CAPÍTULO VINTE E UM

Você sumiu

                — Estou indo lá pra Caxangá, quer uma carona? — pergunta Augusto.

                — Vou aceitar sim, estou atrasada e hoje tenho um teste no primeiro horário.

                — Então vamos logo.

                Luiza organizou suas coisas e pegou uma carona com o namorado da prima. Agradeceu aos céus. Quando chegou à sala o professor tinha acabado de entregar o teste. Ela acomodou-se no fundo, pois todos os lugares já estavam ocupados. Duda não tirou os olhos dela. A morena estava com a cara fechada. Luiza, tentou ignorá-la e deteve sua atenção na atividade que valia a metade da nota da prova. Duas horas depois os alunos começaram a se levantar. Duda permanecia no seu lugar. Já tinha terminado a atividade há muito tempo. Mas, conteve-se enquanto Luiza estava na sala. A loira finalmente se levantou. A morena fez o mesmo, ambas caminharam até o professor e entregaram seus testes.

                — Porque você não me atendeu. Aonde você estava Luiza?

                — Desculpa, estudei a noite inteira — mentiu.

                — Melhor conversarem lá fora, ainda tem alunos fazendo a atividade — ordenou o professor.

                As duas caminharam para fora da sala, mas não houve oportunidade para conversar. Amanda aproximou-se da dupla. Duda se afastou um pouco para não dar bandeira.

                — Saudades de você… quero você na minha cama hoje. — Sussurra Amanda no ouvido de Luiza, que se afasta lançando um olhar inflamado.

                — O que cochichou a ela Amanda? — pergunta Maria Eduarda enciumada.

                — Que Luiza tá é gostosinha hoje. Perguntei se ela não queria sair comigo — responde a morena na maior cara dura lançando um sorriso safado.

                Duda fica vermelha de raiva. Fulmina a loira com o olhar. Depois girar os calcanhares e saiu pisando duro.

                — Ela fica ainda mais gatinha quando está com raiva né? — dispara a morena.

                Luiza franzi o cenho. Amanda referia-se a Duda.

                — Vou lá acalmar a onça.

                — Deixa-a Amanda — diz Luiza no ímpeto segurando a morena pelo braço.

                Amanda fita os olhos escuros da prostituta. — Você sabe que a Duda não é pra seu bico né? — dispara a morena. — Sabe de uma coisa, essa petica sua com a Duda começa a me incomodar, quero você longe dela Luiza. Bem longe.

                — Quem é você para querer alguma coisa?

                — A mulher que pagar para foder com você.

                Luiza recua. Amanda se desvencilhou e saiu. Mas ela não vai atrás de Duda. Luiza corre atrás da namorada.

                — Duda… — chama. Duda estanca. Luiza corre a seu encontro. — Você sabe como a Amanda gosta de me provocar.

                — Ela quer te comer — ralha a estudante.

                “Ela já me comeu” — pensa a prostituta. — Duda…

                — Amanda vai continuar dando em cima de você até conseguir te levar para cama. Eu a conheço. E o que me dar mais raiva é que tudo isso é culpa sua. Porque se ela soubesse que estamos juntas, ela nunca daria em cima de você.

                — Como pode ter tanta certeza?

                — Porque eu e a Amanda somos praticamente irmãs. Nossas famílias são amigas desde de infância. Ela nunca faria nada que pudesse me magoar.

                Luiza solta o ar com força. “Ela fez tantas coisas que a magoaram” diz pra si mesma.

                — E isso não mudam o fato, de que estou magoada com você. — Sua voz estava triste. — Te liguei ontem inúmeras vezes e você não me atendeu. Fui te procurar e o porteiro disse que não tinha ninguém em casa. Ele disse que te viu saindo toda arrumada. Para onde você foi Luiza, porque mentiu pra mim?

                Luiza ficou nervosa. Não esperava tantas cobranças. — Sai com Luana, ela me chamou para ir num… Restaurante que estava inaugurando. Os donos são amigos dela. Esqueci meu celular em casa, sinto muito — explica num só sopro.

                — Você saiu com aquela garota que parece uma prostituta?

                Luiza endureceu. — Porque está a chamando assim, você nem a conhece.

                — Porque é o que ela parece Luiza.

                — Duda!

                A morena cruzou os braços. A discussão foi interrompida quando as amigas de Luiza se aproximaram para chamá-la para almoçar.

                — Preciso ir.

                — Claro — ironiza.

                Luiza olhou para as amigas, que notaram a tensão.

                — Meninas hoje não.

                As meninas seguiram para o restaurante.

                Luiza, pegou na mão de Duda e buscou um local mais tranquilo para conversarem.

                — Não dê nomes pejorativos a pessoas que nem conhece. Você não sabe sua história.

                — Porque está a defendendo? Estou certa né? Elas são prostitutas!

                Luiza crispou o próprio pulso. Duda estava realmente lhe tirando a paciência. A loira sentia-se ofendida com a acidez da namorada. Duda percebeu o quanto a loira estava irritada. Num impulso a puxou para um beijo, que a princípio foi rejeitado. Mas a loira não conseguiu se segurar. O corpo acordou. As mãos de Luiza já buscavam a parte íntima de Duda que se derretia ao toque da amada.

                — Porque você tem que está quase sempre de vestido hein? — perguntou a morena. A loira gem*u com o toque ousado da morena. Que enfiou a mão na calcinha da namorada e logo sentiu sua umidade. — Duda… — Maria Eduarda começou a fazer movimentos circulatórios lentos e depois rápidos, deixando a namorada ainda mais excitada. — Entra em mim vai. — Implorava. A morena, lhe invadiu iniciando um vai e vem delirante. Luiza gemia nos ouvidos da namorada. — Amor eu vou… — quando estava preste a goz*r. Uma voz crepita.

                — O que não falta é motel por aqui!

                Assustada Duda sai de dentro de Luiza bruscamente que dar um gritinho de dor.

                — Desculpa.

                Luiza tem a respiração entrecortada. Seus olhos relampejam desejo. — Vamos sair daqui — sugeriu Duda mordiscando a orelha da loira. — Por aqui deve ter algum motel, ou melhor, aqui é cheio de motéis. — Riu

                — Motel não! — rejeita a loira imediatamente.

                — Você não quer…

                — Não quero ir pra motel com você Duda. Não com você. — A loira dar um beijo apaixonado na namorada.

                — Melhor irmos para minha casa então — Isa quis evitar ir para casa de Duda, uma vez que ela era vizinha da Amanda.

                — Está bom então voltamos juntas no final da aula.

                — Tudo bem!

                Amanda cerrava os dentes de raiva. Seus olhos fulminava o casal que se pegava próximo ao bloco de anatomia. “Você vai se arrepender Luiza, se arrepender, de ter me feito de idiota.” sentenciou a estudante.

Fim do capítulo