No dia seguinte, acordei um pouco tarde, mas dormi maravilhosamente bem naquela noite. Sonhei a noite toda com a Juliana. Aqueles toques dela. Eu estava realmente gostando daquela policial.

Após me espreguiçar, me sentei na cama e notei o meu celular vibrando na cômoda. Era uma mensagem da Juliana.

 

—Bom dia, Fabiana. Eu adorei a nossa noite ontem.

Um belo sorriso se formou em meus lábios. Voltei a me deitar na cama e fiquei encarando o teto por alguns instantes. Queria me encontrar com ela novamente. Na realidade, naquela hora da manhã, o meu corpo já estava implorando pelos seus toques.

                —Bom dia, Ju. Também adorei a nossa noite. Poderíamos nos encontrar novamente?

                Só não coloquei “Se possível essa noite”, pois senão ela iria achar que eu já estava desesperada.

                A sua resposta demorou a chegar, acho que ela estava ocupada. Eu também já deveria estar no trabalho, mas sabia que naquele dia eu não iria conseguir pensar em outra coisa que não fosse na Juliana.

                —Ah sim... Podemos! Só que nessa semana vai ser complicado. Tenho muito trabalho. Vou estar muito cansada.

                Poderia me oferecer para cuidar dela, mas achei melhor não.

                —Hum... Que pena!

                —Bom, Fabiana, agora preciso ir trabalhar... Tenha um bom dia!

                —Tenha um bom dia você também. Beijos!

                —Beijos!

                E agora? Eu estava louca por ela, mas não iria poder me encontrar com ela por aqueles dias.

                —O que vou fazer se eu estou louca por você, Juliana?

                Depois de um tempo sobre os meus lençóis, me levantei, fiz minha higiene matinal e fui tomar o meu café.

                Quando cheguei a mesa, meu filho e Eunice ficaram surpresos.

                —Mamãe, a senhora ainda aqui?

                Meu filho me envolveu com seus bracinhos.

                —Sim, meu amor, estava cansada e resolvi dormir até mais tarde.

                Olhei para Eunice naquele momento, ela estava rindo.

                —Pensava que havia até ido para a loja mais cedo, pois não tinha a encontrado.

                Eunice falou.

                —Pois é, o cansaço não deixou.

                —Sei, cansaço.

                Eunice colocou o leite no copo do meu filho após ele se sentar.

Notei o tom irônico da sua fala, mas resolvi não falar a respeito de nada disso naquele momento, pois meu filho estava presente e eu não queria contar alguns detalhes da minha noite com Juliana na frente dele.

—Vocês quase trans*ram na rua?

Ela me perguntou surpresa quando nos sentamos no sofá da sala. Hugo havia ido para o seu quarto brincar.

—Sim... Ah... Eunice, eu estou louca por aquela mulher.

Suspirei e Eunice ainda estava surpresa com o que havia acabado de contar.

—Vocês não ficaram com medo de alguém ver vocês não?

—Meu desejo naquela hora foi tão grande que nem pensei nisso.

—Você é louca, Fabiana!

Eunice riu.

—O que eu podia fazer? O meu sex* estava latejando de tanta vontade que eu estava sentindo de dar para ela.

—Será que ela gostou?

Passei a me lembrar de alguns detalhes da noite anterior.

—Acredito que sim. Pois quando dancei coladinha ao seu corpo, ela me segurou de uma forma tão firme.

Cruzei as minhas pernas neste momento. Meu íntimo havia começado a reagir.

—É acho que você conseguiu seduzir a policial.

—Sim, mas eu quero mais, Eunice, muito mais.

Me levantei do sofá, pois teria que trabalhar naquele dia ainda.

—Agora tenho que ir trabalhar. Mesmo sabendo que vou pensar nela o dia todo.

—Bom trabalho para você!

Eunice se levantou do sofá.

—Obrigada, Eunice.

Fui para o meu trabalho sem parar de pensar em Juliana em nenhum instantes. Como ela não podia sair comigo, a única opção que me restava era ligar para ela a noite.

Cheguei a loja e algumas funcionárias que eu tinha mais costume, me perguntaram se havia acontecido alguma coisa, pois eu nunca havia chegado assim mais tarde. Falei que só havia dormido um pouco demais por conta do cansaço.

Ao entrar em minha sala me sentei em minha cadeira e respirei fundo. Precisava tentar me esquecer de Juliana um pouco.

O dia havia passado rápido com esperado, mas consegui realizar todos os trabalhos para aquele dia.

Cheguei em casa um pouco tarde, mas Hugo estava na sala à minha espera.

—O que faz ainda acordado, amor?

Perguntei ao sentir os braços de meu filho me envolvendo.

—Está esperando a senhora. Queria que me contasse uma história hoje.

Olhei para Eunice que também estava presente, e ela deu de ombros.

Mesmo cansada acatei ao pedido do meu filho. Ele se deitou na cama e peguei um dos livros que ele adorava, e acho que já havia lido umas 100 vezes.

Enquanto lia, eu acariciava os seus lindos cachos. Como esperado, ele logo adormeceu, beijei sua face e o cobri melhor com o cobertor. Sabia que não estava dando muita atenção para ele. Estava tendo trabalho demais na loja ultimamente, mas isso não justificava a minha ausência como mãe.

Ao sair do quarto do meu filho, fui para o meu e me joguei na cama por alguns instantes. Ao tomar coragem, me banhei e vesti uma camisola.

Quando voltei para o quarto, me joguei novamente na cama e peguei o meu celular. Sabia que estava tarde, mas queria conversar com Juliana.

—Boa noite, Ju. Queria falar com você. Ainda está acordada?

Depois de uns 5 minutos ela me respondeu.

—Boa noite, Fabiana, acabei de me deitar, mas pode falar.

Ela estava deitada. Minha imaginação nesse momento se tornou fértil. Como será que ela dormia? Ainda iria matar essa minha curiosidade.

—Posso te ligar?

Perguntei, pois estava morrendo de saudade de ouvir a sua voz.

—Sim, mas acho que posso te deixar na mão em algum momento.

—Não tem problema.

Sem esperar passar nenhum minuto, eu liguei para Juliana e ela logo atendeu.

Trocamos aqueles cumprimentos que são de costume e depois fui direta ao ponto.

—Estava com saudade de você.

Falei e demorou um pouco para ela me responder.

—Também estava com saudade de você.

Hum... Isso realmente mexeu comigo naquele momento. Meus batimentos aceleraram e ouvir aquela voz rouca dela fez eu me acender toda.

—Ju? — Tentei chama-la da forma mais manhosa possível.

—Diga

—Hoje passei o dia pensando em nossa noite — Dei uma pausa — Foi muito gostosa...

Mordi o meu lábio inferior naquele momento.

Ouvi um barulhinho do outro lado da linha (Acho que ela suspirou).

—Também pensei na nossa noite, Fabiana — Sua voz saiu mais rouca que de costume. Me arrepiei, pois me lembrei dela me pedindo para gem*r baixinho para ela, na noite anterior.

—Você sabe muito bem pegar uma mulher.

Ouvi a sua risada do outro lado da linha e eu fiz o mesmo que ela.

—Fico feliz por ter gostado — Comentou em meio a sua risada gostosa.

Não sabia mais o que dizer. Podia dizer a ela que eu queria senti-la novamente, mas acho que por aquela noite já estava bom. Não outra noite eu iria ligar para ela novamente.

—Ju, acho que é melhor deixar você descansar. E eu também preciso.

—Sim... Eu estou precisando mesmo.

—Foi bom falar com você hoje, posso fazer isso amanhã novamente?

—Claro pode me ligar a vontade...

—Então tenha uma boa noite, Ju!

—Boa noite, Fabiana.

—Beijos!

—Beijos!

Depois de encerrar a ligação, não consegui dormir de imediato. Passou tantas coisa por minha mente.

            —Juliana... Juliana...

 

 

 

Fim do capítulo