidê, vi crescer e se tornar nesta mulher que você diz amar...
-- Eu a amo.
-- Ama? Não parece. – Lívia abriu os olhos surpresa. – Amar não é só namorar, viver momentos bons de contos de fadas. Amar é crescer, apoiar, compreender, lutar junto. Se você começa assim, reflita melhor, porque posse ou obsessão não tem nenhuma similaridade com amar. Pelo que me disse, Haidê se irritou com a tal amiga de Ulisses.
-- Dona Helena...
-- Não acabei. – a repreendeu. – Minha neta chorou quando percebeu que o medo de lhe perder era maior que a dor sentida após a morte dos pais, filho e irmão. Ela estava em estado de choque e queria se punir por isso. – Lívia baixou a cabeça.
-- Eu sei.
-- Então por que fez isso?
-- Ciúmes... Fui imatura. – afirmou com a cabeça baixa em um fio de voz.
-- Então a deixe ir. – Lívia olhou para ela como quem quisesse acreditar no que Helena falava. – Deixe-a ir. Esse casamento não vai funcionar, Haidê adora o trabalho dela e não vai selecionar clientes por sua causa. Ela fez direito para ajudar a todos, independente de sex*, raça ou condição social, você sabia disso.
-- Mas eu a amo... Não consigo ficar sem ela.
-- Então cresça, ou vai sufoca-la. – a loirinha sabia que Helena estava certa. – Agora vá para casa, descanse. Está tarde para procura-la.
-- Estou preocupada.
-- Ela conversou com Ulisses... – Helena estava preocupada com Lívia, mas não iria passar a mão em sua cabeça, tinha certeza que a neta estava bem pior. – Eu sei que se Haidê estivesse precisando de algo, teria chamado o irmão. Agora vá para casa, amanhã vocês conversam. – a surfista concordou com a cabeça e saiu.
-- Lívia... – ela olhou para o cunhado. – Melhor crescer para não perder. – ela saiu sem resposta.
-- Por que você também não cresce? – Helena perguntou e antes que respondesse, Júnior assumiu a conversa.
-- Tá de brincadeira vó? Lívia tudo bem, ela é pintora de roda-cega, tem mais é de crescer, tá ligada? Agora Ulisses se crescer mais não vai entrar em casa, vai ser igual ao João Fofão.
-- João Grandão sua anta! – o policial gritou. – E não é roda-cega, é rodapé.
-- Vamos todos dormir, tenho certeza que amanhã será um dia daqueles. – Helena interrompeu a discussão.
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Haidê comunicou a amiga Melissa que estava em sua casa de praia. A empresária se preocupou com a atitude da advogada, mas apoiou e respeitou.
-- O que aconteceu com Haidê e Lívia? – Isadora perguntou após a esposa desligar o celular. Ela havia saído do banho, o que aguçou os instintos de Melissa.
-- Brigaram por causa de uma cliente do escritório... – ergueu uma sobrancelha. – Está cheirosa loira! – assobiou depois.
-- E? – abriu o roupão mostrando uma minúscula camisola de renda.
-- E não tem mais nada, encerrou conversa. – fez sinal com o dedo indicador chamando-a para cama.
-- Só? Acho que tem mais aí... – se insinuou para morena que revirou os olhos.
-- Acha que vou me lembrar de alguma coisa com você linda assim? Vem para cá meu bebê. – Isadora deu uma gargalhada.
-- Bebê? Vai mesmo abusar de um bebezinho? – piscou de forma sensual.
-- Adoro abusar de bebês assim... Vem aqui amor, você vai me matar de vontade hoje. – a jornalista ficou de joelho na cama, deixou que a morena fosse até ela. – Sabia que te amo?
-- Não. – respondeu após passar a língua nos lábios da morena, foi em direção a sua orelha, usou uma voz rouca e baixinha. – Fale mais sobre isso... – mordeu o lóbulo da orelha.
-- Você me deixa louca. – puxou a loirinha para um beijo enquanto Isadora levantava a barra da sua camisa de malha, expondo seus seios. Ela se afastou, olhou dentro dos olhos azuis, depois passou a mão sobre um dos seios, enquanto lambia e mordia de leve o biquinho do outro, sem perder o contato visual. – Ahhh Isadora! Tá me deixando maluca... – gem*u.
-- Calma... – sorriu de forma maliciosa. - Esqueceu que você será sempre a minha escrava sexu*l*? Eu posso fazer o que quiser.
-- Acabou de vencer o prazo. – tentou deita-la, mas a loira voltou para posição inicial.
-- Eu mando escrava, você obedece a sua dona. – mordeu a barriga de Melissa, fez um rastro de língua até chegar ao elástico do short do pijama que ela usava. A respiração da empresária acelerou.
-- Isa, por favor... – Isadora desceu o short, depositou um beijo sobre o sex* da esposa.
-- Eu quero lhe comer sem pressa. – voltou a sorrir.
-- Come ligeiro ou não aguento. – suplicou.
-- Aguenta sim... – colocou um dedo para sentir a umidade. – Bem molhadinha...
-- Isa...
-- Quer apostar como aguenta e ainda vai querer mais tortura?
-- Oh mulher das apostas, bora logo que tô pegando fogo! – Isadora introduziu mais um dedo no sex* encharcado da morena, depois passou a língua.
-- Opa! – falou com malícia e balançou as sobrancelhas.
-- Isadora... – a loira sorriu e depois fingiu seriedade.
-- Agora deite porque eu vou demorar. – Melissa se jogou na cama e abriu as pernas. Isadora começou a rir com seu entusiasmo.
-- O que? – perguntou sem entender.
-- Querida, nós vamos fazer amor e não uma consulta ginecológica. – brincou.
-- Anda Isadora, não quebra o clima. Depois que você começar a ch*par, vai querer as pernas abertas.
-- Tão romântica... – constatou sorrindo e voltou a deitar entre as longas pernas da empresária.
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Haidê abriu um vinho, colocou uma música mais romântica, diferente do estilo que gosta. Sentou-se no tapete, ao lado do cachorro.
-- Eu sei que esse não é bem o nosso estilo... – deu de ombros. – Sua mãe loira que gosta, mas estou precisando um pouco disso hoje. – o cachorro se aproximou mais, balançou o rab*. – Prefere algo mais agitado não é? Mas hoje preciso ficar perto dela. – bebeu um pouco do vinho. – Ela é tão impulsiva... Isso me encanta, ao mesmo tempo em que me irrita para ca... - O celular tocou pela décima vez, viu a foto da esposa, suspirou deixando cair em caixa postal. Depois veio a mensagem.
“Eu amo você. Por favor, deixe explicar o que viu. Eu juro que não fiz nada.”
Haidê leu, quando fez menção em jogar o celular no sofá, sentiu o telefone vibrar com outra mensagem.
“Não duvide do meu amor, ele é maior que tudo.”
-- Agora ela diz que o amor que sente é maior que tudo. – falou para o cachorro. – O mesmo amor que não confia em mim. – bufou de novo e jogou o celular no sofá. – Hoje nós vamos ouvir essas músicas chatas e beber esse maravilhoso vinho. Amanhã nós pensamos no que fazer. – disse para Radar. – Parabéns Lívia Fachini Aqueu, você conseguiu estragar com tudo! – tomou quase todo o vinho de uma vez.
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Lívia não conseguia dormir, resolveu pegar algumas cervejas e subiu para seu quarto. Sentou-se na varanda, pensou onde a morena poderia estar. Abriu uma das garrafas, em seguida acendeu um cigarro. Desde que havia voltado com Haidê não fumava, a morena odiava o cheiro.
-- Foda-se! Você não está aqui. – pegou o celular, tentou mais uma vez ligar para ela. – Merd*! – Bá chegou e a olhou.
-- Sabe onde ela está? – Lívia a olhou surpresa, pensou que a velha senhora estivesse dormindo.
-- Pensei que já tivesse dormindo.
-- Não iria até você chegar. Está tudo bem? – a loira observou o jeito dela.
-- Não vou me lamentar com você, não se preocupe.
-- Eu deveria lhe dar umas boas palmadas. – balançou a cabeça em negação. – Mas deixarei isso por conta da vida. – virou-se para sair quando ouviu a loira responder a pergunta feita antes.
-- Não sei para onde ela foi. – terminou o cigarro, pegou outra cerveja. – Ulisses talvez saiba, mas não quer me falar.
-- Procure descansar e não se embebedar, amanhã será outro dia. Com os ânimos mais calmos se pensa melhor. – saiu, deixando-a sozinha. Lívia pegou o celular, passou algumas fotos da morena.
-- Eu te amo tanto que chega a doer. – disse para uma das fotos da advogada.
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No outro dia Haidê se acordou com dores nas costas e cabeça, havia adormecido no tapete. Ela se levantou, foi até a cozinha, procurou um analgésico, deixou a cafeteira ligada, precisava urgentemente de uma caneca de café e banho para relaxar. Não sabia o que faria sem Lívia, sentia-se perdida como se lhe faltasse um pedaço do seu corpo. Entrou no box e ligou o chuveiro, enfiou- se embaixo da água quente, precisava relaxar e colocar seus pensamentos em ordem. Saiu, vestiu-se com uma bermuda, uma camisa velha de banda de rock. Foi em direção à cozinha e assobiou para Radar acompanha-la, ele se aproximou com o rab* balançando, sabia que naquele ambiente conseguiria algo de bom para comer.
-- Sei o motivo desta animação. – passou a mão na cabeça do cachorro. – Sua mãe loira vai me matar quando descobrir que estou lhe dando pão com estes sachês para cães. – sorriu. – Uma boa provocação para ela encher mais nossa paciência. – Radar latiu. – Depois vamos andar na praia, perder esse monte de gordura disfarçada com pelos. - Os dois comeram entre brincadeiras e lambeijos. Haidê arrumou a cozinha, chamou o cão para caminhar na praia.
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-- Lívia, você não sabe onde ela está. – Bá tentava argumentar.
-- Eu vou encontra-la. – disse determinada.
-- Ontem você não comeu a noite, venha ao menos comer alguma coisa. Acabei de passar um café.
-- Eu vou falar com Cristina... – pensou um pouco. – Ela não vai me contar nada... Vou ligar para Isa. – pegou o celular e discou o número da jornalista que terminava de arrumar os filhos para escola.
-- Mel, por favor, chama as crianças para Beraldo leva-los para escola. – pediu após ler o nome de Lívia no visor do celular.
-- Tudo bem. – beijaram-se e ela chamou os filhos para leva-los até o carro. Isadora se afastou para atender, intuía que Melissa estava escondendo algo sobre Haidê.
-- Oi Lívia.
-- Bom dia Isa! – suspirou. – Eu preciso da sua ajuda. – explicou toda a situação para a amiga que ouviu e refletiu um pouco, sabia que se falasse sobre o provável local que Haidê estaria, compraria uma briga com Melissa.
-- Lívia, eu realmente não sei para onde Haidê foi. Uma coisa é certa, Mel não falará nada, mas posso sugerir um local.
-- Qual? – perguntou desesperada.
-- Imagino que exista um lugar especial para vocês duas... Onde passaram um período juntas quando se conheceram, Mel contribuiu indiretamente.
-- Passamos por tantos locais... – parou de falar, pensou e sorriu. – Obrigada Isa.
-- Eu não falei nada.
-- Não mesmo. – despediu-se e passou por Bá.
-- Para onde vai?
-- Encontrar minha esposa. – pegou a chave da moto e foi para casa de praia de Melissa Cristina.
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Lívia chegou a casa, o portão estava fechado, tentou empurra-lo, sem sucesso. Um pescador passava no local, olhou desconfiado.
-- Oh moça, tá com algum problema? – Lívia estava preocupada.
-- Sabe dizer se tem uma moça alta e morena aqui?
-- A dotôra Haidê.
-- O senhor a conhece? – demonstrou um sorriso.
-- Sim, ela é amiga da menina Cristina. Ela tava lá na praia com um cachorro branco.
-- Obrigada! – Lívia apertou a mão do homem em agradecimento. Deixou a moto em frente a casa e foi para praia, procurou pela morena, a viu sentada na areia, Radar estava deitado ao lado. Ela parecia pensativa, o cachorro levantou a cabeça ao vê-la e balançou o rab*. Haidê percebeu este movimento, sentiu o agradável cheiro da loirinha enquanto se aproximava.
-- O que está fazendo aqui? – perguntou irritada.
-- Nós precisamos conversar. – a advogada respirou e se levantou, olhou para loirinha que parecia bem abatida.
-- Vamos entrar. – Lívia mudou o capacete de braço, queria segurar o nervosismo. Radar se levantou, foi em sua direção.
-- E você? – alisou o cachorro que depois de lambê-la, foi para perto de Haidê. Só então ela viu em qual lado ele estava.
Haidê abriu o portão do jardim, deu passagem para Lívia e Radar. Ela bateu o pé para tirar a areia, depois entrou, foi direto para cozinha, sempre seguida pela loirinha e seu fiel amigo Radar. Pegou uma garrafa de água.
-- Quer água? – Lívia pegou a garrafa, abriu e deu um grande gole. Haidê bebeu sem tirar os olhos da loirinha. – O que você quer conversar?
-- Sobre nós duas. – colocou a garrafa de água sobre a bancada da cozinha e a olhou nos olhos. – Eu te amo.
-- Sério? E aquela história de que eu iria ter de escolher ou me arrependeria? – perguntou com ironia. - Pensando assim, acho que foi você quem se arrependeu.
-- Haidê... – passou a mão pelo rosto, tirou uma mecha que caia sobre seus olhos. A advogada teve vontade de abraça-la, como ela amava aquela loirinha cabeça dura, mas havia jurado a si mesma que não facilitaria nada. – Eu errei quando não compreendi sobre seu trabalho, depois... Quando antecipei a festa. – esperou que a esposa falasse algo, mas ela permanecia quieta. – Quando você me viu dançando... – percebeu Haidê fechar os olhos. – Amor, eu não fiz nada demais, eles são meus amigos.
-- Vocês se pareciam bem mais que amigos, principalmente o rapaz que se esfregava atrás.
-- Amor, eu sei que vai ser difícil me justificar... – baixou a cabeça por alguns segundos, depois voltou a fita-la. – Eu fui idiota, imatura e inconsequente, mas não beijei e nem dormi com eles, foi só aquela dança, depois sai arrependida para lhe esperar, foi quando Bá me avisou que você tinha saído. – Haidê permanecia calada. – Por favor, fala alguma coisa. – a morena colocou a garrafa de água sobre a bancada e a olhou.
-- É melhor a gente deixar essa conversa para depois.
-- Amor...
-- Lívia, eu não quero conversar com a cabeça quente... Não quero falar coisas que venha a me arrepender ou lhe magoar. – a surfista ao ouvir isso sentiu um nó na garganta, não conseguiu segurar as lágrimas que insistiram em rolar.
-- Vai se separar de mim? – perguntou quase sussurrando. Haidê andou de um lado para outro, sabia que estava prestes a explodir, não queria magoa a mulher que amava, mesmo que ela merecesse.
-- Vai embora. – pediu com calma.
-- Só me responde isso: você vai me deixar? – antes que Haidê respondesse, Lívia se aproximou segurando seu rosto e a beijou. A morena tentou rejeita-la, mas era algo acima das suas forças, ela cedeu, mas não demorou a afasta-la.
-- Não. – manteve a surfista à distância. – Melhor você ir agora, quando voltar de São Paulo, eu a procuro.
-- Amor... – Lívia estava chorando. Haidê segurou em vão o choro, logo sentiu o gosto salgado das lágrimas que rolavam pelo seu rosto.
-- Por favor, vai embora. – Lívia baixou a cabeça.
-- Eu vou. – ela se afastou e Radar latiu, Lívia o olhou.
-- Antes de ir para São Paulo vou deixa-lo na sua casa.
-- Minha casa? – Haidê não respondeu, deu as costas e saiu em direção à piscina. Lívia a viu se afastar, foi na direção contrária. Radar olhou de uma para outra sem entender. Latiu para Lívia, ela olhou, ele que correu para perto de Haidê. Diferente do que o cachorro pretendia, ela fez o que a advogada lhe pediu.
Radar se aproximou da morena, forçando a cabeça contra seu corpo.
-- Ei, não adianta fazer isso porque não vou atrás dela. – ele latiu. – Ela começou, agora vai ter que rolar para me convencer a voltar. – alisou a cabeça do cachorro. – Mas você vai voltar antes.
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Bá terminava de fazer o almoço quando ouviu o barulho da moto. Esperou Lívia aparecer e pela aparência da loirinha, imaginou que não havia encontrado a advogada.
-- Não a encontrou?
-- Ela não quer conversar. – sentou-se, confessou baixinho. – Estraguei tudo.
-- Se adiantasse alguma coisa, eu diria: eu avisei.
-- Estraguei tudo, para variar. – bateu com a mão na mesa
Fim do capítulo
Acho que nos próximos capítulos teremos uma mistura de Uma Pequena Aposta com Coincidências... E agora?
Comentar este capítulo:
Mille
Em: 22/01/2020
Ola Rafa
A Mel é mega hilária, ri dela quando disse que é só isso e ponto a Isa.
Lívia é muito imatura e quer tudo com seu jeito impetuoso. Quantos conselhos ouviy e não sossegou. E todas as pessoas só disseram a verdade.
A Lívia tem que pensar muito antes de falar besteira e fazer, Haide a ama mais será que todas as vezes que a loirinha implicar e querer dar uma de solteira. Como Ulisses disse ela tem que crescer para não perder.
Quando a Haide voltar espero que as duas se resolvam.
Bjus e até o próximo capítulo
Resposta do autor:
Olá,
Acho que Lívia aprendeu a lição desta vez, mas Haidê que não gostou da nova assessora de imprensa. Vamos aguardar para seguir as cenas dos próximos babados.
Bjs
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Vanderly
Em: 22/01/2020
Olá, tudo bem?
Lívia errou isso é fato, mas a Haidê tinha que ser tão dura com a loirinha? Fiquei com pena, até o cachorro abandonou a baixinha!
Bom, mas o amor quê elas sentem vai prevalecer em meio a tempestade.
Beijos!
Resposta do autor:
Lívia precisava aprender, ela é muito esquentada. O interessante que logo elas se resolvem.
Bjs
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Baiana
Em: 22/01/2020
Amei a participação da Mel e da Isa,elas são tão fofas juntas.
Gostei da atitude de Haidê,Lívia tem que começar a medir suas atitudes impulsivas e infantiis,agora ela é uma mulher casada e deve agir como tal,talvez a probabilidade de perder a morena,a faça ouvir e seguir os conselhos que recebe.
Como diz a minha mãe: quem não ouve conselho,ouve coitado.
Resposta do autor:
Concordo Baiana. Acredito que Lìvia agora tenha aprendido a lição. Mel e Isa participarão um pouco mais em alguns capitulos.
Bjs
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KarineGont
Em: 22/01/2020
Tava com saudades de mel e Isa!
Bjnhs
Resposta do autor:
Então aproveita pq elas aparecerão mais.
Bjs
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Anny Grazielly
Em: 22/01/2020
Aiaiaiaiaia ... meu coração ta só os pedaços com essas duas...
Resposta do autor:
Não fique, logo elas se entendem.
Bjs
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