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INVADINDO SENTIDOS por fernandapz

Ver comentários: 2

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Palavras: 2477
Acessos: 4247   |  Postado em: 16/09/2019

Capítulo 5

Capítulo 05

 

Giovanna sentiu seu coração disparar quando ouviu a batida na porta.

Carolina estava tremendo e as pernas pareciam pesadas. O coração estava disparado, as mãos geladas e a respiração alterada.

-- Oi! - Carolina se aproximou da cama e olhava fixamente para Giovanna.

-- Oi! - Giovanna não conseguia desviar o olhar daquela mulher linda e sorria.

-- Pode me chamar de Carol!

-- Oi Carol! Bom... eu quero te agradecer por ter salvo a minha vida.... e... a Virginia me falou de você...

Carol se aproximou e colocou o dedo nos lábios de Giovanna. 
Giovanna segurou a mão de Carol.

-- Não quero que você me agradeça! Eu preciso me desculpar com você, por tê-la observado todos esses meses. Não queria invadir sua privacidade!

-- Não precisa se desculpar! Poderia ter descido na praia e falado comigo! Eu não mordo, viu!

 

Carol riu e seus olhos se encheram de lágrimas.
Giovanna passou a mão no rosto dela.


-- É que para mim é tudo muito novo ainda! Eu não sei como agir! Desculpe!

-- Eu imagino! Olha, podemos começar do zero, o que você acha? Então....vou me apresentar! Muito prazer meu nome é Giovanna Masteranni!

Carol sorriu e abaixou a cabeça envergonhada.


-- Eu sei seu nome! Quando você foi resgatada, eu peguei a chave da sua moto e consegui achar sua carteira. 
-- Puxa minha moto! Nem me lembrei dela!

-- Fica tranquila, pedi para meu porteiro guardá-la na minha vaga da garagem. Assim que você puder pilotar pode buscá-la.

-- Nossa, desculpe o incômodo! 
-- Para! Não tem que se desculpar por nada!

-- Bem... então pelo que vejo, eu estou em desvantagem! Você sabe bem mais de mim, do que eu de você! - Giovanna sorriu animadamente.

-- Nossa como sou boba, meu nome é Carolina Andrade! Estou um pouco nervosa! - Carol levou as mãos no rosto, cobrindo-o.
-- Não precisa ficar nervosa! Você foi maravilhosa comigo! - Giovanna segurou a mão de Carol e esta voltou a olhá-la. E permaneceu segurando a mão dela.

-- Quero que você fique bem logo!

-- Vou ficar sim! E quando sair daqui, poderemos conversar melhor e nos conhecermos direito! Tudo bem?

-- Claro! Eu vou indo! Você precisa descansar, amanhã eu volto!

-- Já?... Tá bom! Obrigada por tudo novamente! Volta sim, vou te esperar!

-- Pode deixar!


Carolina deu um beijo no rosto de Giovanna e saiu do quarto. Viu Virginia e Marta impacientes.

-- Fala amiga! E aí o que ela disse?

-- Ela é maravilhosa! E o sotaque sulista é lindo!

-- Tá sua boba apaixonada! Mas fala, o que ela disse? Como foi lá dentro? - Virginia dizia impaciente.

-- Ah... conversamos um pouco! Eu pedi desculpas à ela, por ficar a observando esse tempo todo e ela disse que assim que sair quer me conhecer melhor!

-- Viu! Não disse que não era para se preocupar. Eu e a Vi vamos indo, né amor? - Marta passou o braço pelo ombro de Carol.

-- Eu também vou! Amanhã eu volto para vê-la.

-- Ihhhh...quero ser a madrinha, hein! Vou ser Dinda! Vou ser Dinda!!! Nossa que legal! To adorando tudo isso! Sinto-me com dezessete aninhos novamente! - Virginia disse saltitando na frente das duas e rindo.

-- Para Vi! Sua boba!

-- Bora tomar um chope? Para de ficar chorando! A sua amada já está super bem! E logo você vai agarrá-la muito! - Virginia disse puxando as mãos de Marta e Carol.
-- Ai amor como você é tão insensível! Mas adorei a ideia! Vamos tomar um chope Carol? Está muito quente! Assim você relaxa. Está há três dias sem sair desse hospital direito! - Marta disse rindo das caras e bocas de Virginia.
-- Tá bom! Vamos sim! Acho que estou precisando!
-- É isso ai! Agora gostei de ver! Bora então! - Virginia pegou na mão das duas e saiu arrastando-as para fora do hospital.

Giovanna foi transferida para um quarto, onde ficaria internada, e começou a sentir os efeitos das medicações, adormecendo tranquilamente lembrando-se do rosto de Carolina.

 

..........

 

-- Bom dia! - Carolina parou na porta com olhar surpreso.

-- Bom dia Carol! - Giovanna estava sentada na cama.

-- Porque você está de biquíni e short?

-- Acabei de receber alta e minha camiseta foi rasgada no dia do resgate! Estou indo para casa!

-- Puxa quer dizer, que se eu demorasse mais um pouco nem ia te ver, então? Como fui insensível, poderia ter trazido algumas roupas para você! 
-- Eu não tinha seu número, para te avisar! Não se preocupe com as roupas, rapidinho to em casa. Pego um táxi e pago na hora que chegar lá!

-- Verdade, que descuido o meu, esqueci de deixar meu número! Nem pensar que você vai de táxi! Vou te levar em casa! Eu estou de carro! E sua carteira e chaves ainda estão aqui na minha bolsa, toma!

-- Obrigada por guardá-las! Mas, não quero te incomodar!

-- Não é incômodo algum! Para de ser boba!

-- Tem certeza?

-- Absoluta!

-- Então vamos? Não vejo a hora de tomar um banho, escovar os dentes e colocar uma roupa confortável.

-- Vamos sim!


Assim que saíram do quarto, Giovanna teve uma sensação estranha que alguém a observava, olhou para os lados, mas não reconheceu ninguém e deixou pra lá e foi caminhando lentamente, ao lado de Carolina.

Carolina dirigiu até a Tijuca onde Giovanna morava.

-- Sobe um pouquinho? - Giovanna perguntou segurando na mão de Carolina.

-- Não sei! Você precisa descansar!

-- Eu dormi bem essa noite, estou descansada! Você está muito ocupada?

-- Não, só terei pacientes à tarde!

-- Então sobe um pouco, se você não se importar em esperar uns minutinhos, enquanto tomo um banho. A gente pode conversar melhor e você me fala que pacientes são esses?

-- Tá certo! Vou sim!


Elas entraram no apartamento, Giovanna deixou Carolina na sala e foi para o quarto.

Carolina começou a observar as estantes de livros, que tomavam toda a parede da sala e admirou a quantidade de obras que Giovanna tinha. Olhou os Cd's de músicas expostos na prateleira e os quadros nas paredes. Admirava tudo sorrindo, de como tinham gostos parecidos para literatura e música.

Giovanna retornou depois de alguns minutos enxugando os cabelos e com um perfume delicioso.


-- Nossa eu estava precisando de um banho! Como faz bem! 
-- Você gosta de ler, hein?
-- Gosto sim! Fiquei quase dois anos sem televisão! Para falar a verdade nem sinto falta! Fico meses sem ligá-la. Amo mesmo ler, ouvir música e pintar!

-- Esses quadros são seus? Nossa, são lindos!

-- São sim! Adoro pintar, me acalma muito!

-- Você tem muito talento!

-- Que nada, só faço por hobby mesmo! Você quer beber alguma coisa? Tem suco, água, iogurte, leite, chá... eeee... bem... acho que só! Não bebo café e nem bebida alcoólica! Desculpe!

-- Nem pode beber mesmo depois de tantos dias com medicamentos!

-- Verdade! Mas quer alguma coisa?

-- Não, estou bem!

-- Então senta aqui no sofá e me fala que pacientes são esses? - Giovanna sentou virada para Carolina e a olhava fixamente.

-- Claro! Eu sou Ginecologista e Obstetra, mas ultimamente me dedico mais à Obstetrícia. Tenho uma clínica de reprodução humana e saúde feminina, com uma amiga que é Ginecologista, inclusive ela é a irmã da Virginia!

-- Puxa que legal! Acho linda a obstetrícia, trazer vidas ao mundo! Eu sou advogada!

-- Eu sei, a Virginia me contou!

-- Essa Virginia hein? Se saindo um cupido e tanto!

-- Na verdade, ela nem sabia que a mulher que eu falava, era a paciente dela! Só descobriu no hospital!

-- Quer dizer que você falava de mim para ela?

-- Desculpe! - Carol ficou tímida e abaixou o rosto.

-- Não precisa se desculpar!


Giovanna levantou o rosto de Carol delicadamente com a mão e se aproximou olhando fixamente para seus olhos. O castanho de Carol iluminado no azul de Giovanna. Carol sentiu seu corpo aquecer, sua respiração ficou ofegante e o coração batia descompassado.

Giovanna molhou os lábios com a ponta da língua e Carolina fez o mesmo. Giovanna deslizou a mão do queixo para a nuca de Carol, emaranhando seus dedos nos cabelos dela delicadamente. Carolina fechou os olhos e abriu os lábios pressentindo o que aconteceria. Giovanna encostou seus lábios nos de Carol e elas se beijaram delicadamente e aos poucos foram intensificando, até os beijos se tornarem com paixão e desejo. Carolina invadia a boca de Giovanna com a língua, mordia de leve os lábios, ch*pava a língua quente e macia de Giovanna e puxava sua nuca para grudar mais os lábios.

Giovanna também a beijava com desejo e puxou Carolina para seu colo, fazendo ela ficar sobre suas pernas; colando mais os corpos, começou a acariciar o corpo de Carolina.

Carolina foi sentindo aquela umidade que só Giovanna causava nela, só que muito mais intensa.

Giovanna começou a deslizar as mãos pelas costas e nádegas de Carol, foi sentindo aumentar o calor do seu corpo e também a umidade entre as pernas, seu coração foi disparando e a respiração foi ficando difícil, até que cortou o beijo. Respirando com dificuldade, encostou a cabeça no peito de Carol.

       - Desculpe... acho... que... ainda... não... estou... cem... por cento!
       - Nossa me desculpe Giovanna, não queria ter provocado isso! - Carol acariciava os cabelos molhados de Giovanna.
       - Hummm... uma médica abusando... de uma paciente convalescente! - Giovanna ria, tentando recobrar o fôlego.
       - Ahhh... não fala assim! Não abusei de você! - Carol ria e beijava a cabeça e apertava Giovanna em seus braços.

       Giovanna olhou para Carol e mordeu os lábios.
       - É, não abusou!....que pena!

       Ambas riram.
       - Você disse que só tem consultas à tarde? 
       - Sim!
       - Então vem aqui! - Giovanna levantou e segurou a mão de Carol, conduzindo ela até o quarto.
       - Vamos conversar mais um pouquinho? Quero desvendar todos seus mistérios!

       Carol sorriu e se deixou levar.
       - Sim, vamos sim! Quero conhecer tudo de você também!

       Giovanna deitou e Carol a seguiu, deitando em seus braços. Giovanna beijava suavemente os lábios de Carol e acariciava seu rosto e seus cabelos. E Carol acariciava os braços e a barriga de Giovanna.

       - Gio... fiquei tão preocupada quando te vi caindo na areia!
       - Se você não estivesse me observando, eu acho que não teria dado tempo de ter sido resgatada! Obrigada mais uma vez!
       - Não tem que agradecer! Me desesperei em pensar que te perderia!
       - Você não me perdeu! E não vai perder! - Giovanna olhou profundamente nos olhos de Carol e a beijou suavemente.
       - Desejei você por meses! Estou tão feliz em estar aqui!
       - E eu desejei alguém como você minha vida toda! Estou adorando que você esteja aqui!
       - Me promete que vai se cuidar e não vai correr mais daquele jeito?
       - Eu prometo, vou seguir as recomendações da doidinha da Virginia!
       - Ela é doidinha mesmo, mas é uma excelente médica! 
       - Eu sei!

       Se beijaram, mas não tão intensamente e passaram a manhã toda entre carícias, beijos delicados, abraços e conversas. Carol não queria deixar os braços de Giovanna e ela não queria deixar Carol ir. Pediram comida e almoçaram, ainda conversando e se conhecendo, descobrindo afinidades e diferenças que eram encantadoras. Carol foi embora depois do almoço. Trocaram números de telefones e Carol prometeu retornar à noite. Giovanna disse que deixaria sua entrada liberada, assim que chegasse era só subir.

       Assim que deixou a casa de Giovanna e entrou no carro, Carolina ligou para Virginia.

       - Vi... iiii... adivinha de onde eu estou saindo?
       - Humm... deixa eu pensar... essa é difícil!!! Você está saindo do hospital, foi ver sua amada! Conheço a voz de uma boba apaixonada!!!
       - Não!!! Errou dona sabe tudo! Estou saindo do apartamento dela, na Tijuca!
       - Já? Nossa amiga, você não perde tempo mesmo, hein? Essa é a Carol que eu conheço! Uh ru! - Virginia ria muito - Só espero, que não tenha abusado de uma doente cardíaca! Sua tarada de plantão!
       - Nossa Vi, que imagem você tem de mim, hein?! Ainda não abusei, apesar de quase! - Carol ria muito.
       - Jura? Olha só! Não disse? Essa minha amiga é uma tarada mesmo!
       - Aff Vi... para de falar assim! Ai amiga, ela tem um beijo delicioso! Olha... vou visitá-la à noite... aiiiii... estou tão ansiosa... o que eu faço?
       - Como assim o que você faz?
       - Ah Vi... você sabe, né? Nunca estive com uma mulher... o que eu faço?
       - Primeiro você não faz nada, por que ela ainda está se recuperando e não pode! Controla essa periquita, sua tarada! Mas, acho melhor você fazer umas pesquisas, antes de resolver ir para a próxima fase do game! - Virginia dizia e ria muito.
       - Aff... Virginia você é uma descarada! Próxima fase do game! Credo! E como eu faço essas tais pesquisas?
       - Amiga é simples... veja filmes pornôs lésbicos, leia livros e contos na internet... assim você vai saber como agir! E deixe seus instintos te levarem!
       - Ah sei lá Vi! Não sei o que fazer com uma mulher! Ai como é estranho!
       - Amiga, tudo na vida tem a primeira vez! A parte mais difícil você já conseguiu, ter uma mulher linda e lésbica! A coisa vai ser mais fácil para você! Deixa ela te mostrar e depois copia os gestos... não tem segredo! Afinal, você e ela são mulheres!
       - Tá bom! Vou tentar relaxar!
       - Isso!!! Relaxa e goz*!
       - Aff Virginia... não sei como sou sua amiga! Você é uma cafajeste!
       - Você me ama querida!
       - Deixa tua mulher ouvir isso! Vai pedir pra sair!
       - Não sabe brincar, não brinca! Pow! Jogo sujo envolver a patroa na brincadeira!

       As duas soltaram gargalhadas e ficaram mais alguns minutos conversando, Virginia tentando "ensinar" a Carolina o que fazer.

       Assim que desligou Carolina partiu para sua clínica. Atendeu algumas pacientes e às dezesseis horas já estava livre. Foi para seu apartamento, tomou um banho demorado de banheira com sais, ouvindo Enya e relaxou. Estava ansiosa e queria muito saber como era tocar o corpo de Giovanna. Desejava isso há meses. Estava tão excitada, que não resistiu e se tocou mais uma vez pensando em Giovanna, nos beijos que trocaram, no cheiro de seu perfume e na delicadeza dos seus toques; seu orgasmo foi intenso.

       Saiu de casa por volta das dezenove horas e trinta minutos, sabia que era horário de rush, demoraria uns quarenta minutos no mínimo para chegar à Tijuca. Assim que se identificou o porteiro liberou a passagem, pois ela já estava autorizada. Entrou no elevador e quando chegou à porta do apartamento, tocou a campainha.

 

Fim do capítulo


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Comentários para 5 - Capítulo 5:
Vanderly
Vanderly

Em: 10/10/2019

Não falei que elas iam se pegar bem gostoso, quando se encontrassem? Acho que agora vai.

Que tesão em autora!

Delícia!

Beijão!

Responder

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rhina
rhina

Em: 01/10/2019

No Review

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rhina
rhina

Em: 16/09/2019

 

Quem não quer um momento assim

Um sentimento destes 

Foi lindo

Rhina


Resposta do autor:

Olá Rhina.

Que bom que está curtindo o despertar da paixão entre a Gio e a Carol. 

Um beijo

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