Capitulo 12

 

Cris

 

 

Resolvi pensar menos e aproveitar mais. Puxei Gabi e a sentei na mesa da cozinha. A porta que eu a atendi era a da cozinha, só pra deixar claro. Me enfiei no meio de suas pernas e continuo a beijando, explorando cada parte do corpo dela. Era incrível o beijo com ela, as nossas línguas quase que brigando por espaço na boca uma da outra. Tirei a blusa dela e com uma das mãos passeando nas coxas dela a outra foi para um dos seios dela; ouço um gemido sair de sua garganta. Meu deus! Goz*ria fácil, fácil só de ouvir já estava completamente molhada. Era uma excitação que eu jamais senti, eu gostava muito de sex*, e sempre fiquei muito animada, mas com ela era meio que inexplicável. Ia desamarrar o biquini dela, mas antes olhei em seu rosto meio que pedindo permissão. Vi um pouco de medo...

 

-Tudo bem? Perguntei sem quebrar o contato do nosso corpo.

 

-Sim. Ela respondeu um pouco insegura.

 

-Se você quiser, eu paro.

 

-Eu não quero que você pare! Falou com convicção. Me puxou para um beijo quente e finalizou mordiscando meu lábio inferior. Ai, caralh*! Ela sabia provocar e me deixar pegando fogo. Que menina... gostosa! Desamarrei o laço do biquini ainda com os lábios no delas, estava difícil abandonar aqueles lábios, mas com custo os deixei e fui descendo pela orelha, pescoço, colo e finalmente aqueles seios... os biquinhos durinhos, rosados... meu deus!

 

-hummm! Não consegui segurar o gemido. Eram lindos e me pareciam macios... resolvi colocar a boca neles.

 

-hummm! Ouço ela gem*r, inclinando a cabeça pra trás e apoiando as mãos na mesa.

 

Eu não estava acreditando que estava ouvindo aquele barulho. Não, não podia ser! Eram sinos? Aquilo estava parecendo filme, ouvir sino quando se estar com a pessoa amada. Eu só podia estar fantasiando, isto não existe! Ela me afasta do seu corpo e me traz de volta a realidade de que eu não estava ouvindo sinos e sim a campainha.

 

-A porta. Ela disse.

 

-Espera, vou atender. Deve ser algum vizinho. Digo pra ela e já estava indo atender quando ouço a voz da minha irmã falando com o Pedro:

 

-Sua tia deve estar dormindo. Vou ligar pra ela. Eu entro em desespero, o que eu ia fazer com a Gabi semi nua na minha casa?

 

-Ai, caramba! Esqueci que prometi a minha irmã que ficaria com o Pedro.

 

-E agora? Ela me pergunta aflita.

 

-Você se esconde no quarto, ela não vai demorar e depois você sai. Falei chateada com aquela situação. Me desculpe por isso.

 

-Tudo bem. Ela foi pro quarto que indiquei.

 

Abri a porta pra Julia e nem olhei na cara dela. Brinquei com o Pedro pra ela não ter que ver minha cara de quase sex*.

 

-Você estava fazendo o que? Ela pergunta com uma interrogação enorme na cara.

 

-Nada, só vim atender a porta. Respondi sem olhar na cara dela.

 

 -Você mente muito mal. Ela fala rindo.

 

-Não estou mentindo!

 

-Alessandra ta aqui? Ela perguntou ainda rindo.

 

-Não, ela vem semana que vem. Por que? Pra que eu fui perguntar...

 

-Você esta com cara de pós sex* ou cara de quase sex*, não sei definir, mas tem sex* envolvido! Gargalhou.

 

-Volta a ser a doutora Julia, por favor! Ela riu mais alto ainda e eu fechei a cara.

 

-Tudo bem, mas que você está com cara de sex* tá.

 

-Pensei que você passaria aqui só pra deixar o Pedro. Eu disse cortando o assunto

 

-Ta me expulsando? Perguntou me analisando.

 

-Claro que não. Fui rápida na resposta. Você quase não tem tempo pra nada. Ela concordou

 

-Verdade! Tem café ai? Eu não estava acreditando que ela, justo hoje iria demorar.

 

-Não. Quer que eu faça?

 

-Quero, cafezinho é rápido né? Nisto a campainha toca novamente e pra minha sorte ou azar, era a Michelle.

 

Julia foi atender a porta enquanto eu colocava a água pra ferver. Vi minha irmã se afastar da porta e Michelle entrar feito um furacão e se transformar no ser mais calmo que existe nesse mundo ao ver o Pedro que ao ouvir a voz da mulher, veio ao seu encontro e a abraçou, Mih o pegou no colo e apertou o garoto. Pedro adorava a Michelle e ela o amava. Ela nem cumprimentou a Juh e a Juh só ficou observando os dois.

 

-Titia, vamos assistir desenho comigo. E saiu puxando a Mih pelas mãos. Olhei pra minha irmã e confesso nunca ter visto aquele olhar, olhar de amor. Mas não soube distingui pra quem era aquele olhar. Ela ficou sem graça ao perceber que eu estava olhando diretamente na cara dela.

 

-Deixa o café pra outra hora, tenho que ir, já estou atrasada. Ela diz e já vai saindo.

 

-Certeza? Está quase pronto!

 

-Sim. Ei, qualquer coisa me liga, ta? Ela disse.

 

-Sim, ligarei sim. Abro a porta pra ela e ela pergunta:

 

-Michelle vai dormir aqui? Perguntou baixo. Eu acenei com a cabeça e ela foi embora. Eu ri, pois não entendia qual era o problema da Mih com ela. Resolvi não me meter, pois eu tinha que resolver o meu problema.

 

-Vou tomar banho e trago pipoca pra gente daqui a pouco. Falei com eles e eles nem me olharam. Segui para o quarto que a Gabi estava. Entrei e ela me olhou com cara de preocupação:

 

-Alguém mais chegou?

 

-Sim, Michelle, ela vai dormir aqui.

 

-E agora, Como saio daqui?

 

-Vem, a Mih está toda entretida com o Pedro que nem vai te ver. Pensei: que situação! Nunca fui de me esconder; quando descobri que gostava de mulher, a primeira coisa que fiz foi falar com meus pais; agora estava naquela situação chata. Consegui fazer com que a Gabi saísse sem ser vista.

 

Fui tomar um banho...

 

 

Gabi

 

 

Cheguei e fui direto pro banho. Precisava tirar todo aquele calor que eu estava sentindo, todas aquelas sensações que a Cris me fazia sentir. Karla me ligou e eu contei pra ela o que aconteceu, ela ficou pasma. Queria saber detalhes, logico que não contei só contei algumas partes não tão intimas. Ela riu da minha cara quando falei que a irmã da Cris apareceu e melou meu momento com a doutora. Eu agora sabia que a Cris me queria tanto quanto eu a queria. O final de semana passou e eu não vi mais a Cris.

 

Meus pais chagaram na segunda, a semana foi corrida. Encontrei a Cris, mas ela foi super fria comigo. Infelizmente eu entendia ela... eu fiquei doida com a possibilidade da irmã dela nos pegar no flagra. Imagine ela que era toda certinha, Ser pega pela irmã... mas eu estava sentindo falta dela, queria conversar com ela. A vejo no elevador, mas eu estava com minha mãe.

 

-Boa tarde. Minha mãe a cumprimenta.

 

-Boa tarde. Sorriu de forma cordial para minha mãe.

 

-Ei, Cris!

 

-Ei.

 

-Gabi, estou com saudade do Vini, ele nunca mais apareceu aqui. Quero saber como ele está com a separação dos pais. falou minha mãe.

 

-Ah ele não ta legal, né! Falei e olhei pra cara da Cris.

 

-Chama ele pra almoçar com a gente amanhã. Vou pedir a Ana pra fazer a lasanha que ele tanto gosta. Cris atende uma ligação.

 

-Oi... não! .... já disse que não vou. Vou ter que desligar.... ao contrário do que você pensa, eu trabalho, e se você trabalha eu também tenho meu trabalho. Cris estava discutindo com alguém e eu podia até imaginar quem era. Tive a certeza:

 

-Alessandra, não! Eu tenho cirurgia marcada e não vou para Santos, sinto muito. Ela estava falando o mais baixo possível, mas nervosa, era difícil controlar a voz. Minha mãe percebendo a situação da loira, resolveu puxa assunto comigo pra não deixar a médica constrangida. Vi a Cris desligar o celular, e aparentemente foi na cara da esposa. O celular dela toca e ela rejeita a ligação. Ela estava brava e tão linda que eu não parava de admirar sua beleza. Quando me dou conta, vejo dona Letícia me analisando. Fiquei vermelha e desviei os olhos da médica.

 

 

Passou um mês e eu não vi mais a Cris, soube pelo Ana que ela tinha viajado para Nova York. Provavelmente foi se encontrar com a esposa. Meus pais foram fechar um contrato na China, eu e o Gui ficamos sozinhos mais uma vez. Eu fiquei brava com a Cris depois que percebi que ela estava me evitando que tomei uma decisão, não iria correr atrás de quem não me dava bola.

 

Estava no clube com meus amigos quando sem querer o Vitor esbarrou em mim, eu cai na piscina e bati a cabeça na beirada dela.

 

Cris

 

 

Tinha acabado de chegar do hospital, estava morta de sono. Fiz uma cirurgia de 8h seguidas e tinha outra daqui seis horas, eu precisava descansar pra estar cem por cento pra encarar a cirurgia. Evitei a Gabi o mês todo. Confesso que estava morrendo de saudade... eu fechava os olhos e me lembrava de cada detalhe da nossa pegação na cozinha. Eu a queria, mas não queria deixa-la naquela situação. Eu me senti uma criminosa quando quase fomos flagradas pela Julia; e ela ter que se esconder como... amante, me doeu muito. Conversei com a Mih sobre o ocorrido e ela me disse que eu estava certa, e que se eu não tinha pretensão de terminar o meu casamento com a Alê, não era justo mesmo eu colocar a Gabi naquela situação.

 

Tirei os sapatos, fui na geladeira pegar água quando ouço a campainha tocar. A pessoa parecia estar desesperada, pois tocou umas cinco vezes seguidas.

 

-Já vai, já vai! Eu disse abrindo a porta. Me assustei quando vi o Gui, ele estava chorando.

 

-O que houve, Gui. Se acalma!

 

-A Gabi caiu na piscina... meu coração gelou, arregalei os olhos e perguntei:

 

-Onde ela está? Com o coração a mil...

 

Ele nem conseguia falar, de tanto que chorava...

Fim do capítulo