Capítulo 30
Capítulo 30
Diego dividiu seus homens nas instalações do navio. Renderam os tripulantes e começaram a vasculhar as instalações. Ele desceu para o terceiro nível e começou a checar as salas do lado direito, enquanto alguns homens desceram para as instalações do quarto nível e a casa de máquinas.
Revistou várias salas e assim que entrou em um alojamento, ele abriu todas as portas e não viu nada. Mas quando já estava saindo ele ouviu um som ritmado. Como se batessem em um metal. Três vezes e parava. Mais três vezes e parava. Ele franziu o cenho e começou a seguir o som. Parou no meio do quarto e não havia nada. Mas o som continuava. Quando olhou para baixo, ele viu a ponta do revestimento emborrachado do piso levantado. Abaixou e puxou o revestimento e viu uma escotilha. E passou a informação imediatamente para o centro de comando.
Carolina estava sentada ao lado de Amélia, quando ouviu uma voz alta e conhecida soar no ambiente.
- Localizada uma passagem. Preciso de reforços na cabine trinta e nove, nível três. Repito, localizada uma passagem. Câmbio.
Amélia repassou a informação aos homens, apertou alguns botões e colocou a câmera de Diego na tela de plasma grande, que ficava no centro, com diversas telas menores em sua volta.
Ele puxou a alavanca e abriu. Pegou a lanterna e mirou para baixo. Provavelmente era alguma sala que ligava ao segundo nível do navio. Desceu a escada marinheiro e foi apontando a lanterna para todos os pontos do local, que era todo revestido de ferro e provavelmente pegava vários ambientes, já que era enorme. Tinham várias tubulações que deveriam ser da passagem da casa de máquinas e era alguma espécie de depósito com centenas de caixas. Ele continuou seguindo o som. Até que mirou a lanterna para um tubo e a viu.
Todos no centro de comando viram Diego descendo, acendendo a lanterna e a escuridão que quase não era possível ver nada, apenas caixas e tubulações.
Após alguns minutos a voz dele soa novamente, um pouco mais ansiosa.
- Localizado o alvo, localizado o alvo! Câmbio.
Amélia diz. - Ele achou Giovanna! - Pois Carolina não havia entendido.
Carolina se levantou desesperada para poder analisar melhor a cena que se via na tela.
Assim que Diego começou a caminhar seguindo o som, virou a lanterna e viu Giovanna. Ela estava presa a um tubo largo de aço, pelos pulsos e o tórax. Os braços dela estavam esticados acima da cabeça e amarrados com cordas. Ele a viu batendo com o coturno que tinha o calcanhar metálico no chão. E gem*ndo em cada movimento que realizava. Ele foi caminhando rapidamente e se aproximando e mirou o foco de luz no rosto dela. Ela estava com o rosto todo inchado, vários cortes nos lábios, supercílios, face, e os olhos inchados. As mãos sangravam e tinha muito sangue em sua blusa, ensopando seu corpo e formando uma poça no chão. Ela tinha uma fita que provavelmente estava fechando a boca dela, mas que neste momento estava pendurada em sua face, por um pedaço apenas, ao lado da boca.
Giovanna respirava com dificuldade, seu corpo todo doía e sua barriga latej*v*. Começou a bater o pé, pois estava imaginando que enlouqueceria com aquele silêncio e escuridão, que já estava há dias. Estava tão concentrada que não ouviu passos e só ergueu com dificuldade a cabeça, ao ver uma luz em seu rosto. Ela só conseguia abrir um olho, o direito. O esquerdo estava transfigurado de inchado. Quando viu alguém chegando perto, entrou em pânico. Viu eles montando tudo e sabia que não poderia deixar a pessoa se aproximar. Reuniu suas forças e gritou. - Para!... Não... se... aproxime! - Ela sentiu alívio em ter conseguido molhar com saliva a fita e tê-la soltado, uma vez que estava tapando sua boca.
- Porque Pietra? - Ele disse parando imediatamente de caminhar. Ela reconheceu a voz de Diego na hora e só ele sabia esse nome.
- É... uma... arma... dilha... no.... chão. - A respiração dela ficou mais fraca após o esforço para gritar.
Diego mirou o chão com a luz e viu varias placas de ferro em toda a volta de Giovanna de onde saíam alguns fios. Ele seguiu as fiações e viu vários tonéis com combustíveis e diversos explosivos presos a uma bomba que continha um relógio com um timer, que marcava vinte e três minutos e quarenta e nove segundos, onde as fiações estavam ligadas, e o relógio diminuindo a cada segundo.
Ao ver Giovanna, Carolina deu um grito. - Gio!!! - Levou a mão ao rosto e começou a chorar desesperada.
Amélia levantou e a abraçou. - Calma! Não disse que ela estava viva?
Carolina se deixou abraçar e chorou nos ombros de Amélia. Até ouvirem a frase que soou na sala. E ambas voltarem suas atenções para a tela quase negra, que estava à sua frente.
- Vásques! Vásques! Preciso de você na escotilha da cabine trinta e nove, nível três! Vásques temos uma bomba! Preciso de você aqui imediatamente! - Diego dizia com a voz alta e em desespero.
Diego voltou a caminhar evitando aproximar-se das placas e voltou o foco de luz para Giovanna.
- Pietra, o que fizeram com você? - Ele agachou no chão para ficar na altura do rosto dela. Permitindo assim que a câmera a focalizasse bem.
- Eles... me... tortu... raram... fui... cor... ta... da. - Ela disse cambaleando a cabeça e sangue escorrendo pelo canto de sua boca.
- Onde? - Ele disse nervosamente.
- No... abdô... men. Não... tenho... muito... tempo!
- Temos vinte minutos! Vamos conseguir desarmar a bomba! Vou te tirar daqui.
Nesse momento ele ouviu o ruído de passos atrás de si. E viu vários focos de luzes se aproximando. Levantou e disse. - Cuidado, temos bombas no chão. Caminhem lentamente e não se aproximem muito!
Todos reduziram os passos e começaram a mirar os focos de luzes no chão. Eles traziam bolsas. Retiraram duas lanternas horizontais grandes e colocaram nas laterais, longe o suficiente, mas capazes de iluminar bem o ambiente.
Vásques se aproximou e analisou a bomba. Ela era montada sobre placas que tinham pequenos conectores presos a pinos de pressão. Se levantassem ou apertassem seriam acionados os conectores. Como toda a volta da bomba estava assim e as placas eram muito largas. Não era possível se aproximar da bomba para desarmá-la, cortando a fiação. Eles estavam sem ação. E o relógio marcava menos de vinte minutos. Ele se aproximou de Diego e fez sua conclusão, sussurrando. - Diego, não temos como chegar à bomba para desarmá-la. Não temos como retirar ela dali, porque as placas são muito grandes e qualquer movimento tudo voa pelos ares!
Fim do capítulo
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